Marcus Coelho,
advogado especializado em negociação, ensina como incentivar os pequenos a
aprender a ceder deve fazer parte da educaçãoCrianças precisam saber negocia
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A briga por um brinquedo no parquinho, ou até mesmo
um pedido para dormir na casa de um amigo. Crianças estão a todo momento
negociando e tendo que ceder. Mas como ensinar os pequenos a negociar de forma
saudável e justa? Para o advogado especialista em negociação, Marcus Coelho, a
negociação é uma habilidade vital que está presente em todos os aspectos da
vida, desde as interações pessoais até as complexas disputas judiciais.
“A capacidade de negociar eficazmente é uma
exigência cotidiana que deve ser cultivada desde a infância. Ensinar e
incentivar a negociação deve ser parte da educação das crianças e essa tarefa
deve ser desenvolvida especialmente em casa e conduzida por pais atentos”,
afirma Coelho. Para o especialista, a negociação não é apenas uma ferramenta para
resolver conflitos; é uma habilidade que promove o desenvolvimento emocional e
social das crianças. “Ao aprender a negociar, as crianças desenvolvem a
capacidade de ouvir ativamente, compreender diferentes perspectivas e encontrar
soluções mutuamente benéficas. Isso não só melhora suas interações sociais, mas
também as prepara para enfrentar desafios futuros com confiança e resiliência”,
detalha o advogado.
Algumas estratégias utilizadas no mundo dos
negócios podem ser adaptadas para auxiliar os pequenos no desenvolvimento desta
habilidade. Entre elas está a educação emocional, que ajuda as crianças a
identificar e expressar suas emoções. “Quando as crianças compreendem seus
próprios sentimentos, elas estão mais bem equipadas para comunicar suas
necessidades e entender as dos outros”, conta. Segundo Coelho, um ambiente
saudável para o diálogo é outro ponto crucial, pois cria um espaço onde as
crianças se sentem seguras para expressar suas opiniões. Incentivar o diálogo
aberto e respeitoso ajuda as crianças a praticar a negociação em um contexto
seguro, no qual erros são vistos como oportunidades de aprendizado.
“Outro ponto, são exercícios de resolução de
conflitos. Jogos de papéis e simulações de situações reais permitem que as
crianças pratiquem a negociação e desenvolvam suas habilidades de resolução de
problemas”, diz. “Crianças aprendem observando os adultos ao seu redor.
Demonstrar habilidades de negociação eficazes em suas próprias interações
diárias serve como exemplo para todos”, complementa.
O especialista sugere que os pais ou responsáveis
invistam no desenvolvimento das habilidades de negociação das crianças,
característica que pode trazer vários benefícios a longo prazo. “Crianças que
aprendem a negociar são mais propensas a se tornarem adultos que valorizam o
diálogo e a cooperação, qualidades bem-vindas em qualquer ambiente profissional
ou pessoal”, comenta, além de destacar que essas habilidades contribuem para a
formação de cidadãos mais conscientes e empáticos, capazes de contribuir
positivamente para a sociedade.
“Ensinar a negociação às crianças é um investimento
no futuro. Ao capacitá-las com essa habilidade, estamos não apenas
preparando-as para enfrentar os desafios do mundo adulto, mas também promovendo
um ambiente mais harmonioso e colaborativo”, completa Coelho.
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