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quarta-feira, 12 de junho de 2024

Índice de mortalidade infantil recua 51% em todo o mundo e 60% no Brasil, diz levantamento

 

Resultado é fruto de esforço coletivo de entes públicos e privados, que atuam para prevenir mortes de crianças no Brasil com o uso de tecnologia e expertise médica

 

Relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no primeiro semestre deste ano indica que a mortalidade infantil mundial atingiu sua mínima histórica em 2022. Conforme o documento, o número de crianças que morreram antes de completarem cinco anos caiu para 4,9 milhões em 2022, marcando um recorde. Além disso, a taxa global de mortalidade infantil abaixo dos cinco anos diminuiu 51% desde 2000, enquanto no Brasil a queda foi ainda mais acentuada, atingindo 60% no mesmo período. 

A PBSF (Protecting Brains & Saving Futures), empresa brasileira cuja missão é revolucionar o cuidado neurológico de recém-nascidos de alto risco no mundo todo, tornando-o mais acessível, eficiente e preciso, tem sido parte relevante desse esforço coletivo para melhorar o atendimento aos recém-nascidos no país, prevenindo mortes e sequelas por meio de um modelo de saúde digital inovador, que utiliza uma central de monitoramento, equipes especializadas e ferramentas de inteligência artificial para assistir 50 UTIs neonatais em diversas regiões brasileiras. Esta iniciativa já prestou assistência a mais de 11.000 bebês, com monitoramento de sinais cerebrais superior a 700 mil horas. 

“Entre os pacientes de risco monitorados estão bebês com asfixia perinatal (falta de oxigenação ao nascimento), prematuridade, malformação cardíaca e infecções. Estamos falando da possibilidade real de detectar convulsões e outros agravos clínicos potencialmente fatais, de forma precoce, preservando a vida e a integridade do cérebro das crianças. Este é um avanço muito importante e que atualmente está disponível em maternidades públicas e privadas do país”, detalha o Dr. Gabriel Variane, neonatologista e fundador da PBSF.

 

Uma das maiores causas de morte 

A asfixia perinatal é considerada, pela OMS, como a terceira maior causa de mortes em recém-nascidos em todo o mundo, representando 23% do total. No Brasil, estima-se que 20 mil crianças nasçam, todos os anos, com falta de oxigenação no cérebro. Esta situação pode ocorrer antes, próximo ao nascimento ou logo depois. Além do risco de morte, este problema também pode causar lesões cerebrais em bebês com idade gestacional entre 37 e 42 semanas.

 

Detector de crises 

Um exemplo do impacto desse modelo de assistência é a redução dos índices de mortalidade infantil em três cidades com grandes maternidades públicas na Baixada Santista, que utilizam o sistema da PBSF. Essa atuação ganhou destaque internacional em um artigo publicado no JAMA Network Open em 2023, que descreveu a maior coorte de recém-nascidos com asfixia perinatal submetidos a monitoramento cerebral com ferramentas de saúde digital, originada no Brasil. 

No estudo, 872 bebês foram monitorados, dos quais 296 (33,9%) apresentaram crises epilépticas. Desses bebês com crises, 89% tiveram crises subclínicas, sem sinais físicos, diagnosticadas apenas através do monitoramento. 

“É importante destacar que a mortalidade neonatal é o principal fator contribuinte para a mortalidade infantil. Ações durante a gravidez, parto e os primeiros dias de vida podem ajudar a reduzir ainda mais esses índices. Acreditamos que, com o avanço da tecnologia, incluindo a análise de múltiplas informações simultaneamente, o uso de inteligência artificial e ferramentas de realidade imersiva, podemos contribuir progressivamente para a redução destas mortes de recém-nascidos no Brasil e no mundo”, finaliza.

 

PBSF - Protecting Brains & Saving Futures



Úlcera venosa: uma lesão tratável com os produtos e acompanhamentos adequados

Meias de compressão JOBST proporcionam uma melhoria
na qualidade de vida e sensação de conforto ampliada, além de
facilitar o retorno de sangue dos pés e pernas para o coração
DIVULGAÇÃO ESSITY
 Condição leva a 165 internações diárias no Brasil e as lesões podem permanecer abertas por anos, porém, podem ser curadas em 12 semanas com avaliação e tratamento certos.

  

As úlceras venosas, que atingem principalmente as mulheres, ocorrem quando as veias das pernas não conseguem retornar o sangue para o coração de forma eficiente, causando danos à pele. No Brasil, cerca de 165 internações acontecem todos os dias com esse quadro, de acordo com um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular a partir de dados do Ministério da Saúde. Em seu compromisso de gerar bem-estar para as pessoas, a Essity, líder global em saúde e higiene, trabalha em prol da conscientização de que essa é uma lesão tratável com os produtos e acompanhamento adequados. 

Apesar de ser uma doença de longa duração e progressão lenta, "existem vários tratamentos para enfrentá-la e proporcionar qualidade de vida para o paciente", explica a estomaterapeuta e dermoterapeuta Natália Barros, Gerente Clínica da Essity do Brasil. “Com o encaminhamento profissional e as soluções apropriados, as úlceras venosas podem ser completamente curadas em um período de 12 semanas", continua. 

A especialista ressalta que é necessário um plano adequado para chegar à cura e que a estratégia deve ser abrangente, considerando os seguintes pontos: avaliação e diagnóstico etiológico e vascular; preparação do leito da ferida e da pele; e o uso de terapia de compressão para tratamento e prevenção de recorrências.

