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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Cuidados com o cachorro no Carnaval


A veterinária da DogHero Amanda Peres selecionou algumas dicas importantes para que os foliões caninos possam colocar o bloco na rua sem preocupação


O Carnaval está chegando e muitos pais de cachorro costumam incluir seus filhotes na folia. Mas, para garantir uma diversão segura e saudável, é importante tomar alguns cuidados. A DogHero, aplicativo que conecta pais de cães a passeadores e anfitriões que hospedam o cachorro em casa, separou algumas dicas importantes para que pais e cachorros possam colocar o bloco na rua sem preocupação.

"É importante lembrar que os cachorros são mais sensíveis a barulhos e podem se assustar com a aglomeração de pessoas. Mas blocos de bairro, que são mais família e menores, são uma opção de passeio interessante. Seguindo algumas orientações e tomando os devidos cuidados, a diversão para eles é garantida", explica Amanda Peres, veterinária da DogHero. Confira abaixo as principais orientações: 


Verifique se o bloco ou a festa de Carnaval é pet friendly: além de checar se o ambiente é favorável para o cachorro, é importante evitar aglomerações e caminhar por locais onde a concentração de pessoas é pequena, como em um passeio. Dessa forma, você evita que o cachorro se assuste ou fique estressado durante o trajeto;


Fique atento ao comportamento do seu cachorro: caso ele não seja sociável, fique assustado com facilidade ou não tenha o costume de sair de casa, melhor não forçar a situação. Preste atenção aos sinais: posturas curvadas, com as orelhas abaixadas, pupilas dilatadas, rabo abaixado ou entre as patas traseiras, são indicativos de que o cãozinho está assustado, com medo ou estressado, e isso significa que é hora de tirar ele daquele ambiente imediatamente. Agora, se ele é um bichinho que vive passeando, convivendo com animais e pessoas desconhecidas e se diverte com essa interação, ele é um bom candidato a folião; 


Identificação: é muito importante que o cachorro fique o tempo todo de coleira e guia, com plaquinha de identificação contendo o nome e o telefone de contato dos pais; 


Cuidado com o que ele come e onde ele passa: é necessário ficar atento ao que o cachorro pode ingerir no trajeto do bloco ou da festa. "É comum encontrarmos confetes, serpentinas, purpurina, restos de comida e bebida ou qualquer outro tipo de objeto estranho espalhado por todo o local. Precisamos impedir a ingestão desses itens para evitar qualquer mal-estar", orienta Amanda. O mais importante é ficar atento ao chão: se você enxergar cacos de vidro, saia da região imediatamente para evitar que o cachorro machuque as patinhas;


Fantasias e enfeites são liberados, mas com moderação: é muito fofo e divertido fantasiar os cachorros, mas é importante evitar excessos. Se for fantasiar o seu filhote, verifique se a roupa ou adereço não é muito quente, e se não o impede de trocar calor com o ambiente. Utilize tecidos leves e que sejam confortáveis. Tintas, espumas e glitter que não sejam de uso pet não devem ser utilizadas. "Todas essas substâncias são tóxicas e uma brincadeira de pintar o pelo do animal ou jogar espuma em cima dele pode acarretar em sérios problemas de saúde", explica Amanda;


Atenção à temperatura do chão: Antes de sair, faça o teste com o seu pé descalço ou com a palma da sua mão. Se você não aguentar o contato por mais de dez segundos, é provável que seu cãozinho também não aguente e queime as patinhas. Neste caso, é melhor que ele não saia de casa;


Hidratação, sempre: não se esqueça de levar água fresca para oferecer ao cãozinho. Mesmo que ele não aparente estar com sede, ofereça água e estimule a ingestão dela para evitar que ele passe mal com o calor. É recomendado que sejam feitas pausas durante o passeio para que ele descanse e recarregue as energias;


Vacinas em dia: como a interação entre pessoas, animais e ambientes desconhecidos são intensos nesse período, é crucial que as vacinas do cachorro estejam em dia, assim como o controle contra pulgas e carrapatos.


Carnaval: atenção à combinação de álcool com calor


Com as altas temperaturas que acompanham os dias de folia muita gente fica com mais vontade de consumir bebidas alcoólicas. A combinação, no entanto, pode ocasionar consequências ao organismo e interromper a diversão. De acordo com a cardiologista infantil e médica do esporte do Hospital Edmundo Vasconcelos, Silvana Vertematti, a desidratação está entre os efeitos e não pode ser ignorada.

A perda de líquido do corpo pela ação do álcool de inibir de mecanismos antidiuréticos no organismo, e pelo calor, podem desencadear um mal-estar. "É importante estar atento aos sinais como boca seca, indisposição, dores de cabeça e até mesmo vômitos, que aceleram o processo de desidratação", alerta a médica.

Mas as consequências do consumo excessivo de álcool vão além da desidratação. A especialista explica que o hábito aumenta as chances de hipoglicemia, acarretando desmaios e, em casos mais graves, provoca coma alcoólico. Para evitar esse tipo de situação, a saída é tentar controlar o consumo e beber água adequadamente.

"A combinação entre álcool, altas temperaturas e desgaste físico faz com que a perda de líquido seja intensificada, tanto por urina e suor, e por isso é importante manter-se hidratado. Muitas pessoas acreditam que perdem peso em um dia de bloco, mas o que ocorre é uma desidratação", complementa Silvana Vertematti.

