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sexta-feira, 7 de julho de 2023

Você já ouviu falar em ataxia-telangiectasia?

A doença apresenta predisposição à câncer

                     Até o momento, o tratamento é paliativo

 

Na primeira infância, os pacientes apresentam ataxia cerebelar progressiva, que é um distúrbio de movimento. Mais tarde, eles desenvolvem telangiectasias conjuntivais, quando os vasinhos ficam a mostra, outras degenerações neurológicas progressivas, infecção sinopulmonar e malignidades, principalmente as leucemias e os linfomas. Esses são os sinais da ataxia-telangiectasia (AT), doença autossômica recessiva, caracterizada por ataxia cerebelar, telangiectasias, defeitos imunológicos e predisposição à malignidade.

 

A AT é um defeito imunológico e os pacientes portadores podem apresentar síndrome metabólica e disfunções hepáticas, além de triagens frequentes para doenças oncológicas.

 

A Dra. Carolina Aranda, membro do Departamento Científico de Erros Inatos da Imunidade da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) comenta que o exame genético é considerado padrão ouro para fazer o diagnóstico, já que avalia as mutações no gene ATM. O aumento da alfafetoproteína, uma proteína sérica, pode ajudar no diagnóstico combinado às manifestações clínicas.

 

 “O gene ATM está envolvido na estabilidade cromossômica. Mesmo que a pessoa não tenha dois alelos afetados ("o chamado portador"), existe a possibilidade que o gene interfira na estabilidade do material genético, e, com isso, predispondo os portadores, principalmente ao câncer de mama e ovário. Nos painéis de investigação para câncer hereditário, o gene ATM se encontra presente, em conjunto com outros genes”, explica Dra. Carolina, e complementa que até os 12 anos de idade, a incidência de leucemias e linfomas é aumentada nessa faixa etária, após isso tumores de órgãos sólidos são possíveis.

 

A especialista da ASBAI conta que a equipe multidisciplinar é essencial no acompanhamento do paciente com ataxia-telangiectasia. O aporte de nutrientes é diferente, pois a ataxia exige maior energia, que resulta na avaliação e acompanhamento do nutricionista. Os pacientes têm disfagia, e o fonoaudiólogo é essencial. A terapia ocupacional e fisioterapia também são necessárias.

 

Infelizmente, até o momento, o tratamento é paliativo. “O uso de imunoglobulina pode ser indicado em alguns pacientes, assim como algumas medicações para melhora da ataxia. O acompanhamento nutricional é o que permite melhor desfecho”, finaliza Dra. Carolina Aranda. 



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Infiltrações articulares: mitos e verdades

 Especialista em joelho e medicina esportiva explica os limites do procedimento e os diferentes medicamentos utilizados no procedimento

 

Férias, uma viagem em vista ou uma competição importante e, de repente, uma inflamação e muita dor. O que fazer? Algumas medidas rápidas podem parecer a solução para estes problemas. É o caso das infiltrações, tidas hoje como a solução de problemas crônicos, acidentes em treinos ou até mesmo para a recuperação rápida de atletas. Como num passe de mágica a dor e a inflamação vão embora e tudo volta a ser como era antes. Mas será que é isso mesmo? 

Para explicar um pouco melhor o que são as infiltrações e como agem no organismo, o médico ortopedista e traumatologista Dr. Antonio Masseo de Castro, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) e International Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Sports Medicine (ISAKOS), aponta as principais indicações e os riscos da realização deste procedimento sem a correta indicação. 

De acordo com o especialista, a infiltração é um procedimento simples, no qual a medicação é aplicada diretamente no local afetado, por meio de uma injeção, que pode ser feita em consultório, por um médico especialista neste tipo de procedimento. Devem ser tomados alguns cuidados importantes para que não haja risco de contaminação, de levar uma infecção para uma articulação que previamente não tem uma infecção, ou até mesmo de realizar um procedimento contraindicado para aquela situação ou paciente. 

“As infiltrações musculoesqueléticas, em geral, podem ser feitas no ambiente ambulatorial, em consultório. Mas algumas articulações, como o quadril ou o ombro, são mais difíceis infiltrar e é importante que haja aparelho de ultrassom para guiar a agulha até o local correto. Já em regiões como o joelho, basta o conhecimento do especialista para que a infiltração chegue ao local desejado e seja obtido o melhor resultado possível”, explica o Dr. Antonio. 

 

Principais tipos e indicações 

Diferentes tipos de medicamentos podem ser injetados no organismo em um procedimento de infiltração, cada qual com uma ação diferente. 

De acordo com o Dr. Antonio, as infiltrações articulares são realizadas sobretudo quando há inflamação ou desgaste na cartilagem, e há dois tipos mais utilizados atualmente no país.

“A infiltração de cortisona é feita em casos de inflamação, dentro da articulação, nas bursas, em caso de bursites, e em alguns tendões. No caso de tendões, como o de Aquiles ou o tendão patelar, que são os chamados tendões nobres, não costumamos fazer, pois há aumento do risco de ruptura. Em tendões menos vulneráveis, do trato do tibial no joelho ou tendão da musculatura glútea do quadril, podem ser feitas”, explica o especialista. 

O segundo tipo de infiltração bastante utilizado no país é com ácido hialurônico. 

“Mais recente na história da ortopedia, feito de 20 anos para cá e mais difundido na última década, é voltado a situações de desgaste da cartilagem, como nos casos de artrose, condromalácia e condropatias, e nas articulações.” 

Há uma terceira infiltração, menos comum, realizada com um ácido hialurônico um pouquinho diferente, que oferece ação anti-inflamatória e regenerativa, para uso em tendões. 

“Esta infiltração pode ser utilizada em cotovelos, ombros, pés, entre outros, e oferece bons resultados anti-inflamatórios e regenerativos, melhorando sintomas de tendinopatias”. 

Além da cortisona e do ácido hialurônico, há a infiltração com plasma rico em plaquetas e outra, com aspirado de medula óssea, ambas ainda em aprovação para o uso no Brasil. Estas versões já estão disponíveis nos Estados Unidos e em alguns países da Europa. Por enquanto, revela o Dr. Antonio, especialistas no Brasil aguardam a autorização para ampliar a oferta a seus pacientes, pois oferecem grande ação regenerativa.

