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O
médico otorrinolaringologista Fayez Bahmad Jr do Instituto Brasiliense de
Otorrinolaringologia (Iborl) alerta sobre os cuidados
O
fone de ouvido caiu no gosto dos brasileiros, seja para lazer ou para o
trabalho, é usado quase diariamente. Apesar da praticidade, o uso exagerado e
incorreto vem preocupando os médicos. Dados da Sociedade Brasileira de Otologia
(SBO) apontam que 35% dos
casos de surdez são consequências da exposição a ruídos diários
- também presentes em shows,
boates e festas.
O
médico otorrinolaringologista do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia
(Iborl), Fayez Bahmad Jr aponta que esse tipo de problema, conhecido como perda auditiva induzida por ruído,
é uma das doenças mais frequentes entre crianças e adolescentes. " Vocês
pais e mães fiquem atentos se seus filhos estão expostos a ruídos intensos, de
mp3 players, trios elétricos, casas de shows, explosões de fogos de artifícios,
entre outros. Isso pode causar perda auditiva neurossensorial irreversível, por
lesão das células sensoriais do aparelho auditivo", alerta.
De
acordo com Bahmad aconselha-se o mínimo de exposição possível. "A forma
adequada de se utilizar os fones de ouvido é nunca ultrapassar a intensidade
média do aparelho, por exemplo, se o volume do aparelho vai de 0 a 10, você não
pode ultrapassar a média, o 5, porque nele contém a intensidade de som que é
tolerável a partir disso, pode gerar perda auditiva.
Ele
explica que o efeito é cumulativo e que a intensidade e o tempo dependentes.
"A partir da exposição a sons com intensidade de 80 db por um período
superior a 30 minutos o aparelho auditivo começa a desenvolver lesões em suas
células que são muito sensíveis", ressalta.
"A perda auditiva induzida por ruído é a doença mais
comum dos tempos modernos e infelizmente nossas crianças estão expostas a esse
tipo de coisa e desenvolvendo perda auditiva desde uma idade muito precoce e
isso deve ser evitado", finaliza Bahmad.