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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Infecção urinária atinge até 8% das crianças e exige atenção especializada

Urologista pediátrica Ana Carolina Menezes alerta para a necessidade de diagnóstico precoce e tratamento adequado, especialmente em casos com malformações do trato urinário

 

Infecções do trato urinário (ITU) são uma preocupação frequente na infância, afetando até 8% das crianças, como apontam levantamentos epidemiológicos internacionais. Diante disso, a médica urologista pediátrica, Ana Carolina Menezes, especialista do Espaço Zune, ressalta que essas infecções, embora sejam comuns, também podem ser indicativas de condições mais graves e não podem ser ignoradas. 

“Na maioria das vezes, esses quadros ocorrem em crianças que possuem alguma malformação do trato urinário, embora possa acontecer esporadicamente na infância”, explica a médica.

 

Idade e diversidade de sintomas 

De fato, um dos desafios no diagnóstico das ITUs em crianças é a diversidade de sintomas, que podem variar significativamente conforme a faixa etária. A urologista explica que em bebês e recém-nascidos, por exemplo, a recusa alimentar, sonolência extrema e febre sem causa aparente são sinais de alerta. 

Já em crianças maiores, ela pontua que a frequência urinária aumentada, dor ao urinar e dor abdominal ou lombar são mais comuns. “Nos bebezinhos recém-nascidos e nos lactentes é comum que tenhamos uma recusa da mamada, sonolência e/ou irritabilidade extremas, e às vezes a febre sem outra origem”, destaca a especialista, ressaltando a importância de buscar atendimento médico imediato em tais casos.

 

Importância do acompanhamento especializado 

Embora o pediatra normalmente seja o primeiro a identificar os sinais de uma infecção do trato urinário, a médica Ana Carolina Menezes reforça que o acompanhamento por um nefrologista ou urologista pediátrico é essencial para uma investigação mais aprofundada. 

“Diante da suspeita de infecção do trato urinário, é sempre importante a consulta com o médico especialista”. Ela esclarece que além do exame de urina, exames de imagem são frequentemente necessários para avaliar possíveis anomalias no trato urinário, garantindo um diagnóstico realmente preciso.

 

Prevenção e cuidados contínuos 

A prevenção das ITUs envolve uma combinação de cuidados com a higiene e a ingestão adequada de líquidos, recomendações básicas que devem ser seguidas por todos os pais e cuidadores. Porém, a urologista pediátrica salienta que esses cuidados podem não ser suficientes para crianças com alterações no trato urinário. 

Nesses casos, evitar quadros infecciosos pode exigir intervenções adicionais, como fisioterapias específicas e o uso de medicamentos. A especialista reforça que “as infecções em recém-nascidos são sempre consideradas graves e devem ser avaliadas de imediato”, uma vez que complicações podem exigir hospitalização. Também por isso, a investigação de possíveis alterações na formação do trato urinário é importante para que seja definida a abordagem correta.

 

Importância de um tratamento adequado e ágil 

Isso porque o tratamento adequado das ITUs é crucial para evitar complicações, especialmente em crianças com resposta inadequada ao tratamento ambulatorial. Para isso, os pais precisam ter atenção especial a alguns sinais para buscar ajuda em tempo hábil e evitar o agravamento do quadro, podendo ser inclusive necessária a internação hospitalar. A urologista pediátrica alerta: “Crianças maiores, havendo má resposta ao tratamento ambulatorial ou febre com calafrios, dor lombar e queda do estado geral, também precisam ser avaliados mais rapidamente”, acrescenta. 

Diante disso, a urologista pediátrica reforça que infecções urinárias em crianças são um problema que demanda atenção especial, principalmente pela possível relação com malformações. Ela acrescenta que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações graves e, por isso, é essencial que pais e responsáveis estejam atentos aos sinais e busquem acompanhamento especializado nos primeiros sinais de infecção.


Setembro Amarelo: é preciso desmistificar o suicídio, suas causas e sinais

Éimportante ter escuta ativa, acolhimento e não julgar
os sentimentos de quem pensa em suicídio
Pixabay

 

Não é só a depressão que leva uma pessoa a tirar a própria vida, como muitos acreditam, existem outros transtornos, doenças, situações sociais, dificuldades financeiras e de relacionamento, que podem causar sofrimento insuportável, induzindo ao suicídio 

 

O Brasil tem mais de 15 mil casos notificados de suicídio anualmente, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Para evitar que o número de casos aumente, é preciso desmistificar e conhecer as causas que levam uma pessoa ao limite do sofrimento e tire a própria vida. O risco do suicídio está ligado ao momento crítico que a pessoa está passando e que pode ser superado. Apesar da depressão estar mais associada ao ato, outros transtornos também podem levar pessoas ao limite da dor, como o bipolar, de personalidade bordeline e esquizofrenia, além de doenças físicas crônicas incapacitantes.

A psicóloga Bárbara Couto ainda inclui as pessoas que sofrem assédio moral ou sexual nesse quadro. “E sabemos que fatores socioeconômicos, como desemprego e pobreza, podem contribuir para o evento. Também os jovens, por não terem desenvolvimento do controle emocional, podem ter uma impulsividade maior para tentarem, quando já têm pensamentos suicidas, ao enfrentarem situações difíceis, como brigas familiares, bullying, falta de apoio social, términos de relacionamentos, fracasso profissional e luto, mesmo não tendo, nem estando dentro de um transtorno psiquiátrico. Não esquecendo dos LGBTQIA+, que além do preconceito, ainda passam pelo doloroso processo de aceitação próprio e dos outros”, alerta Bárbara


Homens são mais suscetíveis ao suicídio

              Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, no Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. Bárbara Couto acredita que esse dado esteja ligado à propensão dos homens a não procurarem ajuda quando estão sofrendo. “Além disso homens cometem mais suicídio pela associação maior ao uso abusivo de álcool e drogas, que os torna mais impulsivos. Também por, culturalmente, serem mais agressivos, acabam usando meios mais letais ao tentar o suicídio, como armas de fogo, por exemplo”, explica a psicóloga.


