Uso
desmoderado e errôneo de cotonetes ou o hábito de “coçar” o ouvido com objetos
rígidos são as principais causas do problema
É difícil encontrar alguém que não tenha sofrido ao menos uma
vez na vida com dor de
ouvido. Os fatores dos sintomas podem ser diversos, mas como é
bastante incômoda, a dor faz com que essa seja uma das reclamações mais
presentes em emergências médicas, tanto por adultos como por crianças.
Uma das complicações recorrentes é a otite externa, que
acontece casos de infecção aguda do canal auditivo (ouvido externo),
apresentando causas diversas, como inflamações nos dentes molares ou disfunção
de articulação temporomandibular, mais conhecida como ATM, que atinge 30% da
população mundial, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O uso exagerado e incorreto de cotonetes ou o costume de
“coçar” o ouvido com materiais rígidos (chaves, palitos, grampos, unha etc.)
são também as potenciais causas – os principais sintomas podem surgir como uma
sensação de queimação e dor intensa em um dos ouvidos ou em ambos.
Segundo Dimas de Almeida, clínico geral do Hapvida
Saúde, a dor começa a diminuir a partir do tratamento com medicamentos. “O uso
de analgésicos convencionais (dipirona, diclofenaco, nimesulida,
ibuprofeno, entre outros) costuma ter um efeito satisfatório. A
avaliação médica, no entanto, é imprescindível, pois essas medicações apenas
tratam os sintomas, e não a causa”, explica o médico.
A prevenção acontece ao evitar os hábitos inadequados
já mencionados anteriormente. “Vale lembrar que o cotonete tem a função de
limpar apenas o pavilhão auricular (orelha) e não deve ser introduzido no canal
auditivo para limpeza. A necessidade da retirada de cerúmen (cera do ouvido) é
avaliada por um médico e realizada com método indolor pelo profissional
especialista (otorrino) ”, orienta Almeida.
Durante a infância, o período de dentição pode causar
inflamações com o nascimento dos dentes molares, lesões por fricção (atrito) e
otites após banhos de imersão em piscina, mar e lagoa, que ocasionam a dor de
ouvido nas crianças. Por isso, os pais devem ficar atentos aos cuidados e
indícios que mostrem que talvez haja algo de errado no ouvido da criança.
Deve-se procurar um médico quando a dor permanecer por mais de 24 horas,
não apresentar melhora com as medicações convencionais ou quando a dor for
acompanhada de secreção pelo canal ou dor ao movimentar a orelha. “A complicação
mais comum é o avanço da dor até o ouvido médio que pode causar perfuração do
tímpano (membrana que separa o ouvido externo do ouvido médio). Porém, os casos
graves podem evoluir até formar de infecção óssea (mastoidite) que necessite de
internação hospitalar e, por vezes, de intervenção cirúrgica”, enfatiza o
clínico geral.
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