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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Empreendedor brasileiro vê melhoria dos negócios no primeiro semestre de 2017



Os micro e pequenos empresários brasileiros estão confiantes quanto à retomada da economia brasileira, segundo nova pesquisa realizada pela Sage, líder em sistemas de gestão empresarial, pagamentos, contabilidade e emissão de notas fiscais. Para 62% dos entrevistados, o futuro da empresa nos primeiros seis meses de 2017 será melhor. A média global de confiança ficou abaixo, em 52%.

Os dados foram levantados em pesquisa realizada em 19 países, com 5.500 empreendedores. No Brasil, foram ouvidos cerca de 530 empresários no final do ano passado, tendo a maioria entre 30 e 44 anos.

 “Após um ano desafiador, os empresários começam a retomar a confiança, vislumbrando um ano melhor para os seus negócios”, afirma Jorge Santos Carneiro, presidente da Sage Brasil e América Latina. “Na visão dos empreendedores, o pior já passou”, completa.

Ainda de acordo com a pesquisa, o Brasil figura entre uma minoria mundial de países em que os microempresários sentem-se representados pelos políticos e tomadores de decisão. No país, 59% dos entrevistados responderam positivamente a questão sobre representatividade. A Austrália é o único país onde a situação se repete, com 54% dos empreendedores compartilhando essa visão. A média mundial aponta que somente 33% dos empreendedores se sentem beneficiados pelas decisões políticas de seus países.

A pesquisa ainda identificou que no Brasil:


•    23% dos entrevistados afirmam que a burocracia é o maior desafio para 2017, seguido por taxa de câmbio desfavorável (14%) e alta carga tributária (13%);

•    62% dos brasileiros estão mais confiantes quanto ao futuro da sua empresa nos próximos seis meses, enquanto a média global foi de 52%. No entanto, os brasileiros reconhecem a piora do cenário econômico. Apenas 17% deles (a menor taxa do estudo) acreditam que a situação atual é a mesma de seis meses atrás;

•    Mais de metade (51%) dizem que a economia global é menos estável do que era há seis meses. A mesma percepção prevalece quanto ao cenário brasileiro: 53% dos empresários veem a economia local menos estável do que no último semestre;

•    Entre os 19 países pesquisados, o Brasil foi o que apresentou maior dificuldade para formar equipes: 55% dos empresários avaliam que está mais difícil atrair e reter talentos do que há seis meses, enquanto a média global foi de 34%;

•    29% dos empresários estimam que sua empresa deve crescer entre 6% e 10% ao longo de 2017.

•    O Brasil registrou a maior taxa de aceitação (59%) para uso de inteligência artificial e chats;

•    44% dos empresários brasileiros acreditam que irão importar mais em 2017, enquanto a média global foi de 33%; 

•    Para 49% dos empresários brasileiros o custo de vida é o fator que mais impacta nos custos do seu negócio.

Para Jorge Santos Carneiro, presidente da Sage Brasil e América Latina, o levantamento mostra que o empreendedor brasileiro está um passo à frente de outras economias, inclusive das mais desenvolvidas. “No Brasil, o empreendedorismo já faz parte de uma agenda de políticas públicas e o empresário reconhece as iniciativas de capacitação e desenvolvimento dos negócios de micro e pequeno porte”, afirma. “Na Sage, queremos estimular a competividade por meio de soluções de tecnologia que promovam a sustentabilidade dessas empresas, que alavancam a economia nacional”, completa Carneiro.



Fórum PME
Paralelo ao lançamento da pesquisa, a Sage anunciou a criação do “Fórum de Empresários”, em evento realizado em Dublin, na Irlanda. Os pequenos e médios empresários de todo o mundo podem acessar uma plataforma voltada exclusivamente à exposição e ao debate de opiniões e ideias para auxiliar na superação das barreiras enfrentadas pelas PMEs. A plataforma também dará acesso às sugestões de políticas de apoio aos empreendedores.

