Saiba
quais as classificações do câncer que atinge o sistema linfático, responsável
pela imunidade do corpo
O linfoma não Hodgkin é um tipo de câncer que se
origina no sistema linfático, que é parte do sistema imunológico do corpo.
Diferentemente do Linfoma de Hodgkin, o linfoma não Hodgkin abrange um grupo
diversificado de doenças cancerígenas, que se desenvolvem nos linfócitos, que
são os glóbulos brancos do sangue.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer
(INCA), entre 2023 e 2025 surgirão cerca de 12 mil novos casos de linfoma não
Hodgkin por ano. Além disso, esse tipo de câncer pode se manifestar em qualquer
idade, mas o risco de desenvolver a doença se torna maior conforme as pessoas
envelhecem.
"A detecção precoce é essencial para o
tratamento do Linfoma não Hodgkin porque é preciso ter a classificação correta
da doença para realizar o tratamento de forma mais direcionada. A condição
normalmente é classificada entre o linfoma que afeta as células B ou as células
T, que são linfócitos produzidos em partes diferentes do corpo", comenta
Roberto Luiz da Silva, hematologista no IBCC Oncologia, hospital especializado
no tratamento de câncer em São Paulo.
A variedade de doenças que compõem o linfoma não
Hodgkin pode ter diferentes formas de manifestação, porém, alguns sintomas
podem ser mais comuns como: linfonodos inchados, especialmente no pescoço,
axilas ou virilha, perda de peso, fadiga, sudorese noturna, coceira e febre.
Tipos e Classificação do
linfoma não Hodgkin
Existem muitos tipos diferentes de linfoma não
Hodgkin, categorizados com base na célula afetada (células B ou células T),
aparência microscópica, características genéticas e comportamento do tumor.
Dois dos grupos principais são:
Células B: são responsáveis pela produção de anticorpos. Elas detectam patógenos,
como bactérias e vírus, e criam anticorpos que se ligam a esses invasores,
marcando-os para destruição por outras células do sistema imunológico. São chamadas
de células B porque se desenvolvem na medula óssea (“bone marrow” em inglês).
"Os linfomas que surgem nas células B
representam a maioria dos casos da condição e incluem os linfomas difusos de
grandes células B e o linfoma folicular", comenta o especialista.
Células T: As células T têm várias funções no sistema imunológico, incluindo
destruir células infectadas por vírus, auxiliar outras células imunológicas e
regular a resposta imunológica. Alguns tipos de células T também ajudam as
células B a produzir anticorpos. Originam-se do timo, órgão localizado no
peito, por isso são chamadas de células T. Segundo o hematologista, os linfomas
de células T são menos comuns e incluem linfoma de células T periféricas e
linfoma de células T cutâneas.
"Essas células trabalham juntas para proteger
o corpo de infecções e doenças e nos linfomas, como o linfoma não Hodgkin,
esses linfócitos se tornam cancerosos, impactando a capacidade do sistema
imunológico de funcionar adequadamente. O transplante de medula óssea pode ser
uma alternativa para o tratamento", finaliza o médico do IBCC Oncologia.
O tratamento do linfoma não Hodgkin varia
consideravelmente, dependendo do subtipo específico, o estágio do câncer, a
saúde geral do paciente e outros fatores. As opções de tratamento podem
incluir: quimioterapia, radioterapia e imunoterapia com linfócitos modificados
do paciente (terapia com CarT Cell).
IBCC Oncologia
https://ibcc.org.br/
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