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sexta-feira, 21 de maio de 2021

IR 2021: saiba como declarar bitcoins e outros criptoativos

A Receita Federal criou códigos específicos para quem deseja declarar criptoativos com facilidade

 

A movimentação de criptoativos tem causado grande impacto no setor econômico, com cada vez mais investidores brasileiros entrando no ramo. Tanto que Receita Federal adaptou seus modos de registro, com códigos específicos para declarar Bitcoins e outras criptomoedas, considerando-as como bens. Apesar de facilitar a vida de quem quer declarar criptoativos, a definição recente tem gerado algumas dúvidas na hora de fazer o Imposto de Renda – cuja data final para declaração é 31 de maio. 

Os brasileiros que compraram bitcoins em 2020 ou qualquer outro criptoativo precisam informar na declaração do imposto de renda. Para facilitar o processo, a Receita Federal criou códigos específicos na ficha de "Bens e Direitos": 81, para bitcoins; 82 para outros criptoativos, entre eles ethereum (ETH), ripple (XRP), bitcoin cash (BCH), tether (USDT) e litecoin (LTC); e 89 para tokens que não sejam considerados criptomoedas. “Quanto maior o número de informações, melhor será para declarar”, comenta Tassio Gil, Diretor Executivo da InterAg, empresa focada em soluções tecnológicas no mercado de criptoativos.

Na hora de declarar, é necessário informar o tipo de criptoativo, quem vendeu o ativo, a quantidade deste, a data da compra, o valor unitário expresso em reais e o valor expresso total, também em reais. “Para a declaração, foram divididos os Bitcoins de outros tipos de transações virtuais. O Bitcoin tem código 81, enquanto outras criptomoedas (as chamadas Altcoins) são selecionadas pelo código 82. A Receita separa ainda as demais que não são criptoativos (payment tokens), mas que são classificados como security tokens ou utility tokens”, detalha Gil.

 

Movimentação Mensal 

Segundo Tassio, um grande diferencial dos criptoativos no Imposto de Renda é a Declaração de Movimentação Mensal. Ela deve ser feita por pessoas físicas e por exchanges de criptoativos domiciliados ou residentes no Brasil, até o último dia do mês subsequente da apuração de valores. “Para pessoa física, a obrigatoriedade se dá quando o valor mensal das operações, isolado ou conjuntamente, ultrapassar R$ 30 mil”, explica o especialista. Há uma diferenciação nas transferências nacionais e as internacionais. “Uma movimentação feita em exchange nacional, por exemplo, é declarada pela exchange. Porém, no caso de empresa internacional, é preciso incluir no seu Imposto de Renda. Existem diversos casos nos quais as movimentações precisam ser declaradas por pessoas físicas e jurídicas, como compra e venda, doação e transferência de criptoativo para Exchange”, complementa. 

O Ganho de Capital é outro ponto importante a ser notado pelos investidores. É preciso conferir se uma operação que gerou lucro está incluída na taxa de isenção ou não. Uma tabela representa as porcentagens da alíquota para os valores a serem pagos conforme cada ganho apurado no mês. Movimentações inferiores a R$ 35 mil estão isentos da apuração de Ganho de Capital, mas precisam ser registrados: no aplicativo da Receita há o campo “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis” pare esta ação. “Dessa forma, a informação é inserida, mas o usuário não paga a Documentação de Arrecadação de Receitas Federais (DARF). Valores superiores a R$ 35 mil precisam gerar DARF e pagar a taxa”, completa o Diretor Executivo da InterAg.

 

Materiais de apoio 

Recentemente, a InterAg lançou dois materiais para tornar este processo mais descomplicado. No YouTube, está disponível uma gravação de uma live feita para explicar as normativas que valem para o Imposto de Renda deste ano. São explicados os casos em que é preciso ou não declarar a compra e aluguel de criptoativo, quais informações são necessárias para a declaração e quais rendimentos são isentos, entre outras informações. O segundo material é um e-book, que retoma e complementa dados do vídeo. São notas relevantes em relação ao programa da Receita Federal, que pode ser baixado no site oficial para fazer a declaração, e lembretes relevantes sobre os procedimentos. 

O e-book completo sobre a Declaração do Imposto de Renda 2021, bem como outras informações sobre o IR e criptoativos, pode ser encontrado no link: https://linktr.ee/Interag.group. No YouTube, o vídeo pode ser assistido em: https://www.youtube.com/watch?v=-dQwPaYubXg. Mais informações no site www.interag.com.br ou no perfil oficial da InterAg no Instagram (@interag.group).

 

Minsait: 89% das companhias de energia têm definida uma estratégia de segurança cibernética, mas somente metade protege seus processos-chave

O relatório sobre Maturidade Digital em Segurança Cibernética da companhia mostra que 56% das empresas têm margem para melhora na implantação de tecnologias de proteção do dado


Em um entorno marcado pela evolução a um novo modelo energético que está acelerando a adoção de tecnologias da informação, as empresas do setor têm uma visão clara do caminho a ser percorrido no âmbito da segurança cibernética. 89% das companhias de energia dispõem de planos estratégicos detalhados por iniciativas, métricas e indicadores e avançam para um modelo de Organização Protegida Digitalmente.

Além disso, a alta direção está fortemente envolvida na estratégia. A imensa maioria das empresas desenvolve programas de conscientização e formação precisos para seus profissionais, e 67% contam com orçamento suficiente para executar o programa de transformação necessário. 

Por outro lado, somente 44% têm seus processos-chave e sua dependência tecnológica identificados e protegidos totalmente. As demais companhias conhecem seus pontos de melhora e estão avançando para proteger todos os seus processos críticos.