Assim como no Brasil, onde recentemente foi realizado o Sage Fórum PME, a Sage irá realizar eventos em diversos países para discutir as necessidades locais dos pequenos e médios empresários. Dessa forma, a companhia espera amplificar as vozes presentes na plataforma para que sejam ouvidas pela esfera política de cada país. “Infelizmente, hoje a maior parte dos pequenos empresários não se sente representada pelos tomadores de decisão”, afirmou Stephen Kelly, CEO da Sage. "A iniciativa de lançar o fórum de discussão tem como objetivo estimular que os problemas enfrentados pelas pequenas e médias empresas em todo o mundo sejam reconhecidos, debatidos e resolvidos”, completou. O link de acesso à plataforma é: https://www.sage.com/company/business-builders.




Desemprego explica a queda do total de beneficiários de planos de saúde, aponta IESS




NAB indica que em janeiro de 2017 ante o mesmo mês de 2016, 1,58 milhão de pessoas deixaram os planos de saúde

O aumento do desemprego é a principal razão para a continuidade da queda do número de beneficiários de planos de saúde no País, analisa o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Em janeiro de 2017 ante o mesmo mês do ano passado, 1,58 milhão de pessoas saíram da carteira dos planos de saúde. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Saúde, em 2016, o saldo de empregos formais (diferença entre admitidos e desligados) foi negativo em 1,37 milhão de postos.

Os planos coletivos empresariais (aqueles fornecidos pelas empresas para seus empregados) responderam, em janeiro, por 66,3% dos contratos dos planos de saúde do Brasil. No mesmo mês de janeiro, os planos de saúde médico-hospitalares registraram um saldo negativo de 192,2 mil beneficiários. Desses, 155,65 mil eram de planos coletivos empresariais, ou aproximadamente 81% das saídas.

“Há uma forte correlação entre o comportamento do mercado de trabalho e o setor de saúde suplementar. Portanto, enquanto atividade econômica e o mercado de trabalho não se recuperarem, a tendência é que o número de beneficiários também não se recupere”, analisa o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro.

No total, o mercado brasileiro de planos de saúde médico-hospitalares conta, agora, com 47,6 milhões de beneficiários. Inicialmente, o boletim Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzido pelo IESS, havia identificado um saldo negativo de 300 mil vínculos em janeiro de 2017 ante dezembro de 2016. Entretanto, a base de dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi corrigida, sendo revisado o total de beneficiários de 47,9 milhões para 47,78 milhões, o que gerou, assim, a retificação para a perda de 192,2 mil vínculos.

Outro ponto que está impactando na queda do mercado de planos de saúde está na redução da massa de rendimento das famílias, que acaba por influenciar sua capacidade de manter planos familiares ou mesmo coletivos por adesão. Em relação à dezembro, os planos individuais registraram, em janeiro, a perda de quase 23 mil beneficiários, enquanto os coletivos por adesão tiveram saldo negativo de 12,55 mil pessoas.

Carneiro explica que o comportamento do mercado de planos de saúde médico-hospitalares está intimamente ligado ao saldo de empregos no País e, por este motivo, enquanto continuarmos a registrar redução do total de postos de trabalhos, dificilmente veremos uma recuperação do mercado de planos de saúde. “Se analisarmos o gráfico de saldo de empregos formais em comparação com o total de beneficiários, veremos que as duas linhas apresentam movimento muito similares ao longo da série histórica”, aponta.

 
Total de beneficiários de planos médico-hospitalares versus total de empregos formais (janeiro de 2015 a janeiro de 2017)
*Ainda não há dados disponíveis, no Caged, sobre o saldo de empregos formais em janeiro de 2017
Fonte: ANS/Caged Formulação: IESS


A NAB consolida, a partir de distintas bases de dados da ANS, os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, tipo de contratação e modalidade de operadoras.