O ideal, de acordo com a cardiologista, é intercalar a mesma quantidade de bebida alcoólica consumida com a de água. "A cada duas latas de cerveja, por exemplo, é preciso ingerir entre 500 ml e 1 litro de água ou líquidos de acordo como o paladar e as necessidade individuais a fim de repor o líquido perdido e impedir essas reações do organismo", finaliza a médica.



Hospital Edmundo Vasconcelos.

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Carnaval: como controlar a impulsividade e tomar decisões responsáveis?


 Nas festividades do feriado, especialista em habilidades socioemocionais dá orientações sobre atitudes que podem evitar consequências negativas e arrependimentos futuros


Período de diversão e festas, o carnaval é capaz de despertar e estimular emoções agradáveis, como a alegria. Essa emoção, em seus diferentes níveis, leva as pessoas a sentir do prazer sensorial à euforia. O problema é que, dependendo da intensidade desses sentimentos, temos dificuldade em analisar situações com calma, para tomar uma decisão responsável.

Segundo o educador e fundador do Programa Semente, Eduardo Calbucci, qualquer momento que envolve uma emoção de alta intensidade prejudica a capacidade das pessoas de fazer boas escolhas. Por isso, o carnaval é uma época mais suscetível para comportamentos impulsivos. Excesso de consumo de bebidas alcoólicas, uso de drogas, relações sexuais sem proteção, mistura de bebida e direção, tudo isso acaba acontecendo nesse período de festas e dificulta a capacidade de julgamento. “Como se não bastasse as emoções estarem à flor da pele, ainda podemos ter esses outros elementos que prejudicam ainda mais a tomada de decisões”, afirma o educador.

Fazer uma escolha responsável é essencialmente saber medir consequências de curto e longo prazo.  “Muitas vezes, controlar os impulsos é perder um prazer de curto prazo em nome de um benefício de longo prazo”, ressalta Calbucci. Em momentos como esse, tomar decisões responsáveis é algo difícil, mas existem estratégias que podem ajudar, e uma delas é contar com a boa vontade dos amigos.

“Se puder falar para um amigo que você costuma não fazer boas escolhas nesse período, peça para que ele alerte você, caso você esteja fazendo alguma coisa que normalmente você faria. Dessa forma, você consegue reavaliar a situação. Pode ser uma estratégia simples para fazer com que a pessoa repense as consequências dessa ação”, diz o educador.

E se algum desconhecido estiver prestes a cometer algum ato impulsivo? Segundo Calbucci, o carnaval também é uma época para que as pessoas tentem ser, na medida do possível, empáticas. Alguém que bebeu demais e precisa de ajuda; uma mulher que está passando por assédio; alguém que se tornou agressivo. Em cada situação, é possível agir de forma responsável para dar apoio a quem precisa. “Num momento de raiva e agressividade, por exemplo, o ideal é afastar essa pessoa do foco da confusão. Um dos elementos mais simples para controlar a raiva é justamente você sair do olho do furacão. Em geral, é só se afastar para diminuir a intensidade da emoção do momento”, indica o educador.

Essa intensidade emocional do carnaval pode ser canalizada para atitudes boas ou ruins, e nessa época as pessoas estão mais expostas a comportamentos de risco. De acordo com Eduardo Calbucci, uma ação impulsiva pode trazer consequências para a vida toda, como uma DST. O consumo de alguma substância desconhecida também pode deixar as pessoas vulneráveis e, por isso, expostas a alguma situação de abuso. “Medir tudo isso, entendendo o risco de estar vulnerável, pode nos ajudar a ligar na cabeça uma espécie de alarme, que nos avisa quando estivermos passando do limite. ”

A melhor forma de orientar os jovens para se divertirem no carnaval e serem responsáveis é incentivar uma reflexão acerca do arrependimento que atitudes impulsivas podem trazer. “Essa é uma pergunta que deve ser feita: ‘eu posso me arrepender disso depois?’. Se a resposta for afirmativa, é um bom sinal para reavaliar a situação”, diz Calbucci. Esse estímulo pode ser feito também pelos pais, considerando que proibições e cobranças dificultam o amadurecimento do jovem, diminuindo o desenvolvimento da autonomia.  “É importante dizer que não dá para voltar atrás numa decisão errada, mas você pode tentar diminuir os efeitos negativos gerados por ela”, ressalta.


Programa estruturado - Dentro do Programa Semente, iniciativa que desenvolve habilidades socioemocionais em escolas de todo o Brasil, a tomada de decisões responsáveis e o autocontrole estão dentro dos cinco domínios principais trabalhados entre crianças e adolescentes. Segundo Calbucci, estudos mostram que jovens e adolescentes que foram submetidos ao ensino das emoções estão muito mais preparados para tomar boas decisões. “Eles desenvolvem autocontrole e entendem que essas emoções mais intensas podem prejudicar a capacidade de fazer boas escolhas”, diz o educador.

Entre as atividades do Programa, o exercício da empatia ajuda para essa tomada de decisão responsável. “Uma pergunta que a gente faz muito dentro do Programa Semente é: ‘se você tivesse um amigo ou amiga na mesma situação, o que você diria para ele? ’. Provavelmente o que você diria é o que você acha que é correto, então por que você não segue o próprio conselho? “, conclui.





Programa Semente


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