Estes são alguns dados sobre o setor energético que revela o relatório sobre Maturidade Digital 2020-2021, focado em Segurança Cibernética e elaborado pela Minsait e SIA, companhias da Indra. O estudo foi desenvolvido a partir de entrevistas pessoais com responsáveis por uma centena de grandes empresas de diversos setores, bem como com alguns dos maiores especialistas em segurança cibernética.

Apesar do elevado grau de maturidade que apresentam as empresas do setor em termos gerais, ainda é necessário reforçar as medidas em âmbitos relevantes, como a proteção do dado e a gestão de ativos de hardware e software. De fato, 56% das companhias reconhecem ter margem de melhora na implantação de tecnologias de criptografia, classificação e etiquetagem da informação, e 44% gerencia seus estoques ainda por meio de processos manuais.

Esta necessidade torna-se ainda maior quando somente 22% implementaram alguma medida para gerenciar de forma centralizada a identidade digital de seus funcionários, usuários com privilégios especiais nos sistemas de informação, ou de seus clientes, embora se saiba que a maioria conta com alguma ferramenta e segue avançando na gestão centralizada da identidade. 

A crescente complexidade na operação dos ativos e o ecossistema de fornecedoras, bem como a maior demanda de canais digitais, geraram um aumento dos ataques e a tendência a estabelecer alianças estáveis em longo e médio prazo com sócios especializados que ofereçam uma visão integram perante os desafios estabelecidos em um setor hiper especializado e em contínua mudança.

Graças a estes acordos, 78% das organizações do setor baseia-se em um Centro de Operações de Segurança Cibernética, imprescindível para detectar os ataques e poder reagir a incidentes. Estas alianças terão um papel fundamental no avanço para a convergência segura dos entornos de Tecnologias da Informação e Tecnologias de Operação (TI/TO), que 75% das energéticas já estão materializando, por meio de avaliações de segurança para identificar riscos em cada entorno.

O Relatório de Maturidade Digital em Segurança Cibernética afirma que as empresas têm consciência do desafio que enfrentam e realizaram um notável esforço no último ano. No entanto, o dinamismo das ameaças cibernéticas e a dificuldade de uma gestão integral em todos os processos de produção das companhias de energia (o que requer uma abordagem multidisciplinar) são dois dos grandes obstáculos que atrasam o seu progresso.  Do sucesso que obtiverem depende a proteção que precisam para crescer e fazer negócios na rede nos próximos anos.

Nas mais de 400 páginas do relatório, os especialistas em segurança cibernética da SIA estudam as melhores práticas e medidas a serem tomadas para proteger uma empresa e adiantam uma guia que passa por identificar os riscos, aplicar ações para proteger ativos críticos, determinar uma estratégia para detectar ataques, contar com especialistas para poder reagir de forma eficaz perante incidentes e assegurar as capacidades para se recuperar.

 


Minsait

www.minsait.com


Pai que mora com filha em imóvel comum não deve aluguel à ex-mulher

Esse foi o entendimento da Quarta Turma do STJ, que rejeitou recurso da ex-esposa que queria receber aluguel do ex-marido, que reside com a filha comum em imóvel adquirido por ambos enquanto estiveram casados. O imóvel em questão, na sentença do divórcio, foi dividido em 40% para a esposa e 60% para o marido. 

Em primeira instância, o pedido foi julgado procedente, no entanto, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios- TJDFT reformou a sentença ao entender que o pai provê integralmente o sustento, portanto, não existe enriquecimento ilícito ou recebimento de frutos de imóvel comum, por se tratar de alimentos in natura. 

“Não se pode dizer que houve enriquecimento ilícito do pai/ex-marido ou que ele estaria recebendo frutos do imóvel comum porque como a filha também mora no imóvel e a mãe não pagava pensão pecuniária à filha”, avalia  Iara Ferfoglia Dias Vilardi, responsável pela área de família e sócia do Ferfoglia Dias Advogados. “A permissão de fruição do imóvel configurou-se como uma prestação de alimentos in natura, hipótese em que o devedor fornece os próprios bens necessários à sobrevivência do alimentando”. 

Ainda segundo a advogada, a parte da mãe e do pai estão sendo utilizadas também em benefício da filha, então, “não há uso exclusivo do bem pelo ex-cônjuge, o que seria essencial para configuração do dever de indenizar nesse caso”. 

Para o relator, não pode ser reconhecida a ocorrência de enriquecimento ilícito por parte do ex-marido, uma vez que há proveito indireto da mãe, cuja filha mora na residência comum dos ex-cônjuges.


Contratado via cota para PCD nem sempre aposenta assim, entenda as razões

Muitas pessoas que foram contratadas via sistema de cotas não conseguem aposentadoria no INSS pelas regras voltadas para pessoas com deficiência. Constantemente recebemos em nosso escritório pessoas que não entendem o porquê de isso acontecer, então esse artigo vem para fazer um alerta e explicar melhor toda essa questão. 

Então a primeira pergunta: Por que isso acontece? Porque não existe uma unidade de avaliação que centralize essas questões e essa pessoa consiga a comprovação da sua deficiência. 

Isso dificulta muito a dinâmica, pois a PCD tem que fazer uma série de avaliações e perícias com os respectivos órgãos, tornando essas comprovações muito burocráticas e nada práticas. 

Vamos supor que uma pessoa tem vaga por cotas, uma carteirinha de deficiência, isenção de impostos, mas no INSS não valem de nada, há a necessidade novamente de comprovar a sua deficiência. 

A lei 13146/2015 é a responsável pelo tema e diz o seguinte:

 

§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:

 

I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;

 

II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;

 

III - a limitação no desempenho de atividades; e

 

IV - a restrição de participação.

 

§ 2º O Poder Executivo criará instrumentos para avaliação da deficiência.

