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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

  • Levantamento do Itaú Social e Instituto Unibanco, realizado pelo Datafolha, mostra que população é propensa à atividade voluntária. 9 em cada 10 pessoas reconhecem sua importância
  • 71% dos entrevistados têm interesse pelo voluntariado e 35% afirmam que não têm oportunidade para fazê-lo
  • Maioria dos professores (77%) também considera importante o voluntariado na educação e acredita que o envolvimento da comunidade pode melhorar o aprendizado dos estudantes, além de contribuir com sua socialização e seu futuro
  • Brasileiros afirmam que passaram a doar mais alimentos para ajudar o próximo durante a pandemia
  • Pesquisa ouviu 1.871 pessoas, a partir dos 14 anos, de todas as regiões do país, no mês de outubro

 

No Brasil, 9 a cada 10 pessoas reconhecem a importância do voluntariado e 48% da população faz ou já fez alguma atividade voluntária. A vontade de ajudar o próximo aumentou ainda mais durante a pandemia, quando 47% disseram que passaram a doar mais alimentos. Além disso, 82% dos brasileiros consideram muito importante o voluntariado na educação – assim como os professores, que acreditam que o envolvimento da comunidade pode melhorar o aprendizado dos estudantes, além de contribuir com a socialização e o futuro das crianças e adolescentes.  

 

Os dados são da pesquisa inédita do Itaú Social e Instituto Unibanco, realizada pelo Datafolha, divulgada em comemoração ao Dia Internacional do Voluntário (5/12). Foram ouvidas 1.871 pessoas, a partir dos 14 anos, com o objetivo de analisar a perspectiva do brasileiro em relação ao voluntariado, especialmente na área da educação. Os resultados indicam que os brasileiros estão preocupados com o próximo e dispostos a ajudar. 




 

O levantamento mostra que 71% dos brasileiros têm interesse no voluntariado. Entre as principais causas que gostariam de atuar são de assistência (doação de alimentos, vestuários), projetos de educação, preservação de meio ambiente, saúde, proteção de animais e acolhimento de pessoas em situação de rua. Da parcela que nunca fez uma ação voluntária, 35% citam a falta de oportunidade e 32% a falta de tempo. 

 




Entre a parcela que faz ou fez ações de voluntariado, a ampla maioria sente alegria em ajudar os que precisam (99%), gostam de ajudar o outro sem esperar nada em troca (98%), está sempre disposta a ajudar os que mais precisam (94%) e se identificam com o sentimento do outro (88%).

 

“Os dados apontam que o brasileiro é solidário, porém, analisamos que a maioria não sabe como começar uma ação voluntária. Temos uma grande oportunidade de melhorar os índices de voluntariado no Brasil e as empresas e organizações da sociedade civil podem trabalhar em conjunto para engajar a população e atingirmos melhores resultados enquanto sociedade”, explica a superintendente do Itaú Social, Angela Dannemann. 

 

O levantamento mostra que 71% dos brasileiros têm interesse no voluntariado. Entre as principais causas que gostariam de atuar são de assistência (doação de alimentos, vestuários), projetos de educação, preservação de meio ambiente, saúde, proteção de animais e acolhimento de pessoas em situação de rua. Da parcela que nunca fez uma ação voluntária, 35% citam a falta de oportunidade e 32% a falta de tempo. 

 

 

 

Entre a parcela que faz ou fez ações de voluntariado, a ampla maioria sente alegria em ajudar os que precisam (99%), gostam de ajudar o outro sem esperar nada em troca (98%), está sempre disposta a ajudar os que mais precisam (94%) e se identificam com o sentimento do outro (88%).

 

“Os dados apontam que o brasileiro é solidário, porém, analisamos que a maioria não sabe como começar uma ação voluntária. Temos uma grande oportunidade de melhorar os índices de voluntariado no Brasil e as empresas e organizações da sociedade civil podem trabalhar em conjunto para engajar a população e atingirmos melhores resultados enquanto sociedade”, explica a superintendente do Itaú Social, Angela Dannemann. 

 



Apesar dos brasileiros considerarem importante o voluntariado na educação, a minoria (18%) se considera informada sobre a possibilidade de atuar nessa área. A pesquisa questionou, numa escala de 1 a 5, qual o grau de interesse por atividade voluntária na área da educação. Alfabetização de adultos teve maior preferência (4,6). Seguem no mesmo patamar (4,5) oficinas de leitura para crianças; reformas nas escolas; doação de materiais escolares e livros; ações de reforço escolar; formação ou treinamento para professores; e arrecadação de doações. 

 

Em um recorte específico da pesquisa realizado junto com 422 professores de escolas públicas, 81% afirmaram que o voluntariado pode contribuir muito com o desenvolvimento de crianças e adolescentes e 97% acreditam no potencial das atividades extracurriculares. Para este público, 30% afirmam que ações voluntárias podem melhorar o aprendizado, 23% disseram que auxiliam os docentes e 21% acreditam que melhoram a socialização dos estudantes. 

 

Voluntariado corporativo

Os dados da pesquisa revelam que, quando uma empresa oferece programas de voluntariado, há mais chances do colaborador se engajar numa causa. Entre as pessoas que já trabalharam ou trabalham em um lugar que promove ações de voluntariado, 61% afirmaram que participaram da ação. Porém, apenas 17% dos entrevistados disseram ter trabalhado em organizações que desenvolveram ou desenvolvem projetos de voluntariado. 

 


Independentemente do desenvolvimento de programas de voluntariado corporativo, 64% dos entrevistados disseram que fariam qualquer tipo de ação voluntária, mas 14% preferem atuar com temas relacionados à sua formação profissional - esse número sobe para 26% entre os mais escolarizados.

