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segunda-feira, 10 de junho de 2024

HSPE lança a campanha "Doe Sangue e faça parte do time que torce pela vida" para garantir autossuficiência do seu hemocentro


Ação tem como objetivo incentivar a doação de sangue e manter o mesmo patamar de coleta para garantir a autossuficiência do Banco de Sangue. 

 

O Banco de Sangue do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), principal unidade do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), órgão ligado à Secretaria de Governo e Gestão Digital (SGGD), lança neste mês a campanha de Junho Vermelho com o slogan “Doe sangue e faça parte do time que torce pela vida”, uma associação com os Jogos Olímpicos de Paris que terão início em julho.   

“Queremos incentivar a população a fazer doações voluntárias de sangue com a chegada do inverno, período que geralmente apresenta queda nas doações, para garantir a autossuficiência do nosso Banco de Sangue durante todo o ano”, explica Fábio Lino, diretor do Serviço de Hemoterapia do HSPE. “A disponibilidade de sangue para transfusão é crucial para a sobrevivência de pacientes em situações de risco, como cirurgias, emergências médicas e acidentes graves com traumas, além do tratamento de algumas condições médicas”, complementa. 

Todos os tipos sanguíneos são importantes e bem-vindos, mas o RH negativo de todos os tipos (A, B, O e AB) está crítico e precisa ser reposto para manutenção dos estoques. Cada doação de 450 ml de sangue pode salvar até quatro vidas 

Michelle Gordon
Pixabay

Sobre a campanha
 

No espírito das próximas Olimpíadas, o HSPE decidiu homenagear pessoas que são doadoras de sangue frequentes na instituição como “parte do time que torce pela vida”, com uma medalha e uma carta escrita à mão por quem recebe as bolsas de sangue no hospital.  

João Pedro Almeida Ferreira da Silva, receptor frequente no Banco de Sangue, é uma das pessoas que compartilhou sua história de vida com anemia falciforme e que fez questão de agradecer por escrito: “Sou muito grato a todos que fazem doação, minha vida foi salva muitas vezes por essas pessoas”. 

Luciano Germano da Cunha, doador, já realizou mais de 20 doações no Hospital do Servidor e foi uma das pessoas homenageadas na ação. “É algo que faço há mais de dez anos, anoto inclusive na agenda e venho a cada três meses ao hemocentro, é simples e rápido. Acredito que o gesto deveria ser incorporado ao cotidiano de todos”.

 

Combate às fake news 

O diretor da Hemoterapia do HSPE comenta que é importante combatermos as notícias falsas sobre o tema para incentivarmos as doações de quem ainda não a realiza. O médico esclarece alguns informações:

  • O sangue não engrossa após a primeira doação e não força a doação freqüente e compulsória pela parte de quem é doador;
  • Todos podem doar sangue desde que tenham idade entre 16 e 69 anos, independentemente da orientação sexual;
  • Os centros de coleta do país são seguros e confiáveis, com profissionais capacitados e utilizam apenas materiais descartáveis e de uso único.

Lino complementa: “Somos um povo solidário e que tem o altruísmo como parte da nossa cultura. Procure o posto de coleta mais próximo, fale com seus amigos e familiares e ajude a salvar vidas”.

 

Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo - Iamspe

 

Especialistas esclarecem o que é real e o que é fake sobre os efeitos causados pelo Ozempic e alertam para o uso indevido do medicamento

Freepik
Rosto derretido, cabeça em desacordo com o restante do corpo e atrofia muscular 

 

O Ozempic se tornou a celebridade do mercado farmacêutico. As polêmicas sobre os efeitos referentes ao uso do medicamento são renovadas a cada mês. Chorando e insatisfeita, a influenciadora Dayanne Bezerra confidenciou aos seus seguidores que está se sentindo feia e que seu bumbum ficou atrofiado pelo uso do medicamento.

Na busca desenfreada pelo corpo perfeito o medicamento vem sendo utilizado simplesmente como a “caneta mágica” para perder peso de maneira rápida. É possível encontrar tutorial de como utilizar e onde encontrar o Ozempic sem a necessidade de receita médica nas redes sociais. Algumas influenciadoras divulgam o antes e depois do uso do medicamento, ressaltando a perda de peso e a melhora no percentual de gordura. Esse tipo de atitude reforça o uso indiscriminado e pode causar efeitos colaterais mais severos.

Para entender o que é real e o que é fake sobre o tema, e o quanto a vaidade pode ser perversa, conversamos com três especialistas: Eduardo Netto, Priscilla Martins e Rodrigo Bravim.

Para a médica, Priscilla Martins, a maioria dessas polêmicas são sensacionalistas e tendenciosas. Boa parte das notícias que falam sobre os efeitos colaterais de Ozempic relatam situações que podem ocorrer em qualquer processo de emagrecimento independente do uso da medicação.

A especialista reforça que as polêmicas são prejudiciais e contribuem para o preconceito contra o medicamento. Pessoas que realmente precisam e se beneficiaram com o tratamento deixam de usar por medo. “Entendo que, por ser um medicamento em alta, as notícias querem chamar a atenção, dar audiência, e não se preocupam em buscar informações verdadeiras. Por exemplo, não deixam claro que algumas consequências aconteceriam em qualquer processo de perda de peso e não pelo uso do Ozempic”.

