Especialista em Segurança do Trabalho oferece dicas para ajudar as organizações a padronizar processos, facilitar treinamentos e evitar falhas
A padronização de processos é uma prática essencial
para empresas de todos os portes e segmentos, e quando se trata de
estabelecimentos específicos, que lidam com o manuseio de alimentos, por
exemplo, a atenção a essas etapas é ainda mais crucial. Nesse contexto,
elaborar um Manual de Boas Práticas é decisivo para garantir a segurança
alimentar, a qualidade dos produtos e a conformidade com as normas sanitárias.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o Manual de Boas
Práticas é um documento obrigatório para organizações que manipulam alimentos,
estabelecendo diretrizes e procedimentos que visam garantir a higiene e o cuidado,
desde a produção até a comercialização. A não elaboração e o descumprimento
desse manual podem acarretar multas e, mais grave ainda, colocar em risco a
saúde dos consumidores.
Sendo assim, Felipe Lopes, especialista em Segurança do
Trabalho, sócio-fundador da Expertisa Saúde, empresa focada em
medicina e segurança do trabalho, destaca a necessidade de as organizações
estarem atentas à elaboração de um Manual alinhado com as legislações vigentes.
"O Manual de Boas Práticas é um parceiro fundamental para a gestão de
estabelecimentos que atuam no ramo alimentício. Ele não apenas assegura o
cumprimento das normas, mas também contribui para a padronização dos processos,
a preservação do know-how do negócio e a comunicação clara das
responsabilidades".
Para auxiliar os estabelecimentos nesse desafio, o
executivo compartilha dicas valiosas para a criação de um Manual de Boas
Práticas eficiente:
1. Apresentar as práticas definidas na empresa: o
manual deve refletir as práticas e procedimentos específicos adotados pela
companhia, levando em consideração as particularidades e exigências do setor.
2. Comunicar o comprometimento da Alta Direção: é
fundamental que o manual inclua uma declaração de compromisso da alta direção
da empresa com a segurança alimentar e a conformidade com as normas sanitárias.
3. Preservar informação e know-how: o manual
precisa servir como um repositório das melhores práticas da organização,
preservando o conhecimento acumulado e facilitando a transmissão de informações
entre os colaboradores.
4. Permitir definição clara e comunicação de responsabilidades: cada
profissional deve compreender claramente as responsabilidades da respectiva
posição, e o manual deve estabelecer processos para a comunicação e o
acompanhamento dessas demandas.
5. Demonstrar a capacidade de estruturação: um
manual bem elaborado reflete a maturidade e a organização da empresa,
transmitindo confiança aos clientes e parceiros.
6. Facilitar treinamentos e auditorias: o documento
deve servir como um guia para treinamentos internos e auditorias externas,
resultando no entendimento de todos os colaboradores e representantes da
corporação sobre as ações estabelecidas.
7. Padronizar práticas: a padronização é uma
vantagem competitiva para os negócios, pois garante que todos os produtos
tenham a mesma qualidade e sejam produzidos de maneira eficaz.
Além de atender às exigências regulatórias, a implementação de um Manual de
Boas Práticas traz benefícios significativos que podem definir a imagem de uma
corporação, como menciona o especialista. "A padronização dos processos é
uma estratégia essencial para a excelência operacional e a satisfação dos
clientes. Com um manual bem estruturado, as empresas podem elevar o valor e a
qualidade de seus produtos, destacando-se no mercado", ressalta Lopes.
Expertisa Saúde
www.expertisasaude.com.br
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