 

PILARES DO TRATAMENTO 

As doenças venosas crônicas são muito silenciosas e estão associadas a fatores de risco, como obesidade, uso de roupas apertadas, tabagismo e idade avançada. No Brasil, de acordo com informações da Biblioteca Virtual do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen); aproximadamente 3% da população brasileira convive com úlcera de perna, dado que se eleva para 10% em pessoas com diabetes. 

A evolução das feridas não é iminente e há uma série de estágios que permitem que elas sejam identificadas e prevenidas de forma eficaz. De acordo com Natália Barros, a primeira fase é caracterizada pela sensação de peso nas pernas. Em seguida, é necessário prestar atenção ao aparecimento de vasinhos e varizes ou inchaço nas pernas. Isso pode progredir para uma mudança na textura da pele (lipodermatosclerose) até o aparecimento de ulceração. 

“É preciso realizar uma avaliação com profissionais de saúde, além disso, podem ser aplicados curativos antimicrobianos para atrair bactérias, para que elas possam aderir à superfície do ferimento e, assim, promovam a cicatrização", diz a especialista da Essity. “Existem produtos para absorver e reter altos níveis de fluídos provocados pelas feridas, bem como curativos que protegem o tecido recém-formado. Dentro do tratamento, há bandagens e meias de compressão, que geram pressão sobre a perna quando a pessoa caminha, favorecendo a circulação sanguínea e acelerando o processo de cicatrização”, discorre.

 

QUEBRA DE TABUS 

De acordo com Barros, é necessário desnormalizar a ideia de que os pacientes devem conviver com feridas como as úlceras venosas por muitos anos, devido a uma percepção errônea que pode surgir por falta de informação adequada e pela crença de que essa condição, por ser crônica, não pode ser tratada. 

Um exemplo é a adoção do uso de meias de compressão da JOBST, marca da Essity de produtos médicos para o cuidado e tratamento de disfunções venosas, proporciona uma melhoria na qualidade de vida e sensação de conforto ampliada. As peças são recomendadas para aliviar a fadiga e o inchaço nas pernas ao final do dia e, dessa maneira, facilitando o retorno de sangue dos pés e pernas para o coração. 

Pessoas que não tem acesso a tratamentos, por condições financeiras ou por morarem longe de centros urbanos, podem experenciar agravamento dos sintomas. “O caso pode se tornar tão grave que as feridas produzem um mau cheiro forte, o que provoca o isolamento do paciente, até mesmo de seus próprios familiares. Esse distanciamento pode ter sérias consequências emocionais, como depressão e ansiedade, e pode afetar significativamente o bem-estar do indivíduo”, afirma Barros. 

"Ter uma úlcera venosa é um desafio que impacta profundamente a qualidade de vida. No entanto, com a atenção e os cuidados adequados, é possível não apenas prevenir, mas também curar essas feridas. É crucial que a sociedade compreenda essa realidade e reconheça a importância de medidas preventivas e tratamentos eficazes para garantir o bem-estar das pessoas afetadas por esse problema de saúde”, conclui a especialista da Essity.

 



Essity
Para mais informações, acesse o site.

 

O tempo seco e as alergias


Com uma nova onda de calor chegando aliada ao tempo seco, comum nesta época do ano, as alergias respiratórias ganham força. Asma e rinite estão entre as mais prevalentes. A redução da umidade do ar, que geralmente fica abaixo dos 30% nessa época do ano, aliada a condições de menor dispersão atmosférica de gases e de materiais particulados, irritam as vias aéreas, predispondo a quadros infecciosos. No Brasil, o padrão de sazonalidade varia entre as regiões, sendo mais marcado naquelas com estações climáticas mais bem definidas, como no Sul, Sudeste e Centro Oeste.

 

A Dra. Maria Cândida Rizzo, membro do Departamento Científico de Rinite da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explica abaixo quais as doenças mais recorrentes nessa época do ano, os tratamentos disponíveis e como prevenir as alergias de inverno.

 

Quais doenças são mais recorrentes nesses períodos?

 

A gripe é o exemplo típico da maior transmissibilidade nos meses de inverno, e por isso as campanhas de vacinação se iniciam nos meses de outono. Além do vírus influenza, todos os outros vírus de transmissão respiratórias incluem-se neste contexto, como os rinovírus, adenovírus, coronavírus, bocavírus, metapneumovirus e outros.


 

Qual a faixa etária mais suscetível a essas doenças?

 

São os as crianças e os idosos. Na criança há uma imaturidade imunológica proporcional à faixa etária e no idoso as respostas tendem a ser mais lentas e, muitas vezes, insuficientes. Isso tem se aplicado à maioria dos agentes infecciosos virais e bacterianos com exceção do novo coronavírus, onde se observou um menor número de agravos em crianças saudáveis. A explicação advém do fato de que a criança apresenta uma boa resposta imunológica inata (que já está pronta desde o nascimento), importante na defesa ao coronavírus. Quanto aos imunodeficientes (primários ou secundários a tratamentos), trata-se de um grupo extremamente vulnerável a complicações clínicas quando infectados, por falta de defesas imunológicas.


 

E doenças respiratórias alérgicas, quais podemos ressaltar?

