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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Cuidado com os gastos nas festas e férias. Janeiro está chegando e trazendo contas extras



O professor de Economia e Empreendedorismo da IBE-FGV, Paulo Ferreira, dá dicas de como encarar financeiramente o começo do ano



As palavras de ordem para quem quer sair do sufoco no início de 2018 são planejamento (de contas), renegociação (de dívidas), pesquisa (de preços) e contenção (de gastos).

A empolgação com as festas de fim de ano não pode superar o cuidado com o planejamento das conhecidas, e temidas, contas de início de ano. É o que diz o professor doutor em Economia da IBE-FGV, Paulo Ferreira, que dá dicas de como encarar as contas do começo do ano.

“A lista dos famosos gastos como IPVA, IPTU, matrículas, materiais e uniformes escolares poderá ser estendida com aumento de água e energia, previsto para 2018, mais as contas extras do cartão de crédito utilizado para despesas com as férias ou comemorações de Natal e Ano Novo”, afirma ele.

A Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE) divulgou um acrescimento de 60% do preço dos materiais escolares em 2017 e deve aumentar ainda mais ano que vem.

A conta de luz pesou no bolso dos consumidores e a tendência também é continuar em alta. A arrecadação das bandeiras em 2017 não foi suficiente para cobrir os impactos da seca que obriga as distribuidoras a comprar energia cara, gerada pelas usinas térmicas. A previsão feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para cobrir o custo da geração térmica foi insuficiente e em 2018 esse custo será repassado nas tarifas.

Os carnês de IPTU distribuídos pelas prefeituras já foram distribuídos e em quase todos os municípios brasileiros também apresentou alta.

O alívio é pouco, mas vem do imposto de veículos. Com a queda nos valores de carros, o IPVA para 2018 deve ficar em média 3,2% mais baixo.


Dicas

“As pessoas devem se preparar para os gastos de início de ano, ainda em novembro, quando recebem a primeira parcela do 13°salário. Porém a maioria das pessoas não faz esse tipo de planejamento e depois não enxergam uma luz no final do túnel”, explica o professor Paulo Ferreira.

Segundo ele, a melhor maneira de encarar a situação é reunir a família e fazer um planejamento de despesas, retirando do orçamento qualquer gasto que não seja fixo e tudo o que for supérfluo. “Gastos com restaurantes, idas ao shopping, cafezinhos na rua, compra de vestuário, tudo isso deve ser deixado de lado nesse momento. A prioridade é pagar as contas fundamentais”, destaca.

O parcelamento de dívidas, o diálogo com os credores e a pesquisa de preços são fundamentais de acordo com o especialista. “O maior número de contas possíveis deve ser parcelado nesse início de ano. Os pais devem conversar nas escolas dos filhos e tentar o parcelamento das matrículas dos filhos sem juros, no maior número de parcelas possível. O material escolar, depois de uma vasta pesquisa, também pode ser parcelado. Essa prática faz com que o pouco dinheiro que restou estique por mais tempo”.

Para o professor da IBE-FGV, as despesas que não devem ser, nunca, parceladas são as da fatura do famoso cartão de crédito. E utilizar o cheque especial - nem pensar! “São os dois `nuncas´ que utilizamos na economia. Em último caso, a melhor opção para o pagamento de dívidas é o empréstimo consignado. É necessário fazer uma vasta pesquisa nos bancos e verificar qual a menor tarifa de juros oferecida. É trabalhoso, mas se a pessoa poupou o trabalho do planejamento, gastará seu tempo agora se reestruturando,” ressalta.

“É necessário que, passado o sufoco, fique a lição para guardar o 13° salário e fazer um planejamento para as contas de janeiro, para não passar pela mesma situação novamente,” finaliza Ferreira.






Mudando de carreira em 2018



 O que fazer quando, mais que mudar de emprego, decide-se mudar completamente a área de atuação


Diante da crise e dos novos cenários, econômicos e sociais, muitos brasileiros têm cogitado a mais temida das mudanças: a de carreira. Os motivos que levam cada profissional a tomar essa decisão variam entre a decepção com o mercado de trabalho relacionado à sua atividade ou a descoberta de que a profissão não está de acordo com sua "missão de vida".

Qualquer que seja a razão da insatisfação profissional é necessário avaliar bem o que fazer para atingir a mudança desejada. "Não vivemos mais uma época em que o trabalho tem que ser algo penoso. Diferentemente da geração X, cujo perfil de profissionais que consideravam mais importante a estabilidade financeira para a geração Millennial, de jovens entre 20 e 30 anos, satisfação profissional e novas experiências é o que importa", contextualiza Renata Motone, Coordenadora de Recursos Humanos da Luandre, consultoria de RH com quase 50 anos de atuação no mercado, que atende 200 das 500 maiores empresas do Brasil.

Por sua experiência com recolocação no mercado, Renata avalia que a principal motivação para a troca de área é a possibilidade de mais sucesso e aprendizados em nova carreira. "Sempre digo que é possível mudar, mas o melhor é se preparar para isso para não cair na alta estatística de desempregados que vemos hoje no país", afirma. Abaixo, ela dá um passo a passo para fazer uma transição mais tranquila e sem sobressaltos financeiros ou emocionais:


Pesquise

Há quem viva uma experiência reveladora e saiba exatamente para o que mudar. E também existem os que estão insatisfeitos, mas também perdidos. "Nestes casos, aconselhamos uma boa pesquisa. A pessoa sempre tem uma noção sobre suas preferências pessoais, o que torna mais fácil a busca. Um bom caminho é ir em palestras ou se matricular em workshops e cursos com profissionais da área em que pretende atuar", diz Renata.