Ainda existe preconceito com o uso de medicamentos para tratamento da obesidade, isso porque a maioria das pessoas não veem a obesidade como uma doença e sim como um “desvio de conduta” e que basta a pessoa querer para conseguir mudar o quadro, mas, hoje sabemos que não é uma questão de “força de vontade” e ainda que a pessoa se dedique para perder peso muitas vezes não conseguirá porque existem fatores metabólicos e genéticos que dificultam o processo. O tratamento com medicamentos é uma excelente ferramenta para ajudar essas pessoas a terem um estilo de vida mais saudável, com mais qualidade de vida e menor risco de doenças.

“Não devemos ver a Semaglutida como um “remédio para emagrecer”, e sim como um medicamento para tratar alterações metabólicas. É necessário reforçar que obesidade é reconhecida pela OMS como uma doença crônica e progressiva e, como toda doença crônica, o uso de medicamentos pode ajudar a manter a doença sob controle. A medicina evoluiu e hoje temos medicamentos seguros e eficazes que podem e devem ser utilizados para evitar complicações relacionadas com o excesso de peso. O medicamento ajuda pessoas com obesidade a terem uma vida melhor e mais saudável, mas o uso para fins estéticos em pessoas com peso normal contribui para o preconceito contra a medicação. Use medicamentos apenas com orientação médica”, esclarece Priscilla Martins, Mestre em Endocrinologia e Metabologia pela UFRJ.

A Semaglutida é uma medicação potente para perda de peso e quando uma pessoa emagrece muito há redução de gordura subcutânea que pode causar flacidez e mudança da percepção corporal.  Quando o emagrecimento não é acompanhado de exercícios para fortalecimento muscular e de bom aporte de proteínas também pode ocorrer perda de massa muscular, especialmente se é feito sem acompanhamento médico e nutricional. Existe um exagero nas notícias como se a culpa fosse do medicamento, mas na verdade esses efeitos apontados podem ocorrem em qualquer processo de emagrecimento.

O medicamento é indicado para tratamento de pacientes com obesidade (IMC acima de 30) ou sobrepeso (IMC maior de 27) com complicações como hipertensão, diabetes e colesterol alto, geradas pelo aumento de peso.  O fármaco deve ser visto como um medicamento que trata uma doença crônica como a obesidade e traz vários benefícios adicionais para o paciente. Além de atuar sobre o apetite, ajuda no controle de alterações metabólicas e na prevenção de doenças cardiovasculares. A droga não deve ser utilizada em pessoas com história de carcinoma medular de tireoide ou neoplasia endócrina múltipla do tipo 2 (NEM 2).

 “No entanto, não há recomendação do uso de Ozempic para emagrecimento apenas para fins estéticos em pessoas com o peso normal. Semaglutida é uma medicação segura, mas, como qualquer outro medicamento, pode ter efeitos colaterais como náuseas, dor no estômago, mal estar, fadiga, diarreia, constipação e vômitos. O emagrecimento excessivo também pode levar a perda de massa muscular e flacidez na pele, não pelo uso do medicamento em si, mas pela perda de peso excessiva”, orienta Martins.

Usar a Semaglutida sem orientação médica aumenta o risco de efeitos colaterais indesejáveis citados.  O médico sabe como orientar e a ajustar a dose para minimizar os efeitos colaterais e como administrar cada um deles, caso ocorra.  Além disso, quando não há acompanhamento o risco de reganho de peso é maior por interrupção do tratamento já que o especialista saberá orientar outras medidas de estilo de vida para ter uma perda de peso sustentável a longo prazo. Fazer exercícios físicos de fortalecimento muscular durante o emagrecimento ajuda a melhorar o tônus e reduz o risco de flacidez. É importante também que a alimentação seja balanceada com um bom aporte de proteínas e hidratação adequada.

Dica da especialista:  a Semaglutida é uma medicação segura quando utilizada com indicação correta e acompanhamento médico regular e pode trazer muitos benefícios para a saúde. Busque um especialista confiável, esclareça suas dúvidas e, se houver indicação, invista no tratamento sem medo.

O medicamento é aprovado pela Anvisa para tratamento de diabetes e obesidade. Deve ser administrado através de uma aplicação de injeção subcutânea uma vez na semana. É necessário iniciar o tratamento com dose baixa e aumentar progressivamente a dose de acordo com a tolerância individual. Esse ajuste progressivo é individualizado e ajuda a minimizar o risco de efeitos colaterais. Estudos de uso em longo prazo não mostram até o momento risco adversos graves e inclusive mostram benefícios com o uso prolongado como a redução do risco de eventos cardiovasculares, manutenção do peso perdido e menor risco de desenvolver diabetes.

As redes sociais exercem grande influência no uso do medicamento sem acompanhamento médico e para fins estéticos. Influencers usam o medicamento sem indicação e muitas vezes disseminam informações equivocadas ou falam apenas do lado positivo do medicamento sem mencionar os riscos e efeitos colaterais.


Atrofia muscular

Para entender qual é o problema que fez a influenciadora Dayanne Bezerra chorar, conversamos com Eduardo Netto - profissional de Educação Física há 40 anos. Atrofia muscular é o enfraquecimento ou perda de tecido muscular e é caracterizada pela diminuição do tamanho do músculo, o que resulta na perda de força.

