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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Dicas para a reta final do ano escolar



Estamos na reta final do ano letivo e, nessa fase, há uma divisão dos estudantes. Aqueles que já conseguiram alcançar as notas necessárias e que, pela dedicação maior durante o ano, agora conseguem diminuir a intensidade nos estudos, e aqueles que ainda precisam correr atrás para alcançar as notas e fugir da recuperação final.

Para esses, além do reforço nos estudos, a pedagoga Tânia Medeiros, coordenadora pedagógica do Sistema Maxi de Ensino, dá algumas orientações. 

“Nesse momento, é fundamental que o aluno não se desespere e procure por ajuda na disciplina onde a dificuldade for maior, seja com amigos, com os professores, responsáveis ou, se preciso, através de professor particular contratado pelos pais”, afirma.

A pedagoga ressalta que não adianta ter vergonha ou medo, “até porque é hora de arregaçar as mangas e dedicar ao máximo os próximos dias aos estudos”.

Aos alunos em dificuldade, além de contribuir com o reforço escolar, os pais têm outra importante missão, de acordo com Tânia Medeiros. “É preciso dar total apoio nesse momento. Ele faz total diferença e ajuda no equilíbrio emocional do estudante rumo à recuperação. Os pais podem ainda, auxiliar na organização do tempo de seus filhos, de modo que o tempo dedicado ao estudo não seja além nem aquém do necessário”.

Mesmo com o esforço na reta final, haverá quem, infelizmente, não consiga ser aprovado por conta da real dificuldade de aprendizagem. Nesses casos, orienta a coordenadora pedagógica, ao invés da bronca, os pais devem entender o que aconteceu e incentivar o filho para dar sequência na trajetória escolar.

“Não pensem que reprovar é uma punição. Apesar de sabermos do custo com mensalidade, materiais e uniforme, entre outros gastos elevados, é hora de refletir se a dificuldade pode estar embasada em pressão, ansiedade, falta de concentração ou até mesmo por uma questão de imaturidade”, diz Tânia Medeiros, que conclui: “refazer uma série para o aluno que tem de fato dificuldades de aprendizagem pode ajudar e muito, principalmente em longo prazo, inclusive para chegar melhor preparado em fases importantes como na realização do Enem ou de outro exame de vestibular“.





6 Dicas Para Lidar com a Tensão Pré-Vestibular



Um dos principais vestibulares, o da FUVEST, está chegando e com ele o estresse e ansiedade. Veja como lidar com este momento


Acredite, muitos jovens sentem bem mais do que “frio na barriga” às vésperas do vestibular. Há uns anos, um pesquisador do Departamento de Psiquiatria da Universidade Luterana do Brasil, de Porto Alegre, fez um levantamento com 1.046 vestibulandos e chegou ao seguinte resultado: 56,3% deles apresentavam sinais de ansiedade, que, em alguns casos, chegava a ser grave. Um estudo de 2009 já havia apontado algo parecido: 67,7% dos alunos de cursinho sofrem com estresse.

Escolha acertada da carreira, medo de não performar bem, pressão familiar e de amigos estão entre os desencadeadores de uma série de sintomas, que vão da ansiedade à dificuldade de memorização e concentração, de mãos suando à respiração ofegante. Muitos estudantes, inclusive, chegam a somatizar a preocupação e passam a apresentar também dores no estômago, distúrbios gastrointestinais e até gastrite.

“Alguns desses sintomas são mais fáceis de lidar; outros, parecem que nos paralisam e são capazes de tornar o momento da prova muito mais difícil do que na realidade ele é”, diz a psicóloga e neuropsicóloga, Ghina Machado. Em alguns casos, o estresse pré-vestibular pode desencadear transtornos psiquiátricos, como a ansiedade ou depressão. A profissional afirma que nos meses que antecedem as provas dos vestibulares, o número de estudantes que procuram ajuda cresce exponencialmente.

Alguns hábitos e dicas são fundamentais para o manejo do estresse e da ansiedade nessa época que antecede “o dia D”. Com a ajuda da psicóloga, elaboramos alguns conselhos para driblar a tensão pré-vestibular. Confira:

1. Mexa-se – Atividade física é capaz de reduzir os hormônios do estresse – a adrenalina e o cortisol, para citar dois exemplos. Mais: o exercício físico estimula a produção de endorfina, o chamado hormônio do bem-estar, pois é responsável pela sensação de relaxamento e prazer.

2. Foque na respiração – Você já ouviu a frase “respire fundo” quando está nervoso, não? A respiração profunda, quer dizer, respirar mais conscientemente, ajuda a reduzir a frequência cardíaca e a afastar muitas das manifestações físicas do estresse. Inspire profundamente até encher os pulmões de ar. Segure por uns três segundos e expire lentamente.

