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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

A diferença entre comprar por necessidade ou prazer e consumir compulsivamente


A temporada de ofertas chegou, e com ela, o impulso de aproveitar cada promoção. A Black Friday, conhecida como a época de grandes descontos, pode ser um convite não apenas ao consumo consciente, mas também ao consumismo descontrolado, que muitas vezes está associado a questões emocionais ou transtornos psicológicos. Segundo a psicóloga Tatiane Mosso, entender a diferença entre comprar por necessidade ou prazer e consumir compulsivamente é essencial para cuidar da saúde mental. 

Tatiane explica que o ato de comprar, quando moderado, pode ser saudável e até proporcionar satisfação momentânea. No entanto, o consumo excessivo pode sinalizar um problema mais profundo. “Pessoas que compram impulsivamente, sem controle, mesmo sabendo que não têm condições financeiras ou que os itens não são necessários, podem estar lidando com um transtorno psicológico, como a compulsão por compras, também chamada de oniomania”, afirma a especialista que alerta para alguns sinais de alerta ajudam a identificar a onitomania: “Compras repetitivas de itens desnecessários acompanhadas de sensação de culpa ou arrependimento após consumir ou uso das compras como forma de aliviar emoções negativas, como ansiedade, tristeza ou estresse ou dificuldade em resistir a promoções, mesmo quando o orçamento está comprometido que gera em acúmulo de dívidas são perigosos para a saúde emocional”. 

A psicóloga ressalta que o consumismo exagerado pode ser um mecanismo de fuga para lidar com sentimentos difíceis. “O ato de comprar libera dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer, mas a sensação é temporária. Quando passa, muitas pessoas enfrentam arrependimento ou uma sensação de vazio, o que pode gerar um ciclo vicioso de consumo e frustração”, explica. 

Tatiane ainda sugere algumas estratégias para diferenciar um consumo normal de um comportamento problemático:
 

Planejamento é essencial: Antes de comprar, é preciso ter foco com uma lista do que realmente é necessário além de um orçamento previamente definido;

A pergunta de ouro a si mesmo: É uma necessidade ou um impulso?

Promoções são feitas para mexer com o emocional: A época de compras cria um senso de urgência e levam a tomada de decisões precipitadas.

“Se o consumo excessivo prejudicar a saúde mental, as relações ou a estabilidade financeira, pode ser o momento de procurar um psicólogo”, orienta Tatiane. A terapia pode ajudar a identificar os gatilhos emocionais e trabalhar no desenvolvimento de estratégias para lidar com o comportamento compulsivo.
 



Tatiane Mosso - Psicóloga com aprimoramento clínico em Fenomenologia-Existencial pela PUC-SP e especialização em psicologia clínica na perspectiva Fenomenológico-Existencial pelo Instituto de Psicologia Fenomenológico-Existencial do Rio de Janeiro – IFEN.
tatianemossopsicologa
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