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terça-feira, 24 de maio de 2016

Banho quente é inimigo da saúde da pele e dos cabelos





Basta chegar o friozinho que a temperatura dos banhos se eleva. Relaxante, quentinho e gostoso. Porém, um vilão quando se pensa na saúde da pele e dos cabelos.

Segundo a dermatologista Natalia Cymrot, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, no frio ou quando exposta a baixas temperaturas, a pele naturalmente apresenta alterações, como aspereza, ressecamento e em muitos casos até descamação e rachaduras. “Isto devido a remoção da oleosidade natural de forma mais intensa, diminuindo o manto lipídico que retém a umidade da pele”.

Se você sofre de pele seca ou ressecada, um dos primeiros pontos é optar por banhos mornos a frios porque preservam melhor a hidratação da pele. Outro fator a ser ajustado é o sabonete, que têm como objetivo desengordurar a pele, até mesmo os sabonetes neutros. Portanto, ressecam a pele na medida em que retiram a camada de gordura que tem função protetora e participa na hidratação.

“O ideal para quem tem a pele muito seca é usar mais o sabonete nas axilas, nádegas, genitais, pés. Nas outras regiões, que ressecam mais, como braços e pernas, é melhor usar bem pouco e sem fazer muita espuma.  Os sabonetes líquidos, tendem a ser mais delicados e com pH mais equilibrado, que significa menor concentração de detergentes. Outra alternativa é o sabonete para peles sensíveis, que possui hidratante em vez de desengordurante na fórmula”, explicou a especialista.

O fato é que a pele quando está muito seca não exerce adequadamente sua função de barreira. Portanto, é mais comum em peles secas encontrarmos infecções por bactérias, vírus e fungos, além de alergias por contato com certos produtos. Por outro lado, a pele seca pode coçar bastante, o que causa muito desconforto.

Por isso, a hidratação é importante. A dica é aplicar o hidratante logo nos três primeiros minutos após o banho. Isso faz com que ele penetre até 10 vezes mais na pele. Misturar alguns componentes ao hidratante, como aloe vera, lanolina ou alguns óleos vegetais pode ajudar também na hidratação e melhorar a irritação da pele, mas não devem ser usados por pessoas com pele oleosa.


Frio X Cabelos:

As baixas temperaturas também afetam os cabelos. As condições climáticas associadas aos raios solares atingem a matriz do cabelo diminuindo a retenção de água, causando ressecamento, aspereza e pontas duplas. Para evitar, é necessário utilizar condicionadores, máscaras e leave in contendo substâncias como queratina, ceramidas, vitamina E e filtros solares.

“Todos são ótimas opções para formar uma película protetora que impede a perda da umidade e consequente desidratação dos fios. Além disso, eles aumentam a luminosidade e diminuem a eletricidade estática. Uma dica é não aplicar diretamente no couro cabeludo, mas na direção das pontas”, disse a dermatologista.

O ideal, ainda segundo a dra Natalia Cymrot, é não lavar os cabelos com água muito quente, pois as cutículas se abrem e, se em contato com o cloro, ressecam ainda mais, ficando sem. Realizar uma hidratação a cada 15 dias também ajuda bastante.

Para os cabelos oleosos, indica-se xampu com argila, jaborandi, hortelã e algas marinhas, que retiram a oleosidade sem ressecar o fio. Já para os cabelos quimicamente tratados, o ideal são xampus a base de ceramidas, pantenol, vitamina E, óleo de macadâmia, óleo de semente de girassol e queratina, para reestruturar a fibra capilar danificada e promover fios soltos, com movimento e brilhantes.

E para as unhas que são afetadas com a chegada do frio, alimentos como iogurte, atum, sardinha, salmão, espinafre, tomate, nozes, grãos integrais, ovos, linhaça e gergelim podem ajudar bastante. Além disso, é importante hidratar as cutículas e lixar as unhas frequentemente.




Dra. Natália Cymrot - Dermatologia Clínica, Cirúrgica, Pediátrica, Laser e Estética.
Formação Médica e Especialização em Dermatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia; Mestre em Dermatologia, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Formação complementar em Dermatologia no Medical College of San Francisco, California / USA, Medical College of Wisconsin, Milwaukee /USA e L´Hôpital Saint-Louis à L´Université Paris VII, Paris/França. Autora de diversos artigos científicos e capítulos de livros na área de Dermatologia. http://nataliadermatologia.com.br/

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