Pesquisar no Blog

terça-feira, 24 de maio de 2016

Nova técnica de reprodução preserva fertilidade de pacientes com câncer





Centro de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana trouxe da Bélgica para o Brasil inovadora técnica de congelamento do tecido ovariano para preservar capacidade reprodutiva de mulheres com câncer

O Centro de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana trouxe para o Brasil um novo procedimento de preservação da fertilidade voltado para mulheres com câncer e em idade fértil (até 35 anos) que pretendem engravidar após o fim do tratamento. Este método consiste em congelar parte do ovário das mulheres com câncer, antes da quimioterapia e como forma de preservar sua atividade, para depois reimplantá-la quando curadas, permitindo que engravidem.

No mundo, já são mais de 60 crianças nascidas a partir dessa técnica. No Brasil, o procedimento de congelamento do tecido ovariano nas pacientes oncológicas é recente, sendo o Centro de Reprodução do Santa Joana a Instituição privada pioneira em sua realização, com quatro casos de congelamento do tecido ovariano, ainda não reimplantados. “Aqui no Santa Joana, temos óvulos de mulheres sadias congelados há mais de 10 anos, mas o congelamento de tecido pode trazer uma expectativa melhor de sucesso. Porém, só iremos utilizar o tecido e reimplantá-lo após a paciente ter alta do tratamento oncológico”, explica o ginecologista e obstetra do Centro de Reprodução Humana do Santa Joana, dr. Eduardo Motta.

A embriologista da Instituição, dra. Joyce Fioravanti, viajou a convite até Bruxelas, na Bélgica, para realizar um aperfeiçoamento sobre essa técnica que foi desenvolvida lá pelo professor Jacques Donnes, da Universidade de Bruxelas. “Como os procedimentos de radioterapia e quimioterapia podem prejudicar os órgãos reprodutores femininos, principalmente os ovários, a técnica é uma possibilidade de preservar a capacidade reprodutiva destas mulheres”, conta a especialista.
                                                                                      
Realizada por meio de uma biópsia do ovário, parte do tecido contendo alta concentração de óvulos é retirada e congelada. O procedimento é semelhante ao do congelamento de gametas (óvulos e espermatozoides), porém sua eficácia é maior. “Este método tem mais potencial do que o congelamento de gametas, pois a quantidade preservada de óvulos é bem maior. No entanto, é fundamental que as mulheres tenham no máximo 34 anos, sendo o ideal antes dos 30”, garante dr. Motta.

Depois do término do tratamento oncológico, basta uma nova intervenção cirúrgica para reimplantar o tecido congelado no local do próprio ovário. Dessa forma, a mulher pode, inclusive, readquirir a capacidade de engravidar naturalmente, embora o procedimento de fertilização in vitro seja o mais apropriado. “A embriologia está cada vez mais evoluída, o que contribui para que as mulheres tenham várias alternativas de realizarem o sonho de ser mãe”, conclui dra. Joyce.

Você é alérgico? A ASBAI dá dicas para esses dias frios e secos do inverno





Frio é sinônimo de casa fechada, e com a ventilação menor no ambiente aliada a tapetes e ao pó pode ser um verdadeiro risco para os alérgicos nesta época de inverno. O que fazer? Passar frio e deixar tudo aberto?

A Dra. Alexandra Sayuri Watanabe, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) preparou algumas dicas para deixar a casa aconchegante e livre de possíveis alérgenos. São elas:

- A limpeza da casa sempre deve ser feita com pano úmido, tanto nos móveis, quanto nos assoalhos. Evite usar vassoura ou espanadores de pó, para que o ácaro não fique em suspensão. Caso observe paredes úmidas ou presença de mofo dentro de armários, faça a remoção com pano úmido embebido em água misturada com vinagre branco. E afaste, pelo menos, 5 cm os móveis das paredes úmidas.

- Os ácaros estão presentes em colchões, travesseiros, sofás de tecido, tapetes, além de cortinas e objetos que acumulam pó: brinquedos, livros e bichinhos de pelúcia que ficam expostos, sem proteção nas prateleiras.

- Roupas de cama devem ser lavadas semanalmente. Prefira tecidos mais leves nas cortinas, que possam ser retirados com facilidade para lavagem. Opte por edredons em vez de cobertores de pelos.

- A lavagem com água é sempre melhor nestes casos, ao invés da lavagem a seco ou mesmo somente exposição dos objetos ao sol. A água retira o ácaro do tecido, já o sol somente mata o ácaro, mas mantém o esqueleto dele e as fezes no local.