 

Infelizmente na prática isso não é feito até hoje. Hoje o INSS tem uma modalidade de avaliação própria para PCD muito rígida e com uma série de avaliações. 

Vamos entender um pouco mais sobre ela:

 

Avaliação do INSS 

Ela é baseada em três modelos que se misturam: o médico, o social e o biopsicossocial. 

- O modelo médico foca na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), quando é fornecido um laudo através do médico, constando o código de sua condição, onde é constatada o seu estado médico. 

- No modelo social é levado em conta a deficiência e sua construção social criada pelo ambiente que gera exclusão.

 - E por fim, o modelo biopsicossocial, que junta o modelo médico e o modelo social, fazendo uma análise conjunta dos dois modelos. Ele ressalta que a deficiência parte de uma condição de saúde que gera deficiência dentro de fatores contextuais.

 

Tipos de perícia 

A perícia do INSS avalia uma soma de fatores que são baseados dentro da Classificação Internacional de Doenças (CID), a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) e o Índice de Funcionalidade brasileira (IFbrA).

 

CID 

A Classificação Internacional de Doenças é uma ferramenta médica que tem como objetivo o monitoramento da saúde da pessoa, a codificação dessa situação e das circunstâncias sociais, com a função de registrar o estado de saúde.

 

CIF 

Já a Classificação Internacional de Funcionalidade é utilizada nas avaliações clínicas e funcionais em protocolos padronizados e que fazem uso de pontuação utilizando os qualificadores da CIF. 

Seus protocolos são divididos em quatro seções: Estrutura do corpo; Funções corporais; atividade e participação com foco em restrições de participação em atividades diárias, como escola, trabalho e vida em geral; fatores ambientais. 

É avaliado todo o contexto do indivíduo, como as barreiras enfrentadas em seu ambiente, sua inserção na sociedade, sua participação em atividades sociais, entre outras coisas. Cada avaliação é específica, pois, cada caso pode apresentar desenvolvimentos diferentes, mesmo que com os fatores sociais similares ou não.

 

Questionário IF-BrA

O questionário IF-BrA é feito dentro do INSS e avalia 7 domínios, quando é solicitada a perícia para a aposentadoria, onde um médico e um assistente social farão o acompanhamento no preenchimento de diversos detalhes físicos e sociais. 

Essa avaliação vai além dos aspectos médicos, ela busca entender sobre a comunicação e interação da pessoa, sobre a vida social, sobre o acesso à educação, sobre a vida profissional, acessos à saúde, detalhes da vida doméstica, etc. 

Também existe a análise das atividades da rotina, como a fala, senso de observação, preparo de lanche, as compras, utilização de transporte público e seus relacionamentos sociais. 

Cada deficiência tem suas questões sensíveis individuais, por isso essa apuração de informações para atingir todos os pontos específicos da PCD. 

É contabilizado através de uma pontuação atribuída a cada atividade dentro dos respectivos domínios. No fim desse questionário haverá uma pontuação total, sendo que cada atividade vale entre 25 e 100 pontos, quanto menos pontos, menor o fluxo de atividades da PCD e quanto mais pontos, mais atividades serão confirmadas. Essa pontuação traça e verifica se o indivíduo consegue realizar a atividade de forma independente ou de forma adaptada. 

Em alguns casos, os domínios são mais importantes para certas deficiências. Por exemplo, para facilitar a compreensão dessa dinâmica, podemos citar a pessoa com deficiência auditiva, o domínio da comunicação será mais sensível a ela, logo esse domínio terá mais importância.

 

A avaliação 

A pessoa que atinge 25 pontos é avaliada como: não realiza atividade ou é 100% dependente para realizá-la.

50 pontos: Realiza a atividade com o auxílio de terceiros. Necessita de supervisão ou preparo prévio.

75 pontos: Realiza a atividade de forma adaptada, sendo necessário algum tipo de modificação ou realiza a atividade de forma diferente do habitual ou mais lentamente. 

100 pontos: Realiza as atividades de forma satisfatória e independente. 

No final de todo esse processo é aplicado o método FUZZY, que tem uma forma de equalizar e dar equilíbrio aos domínios e atividades, a depender do tipo de deficiência. 

Existem também as questões emblemáticas, como o exemplo da perda auditiva até os 6 anos de idade, pois cada caso tem suas questões, em comparação à alguém que perdeu a audição na fase adulta de sua vida, pois a criança não pode aprender a se comunicar e o adulto já tem outra experiência de vida, que indica diferença de análise e gravidade nesse sentido das deficiências. 

Depois de concluir todo o questionário e perícias, haverá a indicação se a pessoa tem a confirmação da deficiência e se ela é leve, moderada ou grave.

 Segundo os requisitos: a deficiência leve tem pontuação entre 6355 até 7584 pontos: a deficiência moderada entre 5740 até 6354; e a deficiência grave 5739 ou menos. 

 

Conclusão 

A deficiência não é uma incapacidade. Se você tem um emprego ou vaga em concurso por cotas, é um grande indício para poder se aposentar com regras mais brandas, com acessos e cálculos melhores. 

Não é a CID, em questões previdenciárias, que define deficiência, e sim a interação do indivíduo com as barreiras impostas de diferentes origens.

É importante ressaltar que a perícia para aposentadoria é realizada no INSS ou no regime no qual você for se aposentar, como no caso dos servidores públicos. Lembramos que essa perícia não é infalível, acontecem muitos erros de análise do INSS, e caso você note uma perícia mal executada ou com incompatibilidade, é recomendado que busque um advogado, e reforçamos que essa busca de advogado deve ser feita antes da conclusão do pedido de aposentadoria da PCD, pela complexidade envolvida nesses casos. 

Não existe um estado ou doença que confirme de imediato a condição do indivíduo como PCD, pois cada caso é analisado por diferentes fatores, pela gravidade e por situações de condições e ambientes de cada vivência.