 

Outro desafio para ampliar o voluntariado no Brasil é que as pessoas não sabem quais  organizações da sociedade civil procurar para se voluntariarem. 51% dos brasileiros dizem conhecer alguma instituição que atua com causas sociais, mas a maioria não sabe citar o nome de nenhuma delas - a instituição genérica mais apontada é a igreja. Apenas 18% dizem conhecer plataformas digitais de apoio ao voluntariado, mas a maioria também não sabe citar o nome de nenhuma. 

 

Qualificação

A pesquisa apontou que 28% dos entrevistados concordam que é preciso ter uma formação específica para ser voluntário. O índice sobe para 46% entre as pessoas menos escolarizadas. A coordenadora de Engajamento Social e Leitura do Itaú Social, Dianne Melo, avalia que é preciso, cada vez mais, qualificar a atuação voluntária. “Não é só ter vontade, chegar na organização e fazer algo da minha cabeça. Uma ação voluntária implica em um mapeamento das necessidades, planejamento e construção de parceria. Por isso, é tão importante que pessoas interessadas em uma rotina de voluntariado busquem se capacitar”, explica. 

 

Para quem não tem ideia de como se voluntariar, estão disponíveis dois cursos gratuitos sobre como realizar ações de forma simples. O “Voluntariado e Sociedade: conhecer para transformar”, de quatro horas, apresenta oportunidades e formas de atuação em geral, e “Voluntariado na Educação”, orienta de que forma contribuir com o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. Ambos estão no ambiente de formação Polo, mantido pelo Itaú Social

 

O INSS não é seu amigo – veja o que ele não faz por você


Por ser um órgão de grande importância no País, muitos segurados depositam grande confiança nas atividades do INSS. Mas é preciso ficar atento, o INSS não trabalha a favor da aposentadoria ou outros benefícios,  muitas vezes pode até trazer prejuízos aos segurados que não tem conhecimento de todos os seus direitos

 

O INSS é mau? Não é isso, mas o funcionamento dele, a falta de funcionários, tantas coisas podem influenciar em um atendimento prejudicado. O melhor a se fazer é conhecer os seus direitos e, para entender melhor, acompanhe a relação de tudo aquilo que o INSS não faz por você e que pode prejudicar a sua aposentadoria.

 

Exigências importantes – O INSS muitas vezes deixa de cobrar do segurado dados ou documentos importantes que podem ajudar na hora de solicitar o benefício – como por exemplo, informações para fechar vínculo, juntar PPP, provar recolhimentos feitos ou período de trabalho. De forma mais prática, tomamos por exemplo um caso de pedido de aposentadoria, onde o INSS vê indícios de atividade especial de trabalho. Em casos como esses, se o segurado não reuniu a documentação, o INSS deveria fazer o pedido de exigência, orientando o mesmo de que, somente com esses documentos, esse pedido poderá ser considerado. Porém, em grande parte dos casos, o INSS não realiza esse tipo de exigência.

 

Informações sobre complementação de contribuição – Você sabia que contribuições feitas abaixo do mínimo exigido não podem ser consideradas? Nesses casos, o segurado tem a opção de agrupar (pegar 2 ou mais meses de contribuições somando-se juntos para ter 1 mês válido), além de completar o valor que falta, para ter o período considerado. Apesar de previsto em lei, o INSS não orienta o trabalhador com relação a essas possibilidades. Vale ressaltar que muitas vezes o servidor do órgão, pelo volume de trabalho ou mesmo para cumprir metas diárias, passa por cima de informações importantes como essas para agilizar os processos.

 

Falta de reconhecimento em atividades especiais por enquadramento profissional – Até abril de 1995 não era necessário reunir documentos para comprovar atividade especial, apenas a profissão, bastando juntar a prova da atividade exercida naquele período (como CTPS ou ficha de registro, por exemplo). Entretanto, em muitos casos, o INSS não reconhece esse período de atividade em relação ao enquadramento profissional. Nesse cenário, alguns segurados não conseguem a aposentadoria e, em outros casos, conseguem um benefício inferior ao que teria direito quando reconhecida a atividade especial.

 

Período sem contribuição – O INSS não reconhece períodos em que o empregador ou tomador de serviço deixou de contribuir. Nesses casos, é importante lembrar que o empregado não tem responsabilidade sobre a contribuição ou fiscalização do pagamento, sendo aquela, uma tarefa do empregador. O INSS é obrigado a realizar essa fiscalização de maneira correta e identificar possíveis falhas.

 

Reafirmação da DER: O INSS não avalia se você tem direito à reafirmação da DER. Para entender melhor, digamos que um trabalhador realizou seu pedido de aposentadoria hoje, acreditando que já era possível. Porém, ao fazer a análise, o INSS considerou que ainda faltavam 5 meses de contribuição. Até a resolução do pedido, o segurado continuou fazendo contribuições mensalmente, entretanto, mesmo assim, o INSS negou o benefício. Isso acontece, porque o órgão não considerou – quando deveria - os meses posteriores ao pedido, em que o trabalhador continuou contribuindo, não reafirmando a data do requerimento.

 

Melhor aposentadoria: O INSS não informa ao trabalhador as possibilidades de uma aposentadoria melhor. Em muitos casos, ao dar entrada no pedido do benefício, o trabalhador teria direito a um valor melhor, caso optasse por requerer o benefício dali a 2 ou 3 meses. Porém, o INSS não faz essa avaliação e não orienta o segurado quanto a isso.

 

Direitos a serem recorridos – O INSS não informa que, mesmo recebendo o benefício, o trabalhador pode discutir direitos que não são reconhecidos pelo órgão, mas são na justiça. Ou, caso tenha o benefício negado, o segurado pode recorrer na justiça e, tendo reconhecido o direito ao benefício, o INSS deve pagar todo o retroativo.

