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terça-feira, 26 de setembro de 2017

Caso Selena Gomez: quando lúpus atinge os rins, diálise pode ser opção



As mulheres são as principais vítimas dessa doença autoimune, que acomete os rins em metade dos casos. Nefrologista da Fresenius Medical Care fala sobre opções de tratamento ao transplante e a chegada ao Brasil de uma terapia utilizada na Europa e que é uma evolução no tratamento de problemas renais


A cantora norte-americana Selena Gomez surpreendeu o mundo este mês com a notícia de que realizou transplante de rim. O procedimento aconteceu como forma de tratar a doença renal provocada pelo lúpus, doença inflamatória autoimune que ela descobriu em 2015 e pode também afetar pele, articulações, cérebro e demais órgãos. No caso de Selena, o lúpus atingiu gravemente seus rins. Cerca de 50% dos acometidos pela forma sistêmica da doença podem apresentar problemas nos rins em diversos graus de gravidade.

A nefrologista Ana Beatriz Barra, gerente médica da Fresenius Medical Care, explica que o lúpus é raro e em termos de doença renal crônica responsável por menos de 1% dos casos, junto com outras patologias que causam falência renal. Nestes casos, o transplante não costuma ser uma abordagem inicial comum, pois nem sempre é possível, disponível ou mesmo desejável. Nestes casos a diálise é a opção de terapia substitutiva da função renal.

"Nem sempre o transplante é possível, quer seja pela disponibilidade de um doador, quer seja pelas condições clínicas do paciente. E também pode acontecer de não ser desejado pelo paciente; especialmente pelos muito idosos ou por aqueles que por algum motivo temem o procedimento. Hoje o paciente em diálise pode ter uma boa qualidade de de vida, ser produtivo, manter suas atividades e concretizar sonhos. É importante esclarecer isso. O transplante é maravilhoso. Tem a grande vantagem de oferecer maior liberdade, uma vida o mais próxima possível da normal. Mas o paciente que não tem esta oportunidade também pode viver bem, mesmo que não seja transplantado. Uma boa avaliação médica deve observar as características clínicas, psicológicas e de estilo de vida de cada paciente para decidir o melhor tratamento", explica a médica Ana Beatriz Barra.

Para quem não sabe o rim é o único órgão que pode ter sua função substituída por um equipamento, que faz a filtração do sangue, em procedimentos que duram até quatro horas, com a periodicidade de três a seis vezes por semana. A dra. Ana Beatriz Barra destaca que com a evolução das terapias existentes, o paciente renal tem conseguido obter uma boa qualidade de vida.

"Acaba de chegar ao Brasil uma nova terapia que renova a esperança dos doentes renais: a hemodiafiltração de alto volume, também conhecida como High Volume HDF. Esta terapia se diferencia da hemodiálise porque permite uma melhor remoção de toxinas, que são nocivas para o organismo e não eram removidas de forma adequada pela hemodiálise. Estudos científicos demonstram que com este tratamento, o paciente é menos hospitalizado, tem uma melhor qualidade de vida e menor mortalidade", explica a nefrologista.

Na Europa, cerca de 20% dos pacientes em diálise realizam HDF de alto volume, que é reconhecida como a modalidade de tratamento de diálise mais eficaz e que mais se aproxima da função do rim natural. Em Portugal, por exemplo, 60% de todos os pacientes em diálise realizam a terapia High Volume HDF que está agora chegando ao Brasil, trazida pela Fresenius Medical Care. Lá são 32 hospital públicos e 92 clínicas privadas oferecendo a terapia - em 93% dos casos os equipamentos são da Fresenius.


Os benefícios da HDF de alto volume são:

- Redução do risco de queda da pressão arterial durante a diálise

- Mais disposição para as atividades diárias e melhor qualidade de vida

- Redução de episódios de internação

- Melhor sobrevida


Estudos que comprovam a eficiência do tratamento - O maior estudo sobre esta terapia foi realizado na Espanha, encomendado pelo governo da Catalunha (Estudo ESHOL), com 906 pacientes, sendo destes 450 em hemodiálise e 456 em hemodiafiltração de alto volume, e acompanhados por 36 meses. Os resultados demonstraram 30 % de redução da mortalidade por todas as causas, 22% de redução de risco de todas as causas de hospitalização e 28% de redução do risco de incidência de episódios de hipotensão (pressão baixa) durante o tratamento.




