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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

“O Brasil está brincando com fogo”, alerta governista sobre não aprovação da reforma



Em mais evidência há pelo menos seis meses, a reforma da Previdência tem sido motivo de longas discussões dentro do Governo. No Congresso Nacional, a luta é para conseguir os 308 votos necessários para que a reforma seja aprovada. Antes cogitada para outubro, a votação foi adiada para dezembro deste ano e depois foi batido o martelo para que seja retomada na primeira semana de fevereiro de 2018.

De acordo com dados do Tesouro Nacional, a estimativa de déficit no setor previdenciário para este ano é de R$ 181,6 bilhões. “Se nada for feito, daqui a dez anos só vão sobrar 18% para educação, saúde, segurança, ciência, tecnologia, meio ambiente, relações exteriores, porque 82% vão ser para a Previdência e benefícios sociais”, projeta o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG). O partido fechou questão na última semana a favor da reforma, mas ainda não definiu se haverá punição para os que votarem contra a medida.
O presidente Michel Temer já avisou que não vai desistir da reforma e pediu que a discussão não parasse durante o recesso dos parlamentares, que teve início na semana do dia 18 de dezembro.


PIB

Recentemente, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um estudo que afirmava que, em 2050, 17% do PIB seriam voltados somente para aposentadorias no Brasil se o sistema permanecer da forma atual. A média esperada em outros países para esse período gira em torno de 9%. “É muito importante observar a tendência desses números. Se continuar como está, de fato, o gasto com previdência no Brasil deverá absorver uma proporção muito grande dos gastos”, comenta o especialista em finanças Marcos Melo.


Para Pestana, um dos motivos da crise econômica é a Previdência. “O Brasil, se não ajustar suas contas públicas, se não fizer a reforma, vai cair num buraco, vai cair em uma crise de novo”, diz. E acrescenta: “Todo sistema previdenciário tem que ter duas pré-condições, ele tem que ser sustentável e justo. O sistema no Brasil não é nem justo e nem sustentável”, lamenta.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou um estudo no início de dezembro que mostra que, entre 1992 e 2015, o número de pessoas recebendo o benefício da aposentadoria passou de 8,2% para 14,2%. E com o crescimento da população idosa, ainda segundo o estudo, a tendência é que o número de beneficiários aumente. “O envelhecimento já está tendo impacto e isso implica a necessidade de ajustes”, avisa o coordenador de Previdência Social do Ipea e autor do estudo, Rogério Nagamine.

O número de idosos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceu 16% entre 2012 e 2016. “O Brasil está brincando com fogo. Se não tomarmos as atitudes corretas, nós vamos viver uma nova crise, e grave”, diz Marcus Pestana. “Como dizia Ulisses Guimarães, ‘nós estamos fazendo piquenique na boca do vulcão”, finaliza.





Jalila Arabi

Fonte: Agência do Rádio Mais 




APESAR DE VOCÊ, GILMAR MENDES, “AMANHÃ HÁ DE SER OUTRO DIA”



                    Do notável humorista e ator Grouxo Marx: “Estes são meus princípios; se não gostar, tenho outros”. 


Pois eu uso os mesmos princípios há tanto tempo que não saberia servir-me de outros. Um deles me impede de invadir a consciência alheia para emitir juízos de caráter. Considero violência fazê-lo. No entanto, quando uma figura pública mostra, de modo reiterado e persistente, total desmazelo em relação à própria imagem, eu me sinto desobrigado de manter a prudente condescendência que ela não outorga a si mesma. O ministro Gilmar Mendes se enquadra nesse caso. Nos últimos meses, tornou-se o personagem mais mencionado da cena brasileira, comparecendo a todas as rodas, mesas e colunas de jornal. 

O dever de formar opinião sobre figuras de tal porte não é facultativo, mas impositivo à condição de cidadão. Se, como ministro do STF, Gilmar já é, por natureza, uma pessoa pública, suas ações desde o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE o trouxeram para o centro da ribalta, onde vaias e aplausos não costumam ser poupados. E nesse particular, o ministro foi, aos poucos, personificando os inimigos da Lava Jato. Quem quiser dar-lhes rosto e representar a proteção aos corruptos forçosamente desenhará uma face redonda, bochechuda, e lábios arqueados para baixo sob o peso de uma personalidade insolente. 