 

Análises otimizadas – Embora seja sua obrigação, o INSS nem sempre faz a melhor análise a fim de encontrar a melhor forma de conceder o benefício ao trabalhador, uma vez que em alguns casos, uma pessoa tem direito a várias aposentadorias diferentes. É dever do INSS orientar com relação a isso, informando todas as possibilidades e melhores opções. Porém, é muito comum o INSS não realizar esse tipo de análise e aconselhamento.

 

Contribuições concomitantes – Você sabia que ao contribuir por mais de 1 trabalho, o INSS precisa somar essas contribuições para fins de cálculo? Mas o órgão geralmente não faz isso, e, por não conhecer a legislação, o segurado não compreende a razão pela qual o seu benefício tornou-se inferior ao esperado, mesmo trabalhando e contribuindo por 2 empregos diferentes.

 

Descarte automático - O descarte automático – regra que retira as contribuições menores para alcançar uma média maior de benefício - também não é feito pelo órgão muitas vezes, ou fazendo incorretamente, prejudicando assim o valor da aposentadoria do trabalhador. É preciso avaliar não só se houve descarte automático, mas também se ele foi aplicado da forma correta.

 

Conversão do tempo especial de trabalho – O INSS não converter tempo especial de trabalho em comum para que o segurado possa alcançar uma aposentadoria melhor – ou simplesmente para alcançar uma aposentadoria. Até novembro de 2019, esse tempo trabalhado em atividade nociva ou perigosa, vale mais. Nesses casos o INSS precisa avaliar esse tempo e a documentação e converter o tempo especial em comum – o homem ganha 40% de tempo a mais e a mulher, 20%. Porém, o INSS muitas vezes esquece de fazer essa análise.

 

Justificação administrativa – Em alguns casos, o trabalhador tem prova documental, mas não tem prova suficiente para o INSS reconhecer alguma situação (tempo especial, união estável, trabalho sem registro). Nesses casos, é possível complementar a prova documental com testemunhas, como colegas de trabalho ou outras pessoas. O INSS deveria orientar o trabalhador, mas por muitas vezes não abre possibilidade de justificação administrativa, por pressa de dar a decisão. Entretanto, vale lembrar que o trabalhador pode exigir a prova testemunhal, em busca do melhor benefício.

 

Contribuição simplificada - O INSS deixa de informar ao segurado de que períodos com contribuição simplificada não servem para todo tipo de aposentadoria, mas fazendo a complementação, eles entram no cálculo.

 

Validação de documentos - O INSS não faz pesquisa externa para validação de documentos. Ao ter dúvida com relação a detalhes de uma documentação, como vínculo empregatício, por exemplo, existe uma previsão na norma do INSS que exige que um servidor seja enviado ao local de trabalho para comprovar a validação daquele documento. Porém, essa pesquisa externa raramente é realizada e o órgão, geralmente, apenas faz o descarte daquelas informações, levando o trabalhador a não conseguir um benefício ou conseguir um benefício menor do que o de direito.

 

Descarte de documentos – O INSS não reconhece documentos fornecidos por empresas para comprovar tempo especial, apenas desconsiderando um documento que esteja sem assinatura, faltando informações ou outros detalhes, não orientando o segurado com relação a isso.

 

Recolhimentos em atraso – Você sabia que ao optar por fazer pagamentos retroativos – período anteriores a julho de 1996 – o INSS faz o cálculo desse período e emite a guia com multa e juros? Nesse caso, o órgão não poderia fazer isso, visto que nesses anos não havia lei prevendo juros e multas. Muitos clientes, ao conhecer seu direito, recorrem à justiça para ter seu direito de volta – processo esse que pode levar anos.

 

Pessoa com deficiência – O INSS não faz a avaliação da condição da pessoa com deficiência sem o pedido correto para analisar se o mesmo poderia ter uma aposentadoria com menos tempo de contribuição e valor melhor. Nesses casos, o próprio segurado precisa solicitar perícia, levar documentações etc, pois o órgão não informa a respeito desses detalhes.

 

O que fazer para evitar esses erros?

Conhecer o seu direito é fundamental. Quanto mais o trabalhador se informa e é preparado, menos chances de erros existem, pois nesses casos, é possível fiscalizar e avaliar se o INSS está dando seu direito ou não.

Além disso, temos 3 dicas muito importante para quem está indo em busca do benefício:

 

1 – Não faça tudo sozinho, peça o auxílio de um especialista. Um profissional da sua confiança pode ajudar em todos os detalhes e garantir que você consiga uma resolução satisfatória;


2 – Faça um planejamento previdenciário antes de pedir sua aposentadoria. O planejamento auxilia a descobrir detalhes e é essencial para que você possa adquirir o melhor benefício possível e no melhor momento para você;


3 – Pediu a aposentadoria sozinho? Não fez planejamento? Em caso de suspeita de prejuízo, consulte um especialista em direito previdenciário para que ele possa analisar o seu caso, fazendo cálculos de revisão e observando as possibilidades. Mas atenção: é importante fazer isso antes de completar 10 anos de aposentadoria, pois em muitos casos, não é mais possível revisar benefícios que estejam em vigor a tempo superior a este.

 

 


Priscila Arraes Reino - advogada especialista em direito previdenciário e direito trabalhista, palestrante e sócia do escritório Arraes e Centeno. 

https://arraesecenteno.com.br/

Canal do Direito Trabalhista e Previdenciário

 

LOJAS DA ENEL DISTRIBUIÇÃO SÃO PAULO ABREM NESTE SÁBADO PARA NEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS E DEMAIS SERVIÇOS

·         Todas as lojas de atendimento da distribuidora funcionarão das 9h às 15 horas;


·         Clientes poderão negociar dívidas e solicitar outros serviços;


·         Necessário agendamento prévio pelo site da concessionária

 

A Enel Distribuição São Paulo, concessionária de energia elétrica que atua em 24 municípios da Grande São Paulo, abrirá todas as lojas de atendimento amanhã, 04 de dezembro, das 9h às 15h, mediante agendamento prévio, como mais uma alternativa para os clientes negociarem suas dívidas, na campanha Quita Fácil,  que vai até 31 de dezembro. 

