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sábado, 27 de outubro de 2018

OBESIDADE AMEAÇA A SAÚDE DOS PETS


 Cuidados com a escolha do alimento e o manejo alimentar são fundamentais para prevenir e combater a doença em cães e gatos




Estima-se que no Brasil mais de 40% dos pets está acima do peso. Crédito: Shutterstock



A obesidade é uma doença causada pelo excesso de gordura corporal e representa um dos problemas de saúde que mais acometem os animais de estimação atualmente. Não existem dados estatísticos no Brasil, mas estudos recentes nos Estados Unidos e Europa mostram a prevalência de 24% a 44% de cães e gatos com sobrepeso ou obesos. 

Estima-se que no Brasil esse índice supere os 40%, uma prevalência muito alta. Animais nessas situações precisam de tratamento orientado, inclusive porque o excesso de peso acarreta em outros problemas ao longo do tempo, como doenças ortopédicas, cardiorrespiratórias, diabetes, problemas urinários, distúrbios reprodutivos, neoplasias, doenças dermatológicas e complicações anestésicas, afetando de forma determinante sua saúde e longevidade.

“Os cuidados com a escolha do alimento e o manejo alimentar são fundamentais para prevenir e combater o excesso de peso, por isso devem ser tratados como prioridade pelos donos de cães e gatos. Para um cuidado nutricional adequado, o primeiro passo é a consulta ao médico veterinário para a avaliação nutricional completa”, afirma Keila Regina de Godoy, médica veterinária, gerente de capacitação técnica da PremieRpet®.

Estudos atuais determinaram que a avaliação nutricional deve estar na rotina dos atendimentos veterinários, pois é considerada o quinto sinal vital dos animais, ou seja, hoje se sabe que a avaliação nutricional é tão importante como parâmetro de saúde do animal quanto a temperatura, a frequência cardíaca, a frequência respiratória etc. “Somente a partir desta avaliação é que será possível indicar qual o alimento ideal de acordo com as condições clínicas do animal”, explica Keila.

Justamente a escolha do alimento correto é uma das principais dúvidas de quem tem um pet que já está acima do peso. Afinal, qual a diferença entre o alimento light e o alimento para obesidade? Muitas pessoas ainda acreditam que se trata apenas de uma nomenclatura do mercado. Porém, é importante que se saiba: esses alimentos têm composições e indicações diferentes, que devem ser respeitadas para o sucesso do tratamento.


Light X Obesidade

Enquanto o alimento para obesidade é indicado como coadjuvante no tratamento clínico da doença obesidade, o alimento light é recomendado para animais com sobrepeso ou em fase de manutenção do peso. “Os dois alimentos são cientificamente balanceados e possuem diferentes níveis de energia, gorduras, proteínas e carboidratos. Diferem também entre si quanto à presença de ingredientes especiais para suporte à saúde articular, saciedade, auxílio na queima de gordura etc. Outra diferença importante: o alimento Light pode ser usado por toda a vida, já o Obesidade é recomendado apenas até atingir o peso ideal”, esclarece Keila.

Um ponto em comum, segundo ela, é que ambos são formulados para proporcionar perda de peso saudável, ou seja, possuem calorias reduzidas, porém mantendo níveis ótimos de vitaminas, minerais e proteínas, garantindo assim que o animal não tenha nenhuma carência nutricional e que não perca massa magra. 

A tabela abaixo mostra qual o produto ideal para cada grau de excesso de peso:


CONDIÇÃO CLÍNICA
DESCRIÇÃO
ALIMENTO INDICADO
Sobrepeso
Animal com peso até 15% acima do ideal
Light
Obesidade
Animal com peso entre 15% e 30% acima do ideal
Coadjuvante ao tratamento da Obesidade
*a indicação do alimento deve considerar a avaliação clínica e nutricional do animal e ser feita por um médico veterinário.


Importante: nos casos de animais obesos, para evitar que o animal volte a engordar, é recomendável que, após chegar no peso ideal, o cão ou gato passe a receber um alimento Light pelo mesmo tempo que usou o Obesidade. Ou seja, se para chegar no peso ideal adotou o alimento obesidade por 6 meses, deve adotar por no mínimo mais 6 meses um alimento Light. Segundo Keila, em alguns casos esse período pode ser estendido até para toda a vida do pet, conforme critério do veterinário e com base na avaliação nutricional e nível de atividade física.

Ela destaca ainda que não é recomendável fazer o tratamento por conta própria e sem supervisão especializada. “A orientação do veterinário é muito importante não só para o diagnóstico e indicação do alimento correto para cada animal, mas também para o acompanhamento e controle de perda de peso, garantindo que o emagrecimento realmente aconteça de forma saudável e seja feita a manutenção depois, evitando o efeito sanfona”, afirma. Além disso, é importante verificar se o animal não possui outros problemas de saúde correlacionados à obesidade.



