Número de ciclos anuais realizados
entre mulheres abaixo dos 35 anos cresceu 49% nos últimos três anosDivulgação
Engravida
O congelamento de óvulos, ou criopreservação, tem se
tornado uma opção popular entre mulheres mais
jovens que tenham o desejo de planejar a maternidade ou preservar sua
fertilidade por razões pessoais, profissionais ou de saúde. Essa técnica
permite que as mulheres garantam a possibilidade de ter filhos no futuro,
especialmente em um cenário em que muitas estão priorizando suas carreiras e
desenvolvimento pessoal antes de formar uma família.
Um relatório da Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia
(AFHE) revelou um aumento de 60% nos procedimentos desse tipo entre 2019 e
2021. Segundo o Sistema Nacional de Produção de Embriões, da Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária), o número de ciclos anuais realizados para
congelamento de óvulos entre mulheres abaixo dos 35 anos cresceu 49% entre 2020
e 2023 no Brasil.
Entretanto, o congelamento de óvulos é cercado por muitos mitos e
equívocos que podem gerar confusão. Compreender a realidade por trás dessa
técnica é essencial para que as mulheres tomem decisões informadas sobre sua
saúde reprodutiva. Andreia Vale, Gerente Nacional de Saúde das clínicas
Engravida, desmistifica os principais temas.
Apenas mulheres acima de 35 anos podem congelar óvulos.
Mito: Não há uma idade mínima legal para o congelamento de óvulos, mas
a maioria das clínicas recomenda que a mulher tenha pelo menos 18 anos. No
entanto, é importante considerar que a qualidade dos óvulos geralmente é melhor
quando a mulher é mais jovem. Assim, muitas mulheres optam por congelar óvulos
até os 35 anos para maximizar suas chances de sucesso no futuro, pois após essa
idade a qualidade e quantidade dos óvulos diminuem.
O congelamento de óvulos garante uma gravidez futura.
Mito: Embora o congelamento de óvulos aumente as chances de gravidez
no futuro, não há garantias. A qualidade dos óvulos pode variar e, ao
descongelá-los, a taxa de sobrevivência e a fertilização não são 100%
garantidas. É importante ter expectativas realistas, pois o que a paciente
congela são as chances de engravidar quando desejar.
Congelar óvulos é um processo doloroso e complicado.
Mito: O processo de congelamento de óvulos envolve a estimulação
ovariana e a coleta de óvulos, o que pode causar algum desconforto em mulheres
com um perfil de sensibilidade maior. O processo de coleta é feito sob sedação,
portanto, a paciente não sentirá dor.
Óvulos congelados perdem qualidade ao longo do tempo.
Mito: A qualidade dos óvulos não diminui enquanto estão congelados. Na
técnica atual de congelamento, chamada vitrificação, o material pode ser
mantido por anos ou até mesmo décadas até serem descongelados.
O congelamento de óvulos é muito caro e inacessível.
Mito: É verdade que o procedimento já foi muito mais inacessível do que é atualmente. Em clínicas como a Engravida, o congelamento de óvulos tem um custo abaixo de R$10 mil reais para a paciente. Além disso, os benefícios de preservar a fertilidade podem superar os custos, principalmente se considerarmos o investimento em tratamentos de fertilidade no futuro.
O congelamento de óvulos é uma importante ferramenta que oferece
às mulheres mais controle sobre sua fertilidade. É fundamental desmistificar as
informações em torno desse procedimento para que as mulheres possam tomar
decisões informadas e conscientes sobre sua saúde reprodutiva.
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