Para ajudar os clientes a encerrar o ano com as contas em dia, a Enel SP está oferecendo descontos expressivos, além de isenção de juros e parcelamentos ainda mais longos. Aqueles consumidores com débitos vencidos há mais de 180 dias poderão ter desconto de 50% sobre a dívida original vencida, com a possibilidade de ainda parcelar em seis vezes – uma entrada de 10% mais cinco parcelas, neste haverá cobrança de 1% de juros de financiamento. O desconto oferecido pela companhia, durante o período da campanha, não inclui os valores cobrados de juros, multa e atualização monetária. 

Para aqueles clientes com débitos vencidos há menos de 180 dias, a Enel também facilitará a negociação com parcelamento em até 12 vezes – uma entrada de 10% mais 11 parcelas – e não haverá cobrança de juros. Confira todas as condições disponíveis acessando o link: https://www.enel.com.br/pt-saopaulo/Informativos/negociacao-enel-sp.html 

Para marcar horário, os clientes interessados podem efetuar agendamento pelo link (https://www.enel.com.br/pt-saopaulo). Em seguida, basta indicar o horário desejado para o atendimento, informar os dados pessoais e endereço de e-mail e, por último, marcar os Termos de Uso e validações de segurança. 

Nas lojas, os clientes podem realizar a negociação com condições especiais, com descontos, redução de juros e diversas opções de parcelamento, além de todos os serviços disponibilizados, como transferência de titularidade, pedido de religação, cadastro baixa renda, esclarecimento de dúvidas sobre a fatura, entre outras facilidades. Clique neste link para acessar o endereço das lojas de atendimento na área de concessão da distribuidora. 

Os demais canais de atendimento funcionam normalmente. Os consumidores podem entrar em contato com a companhia por meio da Agência Virtual (https://www.enel.com.br/pt-saopaulo), do aplicativo Enel SP, disponível gratuitamente para iOS (https://apple.co/2VpYh8q) e Android (http://bit.ly/2VmOsIj), do WhatsApp Elena (21-99601-9608), WhatsApp Lojas (11 94053-9491) e do Call Center (0800 72 72 120 – atendimento comercial – e 0800 72 72 196 – atendimento emergencial).

 

Prestação de serviço 24h:

 

·         Central de Atendimento Comercial (0800 72 72 120): Consulta de débito, segunda via de conta, religação, pedido de novas ligações, débito automático, oscilação de voltagem, consumo elevado e suspensão do fornecimento de energia. 

·         Central de Atendimento de Emergência (0800 72 72 196): Informações sobre falta de energia, casos de fios partidos, postes ou problemas na rede de distribuição. 

Os clientes podem ainda falar com a Enel SP por meio do WhatsApp, enviando um “Olá” para o número (21) 99601-9608. A atendente virtual Elena atende e oferece serviços como falta de energia, consulta de débitos e envio de 2ª via da conta, além de tirar dúvidas sobre as perguntas mais frequentes.

 

ERP: cinco dicas para escolher um sistema de gestão

Um software ERP, do inglês Enterprise Resource Planning, é um sistema de gestão integrado que permite a automatização e gerenciamento das mais diversas etapas de um negócio. A solução registra informações referentes a funcionários, clientes, fornecedores, produtos, compras, vendas, impostos, entre outras, com a finalidade de organizar e otimizar o funcionamento de uma empresa. Como existem várias soluções disponíveis no mercado, listei aqui cinco dicas fundamentais para escolher o ERP mais adequado para a sua empresa.


#1 - Em nuvem: Ter a gestão na nuvem significa ter liberdade para gerenciar uma empresa de qualquer lugar e a qualquer hora. Além disso, esse tipo de sistema permite redução dos custos de TI, não sendo necessária uma infraestrutura física. Isso elimina os custos de manutenção e integração dos sistemas, além de atualizações automáticas, sem perda de dados. Por isso, nem cogite adotar um sistema que não esteja 100% na nuvem.


#2 - ERP com CRM: Para evitar a utilização de vários sistemas desintegrados, é ideal escolher um ERP que já disponha de um CRM. Do inglês Customer Relationship Management, esse sistema centraliza as informações do relacionamento com os clientes. Quando a empresa escolhe um ERP que já tem um CRM, consegue integrar todas as ações de serviços, marketing e vendas de modo sincronizado, permitindo a melhor jornada de compra aos clientes e um menor custo para as operações. A integração do ERP com o CRM melhora a relação entre os departamentos de uma empresa, evitando erros, retrabalhos e processos burocráticos.


#3 - Business Intelligence integrado: Com a plataforma de BI integrada ao ERP, é possível combinar dados com análises visuais para gerar insights de negócios significativos e acionáveis. O acesso a relatórios e informações relevantes para a tomada de decisão acontece de forma rápida, atualizada e segura. Os usuários podem ainda personalizar facilmente as funcionalidades à medida em que a empresa cresce ou muda as suas operações, proporcionando a utilização de um único sistema. Portanto, nem pense em adotar uma solução sem Business Intelligence.


#4 - Automatização dos processos internos: Nada de trabalhos manuais ou passíveis a erros. Com um ERP, a empresa é capaz de operacionalizar todas as suas rotinas, automatizar os processos e reduzir os erros tanto na coleta como na análise de dados. Todos os processos internos passam a ser automatizados e padronizados de acordo com as melhores práticas do mercado, gerando economia de tempo, melhora na produtividade das equipes e redução de erros.


