A
vida sexual antes dos filhos é leve e aventureira: o casal pode namorar quando
e como quiser, onde tiver vontade. Com esta liberdade, o desejo fica nas
alturas e a transa cada vez mais gostosa. De tanto praticar, fazem um bebê.
Depois
do nascimento a situação muda bastante: entre mamadas, trocas de fraldas e
noites insones, a libido feminina é atacada por uma baixa hormonal, a
disposição dá lugar ao cansaço físico e emocional, ao invés de lingeries sexy,
entram camisetas cheirando a leite, e a própria figura corporal torna-se
completamente diferente, com uma musculatura mais flácida e uma forma muitas
vezes indefinida. O corpo é o mesmo, mas a mulher não se reconhece mais nele.
Neste contexto desafiador, o sexo pode ser deixado de lado.
No
entanto, passadas as primeiras semanas (ou meses) de adaptação, se o casal
mantiver a persistência e tiver uma boa dose de criatividade, a prática sexual
pode se tornar muito interessante, até mais picante e prazerosa do que antes.
Quando a mulher se torna mãe, especialmente se ela teve uma boa experiência de
parto, tende a se descobrir mais confiante, mais feminina e mais conectada ao
seu corpo.
Agora
a hora da transa não é mais uma questão de escolha e sim de oportunidade: se o
bebê dormiu ou se está com os avós, a chance precisa ser aproveitada. Neste
sentido, o casal abre espaço para as deliciosas rapidinhas, para experimentar o
sofá ou a cozinha ou para se estimularem de formas diferentes, buscando ativar
e turbinar o adormecido desejo.
A
falta de lubrificação típica do período pós-parto (em que há ausência da
menstruação) pode ser resolvida com um bom lubrificante, a atenção às
preliminares ajuda a relaxar. Os carinhos do parceiro (com a mulher e até com o
bebê) tornam-se um afrodisíaco.
É
hora de derrubar o tabu de que mães não perseguem o orgasmo! Mesmo que demore a
chegar e ofereça desafios, a consciência corporal, a maturidade e a vontade de
explorar mais seu próprio corpo e de seu companheiro são ingredientes
promissores para que a mulher se redescubra no sexo depois dos filhos, passando
a transar com mais prazer, mais ousadia, mais liberdade e uma dose de confiança
que só a maternidade é capaz de trazer.
Camila Goytacaz - mãe, jornalista e escritora escreve a
convite da Vagisil.
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