 

Paliativo ou tratamento? 

As infiltrações, em geral, são paliativas, ou seja, em um primeiro momento a indicação é feita para resolver de maneira rápida uma inflamação, que causa dor, redução de mobilidade e, consequentemente, da qualidade de vida do paciente. Mas a infiltração pode ser resolutiva. 

“No caso de uma bursite, em que é infiltrada a cortisona, pode acontecer de desinflamar e acabar com o problema. No entanto, de um modo geral, as infiltrações não são capazes de resolver as causas das inflamações, sejam elas bursite, tendinite, artrite, sinusite, entre outras, e elas podem voltar. Por este motivo, mesmo que haja a indicação da infiltração, não se deve deixar de investigar a causa da inflamação”, orienta o especialista.

 

Prós e contras das infiltrações 

Assim como há diversas possibilidades para as infiltrações, é preciso que haja uma avaliação bastante criteriosa e uma indicação correta para cada caso. Seja na coluna, articulação temporomandibular da boca, ombro, quadril, joelho ou articulações em geral, o especialista alerta que é sempre importante avaliar prós e contras. 

“Não podemos esquecer que é sempre uma agressão colocar uma agulha em um tendão. O ácido hialurônico tem um espectro grande de possibilidades, assim como a cortisona, mas há efeitos deletérios a curto e médio prazos. Tanto um, como outro, devem ser usados com parcimônia, observando todas as restrições existentes, inclusive condições pré-existentes de cada paciente”, alerta. 

Um exemplo importante é o fato da cortisona ser um hiperglicemiante. 

“No caso de paciente com diabetes, é preciso muito cuidado e, se mesmo assim houver a indicação, deve haver um controle rigoroso do diabetes nos dias subsequentes”, explica. 

Uma importante contraindicação da infiltração com cortisona é em caso de suspeita de infecção bacteriana ou fúngica, porque pode agravar a situação. Por isso, antes de realizar a infiltração, é importante averiguar a existência de infecção.

 

Os limites das infiltrações 

Assim como qualquer medicamento, também nas infiltrações é preciso observar os limites e dosagens para não haver exagero em sua utilização. 

De maneira geral, não há regra, cada caso deve ser avaliado pelo especialista. Há casos de pacientes que não podem operar, algumas vezes por uma idade avançada, por exemplo. Para estes, a única solução podem ser as infiltrações. Para outros, de condromalácia, ou condropatia, o ácido hialurônico pode ser utilizado por décadas, apenas para preservar a articulação. 

O ideal, no entanto, é que o ácido hialurônico seja realizado anualmente, a cada seis ou quatro meses no máximo. Ainda assim, quando a necessidade se torna muito frequente, é preciso reavaliar a indicação da infiltração. 

“Se há a necessidade de realização tão frequente, talvez a efetividade não esteja sendo conforme o esperado para este tipo de tratamento. Nestes casos, o melhor pode ser buscar outra modalidade terapêutica, como a cirurgia”. 

No caso da cortisona, há o efeito deletério que deve ser sempre considerado. 

“Naquele caso em que o paciente sequer consegue fazer a fisioterapia, a infiltração permitirá a redução da dor, do desconforto, para que seja possível seguir com o tratamento.”


Os benefícios da osteopatia

 Ainda é comum aquele receio em procurar um especialista em cuidados com a saúde, aquele tabu em acreditar que “quem procura acha” ou até mesmo se deparar com pessoas que acreditam em mitos antigos, histórias hereditárias sobre como devemos se auto cuidar, fórmulas sem nenhuma comprovação científica.

Às vezes, por falta de informação, é comum que as pessoas sigam a premissa de que todo procedimento ou processo de tratamento em prol de beneficiar a saúde ou o corpo é invasivo ou requer algum esforço. 

Mas existem formas e técnicas específicas que surtem mais efeitos e melhorias em diversas situações sem necessariamente precisar de uma “intervenção” no corpo do indivíduo. Esse é o caso da osteopatia, uma área da fisioterapia que propicia um tratamento natural, utilizando as mãos como principal ferramenta. 

Essa terapia tenta buscar dentro do organismo quais são as causas de uma patologia ou de uma disfunção, levando em consideração diversos fatores que podem desencadear em um sintoma ou uma dor. A osteopatia tem ferramentas específicas para buscar essa disfunção e assim tratar esse paciente. 

As principais características se baseiam em um leque de técnicas manuais. Entre elas estão a manipulação visceral e as técnicas musculares, cranianas, linfáticas e imunitárias. Tais procedimentos resultam em diversas melhorias ao corpo, como no aumento da mobilidade e da flexibilidade, na melhora da circulação sanguínea e linfática, na redução da inflamação e do inchaço, no estímulo do sistema imunológico, na melhora da postura e do equilíbrio, e na promoção do relaxamento e do bem-estar geral. 

A osteopatia, ainda, pode ser indicada no tratamento complementar de espasmos musculares e nas dores no nervo ciático, nas costas, na lombar, no ombro e no pescoço, além de hérnia de disco. 

Esse tratamento terapêutico não possui restrição de idade, pois as técnicas são adaptadas para cada tipo de paciente. Inclusive, são bem indicadas para mulheres grávidas a fim de aliviar as dores nas costas. 

Ao iniciar as sessões de osteopatia, antes, o profissional coleta informações sobre o paciente, tais como eventuais problemas de saúde, sobre o estilo de vida, hábitos alimentares e histórico de doenças na família. Além disso, também poderá avaliar a postura da pessoa. 

Durante os procedimentos, o osteopata utiliza as mãos para movimentar o corpo da pessoa em diferentes posições, faz pressão em pontos específicos, e alongamentos para alinhar adequadamente as articulações. O objetivo dessas técnicas consiste em estimular a recuperação das partes do corpo afetadas. 

Os movimentos realizados durante as sessões não causam dores, mas qualquer desconforto deve ser comunicado ao profissional. Normalmente, o osteopata não indica o uso de remédios, mas pode dar orientações sobre eventuais mudanças nos hábitos de vida, como fazer uma dieta e realizar atividade física.  

