A
temporada de ofertas chegou, e com ela, o impulso de aproveitar cada promoção.
A Black Friday, conhecida como a época de grandes descontos, pode ser um
convite não apenas ao consumo consciente, mas também ao consumismo
descontrolado, que muitas vezes está associado a questões emocionais ou
transtornos psicológicos. Segundo a psicóloga Tatiane Mosso, entender a
diferença entre comprar por necessidade ou prazer e consumir compulsivamente é
essencial para cuidar da saúde mental.
Tatiane
explica que o ato de comprar, quando moderado, pode ser saudável e até
proporcionar satisfação momentânea. No entanto, o consumo excessivo pode
sinalizar um problema mais profundo. “Pessoas que compram impulsivamente, sem
controle, mesmo sabendo que não têm condições financeiras ou que os itens não
são necessários, podem estar lidando com um transtorno psicológico, como a
compulsão por compras, também chamada de oniomania”, afirma a especialista que
alerta para alguns sinais de alerta ajudam a identificar a onitomania: “Compras
repetitivas de itens desnecessários acompanhadas de sensação de culpa ou
arrependimento após consumir ou uso das compras como forma de aliviar emoções
negativas, como ansiedade, tristeza ou estresse ou dificuldade em resistir a
promoções, mesmo quando o orçamento está comprometido que gera em acúmulo de
dívidas são perigosos para a saúde emocional”.
A
psicóloga ressalta que o consumismo exagerado pode ser um mecanismo de fuga
para lidar com sentimentos difíceis. “O ato de comprar libera dopamina, um
neurotransmissor associado ao prazer, mas a sensação é temporária. Quando
passa, muitas pessoas enfrentam arrependimento ou uma sensação de vazio, o que
pode gerar um ciclo vicioso de consumo e frustração”, explica.
Tatiane
ainda sugere algumas estratégias para diferenciar um consumo normal de um
comportamento problemático:
Planejamento
é essencial: Antes de comprar, é preciso ter foco com uma lista do que
realmente é necessário além de um orçamento previamente definido;
A
pergunta de ouro a si mesmo: É uma necessidade ou um impulso?
Promoções
são feitas para mexer com o emocional: A época de compras cria um senso de
urgência e levam a tomada de decisões precipitadas.
“Se
o consumo excessivo prejudicar a saúde mental, as relações ou a estabilidade
financeira, pode ser o momento de procurar um psicólogo”, orienta Tatiane. A
terapia pode ajudar a identificar os gatilhos emocionais e trabalhar no
desenvolvimento de estratégias para lidar com o comportamento compulsivo.
Tatiane Mosso - Psicóloga com aprimoramento clínico em Fenomenologia-Existencial pela PUC-SP e especialização em psicologia clínica na perspectiva Fenomenológico-Existencial pelo Instituto de Psicologia Fenomenológico-Existencial do Rio de Janeiro – IFEN.
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