 

Ressalto a rinite e asma. A rinite alérgica é mais comum após os 2 anos de idade e atinge cerca de 26% das crianças brasileiras. Em adolescentes, esse percentual vai a 30%, de acordo com dados do ISAAC (Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância), aplicados em vários estados brasileiros.

 

Os sintomas da Rinite são caracterizados por coceira frequente no nariz e/ou nos olhos, espirros seguidos, principalmente pela manhã e à noite, coriza (nariz escorrendo) frequente e obstrução nasal, mesmo na ausência de resfriados.

 

Ressalto também a asma, que acomete cerca de 10% da população brasileira e é a causa de morte de aproximadamente duas mil pessoas por ano. É uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias que pode ser causada ou intensificada por diversos fatores como ácaros da poeira, mofo, polens, infecção respiratória por vírus, excesso de peso, rinite, refluxo gastroesofágico, medicamentos e predisposição genética. Da criança até o adulto jovem, as alergias são fatores importantes como causadores de crises de asma.


 

É possível prevenir essas doenças respiratórias de Inverno?

 

A forma mais eficaz de prevenção é estar com a carteira vacinal atualizada. Também podemos prevenir das infecções tentando evitar ambientes mal ventilados e com muitas pessoas.

 

Outra recomendação importante é o controle de doenças crônicas, respiratórias ou não. Como exemplo a asma e a rinite, que tendem a apresentar maior agravo nas épocas frias do ano e se não estiverem sob controle, os vírus e bactérias certamente causarão um maior processo inflamatório, levando, muitas vezes, a quadros respiratórios graves.

 

Outras doenças crônicas como a hipertensão arterial e o diabetes também devem estar controladas para evitar o agravamento dos processos infecciosos respiratórios. Durante a epidemia no novo Coronavírus, este fato foi evidenciado e muitas mortes ocorreram nestes pacientes com comorbidades, em especial os não controlados.

 



ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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Junho Laranja: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica promove ativações urbanas para alertar a população sobre a prevenção contra acidentes com queimaduras

No mês de junho, cirurgiões plásticos, residentes e estudantes de medicina se unem para promover ações Vestindo Laranja, entregando panfletos em Blitz Laranja e em Festa Junina para conscientizar a população e evitar acidentes

 

No Brasil, as queimaduras representam uma preocupação significativa em saúde pública, com mais de 1 milhão de casos registrados anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde. Os números apontam que 70% dos acidentes acontecem no ambiente doméstico e 30% deles vitimizam crianças. Para reduzir esses índices, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) apoia promoverá ações nacionais para conscientizar a população sobre prevenção e esclarecer a respeito dos tratamentos que devem ser coordenados por cirurgiões plásticos.

"O Junho Laranja é um momento crucial para sensibilizar e educar a população, e estamos empenhados em agir nesse sentido. Temos o objetivo de informar a população sobre medidas de prevenção de acidentes, e valorizar o papel dos profissionais que trabalham na recuperação dos pacientes, especialmente os cirurgiões plásticos que desempenham função essencial no tratamento dessas lesões”, comenta Dr. Volney Pitombo, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.


Campanha Junho Laranja

Com o objetivo de ampliar o alcance da campanha Junho Laranja a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica junto com a Associação Brasileira de Residentes de Cirurgia Plástica (ABRCP) e a Associação Brasileira das Ligas de Cirurgia Plástica (ABLCP) se unem pela causa.

Entre as principais ações está o “Vista Laranja”. No dia 17 de junho (segunda-feira), em um ato de solidariedade e conscientização sobre a prevenção e o tratamento de queimaduras as instituições convidam cirurgiões plásticos e a população, não apenas mostrando apoio, mas também reforçando o compromisso com a educação, a prevenção e a melhoria contínua dos cuidados oferecidos a vítimas de queimaduras. "Estamos felizes em unir forças vestindo laranja. Como residentes de cirurgia plástica, reconhecemos a importância de ampliar o alcance da campanha e disseminar informações sobre prevenção e tratamento", reitera André Marins, Presidente da Associação Brasileira de Residentes em Cirurgia Plástica (ABRCP). 

No mesmo dia, cirurgiões plásticos, residentes e ligantes irão às ruas em quatro locais do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Fortaleza) para a Blitz Laranja, com o intuito de distribuir panfletos informativos e conversar com as pessoas sobre tratamento e prevenção de queimaduras. Além disso, as instituições estarão presentes durante todo o mês em festas juninas em São Paulo (SP), Campina Grande (PB), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG) fazendo o trabalho de conscientização. “Somos mais de 1.500 ligantes acadêmicos de cirurgia plástica, presentes em 17 estados do país e juntos iremos às ruas disseminar informações importantes sobre prevenção contra queimaduras, alcançando um impacto significativo na promoção da saúde e na redução de acidentes”, ressalta Felipe Cruciol, Presidente da Associação Brasileira das Ligas de Cirurgia Plástica (ABLCP).


Importância da prevenção

Entre 2015 e 2020 mais da metade dos casos por queimaduras foram térmicas (53,3%) e 46,1% por queimaduras elétricas. Mas independentemente da origem, as lesões agridem profundamente a pele, podendo destruir parcial ou totalmente os anexos subcutâneos, músculos, tendões e ossos, e seus impactos são tão agressivos para o corpo que, em locais específicos, podem prejudicar a funcionalidade da área e a mobilidade. O foco das ativações da SBCP está na prevenção que exige medidas simples, ao alcance de todos. Dentre as orientações preventivas estão: Supervisionar panelas no fogo; Virar cabos das panelas para dentro; Armazenar produtos químicos fora do alcance de crianças; Não sobrecarregar tomadas com aparelhos elétricos; Manter o ferro de passar longe do alcance das crianças, evitar o uso do fósforo e não acender velas em casa.
 

