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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Na reta final da entrega, saiba como resolver as 5 principais dúvidas da ECD

Prazo encerra em 30 de junho; IOB lança ferramenta que automatiza o processo e contribui com a performance dos escritórios de contabilidade 

 

Está chegando ao fim o prazo para a entrega da ECD 2023, relativa ao ano-calendário de 2022, documento digital que substitui a escrituração contábil do livro Diário em papel. Todas as empresas tributadas pelo Lucro Real e, em certas condições, as empresas do Lucro Presumido e entidades imunes ou isentas devem transmitir o arquivo digital da ECD ao Fisco. O documento de prestação de informações para fins fiscais e previdenciários tem o propósito de facilitar as rotinas contábeis das empresas. O prazo limite é 30 de junho e a IOB, smart tech que entrega conteúdo de legislação e sistemas de gestão contábil e empresarial, listou as cinco principais dúvidas sobre a entrega da ECD.

 

1- Quais são as pessoas jurídicas obrigadas a realizar a entrega da ECD? 

1. Aquelas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real;


2. As que foram tributadas com base no Lucro Presumido que distribuem parcelas de lucros ou dividendos, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) em montante superior ao valor da base de cálculo do imposto sobre a renda apurado, diminuída dos impostos e contribuições a que estiver sujeita, independentemente se optou ou não pela escrituração do Livro Caixa;


3. As entidades imunes e isentas que auferiram, no ano-calendário, receitas, doações, incentivos, subvenções, contribuições, auxílios, convênios e ingressos assemelhados cuja soma seja superior a R 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) ou ao valor proporcional ao período a que se refere a escrituração contábil;


4. 
As Sociedades em Conta de Participação (SCP), quando enquadradas na condição de obrigatoriedade de apresentação da ECD;


5. As pessoas jurídicas domiciliadas no País que mantiverem no exterior recursos em moeda estrangeira relativos ao recebimento de exportação, de que trata o art. 8º da Lei nº 11.371/2006;


6. As Empresas Simples de Crédito (ESC) de que trata a Lei Complementar nº 167/2019.

 

Atenção: Não estão obrigadas a entregar a Escrituração Contábil Digital (ECD), as pessoas jurídicas inativas, as pessoas jurídicas optantes pelo simples nacional, órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas, e à entidade Itaipu Binacional, tendo em vista o disposto no art. XII do Decreto nº 72.707, de 28 de agosto de 1973.

 

2- Como funciona a recuperação da ECD do ano anterior? 
A recuperação da ECD anterior é realizada para que seja feita uma comparação entre o saldo final das contas do período anterior com o período atual, em casos em que não tenha acontecido mudanças no plano de contas da empresa. Essa comparação é chamada de consistência aritmética de contas contábeis e, para acessar a escritura, basta abrir o menu do SPED e selecionar “Recuperar ECD anterior” e importar o arquivo para comparação. Vale lembrar que a ECD anterior precisa estar assinada.

 

3- Como é feita a entrega da ECD quando ocorre a mudança de contador? 
Quando há mudança de contador é necessário informar a troca na transmissão da ECD. O antigo contador deve registrar o último mês em que prestou serviço a empresa e declarar o encerramento de vínculo. Finalizada a entrega anterior, o novo contador deve informar que houve alterações no Plano de Contas da empresa e, em seguida, realizar seu registro de vínculo com a mesma no Registro I157 da ECD. Dessa forma, será realizada a transferência de saldos e dados ao novo contador. Posteriormente, ambos os contadores precisarão recuperar as ECDs emitidas para a entrega da ECF.

 

4- Período societário diferente do período fiscal 
As pessoas jurídicas com período societário diferente do período fiscal podem entregar a ECD de acordo com o período societário e, caso seja necessário, fazer os ajustes relativos ao período fiscal na Escrituração Contábil Fiscal (ECF), após a recuperação dos dados da ECD.

Exemplo: Uma empresa possui período societário com encerramento em março/2022 (de abril/2021 a março/2022).

Nessa situação, a empresa poderá entregar:  

• Arquivo 1 da ECD: De janeiro/2022 a março/2022, com encerramento do exercício em março/2022;

• Arquivo 2 da ECD: De abril/2022 a dezembro/2022, informando no campo 12 do registro I030 que o encerramento do exercício ocorreu em março/2022.