 

 


Carolina Centeno de Souza - Advogada Previdenciária e Trabalhista. Formada em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Inscrita na OAB/MS sob o nº17.183. Especialista em Direito Previdenciário e Direito Sindical. Coordenadora adjunta do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) por Minas Gerais. Palestrante. Visite nosso site: arraesecenteno.com.br . Acompanhe mais notícias sobre aposentadorias e outros direitos previdenciários e trabalhistas em nosso Canal no YouTube.  


A água não vai acabar, mas precisa ser melhor gerenciada

O estoque de água no mundo é constante há 500 milhões de anos

 

Para se debater as questões da água podemos começar pela formação da água no planeta terra. Afinal a água nem sempre esteve presente na terra em sua forma líquida, sólida e ou de vapor. Nos processos de formação da terra, os vulcões emitiram grandes quantidades de gases tais como nitrogênio, gás carbônico, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, metano, vapor d´água e outros. Essas emissões formaram a atmosfera. 

Com o passar dos milênios a temperatura diminuiu e os gases começaram a se condensar, formando os núcleos de condensação (também conhecidos como nuvens). Começou-se então um ciclo no qual a precipitação do vapor de água, na forma líquida, começou a retornar à Terra atraída pela gravidade. 

A água em seu estado líquido começou a se acumular na superfície, originando os oceanos primitivos com altas concentrações de sais. Com a chuva houve o escorrimento, erosão das rochas, transporte de partículas e acúmulo nas depressões. A infiltração através da superfície formou as águas de subsolo. Com a emersão dos continentes formaram-se as lagoas, rios, pântanos e os primeiros organismos vivos. Com a evolução das plantas começou um processo de grande liberação de oxigênio e absorção de gás carbônico nos processos fotossintéticos. 

As rochas mais antigas de ambientes aquáticos datam de 3,8 bilhões de anos. Essa é a indicação do surgimento de água na forma líquida na terra. O oxigênio livre, por sua vez, aparece com os processos de fotossíntese das plantas datando de 2,7 bilhões de anos. Assim, a água que temos hoje no planeta é a mesma, em mesma quantidade,  do que antes? Sim. Isso nos remete à questão da falta de água no planeta. 

A quantidade de água na terra é estimada entre 1,4 a 1,5 bilhão de km³ e tem permanecido constante durante os últimos 500 milhões de anos. 

Apesar de termos a impressão de que a água está desaparecendo, que há falta de água na Terra, a quantidade de água na Terra é praticamente invariável há centenas de milhões de anos. 

Portanto, o que muda é o estado da água (sólida, líquida ou vapor) e a sua distribuição. 

Aonde estão esses 1,4 bilhão de km³ de água? 97,5% desse total de água presente na terra é constituída de água salgada nos oceanos e mares. Apenas 2,5% é de água doce. A situação de disponibilidade da água doce é agravada pelo fato de que, desses 2,5% existentes, 68,9% estão nas calotas polares e geleiras. Sobram então 30,8% de águas subterrâneas e 0,3% de água superficial nos rios, lagos e na atmosfera.  As figuras a seguir refletem os percentuais graficamente.

Os três problemas na questão água são: 

  • A poluição das águas, principalmente nas áreas urbanas causa escassez de disponibilidade de água limpa para o homem.
  • Muitas vezes o uso irracional das águas, a apropriação indevida do recurso natural por poucas pessoas, a falta de gerenciamento adequado de bacias hidrográficas, causam a escassez para muitas populações, especialmente as menos favorecidas.
  • Tal qual a distribuição de renda no Brasil, a distribuição das águas é também pouco democrática e desigual causando toda a sorte de problemas, doenças e ausência de renda. O Brasil é um país aquinhoado com a maior quantidade de água do planeta em suas bacias hidrográficas, porém tem uma taxa de irrigação de apenas 5,6% de suas áreas cultivadas enquanto que o sudeste da Ásia irriga cerca de 42% de suas áreas cultivadas. Gerenciar bem as águas e distribuí-las equanimemente, pode ser um caminhjo para gerar emprego, renda e dignidade no campo , principalmente nas regiões de escassez de água.

O ataque a esses problemas pode ajudar o Brasil a sair da inercia e da desigualdade em que se encontra.

 

 


Samuel Giordano - Professor e Pesquisador Sênior do PENSA-Centro de Conhecimentos em Agronegócios da FIA-USP e Membro do Conselho Técnico do Fórum do Futuro.


Brasil apresenta boas oportunidades para fusões e aquisições

Boa parte das empresas no mundo todo estão no modo sobrevivência. O foco está em maximizar os lucros e minimizar os impactos econômicos causados pela pandemia. Nesse cenário, as fusões e aquisições estão em alta, tanto no mercado nacional quanto internacional. E a tendência é de crescimento até 2022.

Só no primeiro trimestre deste ano, os acordos de fusão e aquisição atingiram US$ 1,1 trilhão, um recorde para início de ano desde 1998, segundo dados da Bloomberg. Boa parte desses resultados é consequência direta da pandemia, que obrigou as empresas a repensarem suas estratégias.

Diante de um contexto tão desafiador, a busca por parceiros foi intensificada. Tem sido possível observar tanto as fusões entre antigos concorrentes, como forma de unir forças, quanto a compra de empresas brasileiras por companhias estrangeiras, se aproveitando da desvalorização cambial da moeda nacional perante as moedas estrangeiras.

Em âmbito nacional, essas parcerias são fundamentais para garantir a continuidade dos negócios. É o caso de empresas que dividem parques tecnológicos e até operações logísticas, por exemplo. Outra estratégia em alta é a busca por produtos nacionais, buscando a redução da importação diante de uma variação de câmbio tão elevado. Em muitos casos, recorrer a operação de fusões, incorporações e compra e venda é mais estratégico ao invés de obter empréstimos no mercado que contribui para endividamento das empresas, podendo, no futuro, reduzir a rentabilidade esperada na operação.