Mitos sobre o suicídio

              Por trás do ato extremo de dor há outros mitos. Entre eles de que o suicídio seja sempre uma ação impulsiva. De acordo com Bárbara Couto, na maioria das vezes, a pessoa passa pelas fases de sensação, idealização suicida e planejamento do evento. Muitos também acreditam que o suicídio é uma forma de chamar atenção. “Geralmente, a pessoa está em sofrimento extremo e acha, erroneamente claro, que esse seja o caminho para trazer alívio. Outro mito é imaginar que se perguntar a alguém se ela está pensando em se matar incentiva a cometer o ato. O questionamento pode dar abertura para a pessoa lidar e ressignificar essa dor, se sentir acolhida e buscar ajuda”, elucida ela.

              E, a pessoa que pensa em suicídio dá sinais de alerta. A maioria, além de falar sobre querer morrer, se sentir inútil ou um fardo, que a vida está muito difícil e a situação insuportável, ela também muda o humor e o comportamento. “O suicida perde interesse pelas atividades que gostava e hábitos de sono e alimentares mudam. Pode ficar imprudente, com condutas que podem colocar a vida dele em risco, como beber ou usar drogas demais, dirigir em alta velocidade, entre outras. Algumas pessoas até começam a se despedir de amigos, de familiares. Outras passam a apresentar uma calma repentina depois de muito sofrimento e desespero, sinalizando que que ela tomou a decisão de tirar a própria vida”, explica Bárbara.


Como ajudar quem fala em suicídio?

              Quando alguém fala sobre o desejo de tirar a própria vida, é importante levar isso a sério, não, julgar, não minimizar o sofrimento e não querer resolver o problema por ela. Deve-se escutar e entender o que essa pessoa quer dizer, mostrando empatia e compreensão. “O simples fato de ter uma escuta ativa pode ajudar a pessoa a se sentir acolhida, compreendida e, quem sabe, voltar a querer salvar a própria vida. Nesse momento, tem que incentivar a pessoa a procurar ajuda de profissional de saúde mental: psicólogo, psiquiatra. Se estiver muito perdida, é importante também não deixar essa pessoa sozinha, avisar as pessoas que moram com ela sobre a questão e tirar de casa qualquer objeto cortante, corda ou objeto que ela pode usar para tirar a própria vida. E, em caso de risco muito iminente, levar a uma emergência”, orienta a psicóloga.

A pessoa com pensamento suicida precisa entender que está precisando de ajuda e que é necessário compartilhar isso com as pessoas, além de buscar ajuda de profissional de saúde mental, como psicólogo, psiquiátrico, que são os que podem oferecer tratamento adequado. “É necessário que ela entenda que o sofrimento dela tem causa e, se tratado, pode ter fim. E ela não precisa passar por tudo isso sozinho. Se não encontra isso em pessoas próximas, pode achar grupo de apoio na internet, em comunidades. Se não tem condições de pagar pelo tratamento particular, pode procurar assistência nos serviços de saúde mental públicos no CRAS, CREAS ou Caps. Às vezes, a carga é pesada demais e não há problema algum em procurar ajuda, muito pelo contrário, é um ato de coragem e de amor próprio. Quem pensa em suicídio, na verdade não quer eliminar a própria vida, quer eliminar o sofrimento que para ela está insuportável”, finaliza Bárbara Bárbara.


Se precisar, peça ajuda 

Ao apresentar sinais, é fundamental procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio, além de conversar com alguém em quem confie. Também é possível entrar em contato com o Centro de Valorização da Vida – CVV, formado exclusivamente por voluntários, que oferece apoio emocional e prevenção do suicídio gratuitamente por meio de conversa sigilosa, sem julgamentos, críticas ou comparações. O atendimento é realizado pelo telefone 188 (24 horas por dia e sem custo de ligação), chat e e-mail.

    

Bárbara Couto - Graduada em Psicologia pelo Centro Universitário de Brasília (UNICEUB) e tem Mestrado em Psicologia Clínica e Saúde pela – Universidad Europea del Atlantico (UNIAtlântico), da Espanha. Ela também tem Especializações em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências e em Comportamento, ambas pela PUC-RS e em Neuropsicologia Clínica, pela Capacitar. Bárbara Couto escreveu dois livros, editados pela Drago Editorial, em versões impressa e e-book. O primeiro “Permita-se”, sobre relacionamentos abusivos e libertação emocional. E o segundo “Aceita-se”, sobre tabus e necessidade da autoaceitação para sobreviver em uma sociedade que tem dificuldade em aceitar.

 

Brasil se destaca em índices de ansiedade e depressão, revela pesquisa da Ipsos

Dos entrevistados, 45% mencionaram ter ansiedade, em maioria mulheres e jovens entre 18 e 24 anos

 

A Ipsos, empresa líder em pesquisa de mercado e opinião pública, lança o estudo “Calendário da Saúde”, pesquisa que monitorará, no decorrer dos próximos meses, a opinião pública dos brasileiros sobre questões de saúde atreladas ao calendário oficial de ações do Ministério da Saúde. A primeira onda da pesquisa é focada no Setembro Amarelo. Foram ouvidos médicos de diversas especialidades e mais de 1.000 pessoas da poupulação brasileira, de diferentes regiões e classes sociais. Os dados revelam um cenário preocupante: a prevalência de transtornos mentais como ansiedade e depressão e a necessidade urgente de maior atenção a esse tema. 