 

5- Dispensa de autenticação dos livros contábeis
O Decreto nº 9.555/2018 dispõe sobre a autenticação de livros contábeis de pessoas jurídicas não sujeitas ao Registro de Comércio. De acordo com esse Decreto, a autenticação da ECD, para pessoas jurídicas não sujeitas ao Registro do Comércio, será automática, no momento da transmissão do arquivo ao Sped, e essa autenticação dispensa qualquer outra forma de autenticação. O comprovante da autenticação é o próprio recibo de transmissão.

 

Facilitando a vida dos profissionais dos escritórios de contabilidade 
A IOB acaba de lançar uma ferramenta que faz a geração agrupada da ECD e ECF para várias empresas simultaneamente. O sistema proporciona que a rotina contábil dos escritórios ganhe performance e produtividade, simplificando a geração dos arquivos ECD e ECF em poucos segundos e em menos cliques, fazendo com que o tempo gasto reduza em 50% comparado ao processo manual.

“Vamos contribuir com o desempenho profissional de milhares de auxiliares e analistas de contabilidade que atuam de norte a sul do País ao proporcionar mais tempo para outras atividades. Ferramentas que descomplicam e agilizam as rotinas impactam positivamente nos resultados do escritório de contabilidade como um todo. A ferramenta é indicada para aqueles escritórios que reúnem uma carteira com mais de 10 clientes. A nossa projeção é facilitar a geração de arquivos para mais de 26 mil empresas com a nossa ferramenta”, enfatiza Patricia Crovador, gerente de produto da IOB.  

 

Benefícios do uso de IA na indústria da música e suas implicações éticas e legais

O tema volta ser debatido após anúncio de produção de um "último disco dos Beatles"


Nas últimas semanas vimos um rebuliço no mundo da música por conta do anúncio do ex-Beatle Paul McCartney sobre ter usado Inteligência Artificial (IA) para ajudar a criar uma "gravação final dos Beatles". O assunto não é novo e sempre esbarra nas potencialidades e ilegalidades dentro da indústria fonográfica. Mas apesar das implicações éticas e legais, os benefícios do uso de IA no universo musical são enormes, é o que afirma Marcus Mendes, hoster do Podcast Bolha Dev da Alura.

“IAs podem oferecer recomendações ainda mais certeiras de acordo com as preferências de cada assinante, além disso, para gravadoras e artistas, IA pode ajudar na descoberta de tendências de uma forma mais eficiente, incluindo agilidade para analisar e cruzar dados, trazendo à tona tendências de mercado que poderiam passar despercebidas, por exemplo”, explica. 

Ainda segundo o especialista, as IAs darão à indústria musical ainda mais ferramentas para entender cenários dentro de cada estilo musical (ou entre estilos), e assim saber exatamente quais artistas promover no momento certo. 

Outro ponto levantado por Marcus é que, atualmente, não há uma experiência verdadeiramente pessoal para a descoberta e o consumo de música e IA com certeza oferecer formas inteligentes de fazer a mixagem do som levando em conta as preferências pessoais de  quem está escutando. Já para artistas, o uso de IAs abre infinitas possibilidades criativas, desde elementos inteligentes que reagem em tempo real às composições e improvisos de instrumentos, até a possibilidade de interagir com versões digitais de grandes compositores, por exemplo.

“Existe ainda a possibilidade de interação com fãs. Já há plataformas se preparando para oferecer um serviço de réplica de vozes ou instrumentos de artistas famosos para que isso seja usado como base para composições autorais de fãs. A artista Grimes é um exemplo recente desta tendência, tendo proposto dividir os lucros dos direitos autorais de quem fizer sucesso compondo músicas para uma versão digital da sua própria voz”, exemplifica.

Ainda que com muitos benefícios, implicações éticas e legais – como por exemplo sobre direitos de composição – precisarão ser estudadas e definidas. “O uso de IAs, especialmente na área de criação, irá desafiar a questão de acordos, contratos e outras convenções assinadas entre artistas e gravadoras. Se até hoje a indústria parece estar se acertando com o mercado de streaming, a chegada de novas formas de criar, distribuir e consumir música certamente implicará em questões legais que até bem recentemente sequer eram uma possibilidade técnica”, comenta. 


A influência do marketing na construção de uma cultura organizacional sólida

A construção de uma cultura organizacional sólida é fundamental para o sucesso de uma empresa. Primeiro, porque ela é responsável por moldar a forma como os colaboradores compreendem o trabalho, como se relacionam entre si e com os clientes, e como tomam decisões importantes. Segundo, porque quando bem composta, a cultura organizacional é capaz de motivar os colaboradores, aumentar a produtividade e gerar resultados melhores para toda a companhia. 