- Outra dica importante é a prevenção: lave, antecipadamente, casacos e roupas de inverno, pois acumulam muitos ácaros pela falta de utilização durante o ano.

No Brasil, cerca de 1/3 da população apresenta algum tipo de alergia, seja respiratória (asma alérgica, rinoconjuntivites, sinusites) ou de pele (dermatites atópicas, dermatites de contato, etc). A frequência das dermatites atópicas, asma, rinoconjuntivites e alergias alimentares são: 15%, 6,2%, 14% e 1,5%, respectivamente. A maioria das pessoas (80%) apresenta sensibilizações a alérgenos inalados do ar, que, frequentemente, estão dentro da própria casa.

Para amenizar os sintomas do tempo seco, a especialista da ASBAI recomenda aparelho umidificador, mas que seja acionado apenas em dias muito secos. “Caso contrário, ele pode aumentar a proliferação de mofo no ambiente. Ingerir maior quantidade de água e fazer lavagem nasal com soro fisiológico para também hidratar a mucosa nasal são ótimas alternativas”, alerta Dra. Alexandra. 


 ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Twitter: @asbai_alergia
Facebook: Asbai Alergia
www.asbai.org.br

Como não deixar a crise econômica afetar seu relacionamento?





Se tem um assunto que não sai da cabeça de muita gente, esse assunto é a crise econômica. E, o pior é que, além de afetar o bolso, esse cenário também acaba assombrando muitos relacionamentos. Desde o último ano, estamos vivendo e sentindo os desdobramentos de uma crise com impactos profundos na rotina das famílias. Momentos como esse podem gerar um estado de tensão, ansiedade e ameaça que refletem diretamente na saúde emocional das pessoas, podendo também afetar suas relações. Mas, e você? Tem sentido esse impacto no seu relacionamento?

Para se ter uma ideia, um dos motivos que mais leva casais ao consultório em busca de terapia são as divergências em relação ao dinheiro que, muitas vezes, provocam separações por razões irreconciliáveis. É comum surgirem conflitos quando um dos parceiros perde o emprego ou quando há dificuldade em manter as contas em dia ou ainda quando projetos precisam ser adiados ou repensados, como a compra de uma casa própria, o planejamento de um filho, etc.

A crise está associada ao medo de não ser capaz de suprir as necessidades financeiras básicas da família e a impossibilidade de manter o padrão de vida vigente, trazendo repercussões psicológicas que vão acometer as pessoas em maior ou menor grau, dependendo dos recursos que cada casal tem em seu repertório para viver momentos de crise. Além disso, se houver ainda uma falta de perspectiva de futuro no relacionamento, esse momento acaba se tornando uma fonte ainda maior de estresse, aumentando a ansiedade e a propensão à depressão e ao consumo de álcool ou drogas.

Muitas vezes, por medo de causar desentendimentos e desgastes, alguns casais evitam dialogar sobre o assunto e, quando os problemas surgem, fugir parece ser a solução mais fácil. É comum buscarmos o apoio na família e nos amigos. Se o relacionamento está desgastado, a sensação de solidão é devastadora e os reflexos são sentidos na relação com o parceiro, através de cobranças.  Mas, assim como nos negócios, a crise pode gerar grandes oportunidades nos relacionamentos.

É importante que os casais entrem em um consenso em como utilizar o dinheiro. O assunto pode ser um tabu, mas conversar abertamente sobre isso é essencial para manter a saúde financeira do casal. Fazer ajustes e redirecionar projetos de vida podem trazer muitos benefícios para o relacionamento. Então, reserve um momento para conversarem sobre a situação, olhem os extratos bancários, investimentos, contas básicas, boletos, faturas do cartão de crédito. Em seguida, analisem as contas e o orçamento atual e decidam quais gastos podem ser reduzidos e onde devem investir. Superar a crise sem afetar o relacionamento é um desafio para o casal e a família, mas é possível, basta ter em mente que é preciso sempre muita conversa. Aliás, esse é um dos aspectos da crise, trazer a proximidade do casal, cumplicidade e superação, são marcas positivas do enfrentamento de desafios.



Tatiana Leite - terapeuta de casal e família com especialização em Sexualidade Humana.
Graduada em psicologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), a profissional possui especialização em terapia familiar e de casal, pela Pontifica Universidade Católica (PUC/SP) e Pós-graduação em Sexualidade Humana, pela Faculdade de Medicina da USP. O conhecimento acadêmico aliado à experiência em atendimento clínico fazem de Tatiana Leite uma profissional completa, com um olhar apurado e sistêmico sobre as diferentes formas de relacionamento

Posts mais acessados