O estudo também buscou aprofundar o entendimento sobre o impacto dos transtornos psíquicos na prática clínica, especialmente a relação entre suicídio e doenças não diagnosticadas ou tratadas. A iniciativa visa fomentar informações sobre a campanha 'Setembro Amarelo', levando em consideração o ponto de vista de atores comuns nas pesquisas de healthcare, como médicos e população, contribuindo dessa forma para uma maior conscientização e redução do estigma associado à saúde mental. 

Os resultados da pesquisa da Ipsos reforçam a necessidade de intensificar as ações de prevenção e tratamento dos transtornos mentais. É preciso investir em políticas públicas que garantam o acesso a serviços de saúde mental de qualidade, além de combater a estigmatização e incentivar a busca por ajuda profissional.
 

Conscientização crescente entre a população

O estudo revelou que 45% dos entrevistados mencionaram sofrer de ansiedade, com uma maior prevalência entre mulheres (55%) e jovens de 18 a 24 anos (65%). Já os que afirmam ter depressão entre os entrevistados somam 19%, sendo novamente a porcentagem de mulheres (24%) maior que a dos homens (13%). 

O conhecimento sobre campanhas de saúde também foi um tema questionado aos participantes da pesquisa. O "Setembro Amarelo" é, atualmente, a terceira campanha de saúde mais conhecida pela população brasileira (73%), mostrando que as iniciativas promovidas desde 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) já são bem assimiladas pela população. 

“Vemos que o Brasil segue se destacando em incidência de problemas relacionados à saúde mental. Em outros monitoramentos realizados pela Ipsos, o país costuma liderar no tema da ansiedade e estar entre os mais altos índices na autodeclaração de depressão quando comparados com outros países. Nesta pesquisa, identificamos que Setembro Amarelo é a terceira maior campanha de saúde destacada pelas pessoas, reforçando que a visibilidade da campanha mostra a importância em continuar a promover o diálogo aberto sobre saúde mental para combater o estigma e garantir que todos tenham acesso ao diagnóstico e tratamento adequados”, explica Amanda Sousa, Gerente de pesquisas de saúde na Ipsos.
 

Doenças mentais e seus efeitos na prática médica

Os resultados da pesquisa indicam que os transtornos mentais mais comuns entre os pacientes atendidos pelos psiquiatras são ansiedade (100%), depressão (100%), transtorno bipolar (70%), TDAH (63%), TOC (30%), esquizofrenia (23%) e TEPT (23%). Além disso, 93% dos psiquiatras entrevistados afirmaram que esses transtornos impactam fortemente a qualidade de vida dos pacientes, pontuando entre 8 e 10 em uma escala de impacto de 1 a 10. 

Entre os desafios mais citados pelos psiquiatras estão a falta de adesão dos pacientes aos planos de tratamento, o preconceito e a desinformação sobre saúde mental, a gestão de casos complexos, a sobrecarga de trabalho e o esgotamento profissional, além de questões legais e éticas na prática psiquiátrica.
 

Impacto da saúde mental no tratamento oncológico e outras especialidades

A pesquisa também revelou que saúde mental é uma temática cada vez mais multidisciplinar com impacto importante no tratamento de pacientes oncológicos, por exemplo. Mais de 53% dos oncologistas entrevistados indicaram que problemas de saúde mental são muito comuns entre seus pacientes, e 81% destacaram que esses transtornos impactam significativamente o sucesso do tratamento. Apesar disso, apenas 56% dos profissionais afirmam ser uma prática comum o encaminhamento dos pacientes oncológicos para serviços especializados em doenças mentais para realizarem um acompanhamento conjunto, mostrando uma necessidade de suporte à saúde mental como um aspecto complementar ao tratamento oncológico. 

Nas demais especialidades clínicas, como dermatologia, cardiologia e endocrinologia, o cenário não é diferente. Cerca de 55% dos médicos afirmaram que os problemas de saúde mental são muito comuns entre seus pacientes, e 89% reconheceram o impacto significativo dessas condições no tratamento. No entanto, o gap dos especialistas que encaminham os pacientes para realizar um tratamento psíquico paralelo ao de sua especialidade é ainda maior: apenas 48% mencionam que está é uma prática comum. 

A Ipsos reforça seu compromisso em apoiar a saúde mental no Brasil, utilizando sua expertise em pesquisas para informar e educar a população sobre a importância do cuidado com a mente. A empresa acredita que aumentar a conscientização é um passo essencial para enfrentar os desafios que a saúde mental representa na sociedade atual.


Saiba por que o seu antialérgico pode não estar fazendo efeito

Sucos de toranja (grapefruit), laranja e maçã podem reduzir a eficácia de determinados antialérgicos, diminuindo seu efeito; especialista dá dicas de como prevenir crises 

 

Uma curiosidade pouco divulgada sobre alguns antialérgicos é que as interações relacionadas a efeitos adversos não acontecem somente entre o consumo associado ao álcool ou outras medicações. Uma série de outros fatores podem afetar sua absorção e eficácia, como determinados alimentos e bebidas. Dr. Augusto Vieira, Líder Médico da divisão de Consumer Health da Bayer Brasil, dá alguns exemplos do que pode impactar: “tomar café com alguns antialérgicos pode aumentar os sintomas de inquietação, irritabilidade e distúrbios do sono, já que em conjunto estimulam excessivamente o sistema nervoso central. O álcool também influencia no desempenho da medicação, pois é processado pelo fígado, o que diminui sua eficácia e aumenta o risco de efeitos colaterais”. 