 

Luis Henrique Zafalon - fisioterapeuta especialista em osteopatia, professor e palestrante

 

Risco de doenças urológicas aumenta no inverno

Urologista de Santos mostra medidas que podem ser adotadas para evitar complicações 

 

Entramos na estação mais fria do ano e com ela é comum o aumento de algumas doenças. As mais conhecidas são aquelas do trato respiratório, como as gripes e resfriados. Entretanto, alguns problemas do aparelho urinário também ficam mais frequentes quando a temperatura cai.  

O médico urologista Heleno Diegues Paes afirma que é comum a piora dos sintomas urinários daquelas pessoas que sofrem de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) e de Síndrome da Bexiga Hiperativa. A HPB proporciona uma obstrução urinária em alguns homens, que passam a urinar com maior dificuldade. Eles apresentam sintomas como jato urinário fraco e intermitente, esforço miccional e aumento no número de vezes que precisam urinar. Há a tendência que esses sintomas fiquem mais intensos no frio. Já no caso da Síndrome da Bexiga Hiperativa, a pessoa apresenta vontade urgente de urinar e, por vezes, não consegue segurar a urina. Estas pessoas também tendem a sofrer mais nas épocas mais frias. 

Outras pessoas, que sofrem de infecção urinária recorrente, podem ter suas crises de cistite mais frequentes devido a mudanças nos hábitos diários. É comum as pessoas diminuírem a ingestão de líquidos nesta época do ano e, consequentemente, ficarem longos períodos sem urinar. 

“Aumentar a hidratação de forma a manter a urina na coloração clara e evitar ficar segurando a urina por muitas horas, são algumas precauções que devemos tomar para evitar as infecções neste período”, orienta o especialista. 

Outras medidas que podem ser adotadas são urinar após a relação sexual e usar roupas íntimas de algodão. Esta última, inclusive, para evitar o surgimento de micoses no genital e nas virilhas, que podem ser precipitadas pelo uso de roupas quentes e apertadas no inverno.

“Os sintomas da infecção urinária incluem necessidade urgente e frequente de urinar com eliminação escassa de urina, ardor, dores na região da bexiga, nas costas, sangramento na urina, odor e coloração escura, além de febre”, alerta Paes.

Assim, o tratamento varia de acordo com o tipo e a gravidade de cada infecção, geralmente envolvendo o uso de antibióticos. Infecções urinárias não complicadas podem ser tratadas com antibióticos em dose única ou por um curto período de tempo, dependendo da medicação escolhida. No entanto, infecções urinárias nos rins ou prostatites requerem um tratamento mais prolongado. 

Por mais que o consumo adequado de água estimule o funcionamento do sistema urinário e ajuda a prevenir infecções, é importante enfatizar que, seja qual for o sinal, o urologista sempre deve ser procurado para fazer uma avaliação correta e indicar o melhor tratamento para cada caso.

 

Heleno Paes - Santista de nascimento e criação, começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina da USP. Ficou maravilhado com o estudo do corpo humano, com as peças do laboratório de patologia, e decidiu que era isso que queria fazer. Assim, ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos, em 1997. Após seis anos, concluiu a graduação e se alistou no Exército. Foi para a Amazônia à serviço do Exército e realizou diversos trabalhos junto à população carente local. Após um ano, regressou e foi morar em São Paulo, onde se especializou em cirurgia geral no Hospital Municipal do Tatuapé, depois em Urologia no Hospital Santa Marcelina e, por fim, em Transplante Renal na mesma instituição.


Julho Amarelo: cannabis beneficia pacientes em tratamento de câncer ósseo

Com propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, cannabis tem sido reconhecida como um recurso promissor no controle da dor relacionada ao câncer

 

Seguindo o calendário de campanhas da saúde, o Julho Amarelo visa conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer ósseo. É uma doença rara, silenciosa e que corresponde a 1% de todos os tipos de câncer. A busca por auxílio médico de forma antecipada possibilita um tratamento eficaz, assertivo e que, além de cirurgia, pode incluir também quimioterapia e radioterapia. Nesse sentido, a cannabis medicinal tem sido explorada como uma opção de alívio da dor para pessoas em tratamento de qualquer tipo de câncer, que necessitam passar por procedimentos muitas vezes dolorosos e desconfortáveis.

A campanha se propõe a alertar as pessoas sobre os principais sintomas do câncer ósseo, que incluem dor – principalmente quando persistente por mais de 15 dias e com piora progressiva - aumento de volume no local e limitação funcional. Os tumores podem surgir em qualquer osso, mas são mais comuns nas vértebras, ossos da bacia, fêmur, tíbia, úmero, costelas e joelhos. 


Uso da cannabis por pacientes oncológicos

O uso da cannabis para aliviar as dores do tratamento do câncer pode oferecer benefícios significativos aos pacientes, proporcionando um alívio eficaz e melhorando a qualidade de vida. De acordo com a médica especialista em cuidados paliativos Lenita Balbino, da Gravital, clínica especializada em terapias à base de cannabis, um dos motivos é o fato da cannabis conter compostos chamados canabinoides, sendo os principais deles o delta-9-tetra-hidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD). “Os canabinoides têm sido estudados por seu potencial terapêutico em várias condições de saúde, incluindo o câncer. Algumas pesquisas sugerem que eles podem ajudar a aliviar os sintomas associados à doença, como dor, náusea e perda de apetite, bem como melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, afirma ela. Esses canabinoides interagem com os receptores de dor no sistema nervoso central, ajudando a diminuir a percepção da dor. 

A terapia canábica também pode auxiliar na dor neuropática, uma condição comum em pacientes com câncer, resultante de danos aos nervos causados pela doença ou pelos tratamentos. O CBD, em particular, possui propriedades neuroprotetoras e anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir esse tipo de dor. Os benefícios da planta se estendem também a outras áreas, como sono e humor, que são bastante afetadas nos pacientes em período de tratamento. O CBD, especificamente, possui propriedades relaxantes e ansiolíticas que podem promover um sono mais tranquilo e melhorar o bem-estar mental dos pacientes. “Além disso, estudos em laboratório têm demonstrado que os canabinoides podem ter propriedades anticancerígenas, o que significa que eles podem ajudar a prevenir o crescimento e a disseminação de células cancerosas. No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender o uso de canabinoides no tratamento do câncer e seus efeitos a longo prazo”, complementa a médica. Ela também acrescenta que o uso de canabinoides para o tratamento de câncer deve ser supervisionado por um médico qualificado e experiente em cuidados oncológicos. “Ainda há muito a aprender sobre o uso de canabinoides na oncologia, mas a pesquisa atual sugere que eles podem ter um papel importante no tratamento e no alívio dos sintomas associados ao câncer”, finaliza.