Tipos de tratamento

O tratamento aos queimados exige uma equipe multidisciplinar, sendo que o papel do cirurgião plástico é fundamental. Além de possuir o conhecimento técnico necessário para avaliar a extensão e gravidade da lesão, os especialistas são capacitados para realizar procedimentos de reconstrução e restauração dos tecidos afetados, especialmente em áreas de dobras como pescoço, cotovelos e axilas. Eles podem agir desde o manejo inicial da queimadura até as intervenções cirúrgicas para minimizar cicatrizes e restaurar a funcionalidade. 

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica é uma entidade sem fins lucrativos que representa mais de 7 mil cirurgiões plásticos brasileiros e é composta por uma diretoria nacional e por 21 regionais distribuídas por 20 capitais brasileiras. Há 75 anos por meio do foco no viés científico, promove e aprimora o estudo da cirurgia plástica no Brasil.


Mês Mundial da Conscientização da Infertilidade, idade ainda é maior causa de infertilidade nas mulheres

Aos 30: "Não quero ter filhos". Aos 40: "Não posso ter filhos" - Ginecologistas alertam para a redução da oferta e da qualidade dos óvulos da mulher com o passar dos anos, e instruem como considerar este fator no plano de vida

 

"Nada que a mulher faça é tão importante quanto o tempo do relógio biológico. Quando se pensa em fertilidade após os 30 anos, a idade é o fator primordial", dispara a Dra. Paula Beatriz Fettback, Ginecologista especialista em Reprodução Humana pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). 

O encontro da falta de vontade de engravidar "cedo" com a falta de informação sobre o assunto e as formas atuais de restauração da fertilidade feminina ainda pouco acessíveis transformam a infertilidade numa realidade para muitas mulheres com mais de 35 anos. 

"Caso a mulher não queira, não possa ou não tenha certeza se quer engravidar até os 35 anos, o ideal é informar-se e realizar, se possível, o congelamento de óvulos", indica a especialista, acrescentando que, a partir dos 30, já se recomenda fazer avaliações da fertilidade e ficar atenta. 

A Dra. Paula elenca os principais exames que ajudam a compreender a atual condição reprodutiva da mulher: 

  • Avaliação da reserva ovariana: Em um exame de ultrassom, é possível detectar e contar os folículos (estrutura que abrigam os óvulos) antrais, ou seja, os folículos estão em fase pré-ovulatória e que podem, se necessário, responder ao tratamento hormonal e se desenvolverem.   ‌  
     
  • Hormônio Anti-Mülleriano: Um exame de sangue que gera uma estimativa da quantidade de óvulos que a mulher ainda tem, uma vez que toda mulher já nasce com toda a quantidade de óvulos que vai liberar ao longo da vida. 
  • Perfil hormonal: Incluindo FSH, Estradiol, função da tireoide e prolactina - um conjunto de exames de sangue que avaliam hormônios ligados direta ou indiretamente à condição reprodutiva feminina.   ‌  
     
  • Histerossalpingografia: Um exame de raio-x que utiliza contraste, para avaliar a função e permeabilidade das tubas (trompas) e, na maioria das vezes, investigar endometriose (inflamação do tecido que reveste o útero). 

Diante disso, o Dr. Alfonso Massaguer, ginecologista especialista em reprodução humana, diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) reforça que toda mulher ou casal que esteja tentando engravidar por mais de um ano deve procurar um especialista. "Se a mulher tiver mais de 35 anos, deve procurar especialistas após 6 meses de tentativas", alerta.

 

Informação é vida! 

Dedicados ao assunto há décadas, a Dra. Paula e o Dr. Alfonso acabam de lançar o livro A Espera, que visa a normalizar o aprendizado sobre infertilidade e planejamento familiar com informações técnicas ilustradas por casos reais.

 

Dra. Paula Fettback - CRM 117477 SP - CRM 33084 PR. Possui graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina - UEL (2004). Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP- 2007). Atua em Ginecologia e Obstetrícia com ênfase em Reprodução Humana. Estágio em Reprodução Humana na Universidade de Michigan - USA. Médica colaboradora do Centro de Reprodução Humana Mário Covas do HC-FMUSP (2016). Doutora em Ciências Médicas pela Disciplina de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM - 2016). Médica da Clínica MAE São Paulo – SP. Título de Especialista em Reprodução Assistida Certificada pela Febrasgo (2020)



Cientistas da Mayo desenvolvem teste caseiro com swab para cânceres de endométrio e de ovário

A detecção precoce ajuda nos resultados do tratamento para os cânceres de endométrio e de ovário, mas muitas vezes as mulheres são diagnosticadas em fases avançadas dessas doenças. Ao contrário de muitos outros tipos de câncer, não existem exames padrões para a detecção precoce dos cânceres de endométrio e de ovário. É esperado que a taxa de incidência de câncer de endométrio aumente, impulsionada por fatores ambientais, como obesidade e diabetes.

Ph.D. Marina Walther-Antonio e colegas do Centro de Medicina Personalizada da Mayo Clinic estão em uma missão para detectar esses cânceres precocemente.