Outro ponto de atenção é a interação entre sucos de frutas e alguns antialérgicos, visto que nem sempre a ingestão é feita com água. Estudos clínicos revelam que a ingestão de fexofenadina com suco de frutas, como laranja, maçã e toranja (grapefruit), pode reduzir as concentrações séricas de fexofenadina em até 70%, diminuindo sua eficácia1. O motivo é que esses sucos podem inibir a ação da enzima OATP1A2, que está envolvida na absorção da fexofenadina pelo trato gastrointestinal. Inclusive, os pacientes devem evitar essa interação e não beber o suco dessas frutas por 4 horas antes ou até 2 horas depois da ingestão de fexofenadina para não impactar no seu efeito2. 

No entanto, alguns tipos de medicamentos são menos propensos a sofrer essas interações, como a loratadina (Claritin). Outro estudo avalia a eficácia da loratadina comparada a fexofenadina e placebo no alívio dos sintomas da rinite alérgica. Em relação ao placebo, ambos proporcionam um alívio significativo dos sintomas, porém a loratadina demonstra um alívio maior dos sintomas e que ocorre significativamente mais cedo do que a fexofenadina3. 

Segundo o Dr. Vieira, “o ideal é evitar a exposição ao que está desencadeando uma resposta alérgica e procurar um médico alergologista, para entender os gatilhos de alergias e receber o tratamento adequado”. Ele explica que a alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a substâncias que entram em contato com o organismo, seja pela via respiratória, cutânea ou ingestão. Quando o contato acontece, são produzidos anticorpos que identificam um alérgeno como prejudicial e a reação pode se manifestar de diversas maneiras: na pele, nos seios da face, nas vias aéreas ou até mesmo no sistema digestivo. 

Um outro levantamento recente, encomendado pela marca Claritin®, da multinacional alemã Bayer, mostra como os brasileiros lidam com a alergia. O recrutamento selecionou um time de pessoas que sofreram com alergia no último ano (100% dos entrevistados), para comentarem as alternativas que adotam para o alívio dos sintomas. Os respondentes acreditam ser necessário manter uma boa hidratação com água (64%), deixar os cômodos da casa ventilados (62%) e limpar com frequência o ambiente (60%). 

Embora não haja conteúdos científicos sobre nenhum alimento antialérgico, algumas opções naturais podem ajudar: “mel, chá de camomila e cúrcuma são ingredientes naturais para alergias, os dois últimos por contar com propriedades anti-inflamatórias. No entanto, não substituem o tratamento médico adequado e devem ser consideradas como complementares”, conclui o Dr. Vieira.

 


Bayer
www.bayer.com.



REFERÊNCIAS:

1DG Bailey. Fruit juice inhibition of uptake transport: a new type of food-drug interaction. Br J Clin Pharmacol 2010; 70:645.

2In Brief: Fexofenadine (Allegra) and Fruit Juice | The Medical Letter Inc.

3 Medscape Registration



Claritin® (loratadina 10 mg). Reg. MS – 1.7056.0110. CLARITIN® é indicado para o alívio dos sintomas associados com a rinite alérgica, como: coceira nasal, nariz escorrendo (coriza), espirros, ardor e coceira nos olhos; também é indicado para o alívio dos sinais e sintomas da urticária e de outras alergias da pele. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. CLA 2024-02-26-238. SAC 0800 723 1010 │sac@bayer.com

 

Setembro Amarelo: é preciso atenção a alguns sinais de alerta

Mudanças bruscas de comportamento e sentimentos persistentes de desesperança e desamparo são indicativos para a busca de ajuda, de acordo com Psiquiatra do Grupo Trasmontano.

 

Segundo relatório da OMS, anualmente são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia, com maior incidência entre jovens de 15 a 29 anos. O número alarmante destaca a necessidade de uma abordagem mais atenta às questões de saúde mental, especialmente nessa faixa etária. 

De acordo com Allan Doriguetto, Psiquiatra do Grupo Trasmontano, é preciso estar cada vez mais atento aos sinais, que, muitas vezes, podem ser sutis e se confundirem com comportamentos corriqueiros. “É preciso observar os detalhes, como por exemplo, se a pessoa faz comentários diretos como ‘Eu quero morrer’ ou ‘Eu não aguento mais viver’, além de demonstrar sentimentos persistentes de desesperança, desamparo ou de que a vida não tem sentido. Outro fator que merece atenção é a mudança brusca no comportamento, com o afastamento de amigos e familiares e das atividades diárias”, acrescenta. “Desenvolver comportamentos de risco, como o abuso de substâncias, direção perigosa ou automutilação, e ter alterações extremas no humor, também são fortes indicativos de que a pessoa precisa de ajuda especializada”, afirma o psiquiatra.
 

O que fazer? 

O Setembro Amarelo, além de promover a conscientização geral sobre o suicídio, tem um papel fundamental em reforçar a importância de cuidar da saúde mental. A presença de um círculo social ativo é importante para reduzir o isolamento; manter laços familiares, participar de atividades comunitárias e acessar grupos de apoio são métodos eficazes, enquanto a tecnologia pode ajudar a conectar com familiares e amigos distantes. 

“É importante estar presente. Ouvir sem julgar, incentivar a pessoa a procurar ajuda profissional, e, acima de tudo, mostrar que ela não está sozinha. Se você ou alguém que você conhece está passando por isso, não hesite em buscar ajuda”, finaliza Allan Doriguetto, psiquiatra do Grupo Transmontano. 



Hospital IGESP unidade Paulista
Para mais informações, acesse: Link

 

Malformações cardíacas afetam 1 a cada 100 recém-nascidos vivos

Com o diagnóstico precoce e intervenções adequadas, muitos bebês com essas condições poderiam levar uma vida normal

 

Todos os anos, cerca de 130 milhões de crianças nascem com algum tipo de cardiopatia congênita, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil, são mais de 30 mil com algum tipo de malformação do coração. As anomalias cardíacas constituem uma das principais causas de morte na primeira infância e a terceira maior causa de mortalidade neonatal no país. 