#5 - Flexibilidade e personalização: Um bom ERP deve acompanhar o crescimento de uma empresa. A solução deve permitir a personalização, sendo escalável e adaptável às necessidades das empresas. Por isso, é fundamental escolher um software com atuação mundial, capaz de acompanhar a expansão de uma empresa não apenas dentro do Brasil, mas também no exterior. Um ERP de padrão internacional permite a adaptação automática de idiomas, moedas e até tributos, promovendo muito mais agilidade e confiabilidade à gestão multinacional.

Independentemente das necessidades de cada empresa, um ERP adequado é capaz de modernizar a gestão, eliminando processos manuais, a duplicação de dados e principalmente os erros humanos. Assim, é possível aposentar definitivamente as planilhas e inaugurar uma rotina gerencial muito mais eficiente.

 


Alexandre Dissordi - cofundador e diretor comercial da Active Cloud Solutions, maior parceira da Oracle NetSuite na América do Sul.

 

Financiar imóvel diretamente com o construtor requer bastante atenção

A concessão de financiamento habitacional junto a uma instituição financeira vinculada ao SFH ou SFI depende de análise prévia pela empresa acerca do bem e do mutuário. Critérios objetivos e subjetivos são utilizados para conceder ou não o crédito e, mesmo assim, em alguns casos, as propostas não são cumpridas e a saída é financiar, às vezes, diretamente com o construtor. Nessa hora, bastante cuidado antes de firmar o contrato, pois são verdadeiras pegadinhas. 

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, regra geral, construtoras e loteadores aceitam vender seus imóveis à vista ou parcelado, sendo que nesta última modalidade o parcelamento seria diretamente com a própria empresa. “Em um primeiro momento, o comprador deve ter em mente que o construtor ou loteador não é uma instituição financeira, logo, o seu know how não será exatamente o financiamento. Por isso, a atenção ao contrato deve ser redobrada”, diz. 

Segundo ele, o que se tem visto para esses financiamentos com construtores e loteadores é uma verdadeira armadilha para o consumidor. Vinícius Costa avalia que contratos com correção da prestação vinculada ao IGP-M ou IPC-A são verdadeiras bombas para comprador. “Essa modalidade de financiamento implica em aumento mensal ou anual da prestação, sistema completamente diferente daquele empregado pelas instituições financeiras. Além disso, como o saldo devedor é composto pela somatória das prestações restantes do financiamento, a sensação que o comprador terá com o passar dos anos é que paga muito e a dívida nunca diminui.” 

O presidente da ABMH ressalta, ainda, que construtoras e loteadoras podem utilizar alienação fiduciária nos imóveis financiados com os compradores, assim como ocorre com as instituições financeiras do SFH e SFI. “Porém, essa alienação, somente surtirá efeito se devidamente registrada. A atenção aqui neste ponto é que, se registrada, a execução do contrato por inadimplência poderá se dar de forma extrajudicial, como ocorre nos financiamentos habitacionais.” 

Buscar um financiamento junto à construtora ou loteadora pode ser considerado uma das últimas opções, principalmente quando a rescisão é extremamente desvantajosa para o comprador. “A atenção que se exige para os financiamentos habitacionais deve ser redobrada para os financiamentos com construtora e loteadora”, finaliza Vinícius Costa.


Desconfiança em relação às urnas eletrônicas surge no Brasil a partir das eleições de 2018, aponta estudo

 Páginas disseminadoras de fake news ajudaram a alimentar o receio, nunca comprovado, contra o sistema eleitoral


O discurso de desconfiança em relação às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro passou a ser observado de forma mais intensa durante a campanha para as eleições de 2018. O receio em relação ao sistema foi alimentado por páginas conhecidas por disseminar notícias falsas na internet. A conclusão é do desdobramento parcial de uma pesquisa acadêmica da Universidade Positivo realizada em parceria com o Facebook. O estudo fez a análise do conteúdo publicado em 11 páginas na rede social, durante o período eleitoral daquele ano. 

Para a pesquisadora do Centro de Pesquisa Jurídica e Social do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Positivo, Olívia Pessoa, junto com as campanhas políticas, havia a proliferação de um discurso nas redes que tentava chamar a atenção para possíveis fraudes no sistema eleitoral. “É criado um grande descrédito dos elementos que compõem o cenário eleitoral brasileiro. Não apenas as urnas eletrônicas, mas também os partidos políticos, as pesquisas eleitorais e o debate como ferramenta da democracia”, aponta.

Esse discurso foi predominante nas páginas do Facebook que apoiavam a eleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Esse descrédito vem atrelado a uma desconfiança em relação ao próprio sistema democrático”. Os apoiadores do presidente utilizaram como estratégia um mau funcionamento que teria possibilitado à “esquerda brasileira vencer pleitos eleitorais em sequência, desde Fernando Henrique Cardoso”.


Voto impresso e debate

Foi também durante a campanha eleitoral de 2018 que o voto impresso passou a ser apontado como o fiel garantidor da lisura do processo eleitoral, em discurso que é reafirmado nos dias atuais pelo presidente Jair Bolsonaro. A pesquisa aponta, ainda, a denúncia de que o sistema atual não é possível de ser auditado, e de que o voto na forma eletrônica coloca a própria democracia em risco. Desde então, nenhum indício relevante de fraude foi efetivamente revelado. Assim sendo, os Tribunais Regionais e o Tribunal Superior Eleitoral vêm demonstrando a confiabilidade das urnas, diante das críticas.

