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quarta-feira, 13 de junho de 2018

O envelhecimento auditivo não é mais problema só dos idosos


Alguns "maus" hábitos dos jovens estão fazendo com que a perda auditiva seja noticiada cada vez mais cedo

O processo de envelhecimento do aparelho auditivo é natural, assim como o de qualquer outra parte do corpo. Com o passar do tempo, o tímpano, membrana bastante fina e semitransparente do ouvido médio, perde sua elasticidade e as articulações dos ossículos, também do ouvido médio, tornam-se enrijecidos, afetando a transmissão do som.

"Mas a principal consequência do envelhecimento auditivo é a deterioração irreversível das células ciliadas responsáveis pela audição  localizada no ouvido interno. Elas não se regeneram e causam uma perda auditiva bastante significativa”, explica de forma resumida a Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães, Otorrinolaringologista e Otoneurologista de Curitiba, PR.

É comum que, após os 50 anos, a capacidade auditiva diminua, tanto devido ao envelhecimento natural quanto a exposição, ao longo da vida, a ruídos ou sons fortes, hábitos errados, - como a má alimentação ou o vício em tabaco, - ou o uso constante de fones de ouvido.

A especialista comenta que, dependendo da causa da perda de audição e também de qual parte do ouvido foi prejudicada, ela pode ser – ou não – irreversível. “Se o problema acontecer no ouvido externo, que é o pavilhão e o conduto auditivo, por exemplo, a possibilidade de recuperação é maior, pois muitas vezes o problema é causado por algum acúmulo de cera ou algo do tipo. Porém, quando o problema é no ouvido médio ou interno a situação se torna mais complicada”, explica.

Para tornar a explicação mais didática e fácil de ser visualizada, Rita utiliza a metáfora do piano. “As células ciliadas situadas dentro da cóclea no ouvido interno, que são as responsáveis pela audição, não se recompõem. Ou seja, uma vez que elas são danificadas, assim permanecem. A nossa cóclea funciona como se fosse um piano e as células ciliadas como se fossem as suas teclas. Quando existe algum problema em alguma das teclas, o som do piano não sai da forma correta. E tudo isso acontece dentro do ouvido interno, o local mais difícil de ter os problemas revertidos”, alerta. 

É sabido que mais da metade dos idosos sofrem com a perda auditiva - Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 70% dos idosos no Brasil têm algum tipo de perda auditiva. Ser um idoso portador de deficiência auditiva é algo que vai além do fato do indivíduo não ouvir bem, pois esse é um problema que pode levar a implicações psicossociais sérias para a vida deste indivíduo e para os que convivem com ele.

As frustrações enfrentadas por ele devido à incapacidade de compreender o que os familiares e amigos estão falando tornam-se um desafio. “Portanto, muitas vezes é mais fácil para o idoso afastar-se das situações nas quais ocorra a comunicação ao invés de enfrentar embaraços decorrentes da falta de compreensão ou respostas inapropriadas. Devido a isso, muitas vezes eles isolam-se, tornam-se menos tolerantes e podem até sofrer com depressão”, explica Rita. 

Porém, a nova geração vem apresentando problemas auditivos cada vez mais cedo. Em uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, mais da metade dos adolescentes entrevistados se disseram “dependentes” de fones de ouvidos, e coincidentemente ou não, todos apresentaram três dos principais sintomas de perda de audição: ouvir constantemente zumbidos, aumentar o volume da TV e do rádio e dizer “Hein!?”, “Hã?!” e “O quê?!” durante conversas normais e em ambientes pouco ruidosos.

O que isso significa? Que esses adolescentes já apresentam ou irão apresentar, em um tempo menor do que antigamente, ou seja, antes da velhice, problemas auditivos.

Para evitar esses problemas, a dica é evitar locais muito ruidosos que exijam a elevação do tom de voz, evitar ouvir música em volume muito alto – principalmente com fones de ouvido, - usar protetores auditivos sempre que frequentar ambientes com barulhos extremos, nunca pingar remédios ou fórmulas caseiras dentro do ouvido sem indicação médica e não utilizar em hipótese nenhum objeto pontiagudo para limpar a orelha, pois eles podem machucar o tímpano. 






Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009) - Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR
Rua Fernando Simas, n° 705, nas Mercês, quarto andar, salas 41 e 42, Curitiba PR.

 

Joelho, atenção obrigatória


Médico ortopedista alerta sobre problemas no joelho e como proceder nesses casos
 
Não precisa ser um atleta para ter problemas no joelho. Geralmente, obesidade, sedentarismo, atividades físicas sem orientação adequada, entorses e/ou traumatismos podem estar relacionados com sintomas nos joelhos.  Lesões meniscais, lesões ligamentares, tendinopatias e condropatias, acontecem com frequência e são comuns a todas as pessoas, atletas ou não.

