- Levantamento do Itaú Social e Instituto
Unibanco, realizado pelo Datafolha, mostra que população é propensa à
atividade voluntária. 9 em cada 10 pessoas reconhecem sua importância
- 71% dos entrevistados têm interesse pelo voluntariado e 35% afirmam que não têm oportunidade para fazê-lo
- Maioria dos professores (77%) também considera importante o voluntariado na educação e acredita que o envolvimento da comunidade pode melhorar o aprendizado dos estudantes, além de contribuir com sua socialização e seu futuro
- Brasileiros afirmam que passaram a doar mais
alimentos para ajudar o próximo durante a pandemia
- Pesquisa ouviu 1.871 pessoas, a partir dos 14
anos, de todas as regiões do país, no mês de outubro
No
Brasil, 9 a cada 10 pessoas reconhecem a importância do voluntariado e 48% da
população faz ou já fez alguma atividade voluntária. A vontade de ajudar o
próximo aumentou ainda mais durante a pandemia, quando 47% disseram que
passaram a doar mais alimentos. Além disso, 82% dos brasileiros consideram
muito importante o voluntariado na educação – assim como os professores, que
acreditam que o envolvimento da comunidade pode melhorar o aprendizado dos
estudantes, além de contribuir com a socialização e o futuro das crianças e
adolescentes.
Os
dados são da pesquisa inédita do Itaú Social e Instituto Unibanco, realizada
pelo Datafolha, divulgada em comemoração ao Dia Internacional do Voluntário
(5/12). Foram ouvidas 1.871 pessoas, a partir dos 14 anos, com o objetivo de
analisar a perspectiva do brasileiro em relação ao voluntariado, especialmente
na área da educação. Os resultados indicam que os brasileiros estão preocupados
com o próximo e dispostos a ajudar.
O
levantamento mostra que 71% dos brasileiros têm interesse no voluntariado.
Entre as principais causas que gostariam de atuar são de assistência (doação de
alimentos, vestuários), projetos de educação, preservação de meio ambiente,
saúde, proteção de animais e acolhimento de pessoas em situação de rua. Da
parcela que nunca fez uma ação voluntária, 35% citam a falta de oportunidade e
32% a falta de tempo.
Entre
a parcela que faz ou fez ações de voluntariado, a ampla maioria sente alegria
em ajudar os que precisam (99%), gostam de ajudar o outro sem esperar nada em
troca (98%), está sempre disposta a ajudar os que mais precisam (94%) e se
identificam com o sentimento do outro (88%).
“Os
dados apontam que o brasileiro é solidário, porém, analisamos que a maioria não
sabe como começar uma ação voluntária. Temos uma grande oportunidade de
melhorar os índices de voluntariado no Brasil e as empresas e organizações da
sociedade civil podem trabalhar em conjunto para engajar a população e
atingirmos melhores resultados enquanto sociedade”, explica a superintendente
do Itaú Social, Angela Dannemann.
O
levantamento mostra que 71% dos brasileiros têm interesse no voluntariado.
Entre as principais causas que gostariam de atuar são de assistência (doação de
alimentos, vestuários), projetos de educação, preservação de meio ambiente,
saúde, proteção de animais e acolhimento de pessoas em situação de rua. Da
parcela que nunca fez uma ação voluntária, 35% citam a falta de oportunidade e
32% a falta de tempo.
Entre
a parcela que faz ou fez ações de voluntariado, a ampla maioria sente alegria
em ajudar os que precisam (99%), gostam de ajudar o outro sem esperar nada em
troca (98%), está sempre disposta a ajudar os que mais precisam (94%) e se
identificam com o sentimento do outro (88%).
“Os
dados apontam que o brasileiro é solidário, porém, analisamos que a maioria não
sabe como começar uma ação voluntária. Temos uma grande oportunidade de
melhorar os índices de voluntariado no Brasil e as empresas e organizações da
sociedade civil podem trabalhar em conjunto para engajar a população e
atingirmos melhores resultados enquanto sociedade”, explica a superintendente
do Itaú Social, Angela Dannemann.
Apesar dos brasileiros considerarem importante o voluntariado na educação, a minoria (18%) se considera informada sobre a possibilidade de atuar nessa área. A pesquisa questionou, numa escala de 1 a 5, qual o grau de interesse por atividade voluntária na área da educação. Alfabetização de adultos teve maior preferência (4,6). Seguem no mesmo patamar (4,5) oficinas de leitura para crianças; reformas nas escolas; doação de materiais escolares e livros; ações de reforço escolar; formação ou treinamento para professores; e arrecadação de doações.
Em
um recorte específico da pesquisa realizado junto com 422 professores de
escolas públicas, 81% afirmaram que o voluntariado pode contribuir muito com o
desenvolvimento de crianças e adolescentes e 97% acreditam no potencial das
atividades extracurriculares. Para este público, 30% afirmam que ações
voluntárias podem melhorar o aprendizado, 23% disseram que auxiliam os docentes
e 21% acreditam que melhoram a socialização dos estudantes.
Voluntariado
corporativo
Os
dados da pesquisa revelam que, quando uma empresa oferece programas de
voluntariado, há mais chances do colaborador se engajar numa causa. Entre as pessoas
que já trabalharam ou trabalham em um lugar que promove ações de voluntariado,
61% afirmaram que participaram da ação. Porém, apenas 17% dos entrevistados
disseram ter trabalhado em organizações que desenvolveram ou desenvolvem
projetos de voluntariado.
Independentemente
do desenvolvimento de programas de voluntariado corporativo, 64% dos
entrevistados disseram que fariam qualquer tipo de ação voluntária, mas 14%
preferem atuar com temas relacionados à sua formação profissional - esse número
sobe para 26% entre os mais escolarizados.
Outro
desafio para ampliar o voluntariado no Brasil é que as pessoas não sabem quais
organizações da sociedade civil procurar para se voluntariarem. 51% dos
brasileiros dizem conhecer alguma instituição que atua com causas sociais, mas
a maioria não sabe citar o nome de nenhuma delas - a instituição genérica mais
apontada é a igreja. Apenas 18% dizem conhecer plataformas digitais de apoio ao
voluntariado, mas a maioria também não sabe citar o nome de nenhuma.
Qualificação
A
pesquisa apontou que 28% dos entrevistados concordam que é preciso ter uma
formação específica para ser voluntário. O índice sobe para 46% entre as
pessoas menos escolarizadas. A coordenadora de Engajamento Social e Leitura do
Itaú Social, Dianne Melo, avalia que é preciso, cada vez mais, qualificar a
atuação voluntária. “Não é só ter vontade, chegar na organização e fazer algo
da minha cabeça. Uma ação voluntária implica em um mapeamento das necessidades,
planejamento e construção de parceria. Por isso, é tão importante que pessoas
interessadas em uma rotina de voluntariado busquem se capacitar”,
explica.
Para
quem não tem ideia de como se voluntariar, estão disponíveis dois cursos
gratuitos sobre como realizar ações de forma simples. O “Voluntariado e Sociedade: conhecer
para transformar”, de quatro horas, apresenta oportunidades e formas
de atuação em geral, e “Voluntariado na Educação”,
orienta de que forma contribuir com o desenvolvimento integral de crianças e
adolescentes. Ambos estão no ambiente de formação Polo, mantido pelo Itaú
Social
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