3. Durma bem. Você já estudou bastante durante o dia? É hora de parar. Há momentos para estudar e outros para relaxar. Corpo e mente descansados são essenciais para o grande dia. Mas não é só: uma boa noite de sono é essencial para a consolidação do que foi estudado durante o dia.

4. Família por perto – Segundo Ghina, a família tem papel fundamental nesse período, mas, muitas vezes, o estudante acaba se retraindo e deixando de compartilhar com os pais as suas angústias, pois justamente vem deles a cobrança por bom desempenho na prova. “Muitos pais, inclusive, fazem promessas de premiação pós-teste, o que acaba gerando não um incentivo, mas uma obrigação de que o aluno tenha um bom desempenho.” O apoio da família é no sentido de promover um ambiente tranquilo e de dar espaço para o estudante se manifestar e compartilhar as suas preocupações, sem cobranças.

5. Atenção plena – O mindfulness é uma excelente ferramenta para driblar a tensão nesse período. Ajuda a melhorar a qualidade do sono e a reduzir os riscos de insônia, pois ao ensinar a focar o momento presente, melhora a capacidade de concentração e o desempenho em testes.

6. Psicoterapia: Procurar um psicólogo pode ajudar muito a se preparar emocionalmente para um momento tão importante como o vestibular. A orientação de um profissional, nestes momentos de tensão, pode fazer toda a diferença, já que um desequilíbrio emocional pode colocar tudo a perder no momento da prova.




Flerte ou assédio: quando a cantada ultrapassa limites?



Para psicóloga, cantada deixa de ser flerte quando outra parte não corresponde à intenção de relacionamento, podendo chegar a assédio


Um rapaz assovia “fiu fiu” e fala da forma física da colega de faculdade, enquanto L.A., 21 anos, entra na sala de aula. Em uma festa, um outro rapaz a puxa pelo braço, ela ressalta que não quer conversa, apenas dançar com suas amigas. Mas ele, insiste e tenta beijá-la à força. A cultura da cantada continua forte na sociedade, e muitas pessoas sentem-se confusas em algumas situações, principalmente quando o assunto é flerte ou assédio.

Segundo Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida Saúde, o flerte é uma paquera e o assédio representa uma perseguição e importunação. “Para se caracterizar o flerte, as partes devem corresponder a esta paquera. Quando isso não ocorre e uma das partes insiste, causando constrangimento ou até mesmo um incômodo ou aborrecimento, esta conduta já pode ser considerada assédio. Deixa de ser flerte quando a outra parte não corresponde à intenção de relacionamento”, explica a psicóloga. 

O assunto é delicado, mas deve ser debatido e entendido que a partir do momento que incomoda ou constrange, a pessoa está sendo assediada. “Muitas vezes o flerte pode iniciar sendo correspondido, porém, por algum motivo, não há mais a troca. Neste caso, apenas uma das partes permanece na intenção de iniciar uma relação de paquera”, esclarece. Portanto, assim que perceber que não está sendo correspondida, a investida deve ser parada imediatamente, para não causar situações desapropriadas e impertinentes. 

O debate não gira em torno do fim da paquera, e sim do limite entre o cortejar saudável e uma insistência inadequada, que acontece, muitas vezes, quando o indivíduo não aceita a possibilidade de receber uma negativa ou, até mesmo, como modo de forçar uma condição de autoridade e poder. “O assédio deve ser assim considerado quando uma das partes ocupa lugar de desequilíbrio em relação ao outro. Este desequilíbrio pode ser financeiro, emocional ou social. Assim, para que a paquera seja saudável, deve deixar bem claro que respeita os limites do outro”, enfatiza a especialista. 

Conforme o assédio se comprova, é necessário ser expressamente anunciado para que a pessoa entenda que suas atitudes são consequência de um comportamento inadequado que não será aceito, independente se a intimidação ocorreu mediante força física ou emocional. Caso o assediador for alguém próximo, como por exemplo, um amigo ou colega de faculdade ou de trabalho, a conduta não deve ser levada adiante para que a situação não se prolongue e perca o controle. “É importante que a decisão de quem foi assediado seja compreendida e que não se aceite nada que não queira”, ressalta Sarah.

Portanto, vale ressaltar que qualquer relação deve ser estabelecida com limites e baseada no respeito. A paquera, quando acontece de maneira correta, tenta criar um elo para compreender na atitude da outra pessoa se ela corresponde na mesma medida, respeita seu espaço, seu limite, seu corpo e suas vontades. Ao contrário do assédio, a paquera não provoca sensações de medo ou angústia por apresentar-se de forma consentida. 




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