Alguns fatores aumentam o risco desenvolver patologias  no joelho, e devem ser tratados rapidamente, pois em alguns casos podem tornar-se crônicos e incomodar bastante o paciente, é o que alerta o Dr. Matheus S. Teixeira, médico da Clínica Fraturas Hauer e ressalta, “Obesidade, atividade física sem orientação adequada, acidentes, entre outros fatores, podem desencadear problemas no joelho.” O médico explica, ainda,  que qualquer desconforto no joelho não deve ser desconsiderado e o paciente deve procurar um profissional capacitado, para que possam ser realizados os procedimentos de diagnóstico e tratamento.

Geralmente, as  mulheres tendem a ter mais problemas no joelho alerta o doutor. Provavelmente por um menor volume muscular, associado ao sedentarismo e/ou a alterações anatômicas inerentes ao sexo feminino que podem predispor a problemas nos joelhos.  O uso frequente de salto alto também é outro fator que agrava o quadro.  Os achados científicos indicam que uso de salto alto promove sobrecarga musculo-esquelética e alterações biomecânicas da marcha, com passos mais curtos,  lentos e com menor amplitude articular.  Há uma hiperlordose lombar, o aumento da flexão do joelho durante o apoio do calcanhar e o aumento da  sobrecarga  sobre o antepé. A altura do salto é diretamente proporcional a intensidade dessas alterações. Por esses motivos, o uso de salto altos aumenta a chance de desenvolver dor lombar dor no joelho e nos pés, calosidades, entre outros.  

Para diminuir os sintomas use  salto alto com parcimônia e de preferência à sapatos com saltos mais largos. Além disso, sugiro realizar exercícios físicos regularmente e fortalecer a musculatura do abdômen, quadril e joelhos.







Clínica de Fraturas Hauer
Dr. Matheus S. Teixeira - CRM 35758 - Ortopedista Especializado em Joelho e Medicina Esportiva
Rua Miguel Poholink, 104, Hauer, Curitiba-PR.


Dor de cabeça: quando devo procurar um médico?


Estar atento à frequência e aos sintomas que acompanham as cefaleias é fundamental para saber o melhor momento de marcar uma consulta com um especialista


A cena é familiar: após chegar em casa do trabalho, a cabeça lateja e o corpo pede repouso. Basta um simples comprimido analgésico e uma noite de sono para a dor desaparecer e o dia seguinte ser produtivo. Mas, quando esse cenário vira rotina e prejudica a qualidade de vida, ou vem acompanhado de outros sintomas, deve-se ficar atento e procurar ajuda médica.

"Existem inúmeros tipos de dor de cabeça. Por vezes não é a próprio problema, como no caso da habitual enxaqueca ou da cefaleia tensional, mas sim um sintoma de algo mais grave. Caso a dor de cabeça mude de característica em relação ao que está acostumado, tornando-se intensa e noturna, ou venha acompanhada de alterações na visão, enjoos, vômitos e até crises convulsivas, é preciso procurar um médico. Para o diagnóstico correto da causa desses sintomas, podem ser solicitados exames como tomografia e ressonância magnética cerebral", explica o doutor Marcelo Prudente do Espirito Santo, Neurocirurgião do Hospital Santa Catarina (SP).

Ao consultar o médico, tenha em mãos as seguintes informações sobre as dores de cabeça que vem sentindo, para facilitar o diálogo com o profissional e até o diagnóstico: quanto tempo a dor costuma durar? Em qual região ela é sentida? Qual é a intensidade? Que tipo de dor é (crônica, aguda)? Quais outros sintomas a acompanham?


O que não fazer se as dores de cabeça forem frequentes

Evite o uso excessivo de analgésicos, pois eles podem levar a um ciclo vicioso de dor e por vezes agravar o caso. Se os episódios de crise de enxaqueca ocorrerem 10 ou 15 vezes por mês, essa recomendação deve ser seguida à risca. "Algumas células no sistema nervoso central produzem endorfina, que ajuda no combate à dor. O uso frequente de analgésicos acaba prejudicando a produção dessa substância, obrigando o paciente a toma-los cada vez mais, uma vez que as dores de cabeça se intensificam bastante", afirma doutor Marcelo.

Nesses casos, é indicado suspender a medicação para que o sistema nervoso volte a produzir endorfinas e o organismo desenvolva sua defesa natural contra as dores de cabeça frequentes. "Embora a interrupção do uso de analgésicos nesta situação possa fazer com que o indivíduo sofra por um período, depois ele estará livre delas, graças ao aumento da produção de endorfinas", conclui o especialista em Neurocirurgia do Hospital Santa Catarina.



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