A cardiopatia congênita é um conjunto de malformações do coração que começam a acontecer durante o desenvolvimento do bebê, dentro do útero materno, que podem levar a alterações anatômicas (estruturais) ou do funcionamento do órgão. “Ainda que, na maioria das vezes, o diagnóstico seja realizado após o nascimento, é possível detectar as alterações no ultrassom morfológico, feito a partir da 22ª semana de gestação”, revela a Dra. Ieda Biscegli Jatene, líder médica da Cardiologia Pediátrica do Hcor. 

Segundo a especialista, é muito importante que a gestante realize todos os exames pré-natais e que o médico obstetra esteja atento aos achados do ultrassom morfológico. “Assim, é possível organizar o nascimento para que a criança inicie o tratamento já nos primeiros dias de vida. Dependendo do caso, podemos até intervir na malformação durante a gestação, permitindo que o bebê se desenvolva de uma maneira melhor e, consequentemente, nasça com uma condição mais favorável”, explica. 

No entanto, muitas vezes, a cardiopatia congênita só é descoberta após o nascimento, às vezes, depois que o Teste do Coraçãozinho é feito na maternidade ou mesmo após a alta hospitalar. Desde 2014, o exame passou a ser obrigatório, sendo disponibilizado, inclusive, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Há diferentes tipos de malformações cardíacas. Ainda que existam casos que não necessitam de tratamento, que podem apresentar cura espontânea, a maioria requer cirurgia. Cerca de 80% das crianças cardiopatas precisam ser operadas, sendo metade delas no primeiro ano de vida”, esclarece. 

Com o tratamento adequado no tempo certo, muitas podem ter uma infância normal ou bem próxima da normalidade, com qualidade de vida, capacidade para desenvolver atividades simples do cotidiano, como andar, brincar e condições de praticar atividade física compatível com a idade. “Os dados mostram o quanto ter uma jornada completa de cuidados, do feto à vida adulta, desde o diagnóstico até a reabilitação, é fundamental para o desenvolvimento da pessoa, com a possibilidade de se reverter a doença em até 80% dos casos. Por isso, é importante manter o acompanhamento com a equipe multidisciplinar e os bons hábitos em casa ao longo de toda a vida”, completa a especialista.

 

O que causa a cardiopatia congênita?

Além da herança genética, existem condições maternas que podem aumentar a incidência de cardiopatia congênita, como diabetes mellitus, hipertensão arterial, lúpus, infecções como a rubéola e a sífilis, uso de medicamentos e drogas. 

“Quando a mulher é cardiopata ou já tem um filho também com a enfermidade, a chance de ela gerar outra criança com alterações cardíacas aumenta”, alerta a Dra. Ieda Biscegli Jatene.

 

Hcor


Burnout: veja 5 dicas de especialista para tratar e prevenir a síndrome

Procurar ajuda, realizar mudanças no estilo de vida e contar com uma rede de apoio são alguns passos importantes no tratamento da doença, de acordo com profissional da área de Psicologia, que explica como cuidar da saúde mental

 

Em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o burnout como uma doença ocupacional, e a realidade brasileira é alarmante: cerca de 30% dos trabalhadores já foram afetados, segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT). O cenário se agrava com dados da ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil), que apontam que 72% dos brasileiros enfrentam altos níveis de estresse no ambiente profissional. Diante desse panorama, entender como identificar e controlar os sinais de burnout se torna essencial para preservar a saúde mental e a qualidade de vida no trabalho.

Exaustão mental e física, mudanças bruscas de humor, problemas gastrointestinais, fadiga, dificuldades de concentração e alterações do apetite são alguns dos sintomas causados pelo burnout, conforme aponta o Ministério da Saúde. Quando esse esgotamento mental e físico ocorrem, o trabalhador pode não conseguir cumprir suas tarefas diárias, dificultando sua relação com amigos, familiares e colegas de trabalho. 

 

Como tratar?

Com uma força de trabalho tão estressada como no Brasil, é crucial que se tenha conhecimento e atenção aos sinais que a doença está dando. Vagner Vinicius Morais de Araújo, psicólogo do AmorSaúde, a maior rede de clínicas médico-odontológicas do Brasil, enfatiza cinco procedimentos que são essenciais para o tratamento e prevenção da Síndrome do Burnout:

 

1) Diagnóstico com profissional especializado

De acordo com o psicólogo, deve-se procurar um especialista para avaliar a condição do paciente e fazer o diagnóstico do burnout. Nesse caso, abordagens psicológicas como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é um tratamento eficaz para superar a doença. Além desses, existem outros como a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) e as práticas de Mindfulness e meditação, que podem complementar o acompanhamento psicológico. Manter sessões regulares de psicoterapia e consultas médicas para monitorar os níveis de estresse é essencial para identificar gatilhos precoces e desenvolver estratégias de enfrentamento, enfatiza Vagner.

 

2) Hora da pausa

Para um tratamento mais eficaz, é preciso que a pessoa acometida pelo burnout tire um período de descanso ou afastamento de suas atividades no trabalho. Segundo Araújo, o ideal para o tratamento é a pessoa se afastar da principal fonte de estresse. “Isso permite que ela recupere suas energias e reflita sobre o que causou o burnout e o que pode ser feito para evitar que isso aconteça novamente", explica.

