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OMS recomenda limite de 50 km/h para
reduzir mortes no trânsito
O Dia em Memória das Vítimas de
Acidente de Trânsito (DMMVT) foi criado em 1993, no Reino Unido, e, desde 1995,
é comemorado no terceiro domingo de novembro. Neste ano, a data foi lembrada no
último dia 19. O objetivo principal é conscientizar a sociedade sobre a
importância da redução do número de vítimas do trânsito.
O portal oficial do DMMVT numerou
as seis maiores causas de mortes no trânsito, que devem ser tomadas como base
para prevenção. São elas: excesso de velocidade, associação de bebida alcóolica
e direção, falta do uso de cinto de segurança, falta de equipamento de
segurança para as crianças, falta do uso do capacete e uso do celular ao
volante.
O excesso de velocidade, a primeira
causa elencada, pode ser combatida com a conscientização dos motoristas e
também com a implantação de equipamentos de fiscalização eletrônica de
trânsito. Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons,
empresa especializada em gestão de trânsito e inventora da lombada eletrônica,
conta que os radares, como são de modo geral conhecidos, acabam por inibir o
condutor a praticar altas velocidades, induzindo-os a respeitar o limite
imposto em cada via. Isto evita, consideravelmente, os números de acidentes e
vítimas de trânsito. Além disso, muitos desses dispositivos possuem outras
funções, como registrar avanço de sinal vermelho, circulação em faixa exclusiva
e conversões proibidas. “A aplicação dessa inteligência multifuncional torna o
trânsito mais seguro e democrático”, pondera.
Tecnologia em favor da vida
Adotada hoje em larga escala - e
extrapolando as fronteiras do território nacional, estando em países como Peru,
Equador e Colômbia -, a lombada eletrônica evitou, conforme estudo
do Ibmec/RJ, mais de mil mortes e de 12 mil acidentes nas rodovias federais
brasileiras somente no ano 2004.
O mesmo estudo aponta que a cada
equipamento de fiscalização instalado são evitados cerca de três óbitos e 34
acidentes por ano. “Por essa base podemos estimar que, até 2016, nossa
atividade poupou cerca de 70 mil vidas no Brasil. São números que nos deixam
muito satisfeitos e nos fazem ter a certeza de estarmos contribuindo para que
cada vez menos pessoas sejam lembradas em datas como essa, do Dia em Memória
das Vítimas de Acidente de Trânsito”, afirma o diretor da Perkons.
Velocidade segura x vítimas do
trânsito
Para a Organização Mundial da Saúde
(OMS), a velocidade excessiva ou inapropriada é responsável
por um em cada três óbitos por acidentes de trânsito no mundo - são 1,25 milhão
de mortes por ano. O levantamento ainda apontou que 40 a 50% dos motoristas
ultrapassam os limites de velocidade impostos.
50km/h é a velocidade
recomendada pela OMS
como segura no trânsito. Um estudo
do Departamento de Tráfego Britânico demonstra que em um acidente a 32km/h, 5%
dos pedestres atingidos morrem, 65% sofrem lesões e 30% saem ilesos. Já num
acidente em que a velocidade é de 64km/h, 85% dos pedestres morrem e os outros
15% sofrem lesões.
Aqui no Brasil, no primeiro semestre
de 2017, o número total de indenizações por acidentes de trânsito caiu 9% em
comparação ao mesmo período do ano passado. Foram 18.147 indenizações a menos.
Os dados
são da Seguradora Líder-DPVAT, responsável pela operação do Seguro por Danos
Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). Mas, em
compensação, as indenizações por morte aumentaram 27% no mesmo período. No
total, foram 19.367 pagas para herdeiros de vítimas fatais.
“A ONU afirma que se não houver
medidas para mudar esta realidade, os acidentes de trânsito devem se tornar a
7ª causa de morte no mundo em 2030. Todos precisam se conscientizar e fazer a
sua parte. Todos os esforços são necessários. É urgente tornar o trânsito mais
humano e mais seguro”, finaliza Luiz Gustavo.
Giovana Chiquim
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