Pesquisar no Blog

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Brasileiro sente-se mais corajoso e responsável por seu próprio destino, aponta estudo



Pesquisa sobre valores da população aponta ainda que há maior conscientização em relação aos problemas da sociedade


Um indivíduo mais consciente da responsabilidade por seus próprios problemas e menos ligado à lógica do paternalismo. Dono de uma atitude mais "mãos à obra" e menos "Deus proverá". Mais consciente das dificuldades enfrentadas por seu País e desejoso de viver em uma sociedade onde valores como a ética e o compromisso sejam tangíveis. Ao mesmo tempo, continua a valorizar a amizade, a família, acredita ser feliz, humilde e se vê como um cidadão honesto, mas que contraditoriamente entende ser a corrupção o principal entrave ao desenvolvimento, seguido pela violência, pobreza e degradação do meio ambiente.

Essas são algumas das principais características do perfil do brasileiro médio desenhado pela Pesquisa Nacional de Valores 2017, realizada pela consultoria paulistana de recursos humanos Crescimentum e apresentada hoje (24) no evento CL Summit, na capital paulista. A pesquisa utilizou metodologia do instituto inglês Barrett Values Centre e foi executada pelo DataFolha, que entrevistou 2.422 pessoas acima de 16 anos, em todas as regiões, numa amostra que reflete as segmentações de renda, classe social e escolaridade atualmente existentes segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo o head da Crescimentum para cultura organizacional, Guilherme Marback, o perfil descrito no início desse texto pode ser depreendido pelas escolhas dos entrevistados entre os valores que melhor descrevem a si mesmos, a sociedade em que vivem e a sociedade por eles desejada futuramente. Essas escolhas em três etapas foi a metodologia básica usada na pesquisa.

A imagem traçada pelo levantamento fica ainda mais nítida se o resultado for comparado com uma pesquisa de 2010 feita com a mesma metodologia.

"Quando analisamos o brasileiro de 2017 frente ao de 2010, encontramos o mesmo cidadão gregário, amigável, que se crê honesto e humilde. No entanto, o de 2017 deixa para trás o desejo por justiça e a esperança, comummente expressado por pessoas que tem poucos meios de transformar a própria realidade. Ao contrário, o brasileiro de 2017 sente-se mais empoderado, confiante, e passou a valorizar a educação como meio de transformação pessoal, talvez até mais que o funcionamento das instituições do País onde vive. Em outras palavras, o brasileiro de 2017 tem um senso de protagonismo mais forte que antes", afirma.


Avanços sociais - Nos anos 1950, o psicólogo norte-americano Abraham Maslow elaborou a teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas, que descrevia em essência um processo para a realização pessoal a partir do atendimento das necessidades individuais mais básicas até aquelas que dizem respeito à coletividade. A medida que o indivíduo progredia nessa escala de necessidades, faziam-se presentes as condições para transformações ainda maiores que impactariam a sociedade como um todo.

Marback ressalta que a mudança observada no campo dos valores individuais pode estar relacionada a uma melhora no atendimento das necessidades básicas dos brasileiros no período observado (2010 e 2017). Nesse período, no entanto, o brasileiro conservou os valores que tradicionalmente o definem como ser humano: a alegria, a valorização da família, dos amigos e a crença na honestidade individual. A diferença é que passou a incorporar outros valores entre os que o definem, como a "coragem" e a "confiança".

Essa mudança no campo dos valores pessoais também já é perceptível na pesquisa na parte que analisa a forma como o brasileiro vê o Brasil e o país que deseja para si no futuro. Um indicativo disso é a troca de valores entre 2010 e 2017. "Sai Justiça social, redução da pobreza e moradia para entrar com maior importância oportunidades de emprego. Aparece também com grande importância as oportunidades educacionais, que começam aparecer como preocupação inclusive nas camadas mais pobres, um indicativo substancial de transformação", diz Guilherme.



Maior consciência de si e do mundo - A pesquisa de 2017, assim como a de 2010, calculou a taxa de entropia cultural do Brasil, que é um valor representativo da energia gasta desnecessariamente na resolução de problemas. O cálculo é simples. Os votos totais nos valores que o brasileiro acredita serem nocivos ao País foram divididos pelos votos totais nos valores e comportamentos positivos, formando um resultado percentual. Essa taxa passou de 51% na pesquisa de 2010 para 61% em 2017. 

No processo de seleção de valores nocivos, a corrupção foi de longe o comportamento que segundo os brasileiros mais atrapalha o desenvolvimento do País (1754 votos num universo de 2422 respondentes), seguido da violência (1504), da pobreza (1292) e da degradação do meio ambiente (1026). De acordo com Marback, a elevação da taxa de entropia não significa necessariamente que o brasileiro se vê vivendo num país pior comparado ao Brasil de 2010. Para o executivo, significa principalmente que o brasileiro está mais consciente dos problemas que enfrenta. 

Determinar a extensão dessa conscientização é o desafio, diz Marback. Se de um lado o brasileiro se vê vivendo num país profundamente afetado pela corrupção, de outro, acredita ser um ser humano honesto, uma contradição que aparece com frequência nas análises de valores para o Brasil feitas pelo Barrett Values Centre. Por isso, Marback está convocando especialistas em diversas áreas para analisar os resultados. Seja como for, já há elementos suficientes para dizer que a relação dos brasileiros com as instituições democráticas está em transformação e há necessidades que deveriam receber a prioridade dos líderes do País. 

Entre as prioridades objetivas elencadas pela pesquisa estão a saúde, a justiça e a segurança pública, expressa nos valores desejados "paz", "justiça", "cuidado com os idosos". Este último, diz Marback é um chamamento global, encontrado em muitos países onde a pesquisa já foi realizada. Mas há ainda um outro chamamento dos brasileiros: pela ética, expresso no aparecimento de valores como "compromisso", "cidadania" e "honestidade", que parecem ser mais urgentes hoje que valores materiais identificados em 2010.

"A expressão do desejo por cidadania também indica que o brasileiro quer uma sociedade formada por pessoas que entendem a responsabilidade que devemos ter uns com os outros quando se vive em sociedade", diz Marback. O executivo também diz que ao trocar redução da pobreza e justiça social por mais oportunidades de emprego e de educação, o brasileiro de hoje se vê mais responsável por melhorar suas próprias condições de vida e vive uma lógica mais distante do paternalismo de outrora.






Agradecimentos: uma etapa do casamento que não pode ser esquecida




Enviar os agradecimentos após o casamento é uma dessas tradições que não pode ser esquecida. Afinal, se a pessoa enviou um presente e foi ao seu casamento, nada mais natural do que agradecer e oferecer a casa para uma visita.

Infelizmente, muitos casais esquecem deste detalhes, muitas vezes por desconhecimento, e acabam sendo considerados mal educados. Isso ocorre porque muita gente já considera o brinde da festa suficiente para agradecer a presença de todos. Porém, muita gente (principalmente pessoas mais velhas) consideram o recebimento do cartão de agradecimento uma etapa importante do casamento.

Para não passar por essa situação constrangedora, o ideal é ir se organizando com antecedência para, assim que chegar da lua de mel, o casal já ter a maior parte dos agradecimentos prontos para enviar. Vale lembrar que o prazo máximo do envio dos agradecimentos é de até um mês após o evento, o que dá muito tempo ao casal para enviá-los ou entregá-los em mãos.

Confira algumas dicas que podem ajudar na organização dos agradecimentos de casamento:

• Quando encomendar os convites, encomende junto os cartões de agradecimento. Assim, eles podem ser personalizados com a identidade visual do casal, levando a uma identificação imediata de quem receber. Se não for possível fazer isso, compre cartões em branco com envelopes o quanto antes ou algum modelo pronto, facilmente encontrados em papelarias ou casas de artigos para festas.

• Os cartões de agradecimento devem ser escritos a mão e assinados pelo casal. A mensagem deve ser personalizada e mencionar o presente enviado, para que a pessoa saiba que o casal recebeu e gostou. Não se esqueça de oferecer a casa e colocar todos os contatos do casal para que a pessoa possa marcar de conhecer a nova residência.

• Quem não quer ficar atarefado depois do casamento com os cartões de agradecimento pode ir fazendo aos poucos, conforme os presentes vão sendo entregues. Dessa forma, chega-se ao dia do casamento com quase tudo pronto para enviar.

• Outra boa saída é guardar os cartões de felicitação que vêm junto dos presentes. Se o casal não tiver boa memória, vale a pena escrever no agradecimento o presente que o convidado enviou, para não gerar dúvidas ou enganos quando for hora de enviá-los.

• E não se esqueça de enviar cartões às pessoas que deram dinheiro. Elas provavelmente não vão entregar um cartão, mas não devem ser esquecidas. Conte nos agradecimentos para o que o dinheiro foi usado, para que o convidado saiba que foi um bom investimento.






Tecnologia no comportamento estudantil



Há muitos estudos relacionados a descobrir como a mente humana funciona. Há também muitas pesquisas, descobertas e incertezas. E isso não é novidade. Desde criança o aprendizado de nossa mente é ininterrupto, sempre evoluindo, conhecendo e descobrindo. Não somente recebendo e armazenando informações do mundo que as envolve, mas também transmitindo sinais que, na maioria das vezes, são muito difíceis ou até mesmo imperceptíveis de serem decifrados.

Será que alguns desses sinais poderiam indicar comportamentos futuros que venham a influenciar na vida das crianças? Será que a tecnologia, mais especificamente, a inteligência artificial, poderia auxiliar na descoberta e interpretação de padrões de comportamento das crianças que indiquem alguma medida preventiva a ser adotada? Padrões de comportamento poderiam indicar algum tipo de distúrbio ou até mesmo síndromes que ainda não estão perceptíveis aos especialistas? O cruzamento de informações relacionadas a pessoas poderia colaborar com essa descoberta?

Se considerarmos que as crianças passam um bom tempo de suas vidas em sala de aula, muitos sinais são enviados no dia a dia, que, se forem coletados e armazenados, poderão compor uma base de conhecimento que poderá ser utilizada para mapeamento desse seu comportamento. Alguns desses já foram mapeados anteriormente, porém algumas combinações de dados, ainda não mapeados ou descobertos por especialistas, poderiam indicar a probabilidade de a criança vir a desenvolver algo que no futuro influencie sua vida negativamente. É nesse segmento que o uso da tecnologia, por meio da inteligência artificial, poderia apoiar os especialistas para diagnosticar algo que não é visível a "olho nu", ou que a criança não dê sinais de possuir ainda.

O professor na sala de aula, notando algum tipo de comportamento fora do padrão de determinada criança, se comparada às demais, poderia coletar informações a respeito para alimentar uma base de dados. Somente a coleta desses dados na escola pode não ser suficiente, por isso o papel e participação dos pais é de fundamental importância, pois em casa a criança também pode vir a demonstrar algum comportamento anormal, então a parceria entre a família da criança e a escola teria que ser estreita.

Com as informações coletadas na escola e na casa da criança, o uso de algoritmos de inteligência artificial poderia ser aplicado para processá-las e realizar o cruzamento nos dados, de forma que comportamentos anteriores já mapeados e confirmados e outros que não foram ainda poderiam indicar a probabilidade da criança também desenvolvê-la.

De posse dessas informações, um especialista poderia ter evidências para um melhor diagnóstico de possíveis distúrbios que a criança poderá desenvolver e que não tenha demonstrado sinais ainda, indicando algum apoio profissional para melhorar sua qualidade de vida e de sua família e aprofundando em exames e monitoramentos a respeito da criança.

A inteligência das coisas é algo que chegou para ficar e, assim como suas aplicações, é de extrema importância para a evolução natural da humanidade. A inteligência em interpretação comportamental aplicada a crianças para identificação de distúrbios que talvez possam ser identificados ainda no início ou mesmo sem indícios que a criança demonstre poderiam oferecer uma qualidade de vida que talvez não venha a ter.

O aprendizado de máquina hoje é uma realidade, mas não para substituir um especialista. O ideal seria unir esforços para evoluirmos e melhorarmos a qualidade de vida que é o princípio básico que possuímos. Se houver apenas um caso proativo que venha a ajudar uma criança, já terá valido a pena essa união.

Nem todas as famílias possuem facilidade ou condições de acesso a acompanhamento médico especialista e muitas vezes seus filhos demonstram sinais que não são interpretados em seu convívio familiar. A disponibilização da tecnologia para uso da população menos privilegiada poderia amenizar grande parte dos problemas das crianças e suas famílias e, onde poderia ser melhor utilizada senão em escolas públicas?

O apoio da tecnologia para descoberta de algo que não tenha sido conhecido tem que ser valorizado e explorado, que não fique somente em laboratórios ou em setores específicos e privilegiados, mas sim disponível para toda população que não tem condição de acesso a esse tipo de ação e são as que mais padecem desse segmento. O quanto estamos longe dessa realidade? Particularmente, acredito que mais próximos de alcançá-la do que do ponto de partida.






Antonio Marcos Jacinto - coordenador de projetos no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI). Formado em tecnologia em processamento de dados, com pós-graduação em banco de dados. Está na área de informática há mais de 20 anos, sendo também instrutor oficial Oracle Database.






Posts mais acessados