 

3) Rede de apoio

A melhor recuperação durante e depois de um burnout envolve o apoio do ciclo social. Essa rede de amigos e familiares pode potencializar o processo de recuperação da pessoa, auxiliando em tarefas práticas do dia a dia, além de proporcionar uma segurança emocional. “O apoio social não só oferece um alívio emocional imediato, mas também cria um ambiente favorável à recuperação sustentável e ao fortalecimento da resiliência", completa o psicólogo do AmorSaúde.

 

4) Mudança de hábitos

Para além do tratamento psicoterápico, outro importante fator para a melhora no tratamento da síndrome é a transformação dos hábitos. A longo prazo, mudanças como alimentação equilibrada, adoção de práticas de atividades físicas e o sono de qualidade podem prevenir o burnout. De acordo com Vagner, isso acontece pois uma alimentação saudável fornece os nutrientes necessários para o funcionamento adequado do corpo e do cérebro, enquanto um bom padrão de sono acelera a recuperação e aumenta a resiliência ao estresse. Ele também enfatiza que a atividade física ajuda a reduzir o estresse e melhorar a circulação, o que combate a fadiga física e mental.

 

5) Estabeleça limites

Durante a turbulência mental causada pelo burnout, é difícil delimitar os gatilhos e as consequências. Entretanto, durante o tratamento especializado, é importante que se trabalhe o estabelecimento de limites tanto no trabalho quanto na vida pessoal para prevenir o retorno da condição. “Após o diagnóstico, é crucial reduzir responsabilidades ou até mesmo reavaliar as prioridades de vida. Esse tempo de descanso é essencial para permitir que o corpo e a mente comecem a se recuperar do estresse crônico”, aponta o psicólogo do AmorSaúde.

 

Setembro Amarelo

No mês de setembro, a rede de clínicas AmorSaúde está com uma campanha com condições especiais para atendimentos em saúde mental. São pacotes de sessões de psicoterapia com preços mais acessíveis, que oferecem ainda descontos adicionais significativos para filiados do Cartão de TODOS. Para saber mais e conferir mais dicas de saúde mental, basta acessar o site da campanha.


Um chamado para o autocuidado

Freepik

Ao longo desse mês, com a passagem do Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito, celebrado em 22 de setembro, teremos a oportunidade de reforçar a importância de conscientizar a população sobre a halitose.  

Esse tema me move pessoal e profissionalmente, pois ao longo de 30 anos tratando pacientes nessa área, vi em primeira mão os estragos da ansiedade social que as alterações no odor do hálito podem causar.  

O tratamento do mau hálito é quase um tabu: muitas pessoas têm vergonha de compartilhar as inseguranças e dúvidas com relação ao seu hálito e buscam tratamentos caseiros, sem embasamento científico, oferecendo riscos à saúde para resolver um problema que, em geral, pode ter soluções relativamente simples.  

Durante meu Mestrado em Psicologia, investiguei as alterações de comportamentos, sentimentos e pensamentos que quem se queixa em ter mau hálito desenvolve, atendendo 156 voluntários.  

Foi constatado que mais de 90% dos participantes da pesquisa apresentavam uma forte convicção em ter um mau hálito forte, mas a realidade é que 66% destes voluntários apresentavam o hálito normal ou mau hálito leve na avaliação inicial. Para piorar, 50% desses participantes apresentavam sintomas típicos de ansiedade social. 

Muitos dos meus pacientes que acreditam ter halitose costumam recusar uma nova e promissora carreira, se neste novo trabalho tiverem de conversar próximo as pessoas. Alguns desistem de estudar ou trabalhar, outros deixam de se relacionar, namorar ou beijar. Tudo por causa do mau odor severo que eles acreditam ter e raras vezes têm.  

É essencial que todos entendam a importância de testar o hálito com alguém de confiança e que sejam incentivados a dar esse passo. Muitos sofrem durante anos sem nunca conversar a respeito da própria insegurança. Por sofrerem calados, essa situação só se agrava. 

A maioria dos casos de mau hálito têm origem na boca, principalmente devido à saburra ou biofilme lingual, à higiene bucal incorreta que provocam as doenças de gengiva, como a gengivite e periodontite, ou a cáseos amigdalianos. Outros fatores que agravam a situação são as causas indiretas do mau hálito, como a baixa produção de saliva, a respiração bucal, o ronco, o bruxismo, o hábito de morder os lábios ou bochechas e outros comportamentos passiveis de correção. 

Claro, vale reforçar que a busca por atendimento especializado é fundamental – seja para diagnosticar uma enfermidade que requer tratamento, seja para entender que algumas poucas mudanças de hábito resolvem um problema que tem o potencial de trazer tanta angústia. 

Acredito que o tabu sobre as discussões acerca do mau hálito deve cair por terra. Quando ignorado, o mau odor bucal pode se tornar uma barreira invisível que isola as pessoas, afastando-as do convívio social e afetando sua autoestima e qualidade de vida. 

Tratar o mau hálito de forma adequada pode ser a chave entre uma vida de solidão e tristeza e uma existência vibrante, cercada de pessoas queridas e momentos felizes. A halitose não deve ser um motivo de vergonha, mas sim um chamado para o autocuidado e a busca por bem-estar. Todos devem ser capazes de confiar no próprio hálito! 

  

Dr. Maurício Conceição - dentista (CRO-SP 34.205), especialista em Halitose e autor do livro “Confie no Seu Hálito



Sexo durante a menstruação: fatos e benefícios que você não conhecia

Relações sexuais durante o período menstrual podem diminuir dores de cabeça, gerar melhores noites de sono e até mesmo engravidar, segundo ginecologista e obstetra da Febrasgo

 

A crença de que transar no período menstrual é garantia de que não irá engravidar é apenas um dos diversos mitos em torno do assunto, de acordo com a Dra. Karina Tafner, ginecologista e obstetra pela Febrasgo. 