       Afinal, alguém precisa proteger os endinheirados do Brasil; alguém, neste país tão injusto, precisa mostrar que corruptos ricos também têm direitos e que a cantina do presídio não é lugar para grã-finas. Cartéis não devem ser misturados, todo mundo sabe. Bastou Lula dizer que o Rio não merece ter governadores presos por haverem roubado o dinheiro do povo para Gilmar devolver Garotinho aos braços desse mesmo povo. E só não soltou a esposa Rosinha porque esta já estava em casa, claro, de tornozeleira, esperando pelo marido, como convém às vésperas do Natal. Ora essa! Bando de gente desumana!

       Quaisquer pressupostos favoráveis à conduta de Gilmar Mendes, que se exalta suas próprias responsabilidades na “jurisprudência libertária da 2ª Turma”, caem ante a opinião que dele fazem os próprios colegas de corte. Já a expressava Joaquim Barbosa quando literalmente o acusou, em plena sessão do tribunal, de estar “destruindo a justiça deste país”. Revelou-a, recentemente, Roberto Barroso, quando jogou-lhe em rosto essa “leniência que Vossa Excelência tem para com a criminalidade de colarinho branco”. O ministro Marco Aurélio Mello, em entrevista concedida em Porto Alegre há dois meses, referindo-se ao colega Gilmar, que o tratara por “velhaco”, disse: “Em relação a mim ele passou de todos os limites inimagináveis. Caso estivéssemos no século 18, o embate acabaria em duelo e eu escolheria uma arma de fogo, não uma arma branca”. 

        A opinião pública, essa multidão formada por mim e você, leitor destas linhas, sabe que o amor ao próximo, à justiça, ao direito, é incompatível com o desprezo ao papel pedagógico das instituições, com o mau humor permanente e com a arrogância que marca a fisionomia e a conduta do ministro Gilmar. Mas esse mesmo amor, sabemos, é compatível com a Lava Jato, com o juiz Sérgio Moro e tantos outros que comprovam haver juízes para um novo amanhã em nosso país. 






 Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.



sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Regrinhas básicas para passear com os cachorros nessas férias



 Para segurança e saúde de humanos e animais algumas regras precisam ser seguidas em locais públicos


 Muita gente aproveita o recesso de fim de ano para viajar! E, grande parte dessas pessoas leva o pet junto para aproveitar as férias com a família completa. Mas, algumas regrinhas precisam ser seguidas para que tudo fique em perfeita harmonia durante esse período de descanso, afinal, se tem uma coisa que nossos amigos de 4 patas amam é passear, por isso, separamos algumas dicas essenciais para que a diversão seja saudável e segura para todos.
 Primeiro é importante levar algumas coisinhas para sair com os cachorros, guia para a coleira, petiscos, água e lixinho para recolher as fezes são essenciais e não podem faltar no checklist do passeio.

 Segunda a veterinária Aline Spina, do Hospital Veterinário Cão Bernardo, é importante também ficar de olho no que o animal ingere no passeio e respeitar os limites para não forçar atividades físicas se o cachorro demonstrar cansaço e sempre ficar atento à temperatura do chão para não queimar as patinhas.

 Além disso, é preciso tomar algumas medidas com relação a sáude e prevenção de doenças.    “Com relação a saúde é extremamente importante que o animal esteja com a vacinação atualizada, a realização de vermifugação periodicamente e também efetuar proteção contra pulgas e carrapatos, que são mais propícios nessa época do ano, explica,  Dra. Aline.   

 Vale ressaltar que em alguns Estados é obrigatório por lei o uso de focinheira em determinadas raças como Pitbull, Mastin Napolitano, Rottweiller, American Stafforshire Terrier, entre outras.

 Passear é muito bom para os cachorros, não apenas para fazer as necessidades físicas, mas para exercitar e também socializar fora dos limites da casa. Portanto, se você ainda não criou esse hábito com o seu animal, que tal começar antes do ano acabar? 




Hospital Veterinário Cão Bernardo




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