Existem três tipos de atrofia muscular: fisiológica, patológica e neurogênica.

 A fisiológica é causada pelo uso insuficiente dos músculos. Esse tipo de atrofia pode muitas vezes ser revertido com exercícios e alimentação. As pessoas mais afetadas são aquelas que:

  • Têm trabalhos sedentários, problemas de saúde que limitam o movimento ou níveis de atividades reduzidas;
  • Pessoas acamadas;
  • As que não podem mover seus membros devido a um AVC ou outra doença cerebral.

A patológica é observada com o envelhecimento, inanição e doenças como a síndrome de Cushing (devido ao uso excessivo de medicamentos chamados corticosteroides ou glândulas suprarrenais hiperativas).

A neurogênica é o tipo mais grave de atrofia muscular. Pode ser causada por uma lesão ou doença de um nervo que se conecta ao músculo. Este tipo de atrofia muscular tende a ocorrer de forma mais súbita do que a atrofia fisiológica.

Exemplos de doenças que afetam os nervos que controlam os músculos:

  • Esclerose lateral amiotrófica (ELA, ou doença de Lou Gehrig);
  • Dano a um único nervo, como a síndrome do túnel do carpo;
  • Síndrome de Guillain-Barré;
  • Danos nos nervos causados por lesões, diabetes, toxinas ou álcool;
  • Poliomielite;
  • Lesão na medula espinhal.

Embora as pessoas possam se adaptar a essa condição, até mesmo uma atrofia muscular menor causa alguma perda de movimento ou força. Outras causas podem incluir: queimaduras, terapia de corticosteroides a longo prazo, desnutrição, distrofia muscular e outras doenças musculares, osteoartrite e artrite reumatoide.

Para detectar a atrofia muscular, é importante observar sinais e realizar exames específicos. Os principais métodos utilizados são: observação, avaliação médica, exames diagnósticos e monitoramento contínuo. Esses métodos combinados ajudam a detectar e avaliar a gravidade da atrofia muscular, permitindo intervenções e tratamentos adequados.

“Um programa de exercícios pode ajudar a tratar a atrofia muscular. Os exercícios podem incluir atividades realizadas no meio aquático para reduzir a carga de trabalho muscular e outros tipos de reabilitação. Pessoas que não conseguem mover ativamente uma ou mais articulações podem fazer exercícios usando órteses ou talas”, pondera Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company.

A gravidade da atrofia muscular depende, portanto, de vários fatores, incluindo a causa, a rapidez da progressão e as opções de tratamento disponíveis. Consultar um profissional de saúde para um diagnóstico e plano de tratamento personalizado é fundamental para manejar a condição de forma eficaz.

Entenda a gravidade da atrofia muscular:


Causas subjacentes

  • Fisiológica: devido ao desuso, geralmente reversível com exercícios e nutrição adequada.
  • Patológica: associada ao envelhecimento, inanição ou doenças endócrinas (ex: síndrome de Cushing).
  • Neurogênica: resultante de lesões nervosas, é a forma mais grave e de progressão rápida (ex.: ELA, lesões na medula espinhal).


 Impacto na função

  • Perda de força: significativa perda de força, afetando atividades diárias.
  • Mobilidade reduzida: dificuldades de movimento, afetando a qualidade de vida.
  • Desconforto: pode causar dor muscular e incômodo.

 Progressão da condição

  • Gradual ou rápida: pode ser lenta (desuso) ou rápida (lesões nervosas).
  • Recuperabilidade: a atrofia por desuso é geralmente reversível; a neurogênica pode ser irreversível.


 Complicações

  • Lesões adicionais: aumento do risco de quedas e outras lesões.
  • Condições secundárias: pode causar contraturas, dificuldades respiratórias e problemas metabólicos.


 Tratamento e manejo

  • Reabilitação e exercícios: terapias específicas ajudam a recuperar força e massa muscular.
  • Intervenção médica: tratamento adequado para doenças subjacentes é crucial.
  • Suporte nutricional: Dieta e suplementação adequadas são essenciais para a recuperação.


Redes Sociais X Pressão estética

Nas redes sociais é possível encontrar conteúdos de todos os tipos e para todos os gostos. Neste universo onde as pessoas são felizes, gratos, perfeitos e alheios a qualquer tipo de problema, também é um ambiente onde perigos, gatilhos e facilidades estão ao alcance das mãos. O mundo virtual sempre disponibiliza a resposta a solução “perfeita” (sempre a mais fácil) para qualquer tipo de dificuldade.

As pessoas estão sempre em busca de algo novo para conquistar a beleza perfeita. Os principais atrativos são por protocolos mais rápidos para soluções estéticas, medicamentos e até mesmo procedimento cirúrgico.

Essa busca constante pode causar transtornos, entre eles estão: ansiedade e depressão: pela falta de resultado imediato ou pela constante frustração em ver pessoas alcançando o que deseja; bulimia: na tentativa exagerada de poder satisfazer o corpo com satisfações rápidas por meio de alimentos, mas sem causar qualquer tipo de impacto no seu peso ou na estrutura corporal; anorexia e dismorfia corporal: onde a pessoa já não consegue se ver/identificar como realmente é, e a cada tentativa de modificação estética vai se deformando,  já que não tem mais uma percepção real do próprio corpo devido essas tentativas por soluções fáceis e rápidas, sem contar todo o dano causado ao corpo em questões fisiológicas ao se colocar em risco com dietas restritas, além de fazer uso de uma polifarmácia sem se quer saber de que forma isso estará impactando em sua saúde física e mental.