Fresenius Medical Care - Com sede em Bad Homburg, na Alemanha, é a maior companhia provedora de produtos e serviços para indivíduos com doenças renais, dos quais cerca de 2.8 milhões estão em tratamento dialítico. Por meio de uma rede de 3,504 clínicas de diálise, a Fresenius Medical Care fornece tratamento a mais de 300 mil pacientes ao redor do planeta.  O compromisso da Fresenius Medical Care é criar um futuro que vale a pena viver. Para pacientes. Ao redor do mundo. Todos os dias.





27/09 - Dia Nacional da Doação de Órgãos marca importância dos transplantes



Pró-Rim se destaca como referência em transplantes renais e alerta para a conscientização da doação de órgãos. Santa Catarina tem uma das menores listas de espera do país



Anualmente, é comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos, que tem como objetivo conscientizar cada vez mais a população sobre esse ato que pode salvar vidas. No Brasil, existem mais de 33 mil pessoas que aguardam pela doação de um órgão. O país ocupa o segundo lugar do mundo em número de transplantes, segundo a ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos).

O Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da ABTO ressalta também que em 2017 houve um aumento de 4,5% em doações em relação ao ano anterior. Os estados brasileiros que se destacam na doação de órgãos são: Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal e Rio Grande do Sul.

A Fundação Pró-Rim, localizada em Joinville (SC), está entre as instituições que mais realizam transplantes de rim, dentre os 82 centros do Brasil e é referência nacional neste setor. A instituição já realizou mais de 1.529 transplantes, em parceria com os hospitais locais, e é uma das poucas no ranking que não faz parte de complexo universitário e acompanha a média nacional de transplantes.

Santa Catarina foi classificada com melhor índice de doadores de múltiplos órgãos por milhão de população pelo Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da ABTO. O Estado alcançou a marca de 37 doadores pmp, taxa que confirma a liderança catarinense no ranking nacional.

Para quem aguarda a doação de um rim na Instituição, a média de espera por um novo órgão é de seis meses. Por esse motivo, a Pró-rim tem recebido crescentemente pacientes renais de todo o Brasil, sendo que destes os estados com o maior número de transplantes realizados estão Paraná, Tocantins, Mato Grosso, Amapá, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Minas Gerais.  Dos transplantes realizados pela equipe da Pró-Rim em 2016, mais de 90% foram de doadores falecidos.

“A doação de órgãos é um ato de generosidade. Ao doar um órgão, você permite que outras pessoas continuem a viver”, destaca o Dra. Luciane Deboni coordenadora de transplantes da Fundação Pró-Rim.


Conscientização

Apesar de o Brasil ter o maior índice de aprovação do mundo à doação de órgãos e ser considerado referência mundial em transplantes - só fica atrás dos Estados Unidos -, o número de doações efetivas ainda é baixo em relação ao número de pessoas que aguardam em lista. Isso se dá por causa da recusa das famílias em autorizar a doação. Principalmente, porque a família não fica sabendo do desejo do parente de doar os órgãos e salvar vidas. Segundo dados, a cada dez pessoas abordadas, quatro se negam a doar os órgãos de seus familiares. Este é um dado nacional preocupante para quem espera por uma chance de viver mais e com qualidade de vida

“Por isso é de extrema importância para ser doador de órgãos após a morte, avisar a família”, declara o presidente da Pró-Rim, Dr. Marcos Alexandre Vieira. E completa. “Hoje, milhares de vidas dependem da consciência de familiares que perderam entes queridos. É importante ressaltar que para ser doador não precisa deixar nenhum documento expresso. Basta conversar com os familiares, manifestando esse desejo”, enfatiza o médico.


 


Fundação Pró-Rim (www.prorim.org.br): Referência nacional no tratamento e transplantes de rins, a Fundação Pró-Rim é uma entidade filantrópica com 30 anos de atuação. Possui unidades de hemodiálise em Santa Catarina e Tocantins e atende pacientes renais crônicos de todo o Brasil. É pioneira nos transplantes renais em SC e sua equipe está entre as que mais realizam transplante no país. Já ultrapassou a marca de 1500 transplantes renais. Foi a primeira unidade de hemodiálise do Estado a receber o nível máximo de Qualidade da Organização Nacional de Acreditação (ONA – Nível 3). Recebeu o Prêmio Empreendedorismo Social pela Folha de S. Paulo e foi eleita pelo oitavo ano consecutivo pelo Guia Você SA como uma das 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil.




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