Do ponto de vista internacional, existe uma movimentação de crescimento em operações de aquisição de empresas nacionais por estrangeiras, já que a valorização de moedas como o Dólar e Euro frente ao Real, contribui para esse cenário. O país nunca foi tão atrativo, principalmente porque o avanço da vacinação sinaliza positivamente para a retomada econômica ainda mais significativamente a partir de 2022.

Dentre os setores mais promissores para operações de fusões e aquisições, está o de tecnologia. Impulsionadas pelo isolamento social, fechamento de lojas físicas e a necessidade de ficarmos em casa, as plataformas digitais se tornaram fundamentais para a gestão dos negócios e muito rentáveis. O que vimos foi um crescimento exponencial de uma tendência que já estava sendo sinalizada globalmente, mas que com a pandemia, foi amplamente acelerada pela necessidade de digitalização dos processos.

Entre as empresas mais atrativas estão aquelas ligadas à logística e redução de burocracias, como é o caso de muitas startups de entregas e até assinatura online ou de digitalização de documentos – dada a impossibilidade de fazer compras e reuniões presenciais. Aplicativos de videoconferência também viram seus números dispararem, aumentando a necessidade de investimentos para suportar o crescimento.

Outro setor em alta é o agronegócio – um dos segmentos mais fortes e importantes para a economia nacional. Somente em 2019, a soma de bens e serviços gerados no agronegócio chegou a R$ 1,55 trilhão, valor correspondente a 21,4% do PIB brasileiro, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/USP) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Além de sua alta rentabilidade, o setor é um dos mais seguros para se investir, dada a forte solidez de seus produtos. Em conjunto com a crescente demanda pela automação e digitalização como forma de aumentar sua produtividade, o setor é um dos que atrai maior interesse, principalmente por investidores estrangeiros que tendem a trazer tecnologias inovadoras para melhorar a eficiência da produção por aqui.

O varejo, diante do questionando sobre a necessidade de ter lojas físicas, restou evidente a necessidade minimizar custos fixos, trazendo a tecnologia desde a gestão de estoques até os self-checkouts, onde os caixas humanos são substituídos por totens de autoatendimento.

O e-commerce, que se tornou a única opção de compra diante do fechamento das lojas, parece ter se tornando um hábito que veio para ficar. As pessoas demonstram menos receio de efetuar comprar online do que antes da pandemia.  Pesquisas indicam que o consumidor pós-Covid deve ir cada vez menos ao comércio físico. E o mesmo deve acontecer com os supermercados, que devem se tornar mini shopping centers cedendo seções, como padarias e açougues, por exemplo, para a administração de indústrias desses segmentos.

Apesar das inúmeras oportunidades, cabe destacar que toda fusão e aquisição precisa cumprir uma série de regras. O CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) tem a função de preservar a livre concorrência do mercado e impedir a formação de pequenos cartéis, que podem monopolizar determinados setores. Na prática, o órgão regulariza esse processo de forma que não haja violação contra o livre comércio, instruindo e estimulando medidas favoráveis ao mercado.

Em suma, a perspectiva é bastante positiva para processos de fusão e aquisição. O Brasil é um país extremamente promissor, com alta demanda de consumo. A pandemia não irá durar para sempre e é preciso vislumbrar boas oportunidades a médio e longo prazo. Temos um povo resiliente e que, mesmo diante de vários desafios, continua lutando e se reinventando diante das adversidades, sendo a resiliência uma das características marcantes do povo brasileiro.

 

 

Thais Cordero - advogada e Líder da área societária do escritório Marcos Martins Advogados.

 

Marcos Martins Advogados

https://www.marcosmartins.adv.br/pt/ 


Conheça o caminho para imigrar para o Canadá

O Canadá é um dos países mais diversos do mundo. Mesmo com a pandemia, continua incentivando a entrada de estrangeiros pela necessidade de manter o equilíbrio econômico. São mais de 40 programas de imigração para residência permanente, com a expectativa de atrair mais de 1 milhão de imigrantes até 2023.

Atrativos para encarar a mudança, não faltam. De acordo com uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Canadá ocupa a sexta posição no ranking dos 10 melhores lugares para se viver no mundo. Contudo, quem deseja ter um endereço definitivo no país precisa se preparar. Veja os cinco passos fundamentais antes de arrumar as malas.


#1 Passaporte e visto: passaporte com validade acima de seis meses e visto são os primeiros itens fundamentais antes de pensar em imigração. Há vários tipos de visto, mas para quem deseja imigrar, o mais indicado é começar pelo visto estudantil, o Study Permit. Ele tem validade mínima de seis meses e é direcionado às pessoas que vão estudar no Canadá, seja em High School, Universidades ou Colleges. Para solicitá-lo, é necessário realizar a aplicação online, com todos os seus documentos pessoais, uma carta de aceitação do curso pela devida instituição e comprovação financeira de acordo com as regras do visto. Além disso, uma das etapas é a realização da biometria e exame médico. Com todos esses documentos entregues, o tempo médio para a aprovação do visto é de três meses, com validade de acordo com o programa escolhido.


#2 Escolher o destino: diversas cidades no Canadá possuem toda a infraestrutura necessária e de qualidade para receber imigrantes e proporcionar ótimas oportunidades de trabalho. Dentre elas, Toronto, Montreal e Vancouver são algumas das maiores e favoritas dentre os imigrantes – afinal, possuem algumas das maiores e mais conceituadas instituições de ensino, amplas oportunidades de emprego por serem grandes metrópoles, vida cultural e opções de entretenimento, fácil locomoção e, ainda, uma ótima qualidade de vida, com baixos índices de violência. Inclusive, o país é considerado como um dos mais seguros do mundo, ocupando o oitavo lugar em 2019 pelo Global Peace Index (Índice Global da Paz). Analise qual delas lhe parece mais interessante para seus objetivos.


#3 Escolha do programa: Os programas mais atrativos para quem quer se mudar ao Canadá são os técnicos acima de 6 meses, pois esses permitem trabalhar enquanto o aluno estuda. O Canadá demanda profissionais de várias áreas e, obviamente, as mais cobiçadas costumam ser mais favoráveis àqueles que desejam morar definitivamente por lá. Entre as áreas com mais oportunidades estão as de tecnologia, com opções de programas para desenvolvedores, programadores e gerentes de TI. Contar com o apoio de uma agência de intercâmbios é fundamental para encontrar o curso certo e o caminho mais rápido para imigrar.


#4 Arrume um trabalho: alguns programas de ensino no Canadá oferecem a possibilidade de trabalho em conjunto com os estudos – e ainda, oportunidades de visto de trabalho para cônjuges e escola pública gratuita para filhos em idade escolar. Enquanto estuda, o aluno pode trabalhar por até 20 horas semanais. Quando conclui seu curso, pode solicitar o PGWP (Post-Graduation Work Permit), que lhe garante visto de permanência no país por mais oito a até três anos, além de autorização para trabalhar 40 horas semanais. Para solicitá-lo, é necessário ter estudado em instituições de ensino autorizadas e elegíveis ao visto., e que concedam grau, diploma ou certificado.


#5 Visto permanente: a grande maioria dos programas de imigração para o Canadá – seja para estudos ou com trabalho em conjunto – são estabelecidos por meio de vistos temporários. Contudo, é possível solicitar um visto permanente, no qual cada província irá determinar suas regras e procedimentos a serem seguidos, de acordo com o programa escolhido. Dentre eles, o mais comum é o Express Entry (EE), um sistema online do governo canadense que abrange três programas de imigração federal: Federal Skilled Worker Program, Federal Skilled Trades Program e Canadian Experience Class. Cada um deles abrange perfis específicos a serem elegíveis e, ao se candidatar, cada pessoa receberá uma nota com base em sua idade, proficiência de inglês e/ou francês, formação, experiência de trabalho, entre outros. Quanto maior for sua nota, maior a chance de conseguir um visto permanente.

Embora o processo de imigração seja simples, muitas pessoas acabam desistindo desse sonho por não conseguirem bancar seus estudos no Canadá até conquistarem o visto permanente. Felizmente, há diversas opções de bolsas e financiamentos para brasileiros. Uma das opções é o programa da SEDA e Revelo, com inscrições até 30 de maio. Os interessados podem se inscrever neste link: http://bit.ly/seda-revelo. Essas facilidades são fundamentais para impulsionar a imigração para esse que é um dos países mais abertos a estrangeiros no mundo.

 



Jéssica Carvalho - gerente de Produtos SEDA Intercâmbios.

https://www.sedaintercambios.com.br/

 

SMS: por que ele ainda se destaca nas estratégias de marketing?

Com quantos anúncios e mensagens corporativas você se depara por dia? Provavelmente muitos, mesmo que de forma discreta. O marketing está sempre em busca das melhores plataformas, estratégias e métodos para conquistar um maior número de clientes e fidelizá-los à marca. Mesmo com avanços tecnológicos surpreendentes e o surgimento de aplicativos e sistemas cada vez mais modernos e sofisticados, o SMS ainda é uma ferramenta muito popular em muitas organizações, com resultados ainda mais eficientes do que outras plataformas.

O grande propósito desse “sistema de mensagem curta” é permitir o envio de informações de maneira rápida e praticamente instantânea, possibilitando um relacionamento mais próximo e, até mesmo, interativo com os clientes. Em um mercado marcado por consumidores cada vez mais exigentes e ávidos por informações velozes e em tempo real, essa estratégia se torna primordial, assim como foi mostrado no relatório de marketing do Simple Texting de 2020.

Em seus dados divulgados, quase 80% dos consumidores disseram que gostam de receber ofertas por texto, em conjunto com 53% que preferem se relacionar com marcas que utilizam SMS. Para surpreender muitos que não acreditam no poder desse sistema quando comparado a outras plataformas de comunicação e anúncios, outro estudo feito pelo site SlickText mostrou que a taxa de abertura de mensagens SMS é em torno de 98%. Um resultado incrível que vem chamando a atenção de muitas empresas.

Com o SMS, as mensagens são enviadas e recebidas de forma veloz e quase instantaneamente. Dependendo da estratégia da organização, a informação pode ser disparada para uma enorme abrangência de públicos diferenciados, permitindo a segmentação e adaptação do conteúdo para cada um deles.

É um canal muito menos invasivo, onde o cliente pode aceitar o recebimento da mensagem e, ainda, escolher por sair da lista de contatos caso não deseje continuar recebendo o conteúdo – processo conhecido como opting out. Como resultado, o SMS gera uma taxa de abertura de 98%, onde 90% são lidos em até 3 minutos, ainda segundo o relatório. Sem falar nos benefícios na relação com os clientes, onde 97% das empresas criaram uma comunicação mais eficaz e próxima.

Seja para pequenas, médias ou grandes campanhas, o SMS pode ser utilizado para diversas finalidades e gerando excelentes resultados. Os dados permitem rastrear todas as mensagens enviadas, se foram de fato entregues, quantas foram abertas e respondidas – informações altamente relevantes para a elaboração de estratégias de marketing.

