- Distúrbio traz
risco ao coração
- Prevalência tem
aumentado entre as gestantes
Cansaço, sonolência excessiva, irritabilidade e
problemas de memória são alguns dos sintomas decorrentes da apneia, distúrbio
causado por paradas respiratórias durante o sono decorrentes da diminuição no
espaço da faringe (tubo o qual entra o ar). Estudo
conduzido na cidade de São Paulo aponta que 32.8% das pessoas têm apneia do
sono. Outra pesquisa
mostrou que distúrbios respiratórios do sono estão presentes em 76% dos pacientes
com insuficiência cardíaca.
“Pesquisas têm demonstrado também um aumento na
prevalência de sintomas da apneia durante a gravidez: cerca de 45% das mulheres
reportam ronco moderado a severo durante o terceiro trimestre da gestação.
Cerca de 20% de mulheres apresentam apneia também no terceiro trimestre”, conta
Claudia Albertini, Fisioterapeuta Doutora em Fisiopatologia Experimental pela
FMUSP e Gerente Clínica para a América Latina da ResMed, empresa líder em
dispositivos conectados para distúrbios do sono.
Depressão, redução da libido, impotência sexual e
cefaleia pela manhã são outros sintomas da apneia, que pode levar
ao aumento do risco cardiovascular, hipertensão arterial, aumento na incidência
de infarto, derrames cerebrais, arritmias cardíacas e diabetes.
Tratamento -
Felizmente, a tecnologia está a favor para o tratamento da
apenia. A poligrafia é um exame simplificado que permite ao paciente
diagnosticar e tratar do distúrbio diretamente de sua casa, acompanhado
remotamente pelo médico especialista do sono. “Hoje em dia basta o paciente
apertar um botão e o dispositivo conectado faz todo o trabalho, além de enviar
dados remotamente para que o médico faça o monitoramento. Isso facilita adesão
e continuidade do tratamento da apneia”, conta a fisioterapeuta.
Controlar o peso, evitar álcool e cuidar de
problemas nasais fazem parte do tratamento. Porém, o uso de dispositivos com
tecnologia de armazenamento de informações na nuvem (CPAP) é muito importante
para o tratamento da apneia do sono. Hoje o mercado disponibiliza máscaras
modernas e anatomicamente ajustáveis, que permitem a continuidade do tratamento
no longo prazo.
Tipos de Apneia – Dados
da Associação Brasileira do Sono indicam que 75% dos brasileiros relatam ter
pelo menos uma queixa, sendo as mais comuns: sono leve e insuficiente, ronco e
insônia. Quando se trata de apneia ela pode ser classificada de três formas:
obstrutiva, central e a mista.
A apneia obstrutiva do sono (AOS) é
definida por episódios recorrentes de eventos respiratórios constituídos de
paradas totais (apneias) ou reduções do fluxo (hipopneias) recorrentes das vias
aéreas superiores durante o sono. Quando associadas à sonolência excessiva
diurna, ou doença cardiovascular, recebe o nome de Síndrome da Apneia
Obstrutiva do Sono (SAOS). O diagnóstico da apeia obstrutiva do sono é feito
através da poligrafia ou polissonografia noturna. Dependendo do número de
eventos respiratórios por hora do sono, a apeia obstrutiva do sono pode ser
classificada em leve (5 a 15), moderada (16 a 30) e grave (> 30
eventos por hora de sono).
“As consequências da síndrome da apneia obstrutiva
do sono são múltiplas e muitas vezes devastadoras. As mais óbvias são as
neurocognitivas, com sonolência excessiva diurna levando a graves problemas,
como queda importante da qualidade de vida, produtividade e graves prejuízos no
trabalho e sociais. Os pacientes têm risco aumentado de acidentes
automobilísticos. O sono superficial, fragmentado, e de má qualidade, contribui
para a perda de memória e é importante fator de risco para depressão. Em alguns
pacientes (particularmente importante para as crianças) a principal
manifestação é irritabilidade e dificuldade para concentração”, explica a
especialista.
A apneia central do sono (ACS) é
definida pela interrupção da respiração com ausência de fluxo e esforço
respiratório. A cessação de fluxo, por definição, deve ser de 10 segundos ou
mais de tempo. Caracteriza-se por episódios recorrentes de apneia causados por
perda repetitiva do drive ventilatório, em vez de obstrução da via aérea
superior. O ronco na maioria das vezes não precede este tipo de distúrbio. Esta
interrupção é principalmente em consequência a falta de estímulo autonômico
para respirar.
Já a apneia mista do sono, é a mistura
da AOS (quando existe uma obstrução da via respiratória superior) com a ACS
(quando não há esforço respiratório).
A ResMed, empresa líder no relacionamento entre
pacientes e prestadores de serviços médicos, por meio da saúde conectada,
estará presente com seus dispositivos para diagnóstico e tratamento dos
distúrbios do sono na 25ª edição da Hospitalar 2018, que acontece
entre os dias 22 e 25 de maio, no Expo Center Norte, em São Paulo
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