Com o tempo essa insatisfação se transforma em isolamento social, afinal, a busca interminável por algo que muitas vezes só existe na cabeça da própria pessoa acaba transformando-a em alguém que foge de ambientes públicos e de manter uma vida social, gerando problema em seus relacionamentos pessoais, onde a pessoa começa a ter vergonha do próprio parceiro.

“A falta de aceitação ou busca por uma melhoria corporal de forma saudável tem cobrado um alto preço nas pessoas atualmente. Precisamos entender que é um processo que leva tempo e trabalho, não existe mágica. Cerca de 35% das pessoas que fazem cirurgia bariátrica sofrem com reganho de peso, a mudança começa na mente, você pode tomar medicamento, fazer alterações físicas e cirúrgicas, mas se não mudar o jeito de se relacionar com a comida tudo isso será temporário. As redes sociais mal administradas se tornam um problema na vida de qualquer um, afinal, lá é um lugar onde todos são felizes, não existem contas atrasadas, estamos sempre comendo uma comida boa em um local agradável. É um mundo à parte, onde as pessoas não vivem, apenas visitam e deixam ali apenas um momento, “o melhor momento””, orienta Rodrigo Bravim, psicólogo e professor no curso de pós-graduação em Medicina do Esporte na Faculdade UNIGUAÇU.

O psicólogo ressalta que a vida registrada nas redes sociais é totalmente diferente da real, do dia a dia. “Ninguém compartilha contas, problemas, infelicidades, fotos onde não se sentem confortáveis ou bonitas. Isso sem contar os filtros utilizados: olheiras, cílios e maquiagens tudo virtual. E quando você tira os olhos da tela, com um filtro e se olha no espelho o que restou de você? Assim fica cada dia mais difícil que uma pessoa não busque a perfeição, e que não seja pecado acordar descabelada, com olheiras, de pijamas e meia na cama bagunçada com forros antigos, porque a influencer “fulana” postou seu bom dia, em uma cama com lençóis de fios egípcios com seu cabelo impecável e sua pele de pêssego. É difícil concorrer com isso e não se sentir feia, certo?”.

 

Síndrome da Fragilidade: fator de comorbidades e mortalidade entre idosos

No Brasil, prevalência de sarcopenia pode chegar a 60% 

 

“A Síndrome da Fragilidade emerge como um fator significativo no aumento do número de comorbidades e da mortalidade entre os idosos”. Este foi o alerta emitido pela Dra. Fânia Cristina Santos, geriatra e membro da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO).

 

Ao contrário do que pode ser inferido pelo seu nome, a Síndrome da Fragilidade não é necessariamente evidente na aparência física frágil dos idosos. É uma condição que requer a identificação de critérios específicos para diagnóstico. "Pacientes diagnosticados com a Síndrome da Fragilidade geralmente apresentam sarcopenia, mas nem todos os casos de sarcopenia resultam na síndrome", explica a Dra. Fânia. "Isso se deve ao fato de que a síndrome da fragilidade se associa alterações no sistema imunológico, endocrinológico e musculares, causando declínio da reserva funcional levando a vulnerabilidades. Estudos indicam que, dentro destas alterações, cerca de 20% dos idosos são considerados frágeis e 46% pré-frágeis".

 

Dentre essas alterações neuromusculares, a sarcopenia (sarco = músculo / penia = deficiência) é a mais relevante, podendo acometer 60% dos idosos no Brasil. Trata-se de perda muscular e principalmente declínio de força muscular, cuja importância se destaca, principalmente, devido ao aumento do risco de quedas.

 

A diminuição da força muscular, da massa muscular e da resistência óssea estão interligadas, e essa interconexão está diretamente relacionada ao risco de quedas e fraturas. "A avaliação da força muscular pode ser realizada através do Handgrip (instrumento que avalia a força de pressão palmar), enquanto a massa muscular pode ser avaliada pela impedanciometria. Uma forma simples de avaliação é medir a circunferência da panturrilha, sendo considerada baixa em mulheres com menos de 33cm e em homens com menos de 34cm", conta Dra. Fânia

 

A geriatra ressalta ainda que a presença de baixa força muscular, baixa massa muscular e desempenho reduzido em testes físicos chamados Sentar e Levantar 5 vezes indicam sarcopenia grave. E quando se trata de osteoporose, não apenas as fraturas resultantes de quedas são uma preocupação, mas também as fraturas vertebrais, que podem ocorrer de forma espontânea ou devido a movimentos simples.

 

"No momento atual, é crucial identificar quem está em risco de fraturas e determinar a gravidade desse risco", destaca a Dra. Fânia. "A Síndrome da Fragilidade está associada a um risco significativamente elevado de fraturas, destacando a importância de intervenções precoces e preventivas."

 

“Identificando o idoso sarcopênico com a Síndrome da fragilidade” é um dos temas do 11º BRADOO, o Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteometabolismo, que será realizado de 21 a 24 de agosto em Brasília.