A lógica é atraente. Se você faz sexo durante a menstruação, então está bem longe do meio do ciclo - que é o período ovulatório -, então não irá engravidar, certo? Não necessariamente. "Em ciclos menstruais com duração média de 28 dias, a mulher irá ovular ao redor do 14º dia. Porém mulheres com ciclos mais curtos, ovularão mais cedo, o que pode acontecer logo após o final do período menstrual", explica a médica, detalhando que os espermatozoides podem viver dentro do trato reprodutivo feminino por até cinco dias, "esperando" a ovulação acontecer após a menstruação. 

Ela revela ainda que nem todo sangramento vaginal é menstruação. "Mesmo se você sangrar regularmente, você pode ter um episódio de sangramento que poderá ser confundido com uma menstruação, aí a sua matemática mental será desviada, e você poderá acabar fazendo sexo quando estiver ovulando", previne a Dra. Karina. 

Outro mito em torno do sexo durante a menstruação é de que seria contraindicado. A ginecologista desmente e reforça que, inclusive, pode ter um impacto positivo na saúde geral, como ciclos mais curtos devido a contrações uterinas durante o orgasmo; cólicas menos intensas, redução de estresse e até alívio da dor de cabeça. 

"Além disso, é menos provável que a mulher precise de lubrificantes, porque o sangramento menstrual pode fazer essa função, melhorando o conforto", diz a Dra. Karina. Ela acrescenta ainda que as mulheres podem se sentir mais excitadas durante a menstruação por conta das mudanças hormonais do período e do aumento do fluxo sanguíneo na área pélvica.

 

Como tornar o sexo na menstruação uma experiência mais confortável 

A ginecologista elenca uma série de ações que ajudam a afastar o senso comum que nega a apropriação do sexo durante a menstruação e curtir mais esse momento: 

  • Converse com seu parceiro(a), diga como você se sente ao fazer sexo durante a menstruação e pergunte como a pessoa se sente. Algumas mulheres ou alguns homens podem não se sentir confortáveis e está tudo bem;
     
  • Remova absorventes internos antes das relações;
     
  • Coloque uma toalha escura na cama para evitar manchas no lençol ou faça sexo no chuveiro para evitar totalmente a bagunça;
     
  • Peça ao seu parceiro para usar preservativo para prevenir gravidez e DSTs;

 

Cuide da segurança 

"É crucial praticar sexo seguro enquanto você está menstruada porque você ainda pode contrair ou transmitir uma IST, como o HIV. O vírus e outros patógenos podem estar presentes no sangue menstrual, portanto, use preservativo", recomenda a médica. 

Ela diz ainda que as mulheres podem ficar mais propensas a algumas infecções em geral neste momento, conforme o pH da vagina se altera, podendo abrir espaço para vaginites e/ou cervicites como infecção fúngica. 




Dra. Karina Tafner - CRM:118066. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Santa Casa de São Paulo. Especialização em Ginecologia Endocrinológica e Reprodução Assistida pela Santa Casa de São Paulo. Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Febrasgo. Título de Especialista em Reprodução Assistida pela Febrasgo. Livre docente da Pós graduação de reprodução assistida da Sociedade paulista de medicina reprodutiva e da Santa Casa de SP. Sócia Fundadora da Clínica FIVSP 
Há 15 anos atuando na área de ginecologia e reprodução assistida.
@drakarinatafner

 

Dia Mundial da Sepse reforça a importância do diagnóstico precoce e do tratamento eficaz

Especialista destaca como a identificação rápida dos sintomas e a intervenção adequada podem salvar vidas e minimizar complicações
 

O Dia Mundial da Sepse, lembrado em 13 de setembro, visa sensibilizar a população, profissionais de saúde e autoridades sobre a urgente necessidade de conscientização, diagnóstico precoce e tratamento eficaz dessa condição, que permanece como uma das principais causas de mortalidade global. A sepse, frequentemente chamada de infecção generalizada, é uma resposta inflamatória inadequada do organismo a uma infecção, que pode levar à mau funcionamento dos órgãos e à morte, caso não seja tratada prontamente[i]

Anualmente, a sepse afeta cerca de 40 milhões de pessoas em todo o mundo, resultando em 11 milhões de mortes — uma a cada 2,8 segundos.[ii] No Brasil, a taxa de mortalidade entre pacientes diagnosticados é de aproximadamente 40%, mas esse número pode chegar a 65% em casos mais graves.ii Segundo a Dra. Flavia Ribeiro Machado, coordenadora-geral do Instituto Latino-Americano de Sepse e professora na Escola Paulista de Medicina, a sepse pode atingir qualquer órgão, tornando seus sintomas variados e difíceis de identificar.

"Além dos sintomas comuns de infecção, como dor ao urinar e tosse com febre, os sinais de sepse incluem confusão mental, sonolência, agitação, tontura, fraqueza extrema, falta de ar e redução na quantidade de urina," explica a médica. Esses sinais indicam que a infecção está afetando o funcionamento dos órgãos, exigindo atenção médica imediata. 

O diagnóstico precoce da sepse é essencial para aumentar as chances de sobrevivência, sendo essencialmente clínico e dependente da habilidade dos profissionais de saúde em reconhecer as disfunções orgânicas. "O diagnóstico é confirmado através de exames complementares, como análises de sangue e culturas microbiológicas, que ajudam a identificar o agente infeccioso responsável pelo mau funcionamento dos órgãos", explica a Dra. Flavia. A eficácia do tratamento está diretamente relacionada a esse reconhecimento precoce. "O tratamento deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico e inclui a coleta de exames para avaliar a circulação sanguínea e a oferta de oxigênio aos tecidos, além da administração rápida de antibióticos, que são o pilar do tratamento", reforça a médica. Medidas adicionais, como reposição de soro e medicamentos para manter a pressão arterial, bem como suporte ventilatório para pacientes com falência pulmonar, podem ser necessárias. 

