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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

  • Levantamento do Itaú Social e Instituto Unibanco, realizado pelo Datafolha, mostra que população é propensa à atividade voluntária. 9 em cada 10 pessoas reconhecem sua importância
  • 71% dos entrevistados têm interesse pelo voluntariado e 35% afirmam que não têm oportunidade para fazê-lo
  • Maioria dos professores (77%) também considera importante o voluntariado na educação e acredita que o envolvimento da comunidade pode melhorar o aprendizado dos estudantes, além de contribuir com sua socialização e seu futuro
  • Brasileiros afirmam que passaram a doar mais alimentos para ajudar o próximo durante a pandemia
  • Pesquisa ouviu 1.871 pessoas, a partir dos 14 anos, de todas as regiões do país, no mês de outubro

 

No Brasil, 9 a cada 10 pessoas reconhecem a importância do voluntariado e 48% da população faz ou já fez alguma atividade voluntária. A vontade de ajudar o próximo aumentou ainda mais durante a pandemia, quando 47% disseram que passaram a doar mais alimentos. Além disso, 82% dos brasileiros consideram muito importante o voluntariado na educação – assim como os professores, que acreditam que o envolvimento da comunidade pode melhorar o aprendizado dos estudantes, além de contribuir com a socialização e o futuro das crianças e adolescentes.  

 

Os dados são da pesquisa inédita do Itaú Social e Instituto Unibanco, realizada pelo Datafolha, divulgada em comemoração ao Dia Internacional do Voluntário (5/12). Foram ouvidas 1.871 pessoas, a partir dos 14 anos, com o objetivo de analisar a perspectiva do brasileiro em relação ao voluntariado, especialmente na área da educação. Os resultados indicam que os brasileiros estão preocupados com o próximo e dispostos a ajudar. 




 

O levantamento mostra que 71% dos brasileiros têm interesse no voluntariado. Entre as principais causas que gostariam de atuar são de assistência (doação de alimentos, vestuários), projetos de educação, preservação de meio ambiente, saúde, proteção de animais e acolhimento de pessoas em situação de rua. Da parcela que nunca fez uma ação voluntária, 35% citam a falta de oportunidade e 32% a falta de tempo. 

 




Entre a parcela que faz ou fez ações de voluntariado, a ampla maioria sente alegria em ajudar os que precisam (99%), gostam de ajudar o outro sem esperar nada em troca (98%), está sempre disposta a ajudar os que mais precisam (94%) e se identificam com o sentimento do outro (88%).

 

“Os dados apontam que o brasileiro é solidário, porém, analisamos que a maioria não sabe como começar uma ação voluntária. Temos uma grande oportunidade de melhorar os índices de voluntariado no Brasil e as empresas e organizações da sociedade civil podem trabalhar em conjunto para engajar a população e atingirmos melhores resultados enquanto sociedade”, explica a superintendente do Itaú Social, Angela Dannemann. 

 

O levantamento mostra que 71% dos brasileiros têm interesse no voluntariado. Entre as principais causas que gostariam de atuar são de assistência (doação de alimentos, vestuários), projetos de educação, preservação de meio ambiente, saúde, proteção de animais e acolhimento de pessoas em situação de rua. Da parcela que nunca fez uma ação voluntária, 35% citam a falta de oportunidade e 32% a falta de tempo. 

 

 

 

Entre a parcela que faz ou fez ações de voluntariado, a ampla maioria sente alegria em ajudar os que precisam (99%), gostam de ajudar o outro sem esperar nada em troca (98%), está sempre disposta a ajudar os que mais precisam (94%) e se identificam com o sentimento do outro (88%).

 

“Os dados apontam que o brasileiro é solidário, porém, analisamos que a maioria não sabe como começar uma ação voluntária. Temos uma grande oportunidade de melhorar os índices de voluntariado no Brasil e as empresas e organizações da sociedade civil podem trabalhar em conjunto para engajar a população e atingirmos melhores resultados enquanto sociedade”, explica a superintendente do Itaú Social, Angela Dannemann. 

 



Apesar dos brasileiros considerarem importante o voluntariado na educação, a minoria (18%) se considera informada sobre a possibilidade de atuar nessa área. A pesquisa questionou, numa escala de 1 a 5, qual o grau de interesse por atividade voluntária na área da educação. Alfabetização de adultos teve maior preferência (4,6). Seguem no mesmo patamar (4,5) oficinas de leitura para crianças; reformas nas escolas; doação de materiais escolares e livros; ações de reforço escolar; formação ou treinamento para professores; e arrecadação de doações. 

 

Em um recorte específico da pesquisa realizado junto com 422 professores de escolas públicas, 81% afirmaram que o voluntariado pode contribuir muito com o desenvolvimento de crianças e adolescentes e 97% acreditam no potencial das atividades extracurriculares. Para este público, 30% afirmam que ações voluntárias podem melhorar o aprendizado, 23% disseram que auxiliam os docentes e 21% acreditam que melhoram a socialização dos estudantes. 

 

Voluntariado corporativo

Os dados da pesquisa revelam que, quando uma empresa oferece programas de voluntariado, há mais chances do colaborador se engajar numa causa. Entre as pessoas que já trabalharam ou trabalham em um lugar que promove ações de voluntariado, 61% afirmaram que participaram da ação. Porém, apenas 17% dos entrevistados disseram ter trabalhado em organizações que desenvolveram ou desenvolvem projetos de voluntariado. 

 


Independentemente do desenvolvimento de programas de voluntariado corporativo, 64% dos entrevistados disseram que fariam qualquer tipo de ação voluntária, mas 14% preferem atuar com temas relacionados à sua formação profissional - esse número sobe para 26% entre os mais escolarizados.

 

Outro desafio para ampliar o voluntariado no Brasil é que as pessoas não sabem quais  organizações da sociedade civil procurar para se voluntariarem. 51% dos brasileiros dizem conhecer alguma instituição que atua com causas sociais, mas a maioria não sabe citar o nome de nenhuma delas - a instituição genérica mais apontada é a igreja. Apenas 18% dizem conhecer plataformas digitais de apoio ao voluntariado, mas a maioria também não sabe citar o nome de nenhuma. 

 

Qualificação

A pesquisa apontou que 28% dos entrevistados concordam que é preciso ter uma formação específica para ser voluntário. O índice sobe para 46% entre as pessoas menos escolarizadas. A coordenadora de Engajamento Social e Leitura do Itaú Social, Dianne Melo, avalia que é preciso, cada vez mais, qualificar a atuação voluntária. “Não é só ter vontade, chegar na organização e fazer algo da minha cabeça. Uma ação voluntária implica em um mapeamento das necessidades, planejamento e construção de parceria. Por isso, é tão importante que pessoas interessadas em uma rotina de voluntariado busquem se capacitar”, explica. 

 

Para quem não tem ideia de como se voluntariar, estão disponíveis dois cursos gratuitos sobre como realizar ações de forma simples. O “Voluntariado e Sociedade: conhecer para transformar”, de quatro horas, apresenta oportunidades e formas de atuação em geral, e “Voluntariado na Educação”, orienta de que forma contribuir com o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. Ambos estão no ambiente de formação Polo, mantido pelo Itaú Social

 

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