 

ABRASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo,

Instagram: https://www.instagram.com/abrassonacional/

Facebook: https://www.facebook.com/abrassonacional/

YouTube: https://www.youtube.com/@ABRASSO

Podcast (Spotify): https://bit.ly/3ZGGbQc

Casa Segura - https://abrasso.org.br/casa-segura/

 

11º BRADOO

Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteometabolismo

21 a 24 de agosto

Local: CICB - Centro Internacional de Convenções do Brasil

Endereço: St. de Clubes Esportivos Sul Trecho 2 Conjunto 63, Lote 50 - Asa Sul, Brasília



Causas e consequências da venda mais restrita de Zolpidem

O Zolpidem é um medicamento hipnótico amplamente prescrito para o tratamento de insônia. Contudo, devido ao seu potencial de abuso, dependência e efeitos adversos, várias jurisdições, incluindo o Brasil, têm adotado medidas para restringir sua venda e uso.

As restrições foram implementadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão que regulamenta a prescrição e dispensação de medicamentos controlados. O aumento dos casos de abuso e dependência associados ao fármaco traziam um cenário preocupante.

Relatos de efeitos adversos bizarros como sonambulismo e compras compulsivas, apagões de memória, alucinações e confusão mental são citados em redes sociais e fóruns por pacientes e usuários. Jovens procuram a droga para regular o ciclo de sono e vigília, mas não há indicação terapêutica para esse tipo de distúrbio. 

Introduzido no início dos anos 1990, o fármaco é um medicamento da classe dos hipnóticos, utilizado para induzir o sono. Ele é recomendado para uso a curto prazo — no máximo, quatro semanas — por pessoas que têm dificuldades para adormecer ou manter o sono por um período adequado.

Em maio de 2024, a Anvisa publicou uma nova instrução normativa especificando a necessidade de receita especial azul e um limite de quantidade do fármaco prescrita por período.

O Zolpidem já estava classificado na lista B1 (psicotrópicos), que é mais rigorosa. No entanto, o Adendo 4 dessa mesma lista atenuava essa restrição, permitindo que medicamentos com até 10 mg de Zolpidem por unidade fossem tratados como equivalentes aos medicamentos da Lista C1 - Lista de Substâncias Sujeitas a Controle Especial. Para a categoria C1, a prescrição pode ser feita em receita branca de duas vias, sendo admitida a prescrição eletrônica. Já a recém-obrigatória receita azul não permite a modalidade eletrônica, porque tem talonários numerados para controle da vigilância sanitária local.

Há que se ressaltar que as restrições mais rígidas na venda de Zolpidem impactam diretamente médicos, farmacêuticos e pacientes. A necessidade de uma receita especial azul e a limitação da quantidade disponível por prescrição buscam reduzir o risco de abuso e dependência, mas também podem causar dificuldades no acesso ao tratamento adequado para pacientes que realmente necessitam do medicamento.

A venda mais restrita do Zolpidem no Brasil reflete uma preocupação crescente com a segurança dos pacientes e o potencial de abuso desse medicamento. Embora as novas regulamentações imponham desafios, elas são essenciais para garantir o uso seguro e responsável do fármaco. Profissionais de saúde devem se manter informados sobre as mudanças normativas e orientar seus pacientes de forma adequada, minimizando riscos e garantindo a conformidade legal. 

Claudia de Lucca Mano - advogada e consultora empresarial atuando desde 1999 na área de vigilância sanitária e assuntos regulatórios, fundadora da banca DLM e responsável pelo jurídico da associação Farmacann

 

Saúde da mulher: Suplementos indispensáveis para uma vida saudável na menopausa

Conheça os suplementos que ajudam a prevenir doenças e devolvem a qualidade de vida da mulher no climatério e menopausa

 

Para o bom funcionamento, o organismo necessita de vitaminas, aminoácidos, minerais e outros nutrientes que são produzidos naturalmente pelo corpo, ou encontrados em uma alimentação balanceada e saudável. Mas, a partir dos 40, o corpo humano já não é o mesmo, e, apenas uma boa alimentação não é capaz de suprir as necessidades de cada indivíduo.

Durante o climatério e menopausa, a mulher começa a observar um metabolismo mais lento, perda de elasticidade e memória, falta de disposição, ganho de peso, insônia e inúmeros outros sintomas que surgem com a idade. A decisão de suplementar ajuda a evitar carências nutricionais devolvendo a qualidade de vida da mulher madura.

Consultamos uma especialista no assunto, a médica Ginecologista Dra. Beatriz Tupinambá,que listou 5 suplementos que não podem faltar na rotina da mulher 40+:


1-Creatina

A Creatina ajuda a célula muscular a otimizar suas funções durante a pratica de exercícios físicos, além de auxiliar no aumento da eficiência da síntese proteica;

 

2- Ômega 3

O Ômega 3 evita inflamações nos vasos sanguíneos, ajuda a prevenir a aterosclerose, contra a pressão arterial e auxilia no controle do colesterol e triglicerídeos. Além disso, possui propriedades anti-inflamatórias;

 

3- Vitamina D
A vitamina D fortalece o sistema imunológico, auxilia na resistência de ossos, dentes, nervos e músculo, e melhora a produção de insulina;

 

4- Metilfolato

O Metifolato, também conhecido como vitamina B9, é indispensável para o funcionamento do organismo e pela formação de hemoglobina. Além disso, ajuda na recuperação de doenças como a depressão;

 

5- Magnésio

O Magnésio otimiza o desempenho nas práticas de exercícios, melhora a imunidade, ajuda no controle de diabetes, controla a pressão arterial, diminui o risco de doenças cardíacas e auxilia nas funções nervosas e musculares.


