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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Ressonância magnética das mamas pode identificar tumores adicionais mais agressivos depois da mamografia





Estudo publicado na versão online do jornal Radiology, da Sociedade Norte-americana de Radiologia, demonstra que tumores mamários adicionais encontrados nas imagens de ressonância magnética (RM) são, às vezes, maiores e potencialmente mais agressivos do que aqueles diagnosticados através da mamografia. De acordo com pesquisadores de Carrara, na Itália, a descoberta de novos focos de câncer de mama com o uso da RM é importante para eventuais mudanças no tratamento.

Chiara Iacconi, coordenadora dos estudos, diz que pacientes que estavam tratando tumores não-palpáveis de forma conservadora puderam receber um tratamento mais eficaz, compatível com a característica invasiva do câncer de mama, ao fazer ressonância magnética e se deparar com novos achados. Depois de analisar a mamografia de mais de duas mil pacientes e submetê-las à RM, em 14% dos casos a ressonância evidenciou tumores que não eram visíveis na mamografia. “Acreditamos que um câncer invasivo com mais de um centímetro é clinicamente relevante, já que não pode ser tratado apenas com radiação”.

Na opinião de Vivian Schivartche, radiologista do CDB Medicina Diagnóstica , a ressonância magnética das mamas é uma das técnicas com maior sensibilidade na detecção desse tipo de câncer. Também por isso, esse exame costuma ser realizado em pacientes de alto risco e inclusive faz parte de um planejamento cirúrgico. Em mulheres que têm mamas densas é especialmente indicado, já que pode haver mais de um tumor em mais de um quadrante da mama – o que muda o planejamento do tratamento.

De acordo com a especialista, outro exame muito indicado é a tomossíntese, ou mamografia 3D – que também permite detectar 30% mais tumores. “Esse exame ajuda a enxergar melhor dentro do tecido mamário denso. Outro ponto positivo é a redução da repetição de imagens. Algumas vezes, a mamografia convencional tem imagens que geram dúvida, por causa da sobreposição de todos os componentes da mama. Sendo assim, entre 5% e 15% das pacientes costumam receber uma chamada para imagens adicionais”.

Estudos apontam que pacientes entre 40 e 49 anos têm 30% de chance de ter um resultado falso-positivo num período de dez anos – ou seja, serem chamadas para fazer imagens adicionais sem ter câncer. “Com as imagens 3D, eliminamos a sobreposição e conseguimos esclarecer as dúvidas sem precisar chamar as pacientes de volta. Os tumores aparecem melhor na tomossíntese. Porém, em situações especiais, realizamos a ultrassonografia e a ressonância magnética das mamas como complemento da mamografia”.



Dra. Vivian Schivartche - médica radiologista, especialista no diagnóstico de câncer de mama do CDB Premium (CDB Medicina Diagnóstica), em São Paulo – www.cdb.com.br 

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