Divulgação
Doença
dermatológica ocorre por tendência genética e é facilitada pela obesidade e
pelo tabagismo
A Campanha de Conscientização sobre a Hidradenite
Supurativa, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), tem como
objetivo conscientizar a população sobre os sinais, sintomas e medidas para o
controle da doença. O Dia Mundial da Hidradenite foi em 6 de junho, mas as
ações para alertar a sociedade ocorrem ao longo de todo o mês.
“Alguns pacientes só conseguiram o diagnóstico
correto após dez anos depois dos primeiros sintomas, já que esse é um processo
inflamatório pouco conhecido e negligenciado. Muitos demoram até chegar ao
especialista que é o médico dermatologista, portanto, através da campanha geramos
informações para pacientes e médicos que podem favorecer o diagnóstico precoce
e, consequentemente, impedir a evolução da doença na sua forma mais grave”,
explica o médico dermatologista Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD.
A
hidradenite supurativa é um processo inflamatório crônico, mais frequente em
pacientes com sobrepeso e mulheres, que acomete preferencialmente axilas,
mamas, virilha, a região genital e glútea, podendo aparecer nódulos e caroços
dolorosos, que podem evoluir com abertura e drenagem de pus. Uma mesma lesão
pode inflamar e desinflamar várias vezes no mesmo local e até deixar
cicatrizes, dificultando a movimentação dos braços e coxas, por exemplo. As
causas ainda não estão bem estabelecidas, mas ela pode ser considerada uma
doença autoinflamatória, quando ocorre uma resposta inflamatória exagerada que
agride e danifica a pele e as estruturas associadas.
“Essa
é uma tendência genética e pode estar associada a algumas alterações de saúde e
hábitos, como o tabagismo e a obesidade. É importante lembrar ainda que, apesar
de não ter cura definitiva, é possível tratar os sintomas e ter uma vida
saudável”, explica a médica dermatologista Renata Ferreira Magalhães, diretora
científica da SBD.
Tratamento
da Hidradenite Supurativa
O tratamento envolve a prescrição de medicamentos pelo
dermatologista dependendo da complexidade dos sintomas. Além de medidas para
controle do peso e melhora da qualidade de vida como a excisão das lesões. Os
medicamentos tópicos, podem incluir antissépticos para cuidados locais,
antibióticos e esfoliantes tópicos que ajudam a reduzir a inflamação e
controlar as infecções bacterianas. Medicamentos sistêmicos, como antibióticos,
imunossupressores e imunobiológicos também são eficazes na redução da
inflamação.
Infiltrações locais de corticosteróides e os tratamentos a laser
para reduzir os pelos da região e a inflamação também facilitam os cuidados
locais. Já a cirurgia é indicada para casos extensos ou persistentes. Isso pode
incluir drenagem de abscessos, excisão de tecido cicatricial ou até mesmo
remoção das glândulas nas áreas afetadas.
Para casos graves que não respondem a outras formas de tratamento existem
as terapias biológicas que podem ser prescritas, reduzindo o processo inflamatório
e viabilizando melhor resultado quando da remoção cirúrgica. Além de
analgésicos potentes em casos de dor intensa.
“Como
forma de auxiliar o tratamento e favorecer a prevenção, é fundamental parar de
fumar e manter o peso proporcional à altura. Alguns estudos sugerem que uma
dieta muito rica em carboidratos, açúcares e gordura animal poderia agravar os
sintomas. Evite ainda o uso de roupas apertadas e o suor excessivo nas áreas
mais afetadas, como axilas, mamas, virilha, região genital e glútea”, conclui
Renata Ferreira Magalhães.
O
dermatologista é o médico especialista para avaliação e conduta das queixas de
pele, cabelos e unhas, portanto para o diagnóstico e tratamento do paciente com
hidradenite supurativa é indispensável uma análise dermatológica.
@dermatologiasbd
www.sbd.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário