Pesquisar no Blog

segunda-feira, 4 de março de 2019

Dia Internacional da Mulher: hora de comemorar e também se reerguer


O Dia Internacional da Mulher foi, inegavelmente, uma conquista feminina. A luta por melhores condições de vida e trabalho, na virada do século 20, reflete até hoje em nossas vidas, gerou benefícios, mas as dificuldades persistem.  As mulheres ainda carregam a responsabilidade – muitas vezes sozinhas – de cuidar dos filhos, da casa e ter que trabalhar. 

E quando se fala na vida profissional, ainda há uma grande disparidade se comparado com a valorização masculina. Salários comprovadamente inferiores, maior dificuldade em alcançar cargos de chefia, falta de reconhecimento... Tudo isso exige da ala feminina um alto nível de resiliência. 

Com tamanha carga a ser administrada, as mulheres vivem em crise, inclusive pessoal. Mas esses momentos são verdadeiros amigos, pois nos obrigam a ser mais conscientes do tipo de vida que levamos, além de proporcionarem que nos conheçamos em profundidade.

As crises sempre nos ensinam muito. São imprescindíveis, inclusive, para nos mostrar a nossa impotência, confusão, dor... Precisamos aprender a vencer o medo de enfrentar as intempéries e as tempestades da vida, porque sabemos que, no final, seremos mais fortes.

Quando perdemos um trabalho, por exemplo, tendemos a entrar em crise. E, nesses períodos, vivemos quatro fases: euforia, depressão, impaciência e mudança. 

Na euforia, dizemos frases do tipo: “Finalmente consegui sair daquele lugar!”. Na realidade, trata-se de uma falsa ilusão. Vive-se uma hiperatividade que não gera grandes coisas. 

Depois de 4 ou 5 semanas, o vazio toma conta e a tendência é entrarmos em depressão. 

A partir do segundo mês, começamos a sentir a opressão de familiares. A impaciência vem à tona e, paralelamente, passamos a nos estruturar. 

Organizamos o tempo, a rede de contatos. Não se pode perder um minuto e os frutos começam a surgir.

A última etapa é a da transformação. Certos valores e algumas prioridades não são mais como antes. Ganhamos confiança, criatividade e vemos, de forma mais realista, as novas possibilidades.

As mudanças fornecem informações de nós mesmos, da nossa capacidade de resistência e do grau de aceitação. Se não conseguimos nos aceitar, significa que estamos nos sentindo perdidas. O importante é aceitar como somos.

Não existem pessoas com mais sorte que outras, mas, sim, pessoas que acreditam nas próprias forças para resistir e superar as adversidades.
Ser feliz significa rever aquilo que você ama, de fato, e entender quais seus sonhos, objetivos e valores nos quais acredita. 

Lembre-se sempre: você é uma grande mulher! E isso basta.






Bibianna Teodori - Executive e Master Coach, idealizadora e fundadora da Positive Transformation Coaching. Autora do livro “Coaching para pais e mães – Saiba como fazer a diferença no desenvolvimento de seus filhos” e coautora de “Coaching na Prática – Como o Coaching pode contribuir em todas as áreas da sua vida”. 

Mês da Conscientização da Endometriose


Em geral, a endometriose surge no fim da adolescência e início da vida adulta, entre os 17 e 19 anos, mas o diagnóstico costuma vir bem mais tarde, porque infelizmente, ainda não há um exame específico para detectar a doença.

O diagnóstico pode ser feito pela combinação dos sintomas aliado a exames de sangue, ultrassonografia transvaginal e ressonância pélvica, além da laparoscopia, que é capaz de detectar a doença e já tratá-la no mesmo procedimento. Em média, leva-se oito anos até que seja identificada a doença, em parte porque as pacientes não reconhecem as cólicas como um sintoma grave e que precisa ser investigado.

A endometriose pode ser encontrada no ligamento perto da vagina. A doença gera um processo inflamatório e durante a relação sexual, quando há o estímulo desta região, a mulher sente dor. Este sintoma é progressivo, chegando a impossibilitar a relação sexual em alguns casos.

As cólicas intensas e as dores durante a relação sexual acabam fazendo com que muitas mulheres apresentem irritabilidade, tristeza, angústia e depressão. Além disso, mulheres com endometriose infiltrativa profunda apresentam orgasmos menos satisfatórios e em geral se sentem menos relaxadas após uma relação sexual.

O tratamento hormonal feito com análogo de GnRH, que diminui os níveis circulantes de estrogênio e progesterona, é uma opção, especialmente nos casos mais graves da doença. Esses medicamentos interrompem o funcionamento dos ovários (produção hormonal e ovulação) produzindo um efeito semelhante ao que ocorre na menopausa natural. Durante o tratamento, que dura em média entre três e seis meses, a paciente fica sem ovular e sem menstruar. Os análogos do GnRH são extremamente eficazes na redução da atividade dos pontos de endometriose e seu efeito é reversível. Após o período de tratamento, os ovários retomam a atividade normal e a paciente volta a ovular normalmente.

Usado imediatamente após a laparoscopia, o hormônio ajuda no controle da doença e torna-se tratamento complementar à cirurgia. O tratamento combinado, nesses casos, diminui as dores e melhora a qualidade da vida sexual das pacientes.

A doença é a maior causa de infertilidade feminina, mas o tratamento adequado é capaz de reverter o quadro. 



Mês da Mulher: Cuidados com a saúde feminina vão além dos exames ginecológicos


Especialista explica a importância dos cuidados com a saúde emocional e também da alimentação para manter um bom funcionamento de todo o corpo


O conceito de saúde definido pela Organização Mundial da Saúde é: um estado de completo bem estar físico, mental e social e não somente a ausência de enfermidades. Muitas mulheres acreditam que o cuidado com a saúde envolve apenas a visita ao ginecologista uma vez por ano para realizar os exames preventivos, que são de suma importância, porém não garantem sozinhos longevidade ou qualidade de vida.

A maior parte das pessoas ao pensar em saúde e qualidade de vida se esquece, por exemplo, da saúde mental e emocional. Segundo Cíntia Pereira, ginecologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, a visita ao ginecologista envolve aspectos que vão muito além da ginecologia em si e que se refletem na sua saúde física, emocional e em suas relações familiares, no trabalho e na sociedade como um todo. “Uma pessoa com saúde emocional debilitada pode comprometer vários setores da sua vida: tem dificuldade em manter relacionamentos, desempenhar funções no trabalho e, até mesmo, cuidar dos filhos. Esse abalo emocional pode também prejudicar a saúde física da mulher colaborando para o surgimento de doenças alérgicas, infecciosas, autoimunes e até o câncer, além de favorecer comportamentos de risco como o sedentarismo, a qualidade nutricional ruim, o abuso de álcool, cigarro e drogas”.

Um estudo sobre saúde mental divulgado pela OMS em 2011 apontou que depressão é uma questão grave de saúde pública em todas as regiões do mundo. O estudo, conduzido em 30 países revelou que a ocorrência de transtornos mentais é duas vezes maior em mulheres. No Brasil, a pesquisa foi realizada no estado de São Paulo e apontou que 20% das mulheres apresentam episódios depressivos pelo menos uma vez ao longo da vida.  “Uma das justificativas para isso seria o acúmulo de responsabilidades sociais e expectativas no papel feminino que se intensificaram no último século, e embora representem conquistas importantes, trouxe ao universo feminino um desdobramento entre o passado e o contemporâneo num acúmulo de tarefas e expectativas que muitas vezes a levam a um colapso emocional”, explica a ginecologista. 

Já a ansiedade, segundo a OMS, atinge 1 a cada 3 pessoas no mundo, o que representa 4% da população global. Entre as mulheres, 42% sofrem desse transtorno, que é definido pela Organização como sentimento constante de preocupação, de incapacidade, frustração e medo, pode manifestar-se fisicamente com náuseas, taquicardia ou “aperto” no peito, dor no estômago, problemas no sono, dificuldade de manter a concentração, entre outros.
A especialista explica ainda que a observação desses transtornos de natureza mental também deve ser avaliada na conversa com o ginecologista, que muitas vezes é o único veículo de comunicação dessa mulher e que pode, assim, indicar cuidados que vão muito além dos exames periódicos.


Alimentação e Atividade Física

Outro aspecto de grande importância na abordagem da saúde da mulher é seu estado nutricional e a realização de atividades físicas. Em uma visita ao ginecologista, o médico pode fazer o diagnóstico de distúrbios alimentares, como obesidade, anorexia ou bulimia ou mesmo comportamentos nutricionais, que se refletem no perfil metabólico e agravam doenças como diabetes, cardiopatias, hipertensão e hipercolesterolemia.

Mais uma vez, cabe ao especialista um olhar atento. “As pacientes que passam no Hospital São Camilo com a equipe de ginecologista recebem não só a orientação para uma boa dieta rica em frutas, vegetais, leguminosos, peixes, fibras, vitaminas, sais minerais, antioxidantes, beber água, mas também são aconselhadas a mudar a atitude alimentar podendo receber um atendimento multidisciplinar com diversos especialistas, como nutricionista, nutrólogo, cardiologista, geriatra ou mesmo um psiquiatra”, explica Cíntia.

A atividade física também faz parte das atitudes que são necessárias para que a mulher mantenha sua saúde em dia como um todo garantindo uma melhor qualidade de vida e longevidade maior. No mundo contemporâneo onde desde muito jovens as mulheres assumem uma rede de compromissos entre trabalho, estudo, família e entretenimento, é comum ouvir o discurso que justifica a vida sedentária: “a falta de tempo”.  “Nos últimos anos, as pesquisas médicas apontam que boa parte da falta de saúde tem relação íntima com a falta de atividade física. Podemos observar que pessoas ativas são mais autoconfiantes, menos deprimidas e estressadas, apresentam maior vigor físico resistindo mais às doenças, mantém um peso dentro da normalidade e apresentam uma pressão arterial e frequência cardíaca em níveis mais baixos que uma pessoa sedentária. Além disso, pessoa ativa tem maior volume de oxigênio pulmonar, o que facilita suportar atividades de longa duração com mais facilidade, melhora a postura e combate os maus hábitos como cigarro, álcool e outras drogas”.


Março Amarelo: o tom que merece ser refletido


No mês da Mulher médico reforça a importância de dar voz à Endometriose



Março é o mês da mulher, que vem para reforçar a essência da sensibilidade, da feminilidade e do empoderamento feminino, e falando em poder, não podemos deixar de falar sobre uma realidade muito presente e pouco falada, a Endometriose. A doença acomete aproximadamente 180 milhões de mulheres em todo o mundo, fazendo com que a força feminina seja enaltecida, já que suas portadoras são verdadeiras guerreiras. Pensando nisso, o mês também foi escolhido para representar o mês de conscientização desta realidade, visando a transmissão de informações, aumentando os índices de diagnósticos precoces e reduzindo as questões de preconceito e estigmatização.

A Endometriose é uma doença inflamatória crônica que acomete o sistema reprodutor feminino. De acordo com o Dr. Patrick Bellelis, especialista no assunto, a causa da doença ainda é incerta, a teoria mais aceita é sobre a menstruação retrógrada, onde o endométrio, tecido que reveste o interior do útero, sofre alterações durante o ciclo menstrual para que o óvulo fertilizado possa se implantar. Caso não ocorra a fecundação, o endométrio descama e o óvulo é eliminado através da menstruação. Em alguns casos, as células endometriais podem migrar pelo sentido oposto e cair em outros órgãos da pelve, como trompas, ovários, intestino e bexiga, permitindo a implantação deste endométrio e levando à formação de focos de Endometriose.

É muito comum que pessoas e profissionais leigos sobre o assunto não compreendam a doença como deveriam, não dando devida atenção e importância para as dores físicas e emocionais que são causadas às mulheres. O diagnóstico da Endometriose muitas vezes é tardio, quando a esta apresenta-se em grau avançado. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva, estima-se que em média leva-se 7 anos para a detecção da doença, quando esta já comprometeu a qualidade de vida da mulher.

Para o médico especialista Dr. Patrick Bellelis, a conscientização sobre a Endometriose é essencial para que os diagnósticos sejam cada vez mais precoces, minimizando os impactos da doença na vida da mulher e de todos ao seu redor. "Já vivenciei histórias de muitas pacientes que já se sentiram prejudicadas, seja na escola, no trabalho ou nas relações pessoais, por isso, ressalto a importância dos médicos valorizarem as queixas dessas mulheres, principalmente os sintomas que se destacam, a investigação do quadro clínico apresentado é mandatória" ressalta o ginecologista.

A mulher não se torna menos mulher ao conviver com a Endometriose, pelo contrário, esta se torna um exemplo a ser seguido. "O que acontece, é que por causa dos fortes sintomas da doença, a mulher acaba perdendo a qualidade de vida, o que pode desencadear o abalo emocional e da autoestima, por este motivo, quero encorajar as mulheres que passam por isso a vencerem essa situação, ao contrário do que muitos pensam, a Endometriose NÃO é uma doença maligna, existem tratamentos eficazes e que devolvem a leveza para a vida dessas mulheres. Fora isso, exames ginecológicos e a observação de sinais que o corpo manifesta são fatores essenciais para a garantia da saúde da mulher" destaca o profissional.

Cólicas intensas não são normais e merecem reconhecimento, a mulher portadora da Endometriose não precisa sentir dor, ela precisa de tratamento adequado. Portanto, não deixe de realizar exames periodicamente e caso seu corpo manifeste sinais além dos habituais, consulte seu médico Ginecologista e relate todos os sintomas apresentados. Preze por sua saúde!






Dr. Patrick Bellelis - graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC. Residência médica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO. Doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Faz parte da diretoria da SBE (Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva) desde a sua fundação e, atualmente, é Diretor de Sede da sociedade. Médico Assistente do Setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo desde 2010. Professor do Curso de Especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva – Pós- Graduação Latu Senso, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês desde 2011. Professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica – IRCAD – do Hospital de Câncer de Barretos, desde 2012. Atualmente Dr. Patrick é membro da CNE (Comissão Nacional Especializada) de Endometriose da FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia


10 perguntas e respostas sobre pressão alta na gravidez


Especialista em pré-natal de alto risco explica todas as questões que envolvem a doença


O período gestacional envolve uma série de mudanças corporais, novidades e transformações para a mulher. Muitas delas podem ser vistas, mas há alterações que são internas, como o afrouxamento dos vasos sanguíneos em função da diminuição da pressão arterial.

Há casos em que as mulheres já possuem a hipertensão antes de engravidar, mas essa doença pode evoluir durante a gravidez. Nas duas situações, pode haver uma série de complicações à mamãe e ao bebê. 

Contudo, se a doença for tratada da maneira correta, a gestação tente a não ter grandes complicações. Para tranquilizar as futuras mamães, a Dra. Ana Claudia Frabetti Koiffman, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz unidade São Caetano, especialista em gestação de alto risco, listou 10 perguntas sobre pressão alta na gravidez:


1.                  O que é hipertensão na gestação? também chamada de pré-eclâmpsia, é uma doença que atinge aproximadamente 5 % das gestantes e se caracteriza pelo desenvolvimento de hipertensão arterial após a vigésima semana de gestação. Quanto mais precoce sua manifestação clínica, maior a gravidade da doença.


2.                  Quais são as causas? os médicos ainda não sabem ao certo o que causa a hipertensão, mas é uma doença imunológica que leva à alteração na circulação placentária e, consequentemente, traz problemas para o bebê.


3.                  É possível tratar a doença sem medicação? Fazer atividade física pode ajudar? não, pois as medicações que reduzem a pressão arterial ainda são a melhor forma de controlá-la. Por ser uma doença que ocorre quando o próprio sistema imunológico não funciona corretamente, a atividade física não interfere, sendo até contra indicada em alguns casos.


4.     Como funciona para quem já tem a doença? nestes casos, as mulheres apresentam risco aumentado para o desenvolvimento de hipertensão gestacional. A prevenção para pré-eclâmpsia se dá com o uso de dieta rica em cálcio e uso de ácido acetilsalicílico (AAS) para alguns casos.


5.                Quais os sinais de que o problema está complicando a gravidez? nos casos em que a pressão arterial está difícil de controlar, os sinais de alerta são surgimento de proteína na urina, restrição de crescimento fetal e diminuição de líquido amniótico.


6.                  Pode causar prematuridade? em casos graves, a única forma de tratamento definitivo é antecipação do parto, muitas vezes antes das 37 semanas de gestação, levando a prematuridade.


7.                  A doença pode prejudicar a formação do bebê? não, pois ela não interfere diretamente na formação fetal, porém indiretamente pode causar envelhecimento placentário e, consequentemente, restrição de crescimento fetal ou diminuição do líquido amniótico.


8.                  E o que pode acontecer com a mãe? todos os órgãos podem sofrer com as repercussões da pré-eclâmpsia, sendo cérebro, fígado e rins os órgãos mais acometidos. Essa gestante deve ser acompanhada por médicos especialistas em pré-natal de alto risco.


9.                  Qual é o perfil das mulheres que podem desenvolver essa doença? mulheres com idade maior que 40 anos, gestação múltipla, obesidade, diabetes pré-existente, algumas doenças reumatológicas, histórico familiar ou de pré-eclâmpsia em gestação anterior.


10.               Quem teve hipertensão na gestação tem maior chance de ter pressão alta ao longo da vida? não existe esta associação para a hipertensão gestacional.




Hospital São Luiz
Blog do São Luiz com a Saúde: http://blog.saoluiz.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/HospitalSaoLuiz
Twitter:
twitter.com/@hospsaoluiz

5 informações que toda mulher precisa saber sobre câncer ginecológico


Brasileiras ainda desconhecem fatores de risco e sinais de tumores que podem afetar o colo de útero, ovário, vagina, vulva e endométrio


De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), os cânceres ginecológicos são responsáveis por 19% dos diagnósticos de câncer no mundo a cada ano. Apesar da aumentada incidência, poucos conhecem – e previnem – esses tipos de tumores femininos ligados ao colo de útero, ovário, vagina, vulva e endométrio.

"O diagnóstico precoce pode salvar vidas, mas muitas mulheres ainda veem esse assunto como um tabu e por isso acabam não levando suas queixas para os consultórios", explica Dra. Michelle Samora, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO), unidade São Paulo do Grupo Oncoclínicas.

Para a especialista Juliana Omineli, da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico, unidade no RJ do Grupo Oncoclínicas, a falta de conhecimento faz com que sinais iniciais da doença sejam ignorados, constribuindo para indentificação tardia do câncer em órgãos femininos.

Confira abaixo algumas informações essenciais sobre os diferentes cânceres ginecológicos:


Fique atenta aos sinais

Os sintomas do câncer de ovário são discretos e demoram a se manifestar. Por isso, na maioria dos casos, é diagnosticado tardiamente, quando a doença já se espalhou pelo aparelho reprodutor, dificultando o tratamento. Quando aparentes, pode ocorrer um aumento do volume abdominal, aumento na vontade de urinar, alterações no ciclo menstrual, dor durante a relação sexual, entre outros. "Muitos sintomas, quando aparentes, são parecidos com os desconfortos do dia a dia da mulher e, na maioria dos casos, são deixados de lado. Caso perceba qualquer alteração, é recomendado que a mulher procure um especialista" afirma a Dra. Michelle Samora.


Mioma e o anticoncepcional

Também ao contrário do que muitas mulheres imaginam, o mioma não é maligno e o uso de contraceptivos é benéfico à saúde do útero. "O mioma é um tumor benigno que pode surgir no útero e não aumenta o risco de câncer. Além disso, o uso de anticoncepcional diminui o risco deste tipo de câncer. Aliás, o que diminui o risco de câncer de endométrio são dieta e exercícios físicos, uso de anticoncepcional e amamentação", destaca a Dra Juliana Omineli.


Hereditariedade

Apenas 10% dos tumores ovarianos são decorrentes da predisposição genética hereditára – causados por uma mutação em certos genes, herdada de pai ou mãe, que pode aumentar o risco de surgimento do tumor. "Em situações especiais, quando avó e mãe apresentaram tumores de ovário é possível realizar exames específicos de análise genética", pontua Dra. Michelle Samora. Caso seja comprovado a suspeita, é possível indicar medidas como a cirurgia preventiva de retirada dos ovários, mas, ainda assim, esta é uma decisão que deve ser tomada de forma conjunta por paciente e médico.


Vacina do HPV e preservativo como forma de proteção

O HPV é o principal fator relacionado ao câncer do colo uterino, de vagina e de vulva. "Quando tomamos conhecimento do agente causador do câncer do colo de útero, os dados são alarmantes, pois 90% das mulheres acometidas com câncer de colo do útero têm o vírus HPV", finaliza Dra. Michelle Samora, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas.


Tipos de câncer de útero

Muitas mulheres desconhecem que existem dois tipos de câncer que podem surgir no útero: o de endométrio (camada interna do útero) e o de colo de útero (porção mais inferior do útero). "Apesar de surgirem no mesmo órgão, são tumores totalmente diferentes. O câncer de colo de útero está muito relacionado à infecção por HPV, já o câncer de endométrio tem relação com hormônio feminino" explica a Dra. Juliana Ominelli. O diagnóstico preciso é feito através da biópsia.