CREATINA NÃO APRESENTA EFICÁCIA COMPROVADA NO TRATAMENTO DA ARTROSE

Diferentemente com que vem sendo anunciado, evidências científicas atuais não sustentam o uso de creatina para aliviar a dor e melhorar a função muscular em pacientes com artrose

 

Apesar de algumas pesquisas sugerirem possíveis benefícios da suplementação de creatina para pacientes com artrose, as evidências científicas não são conclusivas. Especialistas alertam para a falta de fundamentação robusta que justifique a utilização de creatina no tratamento dessa condição degenerativa, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. 

"A creatina é amplamente reconhecida no meio esportivo por seus benefícios na hipertrofia muscular e na recuperação de lesões. No entanto, as evidências de que esses mesmos mecanismos podem ser benéficos para pacientes com artrose são limitadas e não suficientemente comprovadas," afirma o Dr. Thiago Fukuda, diretor clínico do Instituto Trata e renomado especialista em biomecânica e fisioterapia esportiva. "Embora alguns estudos preliminares sugiram que a suplementação de creatina, combinada com exercícios de resistência, possa melhorar a função muscular, esses resultados não são consistentes nem amplamente aceitos pela comunidade científica."

 

Evidências Científicas

Pesquisas realizadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo indicam que, embora a creatina possa ter algum efeito na massa muscular, não há dados suficientes para afirmar que ela reduz significativamente a dor ou melhora a qualidade de vida de pacientes com artrose de forma consistente. A proliferação e diferenciação das células satélites musculares, mencionada em estudos iniciais, ainda carece de provas robustas para ser considerada uma intervenção eficaz (SMM - Sociedade Médica de Muriaé)​​ (SciELO Brasil). 

Além disso, a literatura científica aponta que os efeitos da creatina na atrofia muscular provocada por corticosteroides e outras condições inflamatórias crônicas ainda são incertos (MSD Manuals). "Os achados até o momento não são suficientemente sólidos para recomendar a creatina como tratamento não farmacológico padrão para artrose. Mais estudos são necessários para validar qualquer benefício real," acrescenta Dr. Fukuda.

 

Aplicações Clínicas

A creatina, um composto natural presente em alimentos como carne e peixe, também pode ser sintetizada pelo corpo humano. No contexto da artrose, a falta de evidências conclusivas sobre seus benefícios sugere cautela. "A creatina pode melhorar a força muscular e a resistência em contextos esportivos, mas sua eficácia no tratamento da artrose é questionável," explica o Dr. Fukuda. 

A recomendação atual dos especialistas é que os pacientes com artrose sigam um programa de exercícios supervisionado por profissionais de saúde, focado no fortalecimento muscular e na manutenção da mobilidade, em ambiente clínico adequado. "O acompanhamento adequado e o fortalecimento muscular em ambiente clínico são cruciais para a reabilitação de pacientes com artrose. Dependendo de suplementos como a creatina sem evidências robustas pode desviar o foco de tratamentos comprovados," conclui o Dr. Fukuda. 



ITC Vertebral e o Instituto Trata
ITC Vertebral
Instituto Trata


Descubra como a Neuromodulação Não Invasiva está revolucionando a excelência cognitiva e comportamental

Neurofeedback com EEG  
Divulgação
 Literare Books International

A neuromodulação não invasiva está desbravando novos caminhos na busca pela excelência cognitiva e comportamental. Essa técnica emprega estímulos elétricos ou magnéticos, aplicados superficialmente, para afetar áreas específicas do encéfalo. A neuromodulação tem sido usada em pacientes com diversas condições psiquiátricas e neurológicas, como acidente vascular cerebral, doença de Parkinson, depressão, esquizofrenia e dores crônicas refratárias a outros tratamentos. Visando a importância dessas práticas, a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados acaba de aprovar o Projeto de Lei 5376/23, que autoriza incluir a neuromodulação não invasiva na lista de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Rita Brum, psicóloga especialista neste nicho aplicado à gestão de carreira, explora as aplicações e os avanços dessa técnica em seu capítulo no livro “Neuromodulação Não Invasiva”, publicado pela Literare Books International. Com uma visão abrangente das práticas não invasivas e seu impacto na otimização da saúde cerebral, Brum revela como essa abordagem transformou sua prática clínica e ampliou as possibilidades de intervenção.

“Unindo a psicologia à tecnologia, a neuromodulação não invasiva não apenas ocupou, mas transformou completamente minha prática clínica”, relata a especialista. Sua abordagem vai além da consulta tradicional, estendendo-se à gestão e ao design de carreiras, moldando futuros e preparando indivíduos para os desafios profissionais e pessoais.

A conexão entre saúde mental e desenvolvimento profissional tornou-se indiscutível, e a neuromodulação não invasiva emerge como uma ponte entre esses dois domínios anteriormente separados. “Hoje, minha prática clínica não se limita mais a aprimorar o desempenho profissional; como psicóloga, testemunhei o aumento exponencial das possibilidades desde que adotei a neuromodulação não invasiva, atendendo aos mais variados tipos de transtornos”, enfatiza Brum. 