Faça uma transição gradual (se for possível)

Em diversos casos, é possível ir aos poucos se desligando da antiga profissão e dando os primeiros passos na nova. São diversos os exemplos: "caso a pessoa queira investir em uma carreira artística que foi pouca explorada, ela pode fazer um curso de teatro à noite ou aos sábados e aos poucos começar a se apresentar. Essa flexibilidade vale para áreas como canto, artes plásticas, etc.".


Trabalhe seu networking

Rever sua rede de contatos e reestruturá-la de acordo com sua nova área de atuação é fundamental para quem pretende se estabelecer em um novo segmento profissional. O Linkedin é um ótimo aliado nesta tarefa, pois reúne em um mesmo lugar diversos profissionais, de várias empresas, permitindo que você apresente seu novo perfil e conecte-se com profissionais que tenham interesses em comum.


Seja humilde

Ser humilde não significa ser frágil e sim compreender que ao mudar de área, inevitavelmente, terá muito o que aprender. "Use isso a seu favor e aproveite para absorver tudo o que puder.".


Seja realista

Uma virada na carreira não é algo simples, exige planejamento e condições favoráveis. Seja prudente e avalie o impacto da mudança em sua situação financeira e pessoal. "Mesmo que não tenha como investir numa mudança radical, não desista de seus objetivos, estabeleça metas, prazos e poupe o quanto puder", aconselha a coordenadora da Luandre.





5 Tendências de Marketing para 2018



Marketing é uma disciplina em constante transformação. Em tempos de quarta revolução industrial, o impacto do digital e da tecnologia possibilita o "santo graal" da personalização em escala e do conhecimento profundo do cliente. Trabalhamos junto com a Salesforce Research (a área de pesquisa da Salesforce) para identificar as principais tendências de marketing para 2018. 


1. O futuro do marketing é contextual

Publicidade é desenhada para distrair o consumidor e tentar desta forma capturar a sua atenção. Contexto vai na direção oposta e procura se alinhar ao que está na cabeça do consumidor. Veja o Facebook, por exemplo. Cada vez que nos logamos nesta mídia social existem, em média, mais de 1.000 posts esperando por nós. Porém, os algoritmos do Facebook irão mostrar apenas aqueles que são contextuais a você naquele momento. É por isso que o alcance orgânico de company pages caiu 1%. Sem o contexto do momento, nossas mensagens não terão relevância e, portanto, serão filtradas. Contexto é o futuro do marketing porque é o que os consumidores querem, é o que o novo ambiente de mídia apoia e está se provando como uma forma muito mais eficaz de direcionar a ações dos consumidores do que a publicidade.


2. Causas são o novo fundamento do marketing
 
A próxima tendência definindo o futuro do marketing em 2018 é a noção de Causas ou Propósitos. Vários líderes de marketing já anunciaram que estão concentrados em revisar suas estratégias e começar a fazer "marketing orientado a causas". Executivos de marketing de empresas de alta-performance são 2.2 x mais propensos a usar este tipo de método. O motivo é simples: os clientes querem isso. Recentemente nosso time de pesquisa trabalhou com a The Economist em uma avaliação de mercado e identificaram que 79% dos consumidores preferem comprar produtos de uma empresa que opera com propósitos sociais (os dados serão publicados pelo Economist Insights Team no começo de 2018). O marketing orientado a causas é uma abordagem integrada e o novo fundamento do marketing.


3. O futuro das relações públicas é participativo
 
As redes sociais transformaram o conceito de publicação de conteúdo e, portanto, o escopo de relações públicas (RP). Nossa nova noção contextual de marketing também abre as portas para o futuro de RP e mostra o poder da propaganda participativa. A ideia tradicional de RP é sobre controlar uma narrativa através da influência da imprensa. No entanto, nosso mundo moderno mostra que o engajamento coletivo é um veículo mais poderoso do que veículos de mídia em direcionar narrativas. O futuro de RP é participativo e o futuro do controle de narrativas está em criar engajamento com uma audiência.


4. O futuro da automação de marketing é +
 
Em nosso estudo "State of Marketing 2016" descobrimos que as organizações líderes em marketing utilizam, em média, 14 ferramentas para criar uma experiência coerente e integrada ao cliente. Ainda, precisam integrar dúzias de canais, fontes de dados e aplicações. O futuro do marketing requer que ampliemos o entendimento de automação de marketing. Não podemos mais pensar apenas em nossas ferramentas de automação, mas precisamos considerar toda esta rede hiperconectada de automações. Isso é automação de marketing 2.0. O futuro do marketing é sobre experiências contextuais. Para isso, precisamos aumentar a ideia do que é automação de marketing e ir além dos muros da empresa.

 
5. Inteligência artificial e chatbots

Mais um dado da nossa pesquisa "State of Marketing": 1/3 do orçamento de marketing das empresas é gasto em canais que não existiam 5 anos atrás - e os entrevistados esperam que a porção do orçamento investido em novos canais aumente para 40% até 2019. Com o aumento dos canais de comunicação com o cliente, é muito difícil gerenciar tudo isso manualmente, então bem-vindo à era do chatbot!

O futuro do marketing está relacionado a experiências conectadas, e os chatbots são uma forma prática de melhorar o relacionamento entre clientes e empresas, pois engajam clientes em canais sociais, apps e websites, fornecendo experiência nativa e autêntica, geralmente superior a outros métodos de marketing.






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