Cabe destacar que o marketing não pode ser baseado somente na captura de leads, mas sim em manter uma proximidade com os clientes e fidelizá-los. Existem diversas maneiras de conquistar essas metas, e o SMS vem justamente para nutrir o relacionamento. Mas, para isso, é necessária uma boa estratégia de comunicação.

Antes de iniciar uma campanha por meio do SMS, as empresas devem conhecer a fundo seu público-alvo e segmentá-lo. Não há como conquistar os resultados desejados sem que sua empresa conheça sua persona, como ela gosta de se relacionar e suas preferências para, a partir disso, personalizar a mensagem de acordo com o público, em conjunto com o tom da marca. A captura de leads e o aumento de vendas serão, na verdade, consequências do foco em nutrir o relacionamento com os clientes.

Mesmo diante de tantos avanços tecnológicos, o SMS ainda oferece resultados altamente positivos quando aliado ao marketing. É uma comunicação rápida, não invasiva e que proporciona uma relação mais próxima e fiel. Uma ferramenta fantástica que, quando planejada estrategicamente, pode trazer resultados excelentes para as empresas.

 


Marcos Guerra - Superintendente do Comercial e Marketing na Pontaltech, empresa de tecnologia especializada em comunicação omnichannel.

https://www.pontaltech.com.br/


Dia do vestibulando: incertezas sobre vestibulares e Enem geram mais ansiedade em estudantes

Créditos: Daniel Derevecki
Antes da pandemia, o número de estudantes prestando vestibular e fazendo provas para tentar um acesso ao Ensino Superior era de mais de 6 milhões em todo o Brasil. Em 2021, esses milhões de jovens, além de lidar com a expectativa de provas concorridas, ainda sofrem com a incerteza de um cenário bastante indefinido. A pandemia afetou em cheio estudantes que estão na reta final de uma trajetória e não sabem como ou quando ela vai terminar. Alguns vestibulares de universidades federais previstos para acontecer em 2020 ainda não aconteceram. O MEC ainda não confirmou quando será realizada a edição 2021 do Enem. Tantas indefinições acabam gerando ansiedade e, às vezes, desestimulando quem precisa, mais do que nunca, manter o foco e se preparar para quando a hora chegar.

De acordo com o coordenador editorial do Sistema Positivo de Ensino, Norton Nicolazzi Junior, o fundamental agora é o estudante não desanimar e aguardar com tranquilidade enquanto se prepara de forma adequada. "Equilíbrio deve ser a palavra chave para este período. É preciso não perder o foco. O estudante bem sucedido nos próximos vestibulares e provas será aquele que fez o que tinha que ser feito. Em vez de ficar pensando se haverá prova ou quando ela será realizada, o que só gera ansiedade, não parou de estudar e se preparar", afirma Nicolazzi.

Para isso, o educador destaca que o primeiro passo é estabelecer uma rotina de estudos adequada. "O estudante que frequenta as aulas - on-line ou presencial - no período da manhã, por exemplo, precisa se organizar para estabelecer uma rotina e horários de estudos para o período da tarde. É importante definir metas que sejam viáveis. Fazer um planejamento que contemple atividades dos mais variados componentes curriculares e organizá-las por níveis de dificuldade. Iniciar sempre pelas mais fáceis e ir aumentando a complexidade dos exercícios na medida em que o aluno já se sinta devidamente preparado para avançar", reforça.

Nicolazzi alerta que, apesar de ser fundamental mergulhar de cabeça na rotina de estudos e ter disciplina para cumprir com o que foi planejado, não se deve abdicar dos momentos de relaxamento, com a prática de atividades esportivas, entretenimento, além do convívio familiar, uma vez que o social está comprometido em função da pandemia. "É preciso foco e comprometimento para que as horas de estudo sejam muito bem aproveitadas, a fim de que o estudante consiga conciliar a preparação intensa com os momentos de lazer. Isso é muito importante para o bom desenvolvimento mental e emocional", acrescenta.

Para o especialista, assim como no esporte, a preparação para vestibulares e provas que dão acesso às universidades demanda treino. "Quanto mais atividades e exercícios o estudante resolver, mais vantagem ele terá porque ele consegue constatar o que está fazendo certo, onde está errando e consegue enxergar os pontos que precisam de reforço e melhoria. Aqui entra em cena o exercício de autonomia e protagonismo do estudante, que certamente será bem recompensado se conseguir levar a cabo o plano traçado para o período de preparação", finaliza.

 

Especialista dá dicas para reconhecer leilões falsos

O especialista e influencer em leilões Matheus Flash recomenda que o público procure apenas pregões de instituições renomadas


Os preços abaixo da média do mercado são o atrativo dos leilões, no entanto, há diversos golpes e é fundamental estar atento para não adquirir nenhum bem em arrematações falsas. A dica é do especialista em leilões Matheus Peixoto. "É preciso buscar leilões conhecidos, com mais tempo de mercado, e desconfiar daqueles que ninguém conhece e que ofertam produtos com preços muito baixos", alerta Peixoto. Apesar de serem virtuais, é crucial se certificar de que há uma sede física onde se possa ir buscar o produto.

Os criminosos, além de inventarem sites, também costumam clonar páginas de leilões renomados, neste caso, é necessário analisar minuciosamente o site para ver se todas as informações são condizentes. Os sindicatos de leiloeiros dos estados costumam divulgar listas de sites fraudulentos e orientações para os consumidores. No caso de automóveis, itens bastante procurados, os fraudadores inserem informações falsas referentes à situação no Detran e demais dados para enganar os compradores. Eles costumam pressionar as pessoas a realizarem o pagamento o quanto antes. A transferência é feita, mas os
consumidores nunca recebem o carro.