Gravital
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Por que a gripe pode ser um risco à gravidez e como se cuidar

Gripe crônica e mal curada na gestação aumenta o risco de aborto espontâneo ou malformações congênitas

 

Segundo o The Centers for Disease Control and Prevention (CDC), os adultos têm, em média, 2 a 3 resfriados por ano, que costumam ocorrer nos períodos de baixa temperatura, principalmente no inverno. Porém, na gravidez, o cuidado com a saúde deve ser redobrado nesta época. 

De acordo com Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, membro da FEBRASGO e especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein; para comportar uma nova vida, o corpo da gestante passa por alterações importantes no sistema imunológico e cardiorrespiratório, além de mudanças hormonais. 

“O organismo da mulher fica sob estresse constante, já que todos os seus órgãos estão trabalhando por dois, de modo a fornecer nutrientes e oxigênio o tempo todo para ela e o bebê. Ou seja, esse estresse corporal deixa a gestante mais vulnerável a contrair doenças, como a gripe, que pode gerar sérias complicações gestacionais”. 

Para auxiliar as gestantes, Carlos Moraes, que também é médico nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre; orienta como se cuidar e quais os medicamentos permitidos na gravidez.

 

Atenção aos sintomas

Devido à baixa imunidade na gestação, os sintomas da gripe se tornam mais evidentes, crônicos e difíceis de combater. “Febre igual ou superior a 38ºC, tosse persistente com muco, falta de ar e fadiga excessiva são sintomas que podem evoluir para uma bronquite e até pneumonia”. 

Quadros mais graves podem apresentar tontura; confusão mental; muco com sangue; dificuldade para respirar; não sentir os movimentos do bebê; febre alta persistente; dor ou pressão na região abdominal ou do peito; vômitos persistentes. “Nestes casos, busque ajuda médica imediatamente”, alerta Carlos Moraes. 

Um estudo publicado no MedicalNewsToday mostrou que uma gripe crônica e mal curada na gestação pode aumentar o risco de aborto espontâneo, parto prematuro, baixo peso ao nascer e até malformações congênitas.

 

O que fazer

De acordo com o ginecologista obstetra, ao sentir os primeiros sintomas de gripe, é fundamental informar seu médico o quanto antes. “O ideal é fazer a avaliação nas primeiras 48 horas após o surgimento dos sintomas, período em que a infecção pode ser tratada com mais facilidade”.

 

Medicamentos indicados

Alguns medicamentos contra a gripe podem ser usados na gestação sem grandes problemas, mas apenas sob orientação médica.

 

Confira os mais seguros:

 

Analgésico/antipirético

O paracetamol, também conhecido por acetaminofeno, é um dos antipiréticos mais usados na gravidez contra febre, e também como analgésico para alívio dos sintomas associados a gripes e resfriados, como dor de cabeça e dor muscular. 

De acordo com um estudo publicado no American Family Physician (AFP), o consumo do paracetamol (ou acetaminofeno) é seguro durante toda a gravidez, desde que a dosagem seja controlada (e seguida à risca) pelo médico responsável.  

 

Xarope/antiviral

Segundo Carlos Moraes, para combater a tosse na gestação, os medicamentos mais indicados são o guaifenesina, um expectorante que atua como descongestionante das vias respiratórias, eliminando a secreção em tosses produtivas; e o bromidrato de dextrometorfano, um antitussígeno que ajuda a acalmar a tosse seca irritativa. 

“Já o antiviral oseltamivir previne o risco de complicações nas 48 horas após os primeiros sintomas de infecção, sendo recomendado pelo The Centers for Disease Control and Prevention, como um medicamento seguro para as gestantes”.

 

Anti-histamínicos

Também chamados de antialérgicos, os anti-histamínicos são usados para minimizar os sintomas da alergia/rinite alérgica. Segundo o American College of Allergy, Asthma, and Immunology (ACCAI), até 15% das gestantes fazem uso, com orientação médica, do cloridrato de difenidramina, maleato de clorfeniramina, loratadina e dicloridrato de cetirizina. “Se o quadro alérgico for leve, evite os anti-histamínicos e prefira um spray nasal salino”, aconselha Moraes.

 

Importância da vacinação

A vacina contra o vírus da influenza é essencial para todas as pessoas, principalmente gestantes e puérperas, que fazem parte do grupo de risco, sendo mais suscetíveis a infecções.   

Inclusive, o The Centers for Disease Control and Prevention ressalta que a vacinação é a maneira mais eficaz de prevenir a gripe e manter a gestação saudável e segura.

 

Cuidados extras

O especialista alerta ainda sobre a importância de repousar, se hidratar e manter uma dieta saudável, rica em alimentos com vitamina C e zinco, como cereais, brócolis, couve, espinafre, tomate, laranja, abacaxi, amora, kiwi, framboesa, carne vermelha, frango, ovos, grão de bico e abóbora. 

“Vale lembrar que você nunca deve se automedicar, especialmente nos 3 primeiros meses da gestação. No entanto, negligenciar a gripe é igualmente perigoso. Daí a importância de seguir corretamente o pré-natal e sempre comunicar o seu médico caso haja alguma alteração na sua saúde, por menor que seja”, finaliza Carlos Moraes.

 

Brasil soma quase 3 milhões de jovens obesos com idades entre 18 e 24 anos

Nutricionista de Santos dá dicas para combater esse mal, que aumentou 90% em apenas 1 ano

 

Um estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) em parceria com a organização global Vital Strategies revelou que, nos últimos anos, o índice de obesidade entre os jovens brasileiros com idades entre 18 e 24 anos aumentou aproximadamente 90% em apenas um ano. Em 2022, o índice era de 9%, enquanto em 2023 saltou para 17,1%, totalizando 2,97 milhões de jovens obesos no País.

O estudo identificou ainda uma série de fatores que contribuem para essa situação preocupante, como o consumo exagerado de alimentos ultraprocessados e a deficiência da ingestão de vitaminas e minerais vindo das frutas, verduras e legumes em geral.