Grupo Oncoclínicas


Alimentos essenciais para a saúde da mulher


 Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher nutricionista elenca nutrientes benéficos para o organismo feminino


Infância, adolescência, adulta e 3ª idade.  Em cada uma dessas fases da vida o organismo feminino tem necessidades nutricionais diferentes. Para auxiliar mulheres de diferentes idades que buscam uma alimentação balanceada, Cyntia Maureen, nutricionista e consultora da Superbom, empresa alimentícia especializada na fabricação de produtos saudáveis, explica em quais alimentos é possível encontrar os nutrientes essenciais para cada faixa etária.

Infância: depois do aleitamento materno exclusivo até seis meses de idade, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde, as crianças precisam de alimentos que tenham, principalmente, ferro, zinco, vitaminas C, A e D. “O ferro, por exemplo, ajuda na formação do cerébro e suas funções neuromotoras. Enquanto as demais vitaminas ajudam na absorção do ferro, no fortalecimento do sistema imunológico e na saúde dos ossos, respectivamente”, esclarece. Frutas variadas, legumes, feijões, grão de bico e banho de sol são recomendados.    


Adolescência: nesta fase, a especialista explica que os hábitos alimentares saudáveis devem incluir muitos alimentos que tenham vitaminas do complexo B, ferro e zinco, para reporem a possível perda de nutrientes com a menstruação e dar mais energia para as jovens durante as atividades. Os pais ainda devem ficar atentos para que elas não sigam dietas da moda na tentativa de imitar padrões de beleza da mídia, pois estas podem ser prejudiciais a saúde e desenvolvimento da adolescente. Logo, é importante basear a alimentação em alimentos de verdade, evitando fast foods e aumentando o consumos dos alimentos naturais e castanhas.  


Adulta: durante a vida adulta nutrientes como vitamina A, C e ácidos graxos essenciais, ou seja, que não são produzidos pelo organismo, são importantes porque regulam as variações hormonais, ansiedade e inchaço, considerados os sintomas mais comuns da TPM. Quanto mais colorida de vegetais e frutas, maior será a quantidade de antioxidantes ingeridos, favorecendo a saúde das células e evitando o envelhecimento precoce delas.


3ª idade: com a chegada da menopausa a mulher passa por muitas transformações hormonais e fica mais suscetível a desenvolvimento de problemas como câncer de mama e no sistema reprodutor. Por isso, é importante consumir alimentos ricos em isoflavona, substância com um efeito parecido ao estrogênio no organismo feminino, além da vitamina E, que ajuda a minimizar as ondas de calor típicas da menopausa.



Superbom


Dia Internacional da Mulher é para a conquista do seu melhor



Qual é, onde está, como acessar?

O pensador argentino José Ingenieros conceitua melhor como o resultado natural da evolução pessoal. A vida, segundo o autor, tende naturalmente a aperfeiçoar-se. Por outro lado, a mediocridade poderia definir-se como ausência de características pessoais que permitam distinguir o indivíduo em sua sociedade, pontua o autor.

Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) ensinava que a atividade é um movimento do ser até o seu estado de perfeição, o que significa que existe em cada organismo uma tensão a se realizar segundo leis próprias, passando da potência ao ato.

Nós mulheres, inteligências borbulhantes, sentimos claramente essa tensão ao melhor de nós, embora tantas vezes não saibamos como alcançar de modo concreto esse melhor. Justo por esse motivo, precisamos saber quem somos, pois é impossível buscar algo que não compreendemos: compreender, entender com inteligência, conter, interpretar e conceber, são sinônimos. Quando sei quem sou é fácil saber o que quero e então vou me organizando, ajustando os ambientes, buscando ferramentas, construindo passo a passo um trabalho que me proporcione satisfação.

Se queremos fazer uma escolha superior devemos qualificar-nos seriamente, definindo com clareza as nossas características pessoais, trata-se de fazer uma pequena revolução interior, perguntar-se: quem sou? Qual é o meu melhor hoje? Onde está? Como conquista-lo?

Para algumas mulheres, o ideal pode ser uma vida como dona de casa e mãe de família, nada tem de errado com isso. A liberdade de escolha é o grande presente que o Século XXI nos traz. 

Iniciamos o Mês da Mulher dando passos decididos em direção à conquista do meu melhor!

Até nosso próximo encontro!




Alice Schuch - pesquisadora e autora do universo feminino

Posts mais acessados