Alterações aparecem por conta da idade e com hábitos ruins que
prejudicam a saúde visual ao longo da vida
Ainda que muitas
pessoas se sintam eternamente jovens e dispostas, o processo natural de
envelhecimento chega para todos. E, quando a saúde começa a dar sinais de que
já não é mais a mesma, alguns problemas costumam surgir. “Isso é até esperado
em algum momento da vida, com o avanço do tempo. E é muito raro que alguém
fique imune sem ter dificuldades, principalmente relacionadas à visão, que
tende a diminuir com a idade”, explica o médico oftalmologista Dr. José
Ernesto Ghedin Servidei, consultor da Óticas Diniz – maior rede do
varejo óptico do Brasil.
Para o especialista,
o envelhecimento das estruturas oculares contribui para as alterações visuais.
“Estamos sujeitos a elas e não há como fugir. Por isso, é fundamental fazer dos
cuidados oculares um hábito constante, incluindo ter uma boa higiene e
alimentação, como forma de precaução. O acompanhamento médico frequente também
ajuda a prevenir o aparecimento de diversas doenças que estamos propensos a
desenvolver durante a vida”, alerta.
Confira abaixo quais
são os problemas oculares mais comuns em cada faixa etária:
Do 0 aos 10 anos
Os cuidados começam
na gestação, quando a mãe precisa se prevenir contra a rubéola e a toxoplasmose
por meio de vacinas. Isso porque, podem causar cegueira e transtornos
neurológicos no feto. Já após o nascimento, ainda na maternidade, é necessário
realizar a primeira avaliação oftalmológica com o Teste do Olhinho. Também é
nessa fase que os pequenos aprendem a enxergar e a visão é desenvolvida por completo.
Dos 10 aos 20 anos
A vida escolar
costuma revelar os primeiros problemas de visão. Os mais comuns são os erros
refrativos. Conhecidos como ‘grau’, causam miopia, hipermetropia e astigmatismo
e, normalmente são descobertos após queixas constantes de dores de cabeça,
olhos vermelhos, coceira, cansaço visual ou embaçamento da visão. Por isso, o
mau rendimento na escola é mais um sinal de que algo não está bem, pois as
deficiências oculares acabam influenciando diretamente no aprendizado. Já o uso
contínuo de aparelhos eletrônicos contribui para o aparecimento da Síndrome da
Visão do Computador (CVS). Como os adolescentes passam muito tempo interagindo
com o celular e o notebook, por exemplo, piscam menos e os olhos ficam mais
secos causando alterações visuais em alguns momentos. É ainda na puberdade que
o ceratocone é mais propenso a surgir e provocar irregularidades na córnea.
Dos 20 aos 40 anos
Nesta fase, o grau
sofre diversas alterações e outras doenças com pré-disposição genética costumam
aparecer. A preocupação é maior com a pressão dos olhos porque pode levar ao
glaucoma, uma doença silenciosa que, quando não tratada, leva à cegueira
irreversível. Também é na vida adulta que homens e mulheres sentem a vista mais
cansada e apresentam maior disposição para a presbiopia, que é a dificuldade
para enxergar de perto por conta da perda da capacidade de foco.
A partir dos 50 anos
Os problemas
oculares mais comuns na melhor idade são a degeneração macular e a catarata.
Enquanto o primeiro é influenciado pela perda da percepção de detalhes, formas
e cores pela parte central da retina, o segundo é causado por diversos fatores.
Envelhecimento do cristalino, congênita, medicamentosa, traumática e inflamatória
são alguns deles. Já a metabólica é decorrente de alterações do metabolismo,
como diabetes, colesterol alto ou doenças do fígado. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), em 2020 existirão cerca de 54 milhões de pessoas com
cegueira devido à catarata, com idade igual ou superior a 60 anos. A doença é
considerada a principal causa de cegueira tratável em todo o mundo.
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