A pesquisa se aprofunda na microbiota, uma comunidade de trilhões de microorganismos — incluindo bactérias, fungos e vírus — que influencia a saúde e a doença. Através de suas pesquisas, a equipe descobriu assinaturas microbianas específicas ligadas a cânceres endometriais e ovarianos e estão trabalhando no desenvolvimento de testes caseiros inovadores para mulheres para avaliar a suscetibilidade delas.

"A triagem da microbiota para a detecção precoce pode melhorar os resultados dos pacientes", diz a Dra. Walther-Antonio, pesquisadora dos Departamentos de Cirurgia, Obstetrícia e Ginecologia, e do Centro Oncológico Integral da Mayo Clinic.

A equipe descobriu um conjunto de 17 micróbios bacterianos associado à presença do câncer de endométrio, com um "para-raios" no grupo: a Porphyromonas somerae.

Para validar essa associação, eles traçaram paralelos entre a Porphyromonas somerae e seu parente mais próximo, conhecido por estar ligado ao câncer de boca. A equipe levantou a hipótese de que a Porphyromonas somerae pode desempenhar um papel igualmente invasivo no câncer de endométrio. Após testes prolongados, eles confirmaram a capacidade desse micróbio de invadir células endometriais e alterar sua função, especialmente sob exposição ao estrogênio — fator de risco comum para o câncer endometrial.

Em suas pesquisas sobre o câncer de ovário, a equipe encontrou uma distribuição de micróbios no trato reprodutivo de mulheres com a doença. Eles também descobriram mudanças nas composições da microbiota que estão correlacionadas com os resultados do tratamento do paciente. Estes resultados podem fornecer meios de pesquisa sobre a aplicabilidade destes marcadores para detectar e prever a resposta do paciente ao tratamento.

De acordo com o Fundo Mundial Internacional de Pesquisa em Câncero câncer de endométrio é classificado como o sexto câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo, com 417.367 novos casos e 97.370 mortes relatadas em 2020. O câncer de ovário segue como o oitavo mais comum, registrando 313.959 novos casos e 207.252 mortes no mesmo ano.

Cientistas da Mayo também estão colaborando com os agentes do Conselho de Saúde do Distrito de Waitemata sobre as populações das Ilhas do Pacífico e da população Maori na Nova Zelândia, que possuem uma das maiores incidências de câncer de endométrio a nível mundial. Fatores como altas taxas de obesidade, um fator de risco conhecido, são as prováveis contribuintes, mas as altas taxas de incidência entre mulheres mais jovens permanecem sem resposta.

Nos EUA, existe uma iniciativa a longo prazo destinada às mulheres negras, especialmente as que estão na pós-menopausa. "As mulheres negras não possuem uma maior taxa de incidência de câncer de endométrio, mas apresentam uma maior taxa de mortalidade e morbilidade. Isso é influenciado por vários fatores, incluindo o acesso limitado aos cuidados da saúde. Os sintomas não são reconhecidos frequentemente ou são erroneamente atribuídos a outras condições, como miomas, que são comuns entre mulheres negras", explica a Dra. Walther-Antonio.

Através do estudo a longo prazo, cientistas da Mayo esperam incluir participantes que possam contribuir com amostras semestrais durante três anos, incluindo amostras vaginais com swab e amostras ambientais para identificar possíveis fatores de risco.

Por fim, a Dra. Walther-Antonio e sua equipe esperam utilizar essas assinaturas de microbiota para prever e intervir no desenvolvimento do câncer antes que ele se manifeste. 


Mayo Clinic 



Aumenta a procura por congelamento de óvulos no Brasil

Pesquisa mostra alta de mais de 90% na realização do procedimento, que pode ser visto como um seguro para mulheres que pretendem ter filhos mais tarde

 

Dados recentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revelam um aumento significativo na procura pelo congelamento de óvulos entre as brasileiras. O número de procedimentos realizados entre mulheres abaixo de 35 anos praticamente dobrou em três anos. Em 2023, foram realizados 4.340 ciclos, uma alta de 97,9% em comparação aos 2.193 ciclos realizados em 2020, primeiro ano com dados disponíveis. Cada ciclo refere-se a um procedimento de coleta, que pode envolver o congelamento de vários óvulos. Além disso, o aumento da procura não se limita às mais jovens; houve um crescimento geral de 76,3% em três anos, totalizando 13.879 ciclos no último ano. Esse crescimento é ainda mais acentuado entre as jovens, refletindo uma tendência de postergar a maternidade.

Segundo a última edição da pesquisa Estatísticas do Registro Civil do IBGE, divulgada este ano, houve uma queda no percentual de mulheres que se tornam mães antes dos 29 anos e um aumento naquelas que engravidam após os 30. Em 2020, 22% das novas mães no Brasil tinham entre 30 e 39 anos, número que subiu para 34,5% em 2022. Entre as mulheres que tiveram filhos após os 40 anos, o percentual mais que dobrou, passando de 2% para 4,2% no mesmo período. Nesse contexto, o congelamento de óvulos é visto como uma espécie de “seguro”, já que a fertilidade natural tende a diminuir após os 35 anos.