Nesse mesmo período, a ausência de Jair Bolsonaro nos debates é justificada pelas páginas de apoio como prevenção a uma conspiração em curso contra o presidente. “Eles montam um discurso de que o debate estava sendo organizado para prejudicar Bolsonaro e que, por isso, ele não deveria ir”, explica Olívia. Algumas páginas chegaram a divulgar ameaças terroristas contra o presidente, caso ele fosse aos encontros. As denúncias nunca foram comprovadas.


Bem contra o mal

O estudo aponta que as páginas de apoio ao presidente Jair Bolsonaro foram responsáveis por criar, ainda, um ambiente que simulava uma luta do bem contra o mal, nas eleições de 2018. “O bem era representado por Bolsonaro, um messias enviado por Deus, para tirar o país das mãos de uma esquerda fascista, violenta e corrupta”, analisa Olívia.

A religião e a crença em Deus se tornam bandeiras relevantes nesse ambiente marcado pelo dogma espiritual. “O aspecto religioso é mencionado com muita frequência para justificar o voto em Jair Bolsonaro”, finaliza.


Bolsonaro X Trump

Em um desdobramento anterior da mesma pesquisa, o grupo de estudos identificou semelhanças nas estratégias eleitorais para as redes sociais usadas, tanto por Jair Bolsonaro como por Donald Trump, que, juntos, somam, 7 bilhões de visualizações totais em suas atividades no Facebook. Essa fase da pesquisa foi realizada com base na análise quantitativa de dados estatísticos disponibilizados pelo Facebook à Universidade Positivo.

O doutor em Filosofia e coordenador de Relações Internacionais da UP, Henrique Braunstein Raskin, aponta uma convergência de uso da rede pelos dois políticos durante os períodos eleitorais: a utilização do Facebook como ferramenta de engajamento dos apoiadores. “Com o Trump, observamos um pico de postagens em 2016 e em 2020, períodos das eleições norte-americanas. No caso de Bolsonaro, constatamos que, em 2018, as publicações também aumentam muito, ultrapassando, inclusive, o número de Trump, e mostrando uma estratégia comum de movimentação da rede em períodos politicamente decisivos”, analisa Raskin. 

Há outras semelhanças entre eles. Tanto Trump quanto Bolsonaro apresentam aumento na presença no Facebook a partir de 2015 (anterior à campanha eleitoral de Trump e à crise política no Brasil – que culminou em impeachment da então presidente Dilma Rousseff); ambos provocam aumento de interações (absolutas e relativas aos números de seguidores) em suas páginas nos respectivos períodos eleitorais; e os dois líderes políticos tiveram um aumento considerável na utilização de “vídeos nativos”, aqueles que rodam automaticamente no feed dos usuários da rede e que se mostraram ferramenta preponderante, nos últimos anos, em suas atuações no Facebook.

O relatório aponta a preponderância de visualização dos vídeos de Bolsonaro na segunda metade de 2018 (período eleitoral no Brasil) e, também, sobretudo, entre abril e outubro de 2020. De acordo com Raskin, as interações dos apoiadores também aumentam durante os períodos que antecedem as eleições. “Esse fator ajuda na propagação do conteúdo dos candidatos na rede, considerando a lógica algorítmica da rede social. Ainda que obtendo números absolutos de audiência dos seus vídeos diferentes, Trump e Bolsonaro parecem ter um mesmo movimento de visualizações, que aumenta e que diminui de maneira bastante correlacionada”, comenta. 

Segundo Raskin, há fator de preponderância em Bolsonaro quando comparado ao ex-presidente dos EUA. “Ainda que Trump tenha comumente números absolutos superiores aos de Bolsonaro, dada a sua projeção global, vê-se que as interações geradas pelos vídeos têm números maiores entre os espectadores de Bolsonaro do que entre os de Trump. Isso permite inferir que o engajamento do “bolsonarismo” no Facebook seria mais intenso que o do “trumpismo” na rede social”, finaliza.


A pesquisa

A pesquisa realizada pelo Mestrado em Direito em conjunto com o Centro de Pesquisa Jurídica e Social da Universidade Positivo utiliza o CrowdTangle, aplicativo de navegação do Facebook disponibilizado aos pesquisadores para a análise dos dados. O estudo tem como objetivo entender a influência das notícias falsas no processo eleitoral brasileiro. Desde então, outros três relatórios quantitativos foram divulgados pelos pesquisadores, sempre com a temática eleições e fake news. A pesquisa segue em curso, no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Positivo, com o objetivo de analisar a interferência da rede na democracia e no processo eleitoral.

Importante ressaltar que as páginas analisadas são públicas e integram um universo de diferentes plataformas – geridas pela mesma pessoa ou grupo – que foram consideradas produtoras e difusoras de fake news na Informação Técnica, de 23 de abril de 2020, da Consultoria Legislativa da Câmara de Deputados.

 


Universidade Positivo


Os Unicórnios sobreviverão?


Aileen Lee, fundadora do CowboyVC cunhou de "Unicórnios" empresas "mágicas e raras", startups (usualmente sem longo histórico de resultados comprovados), com avaliações de mais de US$ 1,0 bilhão. De acordo com a CB Insights, existem hoje 764 Unicórnios no mundo, entre elas Decacórnios (avaliadas em mais de US$10 bilhões) e Hectocórnios (avaliadas em mais de US$100 bilhões), a maioria em setores de tecnologia (fintechs, softwares, IA e e-commerce).

A onda chegou por aqui em 2018, com a 99 tornando-se o primeiro Unicórnio brasileiro, seguido por mais 15 empresas:  Movile, PagSeguro, Nubank, Stone, Ifood, Loggi, Gympass, Quinto Andar, Ebanx, Wildlife, Loft, VTEX, Creditas, Hotmart e MadeiraMadeira. Recentemente o Nubank captou US$ 750 milhões, seu valor de mercado passou para US$30 bilhões, valendo quase metade do valor do Itaú (apesar de possuir carteira de credito equivalente a 1,5% da carteira do Itaú). Essa rodada teve como principal investidora a Berkshire Hathaway (US$ 500 milhões).