“Uma alimentação inadequada está relacionada diretamente a umas das principais causas de mortes, devido a ingestão frequente de alimentos ricos em gorduras, conservantes, e açúcar levando a hipertensão, diabetes e dislipidemias”, explica Amanda Santos Araujo, nutricionista do Instituto Pierin.

A oferta de alimentos não saudáveis que cada vez mais entram no mercado e ficam acessíveis  para os jovens, é certamente um dos principais desafios encontrados pelos jovens no decorrer dos anos para adotar uma alimentação saudável e equilibrada. Maus exemplos que muitas vezes começam em casa, com hábitos não saudáveis adotados pelos pais, refletidos nos filhos.

A especialista alerta ainda para a publicidade de alimentos ultraprocessados, que pode influenciar nas escolhas alimentares dos jovens. “Ela associa tais alimentos a mensagens positivas e os apresenta como práticos, saborosos, saudáveis e acessíveis. Com isso, a população de forma geral, principalmente crianças e adolescentes, é levada a acreditar que esses produtos têm qualidade superior aos demais ou que tornarão as pessoas mais felizes, atraentes, fortes, ‘super saudáveis’ e socialmente aceitas”.

 

Outros fatores

Os pesquisadores responsáveis pelo estudo afirmam que esses dados refletem os impactos da pandemia de COVID-19 na população brasileira. Amanda alerta para o fato da ansiedade estar relacionada aos hábitos alimentares inadequados e à obesidade entre os jovens.

“Não são apenas os adultos que sofrem de ansiedade provocada pelo estresse do dia a dia. Os jovens também são alvos de preocupações semanais e um indivíduo ansioso acaba cometendo excessos a fim de  amenizar sensações desagradáveis como, solidão, cansaço, raiva, tristeza gerando compulsão alimentar, o que leva esses jovens a consumir alimentos calóricos”.

Os impactos negativos de longos períodos de tempo gasto em dispositivos eletrônicos na saúde e no peso dos jovens também assustam. Estudos recentes mostram que jovens que passam mais tempo na frente das telas têm mais chances de desenvolver a obesidade devido ao sedentarismo. 

“O excesso desses dispositivos eletrônicos faz com que jovens se distraiam e não pratiquem atividade física, além de que estão mais propensos a consumir alimentos mais calóricos quando estão na frente da TV. A Academia Americana de Pediatria recomenda que crianças entre 2 e 5 anos sejam limitadas a uma hora de tela por dia. Os limites devem aumentar proporcionalmente para crianças mais velhas”, ressalta Amanda.

 

Atividade física é vida

Somado a tudo isso, alguns fatores do estilo de vida moderno contribuem para o sedentarismo, como a falta de tempo, quando os jovens realizam atividades extras, como cursos de línguas, de maneira remota, sem precisar de deslocamento e ainda a falta de incentivo dos pais para praticar atividades físicas.

A nutricionista lembra que, além dos seus benefícios para a saúde como prevenção de doenças cardiovasculares e síndromes metabólicas ocorre a redução do estresse e da ansiedade, praticar exercícios ajuda a liberar endorfinas, que são neurotransmissores responsáveis ​​por melhorar o humor e promover uma sensação de bem-estar. Isso pode reduzir os níveis de estresse e ansiedade, além de melhorar a qualidade do sono. 

Algumas dicas para incentivar a prática das atividades são optar por esportes em grupo onde a criança ou os jovens vão interagir com pessoas da mesma idade. Fazer amigos é um ótimo estímulo, eles não se sentem pressionados e tendem a levar tudo como algo divertido. 

“Aos pais e para as escolas, há mais algumas dicas: incentivar o consumo de frutas, vegetais e grãos, assim como o consumo adequado de água. Não focar em cortar hábitos alimentares ruins e sim em colocar na rotina hábitos novos como acordar e dormir mais cedo, dedicar tempo e atenção para suas refeições, e começar a prática de atividade física. Crie uma rotina equilibrada com tempo para atividade física, estudo e diversão. Todas essas dicas e muito mais vocês encontram no GUIA ALIMENTAR DA POPULAÇÃO BRASILEIRA que está disponível para baixar gratuitamente na internet”. Guia Alimentar para a População Brasileira — Ministério da Saúde (www.gov.br)

 

Instituto Pierin
Avenida Pedro Lessa, número 3097, no bairro do Embaré - Santos
Telefone: (13) 99680-0960. Instagram: @institutopierin


10 razões cruciais para começar a se exercitar hoje mesmo

Você está pronto para descobrir como a atividade física pode transformar sua vida? 

Você sabia que a atividade física pode ser uma poderosa aliada na prevenção e tratamento de doenças crônicas? Além disso, a prática regular de exercícios traz diversos benefícios para a saúde física e mental, melhorando a qualidade de vida e aumentando a longevidade. O especialista e educador físico Giulliano Esperança esclarece 10 desempenhos cruciais pelo exercício e como eles podem transformar sua vida de maneira positiva.



1. Saúde cardiovascular

Fortaleça seu coração e melhore a circulação sanguínea por meio da atividade física regular. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prática regular de exercícios pode reduzir o risco de doenças cardíacas, derrame e pressão alta. Além disso, estudos mostram que a atividade física pode ajudar a controlar o colesterol e triglicerídeos, prevenindo a formação de placas nas artérias e melhorando a saúde cardiovascular.


2. Controle de peso

“A prática regular de atividade física pode ajudar a queimar calorias e manter um peso corporal saudável. Além disso, a atividade física pode reduzir o risco de sobrepeso, diabetes e câncer. E também prevenir o ganho de peso e a obesidade em adultos.” Destaca Giulliano Esperança.


3. Prevenção de diabetes

A atividade física desempenha um papel fundamental na prevenção e controle do diabetes tipo 2. A prática regular de exercícios pode melhorar a sensibilidade à insulina e ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue. Um estudo publicado no Archives of Internal Medicine mostrou que a atividade física regular pode reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em até 50%.


4. Bem-estar mental

Além dos benefícios físicos, a atividade física também promove a saúde mental. A prática regular de exercícios pode reduzir a depressão, a ansiedade e o estresse. Um estudo publicado na revista American Journal of Psychiatry mostrou que a atividade física regular pode ser tão eficaz quanto a terapia cognitivo-comportamental no tratamento da depressão.