 

Perspectiva médica

A médica ginecologista e especialista em reprodução humana, Paulina Santander, conta que esse crescimento na procura pelo congelamento de óvulos reflete não só uma mudança no momento da busca da maternidade, mas também uma resposta às novas possibilidades oferecidas pela medicina reprodutiva, proporcionando mais controle e opções para mulheres que desejam planejar sua maternidade de forma consciente e segura. "O congelamento de óvulos oferece às mulheres a possibilidade de planejar a maternidade de acordo com seus projetos pessoais e profissionais, diminuindo a pressão do relógio biológico. A técnica de vitrificação, utilizada no processo, mantém a qualidade dos óvulos bastante similar ao momento em que foram congelados, proporcionando taxas de sucesso próximas às da fertilização in vitro com óvulos a fresco," explica.

Santander também acrescenta que muitas mulheres recorrem ao congelamento de óvulos como uma forma de preservar a sua fertilidade antes de tratamentos médicos que possam afetá-la, como quimioterapia, ou simplesmente para adiar a maternidade até encontrar o momento ideal. “As mulheres nascem com os óvulos que vão usar na sua vida adulta. Sabemos que a quantidade e a qualidade desses óvulos diminuem com o aumento da nossa faixa etária. Assim, o congelamento dos óvulos mantém as taxas de sucesso similares às da idade que a mulher tem, quando congelou seu material. É um procedimento que tem se mostrado importante para mulheres diagnosticadas com doenças graves, como câncer. Antes de tratamentos agressivos como quimioterapia ou radioterapia, que podem comprometer a fertilidade, os óvulos podem ser coletados e preservados, mantendo a possibilidade de maternidade futura. Esse procedimento permite que as pacientes se concentrem no tratamento de sua doença, perpetuando a esperança de poderem tentar se expor a uma gestação quando forem autorizadas pelo seu oncologista”, explica a médica.

 

Exames necessários

O bioquímico e responsável técnico do LANAC - Laboratório de Análises Clínicas, Marcos Kozlowski, explica que os exames são fundamentais no processo de congelamento de óvulos, garantindo a segurança e a eficácia do procedimento. "Antes de iniciar o procedimento, é fundamental realizar uma série de exames para avaliar a saúde reprodutiva da mulher. Isso inclui exames hormonais para medir os níveis de FSH, LH, estradiol e AMH - Hormônio Anti-mulleriano, que fornecem informações sobre a reserva ovariana e a capacidade reprodutiva da paciente. Sorologias também são necessárias e exigidas pela ANVISA para a realização deste procedimento. Rastreio de hepatite B, hepatite C, sífilis e HIV são obrigatórios para as mulheres armazenarem seu material genético com segurança", afirma Marcos.

Além disso, outros exames complementares como ultrassonografias e exames de sangue, são igualmente importantes. "Além dos exames hormonais, são realizadas ultrassonografias transvaginais para monitorar o desenvolvimento folicular e a resposta às medicações utilizadas para estimular a ovulação. Exames de sangue também são realizados para descartar possíveis infecções e avaliar a saúde geral da paciente. Todos esses exames são essenciais para garantir que o processo de coleta e congelamento de óvulos seja realizado da maneira mais segura e eficaz possível", finaliza Kozlowski.

 

Suplemento de ferro que não causa desconforto? Entenda essa tendência

Médico da Carnot Laboratórios explica como os avanços beneficiam os pacientes

 

O ferro é um nutriente essencial para a saúde, especialmente para mulheres grávidas, crianças e pessoas com anemia. Em um contexto geral, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, 30% da população global é anêmica. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que 50% da população tenha carência de ferro.

No entanto, o uso de suplementos de ferro frequentemente resulta em efeitos colaterais indesejados, como náuseas, dores de cabeça e diarreia. Estes desconfortos acabam desestimulando a adesão ao tratamento, comprometendo a recuperação e o bem-estar dos pacientes que mais precisam desse mineral.

Diante desse cenário, o mercado farmacêutico tem se mobilizado para desenvolver alternativas que minimizem os efeitos adversos associados ao consumo de suplementos de ferro. Uma das tendências mais promissoras é a formulação de suplementos de ferro em formato de pó. Este formato inovador apresenta diversas vantagens em comparação com as tradicionais pílulas e cápsulas.

De acordo com Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico da da Carnot Laboratórios, laboratório farmacêutico, uma das principais características do suplemento de ferro em pó é a possibilidade de consumo direto, sem a necessidade de diluição em água, embora essa opção também esteja disponível caso seja a preferência do paciente. “Além disso, esses suplementos frequentemente vêm com sabores agradáveis, adocicados, que mascaram o gosto amargo característico do ferro, tornando a ingestão mais palatável e, consequentemente, aumentando a adesão ao tratamento”, explica.

A pesquisa e o desenvolvimento desses novos formatos de suplementos de ferro envolvem uma combinação de tecnologia avançada e ingredientes inovadores. Os sabores doces são alcançados através da adição de adoçantes naturais e aromas que não comprometem a eficácia do suplemento, mas melhoram significativamente a experiência do usuário.

Os benefícios dessa tendência são especialmente relevantes para os grupos que mais necessitam de suplementação de ferro. Mulheres grávidas, por exemplo, já enfrentam um conjunto de desconfortos associados à gestação, e a possibilidade de evitar náuseas adicionais é um alívio significativo. Da mesma forma, crianças muitas vezes resistem ao consumo de medicamentos devido ao gosto desagradável, e a opção de um suplemento de ferro saboroso pode transformar a rotina de tratamento em um momento mais fácil e menos estressante. Para pessoas com anemia, que já lidam com sintomas debilitantes da condição, a ausência de efeitos colaterais adicionais é crucial para a melhora da qualidade de vida.