Neurofeedback por Eletroencefalografia


Entre as técnicas mais promissoras dentro desse campo está o neurofeedback por eletroencefalografia, uma chave para a autorregulação cerebral. Essa técnica, considerada uma ferramenta para otimizar o funcionamento cerebral, tem se mostrado poderosa na compreensão e otimização das capacidades cognitivas e comportamentais.

“O neurofeedback por eletroencefalografia permite que o paciente compreenda e regule seu cérebro para atingir uma frequência mais funcional”, explica Brum. Colocando um dispositivo equipado com eletrodos no couro cabeludo do paciente, esse método lê a atividade cerebral e transmite os dados para um computador via Bluetooth. A informação é então traduzida em tempo real e devolvida ao paciente em uma segunda tela, possibilitando a autorregulação cerebral de forma inconsciente.


Melhorias clínicas e performance por meio da indução de alterações plásticas cerebrais


Essa modalidade não invasiva de condicionamento busca produzir melhorias em quadros clínicos e aumentar a performance ou sensação de bem-estar nas pessoas, por meio da indução de alterações plásticas cerebrais. O neurofeedback ensina o cérebro a modificar ondas “problemáticas” e transformá-las em adequadas, diminuindo os sintomas de diversas disfunções neurológicas.


A revolução da neuromodulação não invasiva


A neuromodulação não invasiva é revolucionária e está respaldada por pesquisas que, embora ainda em desenvolvimento, já evidenciam sua eficácia. Com as técnicas de neuromodulação não invasiva, a busca pela excelência cognitiva e comportamental ganha novos horizontes. Essas técnicas promissoras oferecem um potencial revolucionário na otimização do funcionamento cerebral e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Para saber mais sobre as inovações e aplicações da neuromodulação não invasiva, confira o capítulo de Rita Brum no livro “Neuromodulação Não Invasiva”, disponível pela Literare Books International.

 

Partículas poderão diagnosticar câncer de mam

Imagem criada por Inteligência Artificial (DALL·E 3)
 representando uma nova nanotecnologia para
 identificação de células tumorais

Pesquisa que teve apoio do IPT explica como as nanopartículas, invisíveis a olho nu, poderão aperfeiçoar o diagnóstico do câncer de mama.

 

Um estudo multidisciplinar e inovador, com colaboração do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), mostra a viabilidade da aplicação das nanopartículas híbridas de óxido de ferro, com revestimento polimérico e adequadamente funcionalizadas com oligonucleotídeos, para detectar um tipo particular de células tumorais, com potencial promissor no diagnóstico do câncer de mama.

O estudo foi realizado em uma parceria entre pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Centro Nacional de Pesquisa em Energias e Materiais (CNPEM), do IPT e do Instituto de Física (IF) da USP, e contou com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Apoio ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (FIPT). 

O projeto, que já foi publicado na revista ‘Nanomedicine’ e apresenta uma abordagem inovadora para identificar um grupo de pacientes com prognóstico mais rápido e acessível, teve origem na tese de doutorado de Cyro von Zuben, na Unicamp, e representa um exemplo destacado de colaboração multidisciplinar, envolvendo áreas como física, química, biologia e medicina. 

Conforme von Zuben, é longo e desafiador o percurso que uma tecnologia enfrenta até se tornar um produto viável: “Demos apenas o primeiro passo; agora precisamos desenvolver modelos mais complexos, que se aproximem ainda mais da realidade clínica, incluindo experimentos em animais. Somente assim poderemos avançar e proporcionar melhor qualidade de vida e equidade para pacientes com câncer de mama.” 

Segundo o pesquisador, seu contato com o IPT coincidiu com o início do doutorado: ele percebeu que não bastava o conhecimento científico do material que seria utilizado para identificar as células tumorais – os oligonucleotídeos – , mas seria necessário entender também o veículo que realizaria essa entrega, ou seja, como a molécula seria entregue. 

“Foi assim que fui apresentado à nanotecnologia. Durante os anos em que esse projeto foi desenvolvido, a pesquisadora do IPT Natalia Cerize foi uma coorientadora essencial, desenvolvendo minhas habilidades técnicas para a execução do trabalho e me capacitou como cientista. A estrutura da unidade de Bionanomanufatura e seu time foram cruciais para que o projeto saísse do papel e a sua cultura multidisciplinar ajudou a criar sinergia com o CNPEM”, afirma ele. 

Para a pesquisadora Natalia Cerize, diretora da Unidade de Negócios Bionanomanufatura do IPT, este estudo traz perspectivas muito relevantes na área da saúde: “Inicialmente, o foco estava no direcionamento para alvo com finalidade terapêutica, e se desdobrou em uma aplicação diagnóstica, ampliando a possibilidade de uso das plataformas nanoestruturadas funcionalizadas com material genético.”

 

Anemia - médico explica o que é, como identificar e como tratar

5 dicas de sintomas comuns da anemia 

 

A anemia é uma condição em que o sangue não tem glóbulos vermelhos ou hemoglobina suficientes para transportar oxigênio adequadamente para o corpo. “Isso pode causar diversos sintomas, como cansaço, palidez, falta de ar e tontura”, explica Dr. Juan Valenciano, Diretor Médico do Centro Médico Pastore (RJ).   