5. Fortalecimento ósseo

Atividades como caminhada, corrida e treinamento de resistência podem fortalecer seus ossos e reduzir o risco de osteoporose e fraturas. Um estudo publicado na revista Osteoporosis International mostrou que a atividade física regular pode aumentar a densidade óssea em mulheres na pós-menopausa.


6. Prevenção do câncer

Giulliano Esperança também ressalta que a prática regular de atividade física pode reduzir o risco de câncer de mama, cólon e pulmão. Além de ajudar a regular os hormônios, melhorar o sistema imunológico e combater a inflamação, fatores que podem contribuir para o desenvolvimento do câncer.


7. Aumento da energia

A atividade física pode ajudar a aumentar a energia de várias maneiras. Quando você se exercita, seu corpo libera endorfinas, que são neurotransmissores que ajudam a aumentar a sensação de bem-estar e reduzir a dor e o estresse. Isso pode ajudar a melhorar o seu humor e aumentar seus níveis de energia.

Além disso, a atividade física pode melhorar a circulação sanguínea e aumentar a capacidade do corpo de transportar oxigênio e nutrientes para as células. Isso pode ajudar a aumentar a energia e a sensação de alerta.


8. Melhora da postura

A melhora da força muscular e da flexibilidade pode levar a uma melhora significativa na postura porque a postura é influenciada por vários fatores, incluindo a força muscular e a flexibilidade.

A força muscular é importante para manter a postura adequada, especialmente na região da coluna vertebral. Quando os músculos das costas, do abdômen e do pescoço estão fracos, pode haver uma tendência à má postura, como uma postura curvada para frente ou para trás. Ao fortalecer esses músculos por meio de exercícios específicos, é possível melhorar a postura e evitar dores nas costas.


9. Aumento da flexibilidade

Atividades como alongamento e ioga podem melhorar a flexibilidade e reduzir o risco de lesões musculares. Um estudo publicado na revista Journal of Strength and Conditioning Research mostrou que a prática regular de ioga pode melhorar a flexibilidade em até 35%.

Quando os músculos e tecidos conectivos são mais flexíveis, há menos pressão nas articulações durante o movimento, o que pode reduzir o risco de lesões musculares, como estiramentos e distensões. Além disso, o alongamento ajuda a melhorar a postura e a reduzir a tensão muscular, o que também pode reduzir o risco de lesões.


10. Aumento da autoestima

A atividade física regular pode aumentar sua autoestima e confiança. Um estudo publicado na revista Health Psychology mostrou que a prática de exercícios físicos pode melhorar a imagem corporal e a autoestima. Quando você se exercita regularmente e adota um estilo de vida mais saudável, pode começar a notar mudanças positivas em seu corpo, como perda de peso, ganho de massa muscular e melhora na aparência da pele. Essas mudanças podem aumentar a autoestima e a confiança em relação ao seu corpo e aparência.

Além de reduzir o estresse e a ansiedade. O que pode melhorar o humor e a sensação de bem-estar. Quando você se sente melhor emocionalmente, é mais fácil ter uma visão mais positiva de si mesmo e do mundo ao seu redor, o que pode contribuir para a autoestima e a confiança.

“Mas lembre-se de consultar um profissional de saúde para obter orientações personalizadas sobre atividade física para a prevenção e tratamento de doenças crônicas. Cada pessoa tem suas próprias necessidades e limitações, e é importante praticar exercícios com responsabilidade.” Finaliza Giulliano Esperança.


 

Giulliano Esperança - Personal Trainer e Diretor Executivo do Instituto do Bem-Estar em Rio Claro/SP, Bacharel em Educação Física UNESP/Rio Claro, Especialistas em Fisiologia do Exercício Unifesp/SP, Especialista em Marketing - Madia Marketing School, Master Coach Sociedade Latino Americana de Coaching, Diretor tecnico da Sociedade Brasileira de Personal Trainers, Premiado pela Sociedade Brasileira de Personal Trainers em Excelência pelos serviços prestados como Personal Trainer, Homenageado pelo CREF4/SP pelo Comprometimento e Ética Profissional em 2016. Eleito do Profissional do Ano na Categoria Emagrecimento pela USP de Ribeirão Preto em 2016, Criador do Método Storm12 com mais de 6000 alunos espalhados pelo Brasil e Exterior, Mestrando do Laboratório de Nutrição e cirurgia metabólica da FMUSP, na área de oncologia.


Hábitos saudáveis antes, durante e depois do diagnóstico de câncer de mama diminuem mortalidade e reincidência, aponta estudo

 Pesquisa publicada na revista JAMA aponta os benefícios da prática de exercícios e alimentação saudável


Hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos regulares e alimentação equilibrada não são apenas importantes para a prevenção do câncer. Um estudo recentemente publicado na revista JAMA aponta que pessoas que adotaram essas medidas antes, durante e depois do tratamento tiveram uma taxa de mortalidade significativamente menor após dois anos em pacientes com câncer de mama. 

A pesquisa "Adherence to Cancer Prevention Lifestyle Recommendations Before, During, and 2 Years After Treatment for High-risk Breast Cancer" ouviu um total de 1.340 mulheres, com idades e tipos de tumores semelhantes, através de um questionário. As pacientes com pontuações altas no índice de estilo de vida tiveram 37% de redução na recorrência da doença e queda de 58% na mortalidade, em comparação com quem obteve números menores no índice.

Segundo Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, a pesquisa reforça aquilo que já vem sendo preconizado pelos principais órgãos de saúde no mundo: a adoção de hábitos saudáveis é fundamental na luta contra a doença. "Sabemos que uma rotina saudável pode prevenir em até 40% dos casos e agora estamos mostrando que essas práticas têm influência em que é diagnosticado, com aumento da sobrevida, queda na recorrência e diminuição de mortalidade. É um número significativo".


Prevenção e diagnóstico precoce reduzem custos

E, para o especialista, os benefícios vão além da questão individual: políticas públicas de incentivo a mudanças de vida são essenciais: os custos relacionados ao câncer podem chegar a 25 trilhões de dólares, segundo outro estudo publicado na mesma revista, em 2023. No Brasil, são esperados mais de 700 mil casos para cada ano do triênio 2023-2025. 