 

Pesquisa AMCHAM: 84% das empresas acreditam em redução das incertezas politicas/econômicas em 2017




A Câmara Americana de Comércio entrevistou 326 empresários e executivos durante Seminário Perspectivas Comerciais, Econômicas e Políticas nesta quarta-feira (8/2)  


Os empresários e executivos brasileiros estão mais otimistas em relação ao cenário de instabilidade do país e mais confiantes com o novo ano. Para 84% deles, as incertezas políticas e econômicas estarão em quadro mais estável em 2017. É o que aponta pesquisa inédita da Câmara Americana de Comércio (Amcham) com a participação de 326 lideranças de companhias de vários portes e setores da economia. A enquete foi aplicada nesta quarta-feira (8/2), em São Paulo, durante o Seminário Perspectivas Comerciais, Econômicas e Políticas promovido pela Amcham. 

Para os consultados, apesar da aposta em melhora em relação a 2016, duas grandes incertezas ainda devem ditar a velocidade da recuperação da economia brasileira: a operação Lava Jato e seus desdobramentos (33%) e o quadro fiscal preocupante e ainda dependente de reformas/medidas (28%). Outros fatores citados foram: a crise política e antecipações da corrida presidencial de 2018 (18%); a confiança do consumidor e investidor em níveis piores e crise de segurança mais acentuada em alguns estados (17%); e o cenário externo em virtude da troca de presidência nos EUA e tratativas do Brexit na União Europeia (4%). 


Indicadores mais positivos em 2017

A grande maioria (95%) dos entrevistados pela Amcham informaram acreditar em resultados comerciais mais positivos em 2017. Sendo que parcela de 88% deles consideram que o ano será de cenário de recuperação, e outros 7% apostam em novo contexto de crescimento expressivo em relação a 2016.  Uma fatia de 5% acredita em números comerciais ainda negativos e sem sinais de recuperação.  

Sobre a recente afirmação do Ministro Henrique Meirelles que “o país sairá da recessão ainda no primeiro trimestre do ano”, 64% dos executivos informaram já constatar algum nível de melhora no humor econômico do país. Sendo 53% com resultados comerciais levemente positivos nesses primeiros 40 dias do ano; e 11% já percebendo uma melhora significativa nos indicadores no comparativo com o mesmo trimestre do ano passado. Outros 36% ainda vivenciam resultados negativos.

A recuperação depende de três principais fatores, de acordo com os entrevistados pela Amcham. A maioria (54%) citou como aspecto prioritário o aumento da competitividade da economia, exigindo firmeza na condução das reformas estruturais. Os outros dois pontos citados foram:  aumento do consumo, com estímulos ao crédito e retomada da confiança do consumido, sendo mencionado por 32%; e o crescimento das exportações, exigindo uma taxa de câmbio relativamente estável e competitiva para o setor industrial; sendo citado por 14%.

No varejo, 69% acreditam também em retomada ainda neste ano. Para 49%, a recuperação acontecerá no segundo semestre, e outros 20% apostam na concretização ainda no primeiro semestre.  Outros 27% enxergam recuperação só em 2018.

Levando em consideração o cenário de recuperação, três pontos serão prioritários quando se fala em investimentos comerciais da própria companhia: produtividade em processo, produção e equipe (54%); inovação do portfólio de produtos e serviços (26%); e treinamento e capacitação da força de vendas (11%). 


Avaliação do Governo Temer e reforma trabalhista

Decorridos quase nove meses do Governo Temer, 51% dos empresários avaliam como "neutro", ainda exigindo uma maior capacidade da condução das transformações e reformas. Outra parcela de 28% considerou "positivo" os três trimestres da nova presidência e 21% avaliam como "negativo", considerando que a equipe não vem demostrando capacidade de liderar as reformas necessárias.   

A reforma trabalhista é o aspecto que traz otimismo nos investimentos para 66% dos empresários. Segundo 49%, a modernização da legislação trará impacto em médio prazo, tanto em retomada dos investimentos como também no volume de postos de trabalho. E 17% deles enxergam impactos positivos já no curto prazo, enquanto 34% não enxergam aspectos positivos tanto no curto e médio prazo. 




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