Períodos constituem fase natural
da vida. Em ambos os casos é fundamental que se tenha acolhimento,
acompanhamento e tratamento imediato das alterações
O climatério
representa um período natural biológico feminino que
marca a transição gradual do estado reprodutivo para o não reprodutivo.
Este momento de transição, porém, ainda traz muita insegurança para mulheres,
principalmente em relação aos seus sintomas e o que isso significa para sua
vida e saúde. Menopausa é a data da última
menstruação na vida de uma mulher. Os termos menopausa e climatério muitas
vezes aparecem como tendo o mesmo significado.
Por isso,
conversamos com a Profa. Dra. Sônia Maria Rolim Rosa Lima, ginecologista e
obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, e professora da Faculdade de
Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, para entender um pouco mais
sobre esse momento na vida de toda a mulher:
1. O
que é climatério e menopausa?
O Climatério representa a transição
gradual do estado reprodutivo para o não reprodutivo. Podemos também entender
como uma fase de evolução da mulher onde seu organismo, até então direcionado a
gerar vida, dirige-se livremente a outros fins, possibilitando que ela
desenvolva todas suas potencialidades. A Menopausa é um ponto no tempo
que marca a data da última menstruação na vida de uma mulher.
Esse período constitui uma fase natural da
vida, e muitas mulheres passam por ela sem queixas ou necessidade de
medicamentos. Outras têm sintomas que variam na sua diversidade e intensidade.
No entanto, em ambos os casos, é fundamental que se tenha acolhimento e
acompanhamento sistemático que promova a saúde, a abordagem adequada, o
diagnóstico precoce e o tratamento imediato das alterações diagnosticadas para
que se possam prevenir futuras complicações.
2. Existe
uma transformação na vida da mulher?
A passagem do período reprodutivo para o não reprodutivo ocorre de
maneira gradual. Nesta fase, é possível observar sintomas e sinais que podem
ocorrer no climatério. Isto envolve não apenas alterações hormonais, mas também
mudanças psicológicas e sociais.
3. Quais
são seus sinais e sintomas?
Ondas de calor acompanhadas por sudorese
intensa são características desse período, ocorrendo com frequência durante a
noite e resultando em piora da qualidade do sono. Podem, ainda, ocorrer
palpitações, enxaqueca e cansaço fácil. Mais tardiamente, existem sintomas
urinários e ressecamento e desconforto vaginal, podendo levar à dor nas
relações sexuais que, acompanhada na diminuição da libido, costumam conduzir a
uma piora da qualidade de vida sexual.
4. A
saúde pode ser afetada?
Nesta fase, identificam-se sintomas
decorrentes da queda da produção de estrogênio na grande maioria das mulheres,
o que pode provocar, inicialmente, irregularidades menstruais, hemorragias
disfuncionais e diminuição da fertilidade; podendo ser acompanhado das
instabilidades vasomotoras (ondas de calor e suores noturnos), alterações
emocionais (destacando-se a depressão, a ansiedade e a insônia), decréscimo da
libido, dor durante o ato sexual e distúrbios urinários; e, no longo prazo,
osteoporose, aumento do risco de doenças cardiovasculares e cerebrais.
5. Como
atenuar os sintomas e evitar riscos à saúde?
Existem diversos esquemas de terapia hormonal
(TH) que tratam os sintomas vasomotores durante este período. O sucesso no
emprego da terapia hormonal está intimamente ligado ao conhecimento adequado do
médico, dos diferentes tipos de hormônios que podem ser utilizados, assim como
as doses, as vias de administração e os esquemas terapêuticos, procurando
identificar as necessidades de cada mulher. Outros medicamentos também podem
ser indicados naquelas com contra indicação a terapia hormonal, e o uso de
fitomedicamentos também tem sua indicação.
Além disso, é fundamental ter uma mudança do
estilo de vida, adotando a prática regular de exercícios e alimentação
balanceada. A acupuntura, yoga e técnicas de relaxamento como terapia
complementar, também são indicadas.
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