"É preciso estarmos atentos sempre na prevenção, pois ela já evitaria muitos gastos, que são um gargalo em países em desenvolvimento, como o nosso. O diagnóstico precoce também é algo fundamental: tumores em estágios iniciais têm tratamentos mais brandos e menos custosos. Esse estudo adiciona mais um pitada nessa conta: uma vida saudável também melhora, em muito, as chances e a qualidade de vida de quem está passando pelo tratamento. É algo que precisa ser olhado com atenção na hora de pensarmos em saúde como um todo", finaliza.

Sentimos mais sono no inverno? A resposta é sim!

ABSONO
Divulgação
A Associação Brasileira do Sono dá 8 dicas para dormir melhor na estação mais fria do ano


Segundo os especialistas da Associação Brasileira do sono, sim, nós sentimos mais sono no inverno! Sabe por que isso acontece?

A explicação está na quantidade de luz que estamos expostos nesta estação do ano. No inverno, os dias são mais curtos e as noites mais longas. Sendo assim, a intensidade de luz mais baixa é um sinal importante para o corpo se preparar para dormir. Quando o cérebro recebe pouca luz, como à noite, responde enviando um sinal para a produção de melatonina, o “hormônio do sono”, que deixa o corpo cansado e pronto para o repouso. 

Os dias frios e a sonolência dessa época podem ser um primeiro passo para regular os horários e melhorar a qualidade do sono. Esses dois fatores no inverno, luz e temperatura, podem fazer toda a diferença no descanso. 

8 dicas para dormir melhor na estação mais fria do ano:

 

1. Procure ficar aquecido: sentir muito frio ou calor prejudica o sono.

2. Escolha a roupa ideal para dormir: várias camadas de roupa (efeito cebola) podem ser melhores que uma roupa pesada.

3. Prepare o ar: no inverno há estiagem e o ar ficar mais seco. Umidificar o quarto pode ajudar.

4. Deixe o ambiente de dormir aquecido: porém, evite deixar o aquecedor em temperaturas muito altas, afinal, conforme já mencionado, o calor também atrapalha o sono. O ideal é uma temperatura agradável. Deixe o aparelho de preferência e no chão, assim a circulação de ar é maior.

5. Dê atenção para os pés e as mãos: quanto mais aquecidos, mais fácil será adormecer. Meias são recomendadas, porém podem ser substituídas por uma bolsa de água quente. Uma coberta adicional nos pés também pode ajudar.

6. Mantenha a rotina de exercícios físicos: apesar do frio, movimente-se regularmente.

7. Receba luz: procure ter contato com luminosidade natural pela manhã, já que os dias são mais curtos.

8. Cuide da alimentação: é comum a alimentação ser mais pesada no inverno, mas isso deve ser evitado próximo do horário de dormir. Que tal uma sopa leve e quentinha? Bebidas quentes também ajudam no combate ao frio e a relaxar.

 

Associação Brasileira do Sono (ABS)


DETRAN-SP APRESENTA CAMPANHA PARA AS FÉRIAS DE JULHO

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo lança campanha de férias do meio do ano para conscientizar o público a respeitar leis de trânsito 



Com o mote “No trânsito, dê férias para a morte”, a nova campanha educativa do Detran-SP busca conscientizar motoristas e passageiros que pegarão a estrada durante as férias a respeitarem as leis de trânsito e serem mais gentis.

A campanha será veiculada em rádios, TV, internet a partir de 6 de julho e terá peças em mobiliário urbano, como relógios e pontos de ônibus, além de placas em estradas com maior movimentação nas férias. Haverá distribuição de flyers com dicas de segurança na estrada para os motoristas nas principais saídas de São Paulo: Bandeirantes e Imigrantes, durante dois finais de semana, em 7 e 8 de julho e nos dias 14 e 15 do mês, além de um hotsite, que também trará orientações sobre direção segura.

O filme mostra a morte em diversas situações de férias, enquanto diferentes condutores seguem para seus destinos de descanso respeitando as leis de trânsito. As peças usam o humor para enfatizarem a importância de ações que podem parecer corriqueiras - como usar o cinto de segurança também no banco de trás, guardar o celular enquanto estiver dirigindo e evitar a soma de álcool e direção - mas que são condutas indispensáveis, especialmente nos períodos com maior movimento do ano, tanto nas estradas quanto nos municípios visitados por turistas.

“Uma das principais responsabilidades do Detran-SP é a conscientização e educação por um trânsito mais seguro e fazer com que o cidadão se preocupe com o controle de alcoolemia, deixando claro que se beber, não deve dirigir”, comenta o diretor-presidente do Detran-SP, Eduardo Aggio.



Acidentes nas estradas do Estado durante as férias de julho

Os acidentes sem vítimas fatais nas rodovias estaduais durante as férias de julho vêm crescendo, conforme dados do Infosiga. Entre 2019 e 2022, o aumento foi de 20%. Neste período, o número saltou de 1.994 para 2.405 casos. Ao se comparar os dados do ano passado com os de 2020 (1.794 ocorrências), o crescimento foi ainda maior, 34%.

Os óbitos nas rodovias estaduais em julho também apresentaram crescimento nos últimos anos. Segundo o Infosiga, 208 mortes foram registradas em julho de 2022. O aumento foi de 16% em relação a 2020 (178 casos) e 13% em relação a 2021. No entanto, na comparação com 2019, ano anterior à pandemia, os dados de óbitos de 2022 foram 0,9 % menores. Em julho de 2019, 210 mortes no trânsito foram contabilizadas nas rodovias estaduais.



Foco constante na conscientização


Desde fevereiro, o Governo de São Paulo por meio da nova gestão do Detran-SP, promove campanhas de comunicação com o intuito de conscientização para a diminuição de acidentes, seja no trânsito das cidades como nas estradas. No Carnaval, o mote adotado foi “Palavras mentem. Números, não”, para o slogan “Neste Carnaval, não dê desculpas. Se beber, nem pense em dirigir”. As peças demonstravam que não cabem desculpas esfarrapadas para justificar o injustificável, como a direção combinada ao álcool, pois ninguém está imune a tragédias.

