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segunda-feira, 7 de maio de 2018

Um terço dos paulistanos têm apneia do sono


- Distúrbio traz risco ao coração

- Prevalência tem aumentado entre as gestantes


Cansaço, sonolência excessiva, irritabilidade e problemas de memória são alguns dos sintomas decorrentes da apneia, distúrbio causado por paradas respiratórias durante o sono decorrentes da diminuição no espaço da faringe (tubo o qual entra o ar). Estudo conduzido na cidade de São Paulo aponta que 32.8% das pessoas têm apneia do sono. Outra pesquisa mostrou que distúrbios respiratórios do sono estão presentes em 76% dos pacientes com insuficiência cardíaca.
“Pesquisas têm demonstrado também um aumento na prevalência de sintomas da apneia durante a gravidez: cerca de 45% das mulheres reportam ronco moderado a severo durante o terceiro trimestre da gestação. Cerca de 20% de mulheres apresentam apneia também no terceiro trimestre”, conta Claudia Albertini, Fisioterapeuta Doutora em Fisiopatologia Experimental pela FMUSP e Gerente Clínica para a América Latina da ResMed, empresa líder em dispositivos conectados para distúrbios do sono.
Depressão, redução da libido, impotência sexual e cefaleia pela manhã são outros sintomas da apneia, que pode levar ao aumento do risco cardiovascular, hipertensão arterial, aumento na incidência de infarto, derrames cerebrais, arritmias cardíacas e diabetes. 

Tratamento - Felizmente, a tecnologia está a favor para o tratamento da apenia. A poligrafia é um exame simplificado que permite ao paciente diagnosticar e tratar do distúrbio diretamente de sua casa, acompanhado remotamente pelo médico especialista do sono. “Hoje em dia basta o paciente apertar um botão e o dispositivo conectado faz todo o trabalho, além de enviar dados remotamente para que o médico faça o monitoramento. Isso facilita adesão e continuidade do tratamento da apneia”, conta a fisioterapeuta.
Controlar o peso, evitar álcool e cuidar de problemas nasais fazem parte do tratamento. Porém, o uso de dispositivos com tecnologia de armazenamento de informações na nuvem (CPAP) é muito importante para o tratamento da apneia do sono. Hoje o mercado disponibiliza máscaras modernas e anatomicamente ajustáveis, que permitem a continuidade do tratamento no longo prazo.

Tipos de Apneia – Dados da Associação Brasileira do Sono indicam que 75% dos brasileiros relatam ter pelo menos uma queixa, sendo as mais comuns: sono leve e insuficiente, ronco e insônia. Quando se trata de apneia ela pode ser classificada de três formas: obstrutiva, central e a mista. 

A apneia obstrutiva do sono (AOS) é definida por episódios recorrentes de eventos respiratórios constituídos de paradas totais (apneias) ou reduções do fluxo (hipopneias) recorrentes das vias aéreas superiores durante o sono. Quando associadas à sonolência excessiva diurna, ou doença cardiovascular, recebe o nome de Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). O diagnóstico da apeia obstrutiva do sono é feito através da poligrafia ou polissonografia noturna. Dependendo do número de eventos respiratórios por hora do sono, a apeia obstrutiva do sono pode ser classificada em leve (5 a 15), moderada (16 a 30)  e grave (> 30 eventos por hora de sono).

“As consequências da síndrome da apneia obstrutiva do sono são múltiplas e muitas vezes devastadoras. As mais óbvias são as neurocognitivas, com sonolência excessiva diurna levando a graves problemas, como queda importante da qualidade de vida, produtividade e graves prejuízos no trabalho e sociais. Os pacientes têm risco aumentado de acidentes automobilísticos. O sono superficial, fragmentado, e de má qualidade, contribui para a perda de memória e é importante fator de risco para depressão. Em alguns pacientes (particularmente importante para as crianças) a principal manifestação é irritabilidade e dificuldade para concentração”, explica a especialista.

A apneia central do sono (ACS) é definida pela interrupção da respiração com ausência de fluxo e esforço respiratório. A cessação de fluxo, por definição, deve ser de 10 segundos ou mais de tempo. Caracteriza-se por episódios recorrentes de apneia causados por perda repetitiva do drive ventilatório, em vez de obstrução da via aérea superior. O ronco na maioria das vezes não precede este tipo de distúrbio. Esta interrupção é principalmente em consequência a falta de estímulo autonômico para respirar.
Já a apneia mista do sono, é a mistura da AOS (quando existe uma obstrução da via respiratória superior) com a ACS (quando não há esforço respiratório).
A ResMed, empresa líder no relacionamento entre pacientes e prestadores de serviços médicos, por meio da saúde conectada, estará presente com seus dispositivos para diagnóstico e tratamento dos distúrbios do sono na 25ª edição da Hospitalar 2018, que acontece entre os dias 22 e 25 de maio, no Expo Center Norte, em São Paulo



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