Embora qualquer pessoa possa desenvolver sepse, certos grupos são mais vulneráveis, incluindo neonatos, crianças pequenas, idosos, imunossuprimidos, pacientes com câncer, transplantados e pessoas com obesidade. A prevenção é possível tanto na comunidade quanto em ambientes hospitalares. "Vacinação, cuidados de higiene e saneamento básico são essenciais para prevenir sepse na comunidade, enquanto em hospitais, a prevenção deve focar em evitar infecções associadas à internação, lembrando que a infecção hospitalar pode resultar tanto da fragilidade dos pacientes quanto da falta de cuidados adequados", destaca. 

Engana-se quem pensa que a sepse termina quando o paciente deixa a UTI. A reabilitação precoce e o cuidado contínuo após a alta hospitalar são essenciais para minimizar sequelas físicas, cognitivas e psicológicas. "O processo de reabilitação deve iniciar ainda na UTI, com fisioterapia e cuidados da equipe multiprofissional, e continuar após a alta, com acompanhamento para ajuste de medicamentos crônicos e vigilância contra novos eventos sépticos", ressalta a Dra. Flavia Ribeiro Machado. 

A conscientização sobre a sepse, desde a prevenção até o tratamento e a reabilitação, é crucial para reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida dos sobreviventes. Com o conhecimento e a abordagem correta, é possível salvar vidas e minimizar complicações desta grave condição de saúde.

 



[i] Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS) Sepse um problema e saúde pública [online] Disponível em: livro-sepse-um-problema-de-saude-publica-cfm-ilas.pdf [Acesso em: 29 de agosto de 2024].

[ii]Rudd, K.E., Johnson, S.C., Agesa, K.M., et al. (2022) 'The Global Burden of Sepsis: A Review of Epidemiology, Outcomes, and Management', The Lancet, 399(10322), pp. 229-241. doi: 10.1016/S0140-6736(21)02785-4.


Vai ao Rock In Rio: como aproveitar a maratona de shows e adotar cuidados para se manter saudável

Especialista compartilha dicas essenciais para preparar o corpo antes do evento e aproveitar ao máximo as horas de shows e atividades

 

Até 22 setembro de 2024, toda a atenção estará voltada para o Parque Olímpico – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, que se transformará no epicentro de uma celebração inesquecível: é o festival Rock In Rio 40 anos, que tem deixado os fãs ansiosos para se reunir e aproveitar horas de diversão e música. 

 

No entanto, para garantir que todos possam aproveitar o festival ao máximo, é essencial preparar o corpo e a mente. Ficar em pé pode até ser benéfico para a saúde – um estudo publicado na revista "European Heart Journal", da Sociedade Europeia de Cardiologia, defende que a postura em pé auxilia na melhora dos níveis de colesterol, gorduras e açúcares –, mas é importante ressaltar que passar horas nessa posição pode ser cansativo. Outro estudo, da Universidade Federal do Paraná, afirma que o exercício aeróbio atua de maneira significativa na redução de fatores de risco cardiovasculares, mas lembre-se, use também sapatos confortáveis. Ou seja, pulando, dançando, além de aproveitar o evento, ainda cuida também da saúde.

 

Endrick Cota, fisioterapeuta e consultor clínico da HTM Eletrônica, indústria referência no desenvolvimento e fabricação de equipamentos eletromédicos e estéticos, compartilhou suas principais dicas para preparar o corpo e garantir uma experiência incrível durante o evento.

 

Planejamento e descanso


Conheça a programação do festival com antecedência e planeje quais shows e atividades você deseja participar. Ter um plano evita a pressa e ajuda a gerenciar seu tempo efetivamente, permitindo pausas estratégicas. "Lembre-se de reservar momentos para descansar e relaxar entre as apresentações, evitando a exaustão", sugere o especialista.

 

Proteção solar e vestimentas adequadas


Os raios UV podem ser prejudiciais para a pele, especialmente durante longos períodos ao ar livre, com o corpo exposto ao sol. "Aplicar protetor solar antes de sair de casa é primordial, e reaplicar com intervalo de 2 a 3 horas é necessário. Utilizar roupas leves, chapéu e óculos de sol ajudará a proteger sua pele e olhos dos efeitos nocivos do sol", aconselha Endrick.

 

Hidratação constante


O calor intenso e a agitação dos festivais podem levar à desidratação, afetando sua energia e saúde geral. O especialista ainda enfatiza a importância de beber água regularmente. "Leve uma garrafa reutilizável e mantenha-se hidratado durante todo o dia, mesmo quando estiver no meio da multidão", ela aconselha. "Além disso, é importante alternar com bebidas isotônicas para repor eletrólitos perdidos através do suor." 

 

Alimentação equilibrada


Uma dieta balanceada antes e durante o festival é fundamental para manter a energia ao longo do dia. "Certifique-se de fazer uma refeição rica em proteínas magras, carboidratos complexos e gorduras saudáveis. Cuidado com os “Fast Foods”, a ausência de nutrientes importantes podem atrapalhar o balanço nutricional. Se possível, coloque lanches leves na mochila para não passar longas horas sem comer", sugere o especialista. Frutas, vegetais, nozes e proteínas magras podem fornecer a energia necessária para aproveitar as horas do festival sem quedas abruptas no metabolismo e causar efeitos sistêmicos como tontura, náuseas, entre outros, que vão atrapalhar seu bom aproveitamento do evento.

 

HTM Eletrônica


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