Principais causas da obesidade e como prevenir

Para prevenir o desenvolvimento da obesidade é importante estar alerta às principais causas que levam ao acúmulo de gordura corporal e desenvolvimento da doença. A alimentação inadequada é a principal delas, mas existem também outras menos conhecidas. Confira abaixo as principais.

Transferência de hábitos
Pessoas com hábitos alimentares inadequados tendem a transferir isso ao pet.
Excesso de petiscos
Os "extras" não devem superar 10% da quantidade calórica diária.
Comida caseira
Não oferecer comida caseira sem orientação especializada e nunca oferecer restos de comida.
Ração em quantidade exagerada
Importante seguir a recomendação de consumo diário indicada na embalagem do alimento.
Humanização
Animais e humanos têm necessidades alimentares diferentes e isso deve ser respeitado.
Sedentarismo
Promover pelo menos 30 min de atividade física diária com passeios ou brincadeiras.
Idade
Cães com idade mais avançada e gatos adultos jovens são mais suscetíveis.
Sexo
Estudos apontam que as fêmeas têm mais predisposição ao ganho de peso. Redobre a atenção.
Castração
A obesidade é duas vezes mais frequente em animais castrados.
Predisposição genética
Há raças mais suscetíveis, como labrador, Beagle, Basset hound, Dachshund, Cocker etc
Distúrbios de comportamento
Ansiedade por causas diversas (como solidão) pode causar um apetite voraz. Os animais precisam de atividade para manter sua saúde física e mental.

Doenças hormonais
Hipotireoidismo e hiperadrenocorticismo podem levar entre outros problemas à obesidade, e uma vez diagnosticados devem ser tratados


Quando se trata de excesso de peso, Keila alerta que vale ouro aquela velha regra que já conhecemos: é sempre muito mais fácil prevenir do que remediar. “Quem tem um pet deve estar consciente da responsabilidade sobre a saúde de seu animal. Cães e gatos não abrem a geladeira, não podem escolher o que comer ou quantas vezes, portanto, cabe ao proprietário protegê-lo da Obesidade. E caso o sobrepeso se instale, ele deve ser rapidamente combatido para que não evolua para um quadro de Obesidade”, finaliza.






PremieRpet®
PremieR Responde: 0800 55 6666 (de segunda à sexta das 8h30 às 17h30)



Pesquisa mostra que animais de estimação ajudam a combater a solidão


Encomendada pela Mars Petcare, resultados apontam que 75% dos entrevistados deixaram de se sentir sozinhos 1 mês após a chegada do pet em sua vida


A Mars Petcare, maior empresa de alimentos e cuidados para pets do mundo e líder global no segmento, encomendou à OnePoll, empresa especializada em pesquisas, um estudo sobre o impacto dos pets na vida de pessoas que se dizem solitárias ou sobrecarregadas no trabalho. 
Os resultados mostraram que 33% dos entrevistados se descrevem como "socialmente isolados" e, especialmente entre os adultos, sentir confiança é algo raro, já que alegam ter apenas 2 pessoas em quem podem realmente confiar. Há inúmeros fatores apontados como gatilhos para esse isolamento, mas destaca-se a dedicação excessiva ao trabalho – 32% dos entrevistados revelaram que horas extras foram prejudiciais à sua vida pessoal – e o exagero no uso das redes sociais – 25% das pessoas admitiram que grande parte de suas interações sociais acontece online.  A pesquisa também descobriu que os entrevistados se sentem sozinhos, em média, 7 dias por mês, que 6 em cada 10 pessoas apresentam ansiedade social e mais de 75% evitam a completa socialização. Além disso, 44% acham que o ser humano está menos amigável do que era há apenas 5 anos, 75% acreditam que as pessoas estão se tornando mais distantes uma das outras em comparação às gerações anteriores e 1 em cada 6 entrevistados admite que se preocupa mais com o que os outros pensam sobre ele do que há 5 anos atrás.
No entanto, os animais de estimação parecem fazer toda a diferença: 21% das pessoas que possuem gatos e cães disseram se sentir sozinhas, em comparação aos 32% dos que não tem animais de estimação.
De acordo com Deri Watkins, Executivo da Mars Petcare, os animais de estimação podem fazer parte da solução para a crescente questão da solidão. “Somos extremamente apaixonados pelo assunto e essa pesquisa mostra a diferença tangível que nossos amigos caninos e felinos podem fazer na vida das pessoas solitárias”.
Aqueles que possuem um animal de estimação revelaram que ter um pet faz toda a diferença e impulsiona a vida social:
·         82% dos tutores de animais entrevistados se sentiram menos sozinhos ao receber um animal.
·         4 em cada 5 entrevistados disseram que o sentimento de isolamento desapareceu 1 mês depois do pet passar a fazer parte de suas vidas.
·         6 em cada 10 pessoas entrevistas relataram que o pet é seu companheiro mais próximo.
·         85% dos entrevistados disseram que seu animal faz a casa um lugar mais feliz para se morar.
·         Mais de 50% das pessoas entrevistadas atribuem ao pet um novo senso de propósito para suas vidas.
·         50% dos entrevistados tutores de cães têm mais probabilidade de conversar com pessoas que não conhecem quando caminham com o pet.
·         62% dos entrevistados que possuem um cão disseram que fazem mais exercício.

