Nutricionista
de Santos dá dicas para combater esse mal, que aumentou 90% em apenas 1 ano
Um estudo
realizado pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) em parceria com a
organização global Vital Strategies revelou que, nos últimos anos, o índice de
obesidade entre os jovens brasileiros com idades entre 18 e 24 anos aumentou
aproximadamente 90% em apenas um ano. Em 2022, o índice era de 9%, enquanto em
2023 saltou para 17,1%, totalizando 2,97 milhões de jovens obesos no País.
O estudo identificou ainda uma série de fatores que contribuem para essa situação preocupante, como o consumo exagerado de alimentos ultraprocessados e a deficiência da ingestão de vitaminas e minerais vindo das frutas, verduras e legumes em geral.
“Uma alimentação inadequada está relacionada diretamente a umas das principais causas de mortes, devido a ingestão frequente de alimentos ricos em gorduras, conservantes, e açúcar levando a hipertensão, diabetes e dislipidemias”, explica Amanda Santos Araujo, nutricionista do Instituto Pierin.
A oferta de alimentos não saudáveis que cada vez mais entram no mercado e ficam acessíveis para os jovens, é certamente um dos principais desafios encontrados pelos jovens no decorrer dos anos para adotar uma alimentação saudável e equilibrada. Maus exemplos que muitas vezes começam em casa, com hábitos não saudáveis adotados pelos pais, refletidos nos filhos.
A especialista alerta ainda para a publicidade de alimentos ultraprocessados, que pode influenciar nas escolhas alimentares dos jovens. “Ela associa tais alimentos a mensagens positivas e os apresenta como práticos, saborosos, saudáveis e acessíveis. Com isso, a população de forma geral, principalmente crianças e adolescentes, é levada a acreditar que esses produtos têm qualidade superior aos demais ou que tornarão as pessoas mais felizes, atraentes, fortes, ‘super saudáveis’ e socialmente aceitas”.
Outros
fatores
Os pesquisadores
responsáveis pelo estudo afirmam que esses dados refletem os impactos da
pandemia de COVID-19 na população brasileira. Amanda alerta para o fato da
ansiedade estar relacionada aos hábitos alimentares inadequados e à obesidade
entre os jovens.
“Não são apenas os adultos que sofrem de ansiedade provocada pelo estresse do dia a dia. Os jovens também são alvos de preocupações semanais e um indivíduo ansioso acaba cometendo excessos a fim de amenizar sensações desagradáveis como, solidão, cansaço, raiva, tristeza gerando compulsão alimentar, o que leva esses jovens a consumir alimentos calóricos”.
Os impactos negativos de longos períodos de tempo gasto em dispositivos eletrônicos na saúde e no peso dos jovens também assustam. Estudos recentes mostram que jovens que passam mais tempo na frente das telas têm mais chances de desenvolver a obesidade devido ao sedentarismo.
“O excesso desses dispositivos eletrônicos faz com que jovens se distraiam e não pratiquem atividade física, além de que estão mais propensos a consumir alimentos mais calóricos quando estão na frente da TV. A Academia Americana de Pediatria recomenda que crianças entre 2 e 5 anos sejam limitadas a uma hora de tela por dia. Os limites devem aumentar proporcionalmente para crianças mais velhas”, ressalta Amanda.
Atividade
física é vida
Somado a tudo
isso, alguns fatores do estilo de vida moderno contribuem para o sedentarismo,
como a falta de tempo, quando os jovens realizam atividades extras, como cursos
de línguas, de maneira remota, sem precisar de deslocamento e ainda a falta de
incentivo dos pais para praticar atividades físicas.
A nutricionista lembra que, além dos seus benefícios para a saúde como prevenção de doenças cardiovasculares e síndromes metabólicas ocorre a redução do estresse e da ansiedade, praticar exercícios ajuda a liberar endorfinas, que são neurotransmissores responsáveis por melhorar o humor e promover uma sensação de bem-estar. Isso pode reduzir os níveis de estresse e ansiedade, além de melhorar a qualidade do sono.
Algumas dicas para incentivar a prática das atividades são optar por esportes em grupo onde a criança ou os jovens vão interagir com pessoas da mesma idade. Fazer amigos é um ótimo estímulo, eles não se sentem pressionados e tendem a levar tudo como algo divertido.
“Aos pais e para as escolas, há mais algumas dicas: incentivar o consumo de frutas, vegetais e grãos, assim como o consumo adequado de água. Não focar em cortar hábitos alimentares ruins e sim em colocar na rotina hábitos novos como acordar e dormir mais cedo, dedicar tempo e atenção para suas refeições, e começar a prática de atividade física. Crie uma rotina equilibrada com tempo para atividade física, estudo e diversão. Todas essas dicas e muito mais vocês encontram no GUIA ALIMENTAR DA POPULAÇÃO BRASILEIRA que está disponível para baixar gratuitamente na internet”. Guia Alimentar para a População Brasileira — Ministério da Saúde (www.gov.br)
Avenida Pedro Lessa, número 3097, no bairro do Embaré - Santos
Telefone: (13) 99680-0960. Instagram: @institutopierin
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