Com o aumento significativo na oferta de capital e fundos brigando por bons investimentos, em vez de startups competirem para atrair capital, os fundos passaram a competir para financiar startups, suportando fluxos de caixa negativos e oferecendo avaliações cada vez mais elevadas. Eu me pergunto se os cotistas destes fundos que alocam recursos nessas startups estão totalmente cientes dos riscos que seus gestores correm.

Será que análises fundamentalistas que comprovam a sustentabilidade das empresas, com premissas razoáveis e realistas, estão sendo consideradas antes da aquisição de participações (na maioria das vezes posições minoritárias, por centenas de milhões de dólares)? Alguns argumentam que tais avaliações são insustentáveis, são bolhas, com preços dos ativos baseados em visões implausíveis ou inconsistentes.

O frenesi dos investidores em relação a essas empresas está bem mais relacionado ao medo de ficar para trás (perder o bonde) do que em relação aos fundamentos em si. É como o bolão pra Megasena, você entra para, caso seus amigos ganhem, você ganhar junto e não ficar de fora. Só que neste caso, o bilhete custa bem mais caro. Bill Gurley (Forbes Midas List) disse que "investidores desesperadamente temerosos de perder a aquisição de posições acionárias em possíveis empresas 'Unicórnio', basicamente abandonaram sua análise de risco tradicional."

As avaliações dessas empresas podem até se provar realistas no longo prazo, e não estou discutindo a qualidade das ideias, tecnologias disruptivas, capacidade dos gestores ou modelos de negócios. O que me pergunto é se isso é aposta ou investimento racional.

Se você investe num negócio esperando obter retorno apenas se outro investidor comprar sua participação, em rodadas subsequentes, com avaliações maiores, sem que o negócio em si te proporcione resultados dentro de um prazo razoável (fluxo de caixa livre para o acionista), na minha visão essa tese é especulativa e não baseada em criação de valor.

Unicórnios têm valores implícitos, baseados em rodadas de captações privadas, com diferentes classes de ações (as vezes cinco ou mais). Muitos investidores não percebem que algumas ações possuem garantias extras, como preferência em caso de liquidação, e isso muda totalmente a relação de risco e retorno. O fluxo de transações nesses Unicórnios é quase sempre o mesmo. Venda de participação dos fundadores para fundos de venture capital, em seguida para fundos de private equity (PEs) que, à medida que precisam dar liquidez aos seus investidores, buscam listar as empresas em bolsa.

Ocorre que muitos Unicórnios têm perdido valor ao tornarem-se empresas listadas, uma vez que suas avaliações passam a ser comparáveis a outras empresas do setor, por vezes passando a valerem menos do que as últimas rodadas privadas de captação, prejudicando a performance de fundos que apostaram nessas supervalorizações em detrimento à geração de caixa. Cada vez menos os mercados públicos estão “comprando” altas avaliações do mercado privado, fazendo com que os Unicórnios permaneçam privados por mais tempo, não por escolha, mas para evitar a realização do prejuízo pelos fundos.

Cito o emblemático caso do WeWork que em setembro de 2019 cancelou seu pedido já protocolado de IPO, pois o mercado não comprou a avaliação de US$ 50 bilhões, mesmo com o Softbank tendo entrado nesse patamar, uma vez que o modelo de negócios não parece ser sustentável, e queima US$ 700 milhões de caixa por trimestre. Faço um paralelo com algumas empresas que, mesmo possuindo estoques sucateados, não os vendem, mantendo um balanço patrimonial mais bonito, sem reconhecer as perdas.

As características comuns dessas startups são novos modelos de negócios ainda não comprovados (veja o caso da Yellow- Grin, com bicicletas e patinetes, que caiu no gosto dos brasileiros e meses depois simplesmente desapareceu do mercado, pedindo recuperação judicial e com ativos indo a leilão), receitas ainda incipientes, aquisição subsidiada de clientes, elevados investimentos em marketing e divulgação e geração negativa de caixa, suportada por rodadas e rodadas de aportes.

Apresento uma curta análise sobre alguns Unicórnios que morreram: Evernote (app de anotações cujo produto tornou-se obsoleto), Zynga (criadora da FarmVille, IPO valendo US$ 7,0 bilhões em 2011, liquidou os ativos em 2019 por US$ 600  milhões), Powa Technologies (e-commerce, US$3,5 bilhões captados em 2013 e pedido de falência em 2016, causado por má gestão financeira), Quibi (levantou US$ 1,0 bilhão em 2018, lançou seu streaming em 2020 e fechou meses depois por perda massiva de assinantes), Theranos (avaliada em US$ 10 bilhões em 2015, e executivos processados por fraude pela SEC em 2018, por enganarem os investidores com tecnologias não existentes).

Até onde se justificam as avaliações? Qual custo de reposição da tecnologia ou de construção do modelo de negócios por um concorrente, quando e se esse negócio se tornar viável?

Faz sentido subsidiar a criação de um modelo novo, investindo um caminhão de dinheiro para educar os consumidores sobre como utilizar uma nova tecnologia, e, quando finalmente o negócio estiver comprovado, custar 1/10 desse valor para montar outra empresa do zero (uma vez que o capital de giro para suportar anos sem geração de caixa não precisaria ser empregado)?

Por que o investidor então pagaria um “ágio” elevado para uma empresa que pode ser replicada? Existe a vantagem de ser o primeiro, sem dúvidas, mas, certamente surgirão o segundo, terceiro, quarto, o capital empregado provavelmente não será recuperado, e alguém vai pagar essa conta.