Sobre a pesquisa: a pesquisa foi conduzida pela One Poll para a Mars Petcare, no Reino Unido, em julho de 2018, e contou com uma amostra de 2.000 pessoas adultas.


Câncer em pets: como prevenir e tratar


Avanços na Oncologia Veterinária facilitam cura e controle da doença

Nos meses de outubro e novembro há uma intensa mobilização da sociedade na luta contra o câncer. Mas a conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce não vale apenas para os seres humanos. O câncer exige atenção e cuidados especiais também com os pets.

As neoplasias estão entre as principais causas de morte de animais domésticos. Dentre os tumores mais frequentes atualmente estão os de glândula mamária, os de pele e os relacionados com o sistema hematopoiético (ligados ao sistema imunológico), conforme explica o médico-veterinário oncologista Dr. Rodrigo Ubukata, membro do Grupo de Trabalho em Quimioterapia Veterinária do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP).

Além de fatores genéticos e moleculares, o ambiente no qual o animal está inserido, o contato com substâncias tóxicas, as alterações do sistema imunológico e os processos inflamatórios crônicos podem ser fatores desencadeantes do câncer. "Hoje sabemos que o câncer é uma doença multifatorial e ainda é muito difícil determinar o que leva cada paciente a desenvolver a doença" diz Ubukata.

Medidas de prevenção podem e devem ser adotadas pelos tutores. Isso inclui avaliações periódicas com um médico-veterinário, mesmo que o animal aparente estar saudável. "Conforme os animais vão ficando mais velhos é importante intensificar as visitas clínicas", orienta Dr. Rodrigo Ubukata. Ele ressalta ainda que a castração precoce de cadelas e gatas é um dos métodos mais eficazes para reduzir a incidência de tumores mamários, bem como de tumores venéreos transmissíveis (TVT) tanto em machos quanto em fêmeas.

Os tutores devem ficar atentos a qualquer anormalidade, como presença de nódulos, feridas que não cicatrizam, sangramentos, odores estranhos, dificuldades para urinar ou evacuar, tosses/espirros sem causas aparentes, emagrecimento, perda de apetite, etc. Esses sintomas são comuns a várias doenças, inclusive ao câncer.

O diagnóstico varia de acordo com as suspeitas e com o tipo do tumor. De um modo geral, envolve entrevista médica-veterinária (anamnese), exames físicos, exames laboratoriais (de sangue, de urina, citologias, bioquímicos etc) e exames de imagem (radiografias, ultrassonografias, tomografias computadorizada e ressonâncias magnéticas). "Exames histopatológicos, imunoistoquímicos e moleculares normalmente são necessários para conclusão do diagnóstico", observa Ubukata.


Tratamentos cada vez mais eficazes e com menos efeitos colaterais

A partir do diagnóstico, é possível identificar o tipo de câncer e, então, definir o melhor tratamento para o animal. Segundo Rodrigo Ubukata "nenhum tratamento é igual ao outro, pois os tumores variam entre si e também entre os pacientes, de acordo com o estágio da doença e sua manifestação."

A terapêutica se desenvolveu bastante nos últimos anos. Dentre os avanços, Ubukata cita as novas técnicas e modalidades cirúrgicas e anestésicas, que oferecem resultados melhores e diminuem os riscos aos pacientes; as novas quimioterapias antineoplásicas; as radioterapias (aceleradores lineares), que estão cada vez mais eficientes; as terapias alvo e a imunoterapia com substâncias que promovem a estimulação do sistema imunológico.

Com a mudança da relação homem-animal, as pessoas estão mais sensibilizadas e motivadas a tratarem seus pets que hoje são considerados parte da família. "Nessa minha trajetória de quase 20 anos dedicados exclusivamente à Oncologia Veterinária já vi muitos tutores fazerem de tudo pelos seus animais, até irem para outros países para fazer tratamentos que não existiam aqui ou venderem seus bens para custear determinada terapêutica", relata Ubukata.





Sobre o CRMV-SP
O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do Estado de São Paulo, com mais de 35 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, Estados e Municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.


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