“Além do formato em pó, o mercado também explora outras inovações, como cápsulas gastro-resistentes e soluções líquidas com microencapsulação do ferro, que visam uma liberação controlada do mineral no organismo, reduzindo ainda mais os riscos de desconfortos gastrointestinais”, afirma o médico.

A aceitação crescente desses novos formatos de suplementação de ferro reflete a importância de um tratamento mais humanizado e adaptado às necessidades dos pacientes. Com avanços contínuos na tecnologia farmacêutica, é esperado que esses produtos se tornem cada vez mais acessíveis, proporcionando uma experiência de suplementação mais confortável e eficaz para todos.

A tendência dos suplementos de ferro que não causam desconfortos é um passo importante na direção de tratamentos mais inclusivos e eficientes, demonstrando que a inovação no setor farmacêutico pode, de fato, melhorar a adesão ao tratamento e, consequentemente, a saúde de milhões de pessoas ao redor do mundo.

  

Carnot® Laboratórios


Especialista comenta aumento da síndrome do coração partido

Doença com nome que remete a um momento de tristeza pode ser ocasionada até por episódios de felicidade e grandes emoções, como o início ou a ruptura de um relacionamento afetivo 

 

Com a aproximação do Dia dos Namorados é comum refletirmos nos impactos que as emoções causam na saúde. Tal exemplo relaciona-se à constatação de um estudo recente que mostra que a chamada síndrome do coração partido (cardiomiopatia de Takotsubo) está presente entre 1 a 3 de 100 pacientes atendidos com suspeita de infarto agudo do miocárdio. No Rio de Janeiro, a pesquisa Nacional REMUTA (Registro Multicêntrico de Takotsubo), que avaliou 169 pacientes, no período de 2010 a 2017, encontrou uma idade média de 70 anos, com as mulheres na grande maioria dos casos (90%). O problema de saúde tem um nome que se relaciona a males relativos à emoção, o que não está de todo errado, mas que representa impactos nas condições cardíacas.

 

Claudio Tinoco Mesquita, coordenador do serviço de Medicina Nuclear do Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, explica mais sobre o problema, que tem tratamento, mas exige atenção. A síndrome do coração partido, embora não tão comum, é uma doença, que causa dor no peito, falta de ar e cansaço - sintomas bem semelhantes aos de um infarto agudo do miocárdio, que poderão surgir após períodos de estresse emocional. No registro realizado no Rio de Janeiro foi encontrada uma mortalidade de 10%, o que não é muito distante da mortalidade do infarto em pessoas com esta faixa etária. 

 

“Situações de tristeza, luto e até surpresas felizes, como ganhar um prêmio de loteria, por exemplo, podem acarretar na síndrome do coração partido. Os exames de diagnóstico desse problema indicam que o órgão tem alterações na sua contração, a exemplo do que ocorre exatamente o infarto do miocárdio. Em exames de imagens o órgão apresenta uma redução na sua contratilidade geralmente na sua porção mais apical”, explica Claudio Tinoco Mesquita. Os estudos mais atuais mostraram que a o Takotsubo está ligado a alterações na microcirculação, desencadeadas pela torrente de hormônios do estresse e ansiedade, que são liberados em situações específicos como durante o luto ou emoção forte, incluindo emoções positivas como ganhar na loteria. 

 

Tinoco recomenda que sinais, como esses, não sejam descartados pelas pessoas e que um serviço de saúde seja procurado, logo que os primeiros sintomas se apresentem. Dados de estudos prévios, a exemplo de um trabalho da Universidade de Gothenburg, na Suécia, apontaram que o estresse de duração prolongada também é serve de gatilho para o desenvolvimento da Síndrome do Coração Partido. 

 

“A situação deixa o indivíduo vulnerável a quadros de ansiedade aguda, como as que estamos vivenciando diante do alto volume de tarefas, especialmente nas grandes cidades. Estratégias que ajudem são fundamentais, como exercícios físicos regulares, diminuição da leitura continuada de notícias tristes, porém sem deixar de se informar. Além disso, fazer atividades prazerosas podem ajudar”, informa o especialista.

 

“Nosso objetivo é determinar as características associadas ao maior risco de desenvolvimento da Síndrome do Coração Partido, como a presença de transtornos mentais e o grau de resiliência ao estresse, importantes na melhor compreensão e prevenção desta condição clínica”, pondera Tinoco.  

  

Outros sinais como tonturas, vômitos, perda de apetite e dor no estômago também podem estar relacionados à síndrome que, no Brasil, começou a ser investigada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e vem chamando a atenção de profissionais especializados na área.

 


Dia dos namorados: busca por casamentos entre pessoas com mais de 50 anos se torna tendência no Brasil

divulgação


 Longevidade saudável e reestruturação de papéis sociais impulsionam aumento de casamentos tardios no país, revela Instituto de Longevidade MAG

 

O casamento continua sendo um tema que ainda é muito discutido pela população brasileira. Segundo os dados das Estatísticas do Registro Civil de 2022, divulgados neste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram realizados 970 mil matrimônios, registrando um aumento de 4% em 2022 em comparação ao mesmo período do ano anterior.  

Com o aumento da expectativa de vida, as pessoas têm se permitido adiar eventos como o casamento por possuírem mais tempo para realizar essas escolhas. Além disso, homens e mulheres que permanecem ativos após os 60 anos, permitem redefinir seus papéis sociais e considerar se casar em uma idade mais avançada. 