O diagnóstico da anemia é feito através de exames de sangue, como hemograma completo. “Outros exames podem ser necessários para identificar a causa da anemia”, alerta o médico.   

“O tratamento da anemia depende do tipo e da gravidade da doença, que geralmente inclui a reposição da substância deficiente (ferro, vitamina B12 ou ácido fólico), transfusões de sangue ou medicamentos”, detalha Dr. Juan Valenciano.  

Para alertar sobre a identificação do problema, o médico indica 5 sintomas comuns quando se tem anemia: 

1* Cansaço e fraqueza: é o mais comum, deixando você sem energia para as atividades do dia a dia. 

2* Falta de ar: principalmente ao se esforçar, como subir escadas ou caminhar. 

3* Palidez: na pele, nas palmas das mãos e dentro da boca. 

4* Tontura e vertigem: por causa da baixa oxigenação no cérebro. Dor de cabeça frequente e pulsátil. 

5* Unhas quebradiças e cabelos fracos: por falta de nutrientes.

 “Lembre-se: consulte um médico para ter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado. Siga as orientações médicas sobre alimentação e medicação. Tenha hábitos saudáveis, como praticar exercícios físicos e evitar fumar”, alerta o diretor médico do Centro Médico Pastore (RJ).  


Sociedade Brasileira de Dermatologia promove campanha de conscientização sobre Hidradenite Supurativa

 

Divulgação

Doença dermatológica ocorre por tendência genética e é facilitada pela obesidade e pelo tabagismo 

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A Campanha de Conscientização sobre a Hidradenite Supurativa, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), tem como objetivo conscientizar a população sobre os sinais, sintomas e medidas para o controle da doença. O Dia Mundial da Hidradenite foi em 6 de junho, mas as ações para alertar a sociedade ocorrem ao longo de todo o mês.
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“Alguns pacientes só conseguiram o diagnóstico correto após dez anos depois dos primeiros sintomas, já que esse é um processo inflamatório pouco conhecido e negligenciado. Muitos demoram até chegar ao especialista que é o médico dermatologista, portanto, através da campanha geramos informações para pacientes e médicos que podem favorecer o diagnóstico precoce e, consequentemente, impedir a evolução da doença na sua forma mais grave”, explica o médico dermatologista Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD. 

A hidradenite supurativa é um processo inflamatório crônico, mais frequente em pacientes com sobrepeso e mulheres, que acomete preferencialmente axilas, mamas, virilha, a região genital e glútea, podendo aparecer nódulos e caroços dolorosos, que podem evoluir com abertura e drenagem de pus. Uma mesma lesão pode inflamar e desinflamar várias vezes no mesmo local e até deixar cicatrizes, dificultando a movimentação dos braços e coxas, por exemplo.  As causas ainda não estão bem estabelecidas, mas ela pode ser considerada uma doença autoinflamatória, quando ocorre uma resposta inflamatória exagerada que agride e danifica a pele e as estruturas associadas. 

“Essa é uma tendência genética e pode estar associada a algumas alterações de saúde e hábitos, como o tabagismo e a obesidade. É importante lembrar ainda que, apesar de não ter cura definitiva, é possível tratar os sintomas e ter uma vida saudável”, explica a médica dermatologista Renata Ferreira Magalhães, diretora científica da SBD.
 

Tratamento da Hidradenite Supurativa

O tratamento envolve a prescrição de medicamentos pelo dermatologista dependendo da complexidade dos sintomas. Além de medidas para controle do peso e melhora da qualidade de vida como a excisão das lesões. Os medicamentos tópicos, podem incluir antissépticos para cuidados locais, antibióticos e esfoliantes tópicos que ajudam a reduzir a inflamação e controlar as infecções bacterianas. Medicamentos sistêmicos, como antibióticos, imunossupressores e imunobiológicos também são eficazes na redução da inflamação.

Infiltrações locais de corticosteróides e os tratamentos a laser para reduzir os pelos da região e a inflamação também facilitam os cuidados locais. Já a cirurgia é indicada para casos extensos ou persistentes. Isso pode incluir drenagem de abscessos, excisão de tecido cicatricial ou até mesmo remoção das glândulas nas áreas afetadas.

Para casos graves que não respondem a outras formas de tratamento existem as terapias biológicas que podem ser prescritas, reduzindo o processo inflamatório e viabilizando melhor resultado quando da remoção cirúrgica. Além de analgésicos potentesem casos de dor intensa.

“Como forma de auxiliar o tratamento e favorecer a prevenção, é fundamental parar de fumar e manter o peso proporcional à altura. Alguns estudos sugerem que uma dieta muito rica em carboidratos, açúcares e gordura animal poderia agravar os sintomas. Evite ainda o uso de roupas apertadas e o suor excessivo nas áreas mais afetadas, como axilas, mamas, virilha, região genital e glútea”, conclui Renata Ferreira Magalhães. 

O dermatologista é o médico especialista para avaliação e conduta das queixas de pele, cabelos e unhas, portanto para o diagnóstico e tratamento do paciente com hidradenite supurativa é indispensável uma análise dermatológica. 
 



@dermatologiasbd
www.sbd.org.br

 

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