Já em maio, o foco da campanha sobre o Maio Amarelo foi “No trânsito, respeite a sua vida e a dos outros”, com o intuito de refletir diante de relatos reais de quem teve sua trajetória impactada por acidentes.

Desde o Carnaval de 2013, o Detran-SP também contribui para o cumprimento da Lei Seca, conhecida como Tolerância Zero, coibindo casos de embriaguez ao volante por meio do Programa Operação Direção Segura Integrada (ODSI), fiscalizações realizadas em parceria com as polícias Militar, Civil e Técnico-Científica, focadas na redução e prevenção dos acidentes causados pelo consumo de bebida alcoólica combinado com direção. Nesses 10 anos de ODSI, foram mais de meio milhão de veículos (564.476) fiscalizados, em 2.147 operações pelo programa. Ao longo de 2022, aconteceram 382 ODSIs no Estado, com a participação de 2.143 profissionais do Detran. E, 2023, de janeiro a maio aconteceram 177 operações, com 75.109 veículos fiscalizados. Na série histórica da ODSI, fica evidente a importância das fiscalizações: em 2013, foram 52 ações realizadas em todo o estado, com 9,85% das abordagens resultando em infrações. Já no ano passado, quando os números saltaram para 382 operações, houve redução pela metade das infrações registradas: 4,88% do total de abordagens.

As campanhas de comunicação, assim como as fiscalizações de ODSI do Detran-SP, têm demonstrado impacto positivo nos indicadores de óbitos em função de acidentes de trânsito no Estado. Segundo dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e pelo Detran-SP, em abril deste ano foi registrada redução de 17% nas mortes no trânsito, em comparação ao mesmo mês do ano passado. Em maio deste ano, na comparação com maio de 2022, a redução foi de 11%.





10 Dicas para curtir as férias de julho com segurança e respeito ao trânsito


Pensando na campanha, o Detran-SP lista dez dicas e orientações importantes para que todos curtam esse período de descanso de uma maneira tranquila e sem esquecer da segurança viária. Confira as dicas:



1 – Bebida e direção não combinam

O álcool reduz os reflexos e a capacidade de reação do motorista, podendo gerar acidentes. Dirigir exige máxima atenção, portanto, lembramos que a mistura de bebida e direção não combina. Além disso, motoristas flagrados embriagados ou que se recusam ao teste do bafômetro recebem multa de quase R$ 3 mil e respondem a processo de suspensão da CNH. Quem apresenta mais de 0,34 miligramas de álcool por litro expelido no sangue, além das autuações e processo administrativo, responde também na Justiça por crime de trânsito.



2 – Segurança na estrada

O veículo só pode transportar até a capacidade máxima de passageiros permitida pelo manual. Todos os ocupantes devem usar o cinto de segurança ou, em caso de crianças, o sistema de retenção equivalente.



3 – Atenção aos limites de velocidade

As estradas trazem diferentes limites de velocidade segundo o seu traçado viário. É extremamente importante que os condutores de veículos estejam atentos à sinalização das pistas. Além disso, dirigir acima do limite máximo permitido pode aumentar o risco de envolvimento em acidentes, por vezes graves, e gerar multas. Mantenha uma distância segura do veículo da frente para evitar colisões. Não se esqueça que dirigir em rodovia é diferente do que dirigir em cidade. Uma distração pode ser fatal.



4 – Descanso é essencial!

O descanso antes da viagem é fundamental para que o motorista faça uma viagem tranquila e segura, principalmente em trechos de longa distância. Uma noite de sono bem dormida faz com que o motorista esteja atento durante todo o trajeto.



5 – Documentos em dia e celular carregado

O motorista deve portar habilitação dentro da validade ou, no máximo, vencida há menos de 30 dias. Lembrando que a nova legislação definiu um cronograma completo para CNHs que tiveram vencimento entre 1/3/2020 e 31/12/22. Já o veículo precisa estar com o licenciamento em dia; a falta dele é uma infração gravíssima, que pode acarretar uma série de problemas para o proprietário, como apreensão do veículo, multa de R$ 293,47 e sete pontos na carteira. Ambos os documentos estão disponíveis de forma digital; portanto, não se esqueça de deixar o celular devidamente carregado, caso seja abordado em alguma fiscalização. Mas não faça uso do aparelho enquanto dirige.



6 – Celular longe do volante

Só é possível usar o telefone celular quando o veículo estiver estacionado e o motor desligado. Ele pode ser utilizado na função GPS, desde que o aparelho seja fixado no para-brisa ou no painel dianteiro. Quando estiver ao volante, não faça selfie, foto ou vídeo da paisagem. Segundos de distração são suficientes para o envolvimento em um acidente de trânsito. Na estrada, isso pode ser fatal.



7 – Cinto e cadeirinha sempre!

O cinto de segurança é item indispensável para o motorista e para todos os passageiros. O condutor ou passageiros não devem retirá-lo nem mesmo em casos de engarrafamento ou quando o sinal estiver vermelho. Crianças com idade inferior a 10 anos ou que não tenham 1,45m de altura deverão, obrigatoriamente, ser transportadas no banco traseiro, utilizando o cinto de segurança e equipamento de retenção apropriado.



8 – Capacete sim, viseira também, revisão idem

Motociclistas costumam reclamar do capacete na época do verão, porém, temperaturas mais elevadas não devem ser motivo para andar sem o equipamento ou com a viseira levantada, pois o item protege a visão contra pedras e insetos, por exemplo, que podem atingir o olho do motociclista. As mesmas regras valem para os passageiros das motos. Vale lembrar que crianças menores de dez anos ou que não tenham condições de se cuidar não podem trafegar nas garupas das motos. Além disso, faça a revisão da sua moto antes de viajar, conferindo pneus, óleo, freios, lanternas e faróis.



9 - Chinelo só fora do veículo

O clima de férias é um convite para dar um descanso aos pés dos tênis e sapatos do dia a dia, mas, ao dirigir durante uma viagem, nada de usar calçados que não se firmem nos pés ou que comprometam a utilização dos pedais, como chinelos, sandálias e tamancos – e podem render multas no caso de fiscalizações. Nessa situação, o melhor é dirigir descalço.



10 - Chuva

Em caso de chuva na hora de pegar estrada, a velocidade deve ser reduzida, os faróis deverão permanecer acesos e a distância de segurança entre os veículos precisará aumentar.





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