De acordo com o estudo do IBGE, casamentos entre cônjuges masculino e feminino por grupos de idade, do total de 959 mil casamentos registrados, entre as idades 60 a 64 anos, houve 22 mil casamentos.á nas idades de 65 anos ou mais, chega a 28 mil, reforçando a busca por casamentos entre o público longevo.  

“O que os dados mostram é que nunca é tarde para dizer “sim”, explica Antonio Leitão, gerente do Instituto de Longevidade MAG. “Geralmente o público 50+ traz uma reestruturação de papéis sociais: homens e mulheres, antes dedicados a cuidar dos filhos ou da carreira, não têm mais responsabilidades familiares e podem mudar o ritmo de trabalho. Buscar uma nova relação seria avançar para mais um estágio na vida, por isso, a busca pelo amor torna-se um interesse”, ressalta Leitão.  

 

Instituto de Longevidade MAG     

Olheiras e marcas de expressão podem ser sinais de desgaste dos dentes

Especialista explica que assimetria facial e marcas de expressão podem vir de problemas como perda óssea na região da boca, diminuição no tamanho dos dentes e mal posicionamento dentário 

 

Queixo retraído, rugas no canto da boca (‘sorriso invertido’), ao redor dos lábios (‘código de barra”) ou o sorriso que sobe mais de um lado que de outro. Essas são algumas queixas de pessoas que procuram por harmonização facial/orofacial e demais procedimentos estéticos.

No entanto, assimetria facial e marcas de expressão podem não ser apenas uma questão de desarmonia e, sim, sinais de problemas como perda óssea na região da boca, diminuição no tamanho dos dentes, disfunção na mordida e mal posicionamento dentário.  

Marcelo Kyrillos, cirurgião-dentista do Ateliê Oral, explica que a correção de um problema odontológico antes da harmonização facial pode ser um fator decisivo para a realização de intervenções ou menor escala delas. “Quando corrigimos o tamanho dos dentes ou a mordida, o rosto já ganha uma nova estrutura, e os pacientes já percebem uma mudança. Após recuperar o que esse paciente perdeu, aí sim, pode haver o refinamento estético”, explica.

“O que vemos por aí são muitos resultados com uma certa deformação, fora da naturalidade. O exagero acontece muito pelo fato desses casos não terem sido tratados de dentro para fora da boca. É crucial verificar se há uma questão ortodôntica a ser corrigida antes da intervenção externa. O dentista pode fazer essa avaliação pelo domínio da anatomia da cabeça e pescoço, e das variações anatômicas da face, sejam artérias, veias, musculatura e discrepância esquelética (bases ósseas)”, alerta. 

O especialista fala com base no reconhecimento em 2019, pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), da harmonização orofacial como uma especialidade da odontologia responsável por buscar o equilíbrio entre a relação estética e funcional do rosto e do sorriso para corrigir assimetrias e algumas proporções faciais.


Olheiras podem ser sinais de desgaste dos dentes

Com o avanço da idade aparecem as rugas no canto da boca, passando aquela imagem de ‘sorriso invertido’. Também acontecem a retração dos lábios superior e inferior, dando origem às rugas periorais, conhecidas como ‘código de barra’. Segundo o especialista, o desgaste dos dentes e a perda óssea naturais do corpo podem desencadear esses problemas. “Com o passar dos anos, não recebemos o mesmo suporte labial de osso e de dente. É como se houvesse um derretimento da face”, detalha. 

O que pouca gente sabe é que as olheiras também estão relacionadas à perda desse suporte. Isso acontece devido à força feita na hora de morder para selar os lábios. O cirurgião-dentista explica que a recuperação da altura da mordida fornece o suporte para esses tecidos. “A harmonização facial pode suavizar as marcas, porém, a parte dentária já é uma solução na maioria dos casos”, frisa.

O especialista também traz um alerta para a necessidade de cirurgia em situações mais complexas, como nos casos de retração de queixo. Ao invés de tratar esteticamente com preenchimento de queixo até uma proporção considerada ideal, ele recomenda avaliar a possiblidade de uma intervenção cirúrgica (a cirurgia ortognática). “O queixo para dentro, por exemplo, é um caso de crescimento inadequado dos ossos. Então, é preciso consertar. Imagine uma armação de circo: armando a lona, assume-se uma nova forma. Isso é absolutamente natural, porque é o rosto da pessoa. Antes de qualquer procedimento estético, é preciso ter a estrutura óssea e a funcionalidade dos sistemas que compõem o nosso corpo como ponto de partida. A saúde e a função precisam vir sempre em primeiro lugar. A estética precisa ser enxergada como uma aliada”, enfatiza.

Kyrillos explica ainda a importância dessas intervenções serem realizadas com o acompanhamento de diferentes profissionais. “Nessas regiões há tecidos duros e moles, que são do domínio do cirurgião-dentista, do dermatologista e do cirurgião-plástico, por exemplo, em suas diferentes áreas de conhecimento. Isso porque há um risco grande em manipular materiais injetáveis e perfurantes nesses tecidos. Não são poucos os casos de pacientes que voltam para a casa após o procedimento e, dias depois, sentem dores e outros sintomas. Quando se dão conta, o edema, por não ter sido tratado corretamente, se tornou uma necrose. Se não houver um acompanhamento integrado, o risco para o paciente é alto”, completa. 

 

Ateliê Oral

 

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