Quando falamos nos Unicórnios de hoje, olhamos as empresas que, até o momento, pelo menos do ponto de vista de avaliação (e não de performance), deram certo. Como serão tratadas essas empresas quando começarem a perder performance? Como se reestrutura uma startup? Simplesmente aciona-se o stop-loss e provisiona-se a perda, apostando que os 5% do portfólio (que poderão dar certo) vão compensar?

O que a maioria dos Unicórnios ainda precisa demonstrar é a capacidade de converter clientes em receitas, com margens positivas, gerando lucros operacionais que superem os fluxos de investimentos necessários para manter a inovação, a captação de clientes e o interesse do público. Ainda, que essa geração de caixa seja tal que amortize todo o investimento já realizado e proporcione um payback adequado ao risco tomado pelos investidores.

Existem hoje 13 mil startups e 16 Unicórnios no Brasil. Estou ansioso para ver como serão os próximos capítulos dessas empresas, quantos novos Unicórnios surgirão e quantos dos atuais terão sucesso nos próximos anos. Espero que todos! Para o bem dos acionistas, dos investidores, dos gestores de fundos e da sociedade em geral, pois a maioria dessas startups proporciona melhor experiência ao cliente final e inclusão social.

 

 

Estevão Seccatto Rocha - professor de Turnaround na FIA Business School. Engenheiro naval (Poli/USP), extensão em economia (Harvard), finanças e marketing (FEA/USP), tecnologia (Singularty University), mestrando (University of Liverpool). Foi head global de M&A da Atento (NYSE), reestruturador de empresas pela KPMG e IVIX , diretor da G4S (LSE) e associado no private equity Artesia. Assessorou mais de uma centena de empresas.


4 em cada 5 consumidores aumentaram o uso de alavancas promocionais ao comprar online em 2021

Estudo da SBVC mostra que Descontos/Promoções (66%) nas lojas físicas e Frete Grátis (89%) no varejo online são os recursos mais buscados pelos clientes

 

Alavancas promocionais que proporcionam fidelização do consumidor vêm tendo uma grande expansão no pós-Covid. De acordo com a edição 2021 do estudo “Alavancas Promocionais – na visão das empresas e dos consumidores”, desenvolvido pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), com patrocínio da Dotz, uma empresa de tecnologia com amplo conhecimento do consumidor e parceria com a Toluna, fornecedora líder de insights do consumidor sob demanda, a adoção de alavancas promocionais foi acelerada pela pandemia: 80% dos consumidores afirmam ter aumentado o uso de alavancas promocionais em suas compras online e em lojas físicas. 

Descontos/Promoções (66%), Cashback (59%) e Programa de Pontos (45%) são as principais iniciativas promocionais utilizadas pelo consumidor nas lojas físicas. Na comparação com a edição 2020 do estudo, o Cashback ganhou 11 pontos percentuais de participação e se tornou a segunda alavanca mais utilizada pelos clientes. “Descontos/Promoções, Cashback e Programas de Pontos se tornaram as alavancas mais procuradas pelos clientes em um momento de aumento da insegurança e do nível de desemprego. Os consumidores passaram a valorizar mais recursos que trouxessem benefícios diretos, seja gastando menos, seja tendo de volta uma parte do valor da compra, ou mesmo usando seu saldo de pontos para suprir parte de seu orçamento”, analisa Eduardo Terra, presidente da SBVC.

Descontos/Promoções é alavanca promocional mais utilizada pelos consumidores, 80% a utilizam e 100% das empresas varejistas entrevistadas oferecem esta alavanca para seus clientes. “A Covid-19 acelerou a transformação digital do varejo e a adoção de novos hábitos pelos consumidores. É cada vez mais importante que as empresas entendam os seus consumidores e conectem as alavancas promocionais oferecidas a seus novos hábitos”, afirma Terra. 

O estudo, que fez uma radiografia das principais alavancas promocionais utilizadas por consumidores e varejistas, mostra que o uso dessas ferramentas gera fidelização dos clientes. Nas lojas físicas, 67% das empresas aumentaram sua base de consumidores fiéis em mais de 5% com Programas de Pontos da loja. Já no digital, 67% das empresas tiveram alta de mais de 10% em sua base de consumidores fiéis com o uso de Cashback.

O estudo também mostra que os Descontos/Promoções são as alavancas de maior impacto no faturamento bruto das empresas: eles tiveram um impacto bruto de 6% sobre o faturamento do varejo, mas, com uma recomposição de 41% feita pela indústria, tiveram um impacto líquido de 3,54%. Os Programas de Pontos da loja, por sua vez, tiveram um impacto líquido de 1,74% sobre o faturamento e o Cashback, de 0,66%. “O varejo pode usar as alavancas de forma estratégica, tanto para estimular a recorrência dos consumidores quanto para encontrar formas de investimento promocional que tragam um uso mais eficiente da verba de marketing”, acrescenta o presidente da SBVC.

 

Metodologia

O estudo ouviu empresas de 5 segmentos do varejo nacional (Drogarias e Perfumarias, Foodservice, Livrarias e Papelarias, Super/Hiper/Atacarejo e Conveniência, e Outros), em uma amostra composta na maioria por grandes varejistas, com faturamento acima de R$ 1 bilhão anual. Também foram entrevistados 1078 consumidores em todo o País, dos quais 90% compram online e 10% realizaram suas primeiras compras durante o período de isolamento social.

 

A íntegra do estudo está disponível no site da SBVC: 

https://sbvc.com.br/estudo-2a-edicao-alavancas-promocionais-no-varejo-brasileiro-2021-sbvc/

 

 

 Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo – SBVC

 www.sbvc.com.br

 

Dotz Inc.

https://www.dotz.com.br/

 

Toluna

www.tolunacorporate.com


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