Uma das formas de se certificar sobre a segurança do site é verificar se a página possui certificado SSL/TLS, ou seja, o desenho de um cadeado verde ao lado de seu endereço na barra de navegação do browser. Quando há esta sinalização significa que o site utiliza conexão criptografada e, por isso, é teoricamente mais seguro. Outra dica é pesquisar as informações do leilão e do leiloeiro, como razão social, CNPJ e endereço. A Receita Federal oferece uma ferramenta online e gratuita para quem quiser atestar se um CNPJ é autêntico ou não. Além disso, vale a pena buscar o endereço no Google Street View para conferir se de fato a sede física existe. Se houver dúvidas, Matheus Peixoto recomenda denunciar. "Deve ir imediatamente à política denunciar o site e a pessoa que fez o anúncio". Para compradores de primeira viagem, Matheus recomenda seu leilão preferido, o da Receita Federal. Basta ir no site, realizar o cadastro e ficar de olho nos editais. "Este não tem erro e sempre é possível achar bons produtos".




Matheus Peixoto - especialista em vendas online e se dedica a leilões. Após anos frequentando este meio e adquirindo inúmeros produtos, está prestes a lançar seu próprio curso para quem busca se lançar neste mercado. Matheus posta dicas em seu perfil no Instagram para seus 154 mil seguidores que buscam informações sobre como adquirir as melhores oportunidades nestes lances.
Instagram  matheuspeixoto3.0 [1 [1]]


Uso do FGTS é estendido a financiamentos do SFI

Entenda o que significa a mudança


O Conselho Curador do FGTS anunciou novas regras de utilização do FGTS para financiamentos habitacionais, permitindo o seu uso, agora, além dos financiamentos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), para financiamentos do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). Apesar da movimentação do Conselho sobre o tema, a questão há muito tempo já é pacificada no âmbito dos nossos tribunais.

Presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa diz que o FGTS, regulamentado atualmente pela Lei 8.036/90, foi criado com um cunho estritamente social de garantir ao trabalhador, em situações complicadas e, principalmente, de perda do emprego, a possibilidade de contar com um recurso para garantir a sua sobrevivência de forma digna. “No que diz respeito aos financiamentos habitacionais, quando da entrada em vigor da referida lei, apenas eram concedidos financiamentos no âmbito do SFH, não existindo o SFI que fora criado 7 anos após, através da Lei 9.514/97”, conta.

Segundo ele, usando interpretação restritiva para a Lei 8.036/90, a Caixa Econômica Federal somente autorizava a utilização do fundo para contratos vinculados ao SFH. Porém, os mutuários que recorriam ao poder judiciário para utilização do fundo em outros financiamentos conseguiam decisões positivas com fundamento na função social do próprio fundo. “Entendem os tribunais que é inadmissível limitar o direito de uso do FGTS para financiamentos dentro do SFH, quando na verdade o intuito da lei é de propiciar a aquisição da casa própria, independentemente de qual sistema estava vinculado o contrato de financiamento”, explica Vinícius Costa.

Outra questão pacificada nos tribunais e não contemplada pelo Conselho Curador diz respeito ao pagamento de prestações em aberto. “Novamente, a justiça entende que o cerne principal da questão é a aquisição da casa própria, englobando-se aqui não somente a utilização do fundo para entrada, amortização parcial ou total do saldo devedor, mas também e principalmente para pagamento de prestações em aberto. Entender de forma diferente é dar destinação social diversa da qual o FGTS tem como base de criação”, completa o presidente da ABMH.

O advogado ressalva que, mesmo que a mudança implique na adesão do novo sistema (SFI), tal medida não pode ser considerada uma novidade, pois dentro do meio jurídico já era algo que acontecia através de demandas judiciais dos mutuários.

 


Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação - ABMH

 

Saúde antecipa recebimento de mais 4 milhões de doses de vacinas Oxford/AstraZeneca

 Com a nova remessa, o País terá recebido o total de 9 milhões de doses via aliança Covax Facility entre os meses de março e maio

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Por meio de negociações intermediadas pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), o Governo Federal conseguiu antecipar a entrega de 4 milhões de doses de vacina Oxford/AstraZeneca, adquiridas pelo mecanismo internacional Covax Facility. O anúncio foi feito pelo ministro Marcelo Queiroga no início da noite desta quinta-feira (20/5).

Acompanhado do governador do estado de Goiás, Ronaldo Caiado - com quem se reuniu para tratar da possibilidade da ampliação do parque industrial da produção de vacinas Covid-19 - o ministro afirmou que o Brasil vai bater recorde de distribuição neste mês de maio com mais de 30 milhões de doses.

"Esse é mais um dos esforços que temos realizado diuturnamente para dar as respostas que a sociedade brasileira nos pede", destacou Queiroga.

O adiantamento é resultado de um diálogo constante e negociação permanente com a OPAS, entidade que representa a Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas. "Estamos conseguindo recuperar essas doses, que deveriam ter chegado no início do ano, mas entendemos que essa é uma dificuldade global", pontuou.

Nesta sexta-feira (21), o ministro fará uma visita a um complexo de produção de insumos veterinários no município de Cravinhos (SP), acompanhado da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, e de técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Se houver segurança sanitária e possibilidade de usarmos as indústrias veterinárias para a produção de vacinas Covid-19, o Brasil vai assumir sua condição de líder global, não só para imunizar a população, mas para ajudar outros países, sobretudo nossos vizinhos", finalizou.

MAIS ENTREGAS

Com a nova remessa, o Brasil terá recebido mais de 9 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca/Oxford pelo consórcio global desde março. Além disso, a Covax Facility já separou para o País outras 842,4 mil doses da Pfizer/BioNTech. No total, o contrato do Governo Federal com a aliança prevê 42,5 milhões de doses de vacinas Covid-19 até o fim de 2021.

 

Fernando Caixeta
Ministério da Saúde


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