O setor de Recursos Humanos é responsável pelo modelo da cultura organizacional. No entanto, um outro setor desempenha papel fundamental nesta missão e é um de seus maiores parceiros: o departamento de Marketing, que desenvolve estratégias para engajar os colaboradores e obter resultados expressivos para a empresa.

Uma das principais estratégias que a equipe de marketing pode adotar para fortalecer a cultura organizacional é desenvolver a identidade da marca, que é a base da cultura da empresa. Ela deve transmitir ao mercado e aos colaboradores visão, missão e valores, para estabelecer uma conexão forte e consistente com clientes e fornecedores e conquistar o respeito do mercado.

Outra função que o time de marketing pode assumir é o desenvolvimento de canais eficientes de comunicação interna, como intranet, redes sociais corporativas e outros meios de comunicação. Essa estratégia é fundamental para que os colaboradores estejam sempre alinhados aos valores, objetivos e discurso da empresa.

Já o employer branding, por exemplo, refere-se às ações que a empresa realiza para fortalecer a marca empregadora e aumentar sua reputação. Isso é essencial para atrair e reter talentos, gerar admiradores da marca e despertar nos colaboradores “o orgulho de pertencer”. A equipe de marketing desempenha um papel importante nesta atividade, desenvolvendo programas de capacitação, melhorando e divulgando benefícios e promovendo a qualidade de vida no ambiente de trabalho.

O desenvolvimento de ações de endomarketing é outra estratégia que deve ser adotada quando se trata de fortalecer a cultura organizacional. A metodologia, que tem o público interno como alvo, pode ser utilizada para fazer com que os colaboradores se sintam valorizados, tornem-se mais produtivos e realizem os seus trabalhos com mais qualidade. A colaboração do marketing permite que essas ações sejam promovidas de forma mais criativa e eficiente, por meio de campanhas de incentivo, eventos e treinamentos, de acordo com os objetivos estabelecidos através da visão, missão e valores.

Em resumo, a construção de uma cultura organizacional sólida é essencial para o sucesso de uma empresa, e vai do desenvolvimento de estratégias de fortalecimento da marca até a promoção de ações de comunicação interna e customer experience. Ao criar uma cultura sólida, a empresa aumenta a motivação dos colaboradores, a produtividade e os resultados, impactando positivamente, inclusive, a experiência do cliente. Portanto, a parceria e integração dos departamentos de marketing e RH são a chave para o fortalecimento da cultura interna, aumento da atratividade da marca e para uma comunicação mais alinhada aos novos tempos.


Sthefany Bernal - Analista de Marketing da Roost, empresa de tecnologia especializada em soluções de edge computing.


Machine Learning: vantagens para bancos e instituições financeiras

As abordagens de Inteligência Artificial (IA) estão moldando o “banco do futuro” e provocando mudanças substanciais nas operações de empresas financeiras. A cada dia, tais perspectivas tornam-se ainda mais importantes para viabilizar a transformação de negócios — e isso envolve ganhos operacionais, aumento de produtividade, mais receita e criação de novos produtos digitais, além de promover uma experiência melhor aos consumidores.

De acordo com a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023, a IA continua na vitrine como umas das tecnologias prioritárias das áreas de TI dos bancos, sendo aplicada principalmente na segurança cibernética, na automação e na eficácia dos assistentes virtuais. E por ser um setor que lida diariamente com uma enorme quantidade de dados, o Machine Learning em finanças se mostra cada vez mais necessário.

E o fato é que o Machine Learning, ou Aprendizado de Máquina, abordagem de Inteligência Artificial que permite a um sistema aprender com dados, identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana, tem se mostrado extremamente útil na detecção de fraudes e anomalias. Seu uso no setor financeiro é importante, pois com ele é possível fazer análises preditivas para se ter um melhor entendimento do comportamento do consumidor.

Inicialmente, o Machine Learning começou a ser utilizado na área de finanças, justamente devido a essa necessidade de se ter previsões mais concretas sobre as próximas movimentações do mercado. Assim, o setor conseguiria antecipar algumas ações e maximizar o seu retorno financeiro.

Agora, você deve estar se perguntando: mas, quais as demais aplicações para o mercado financeiro? A primeira delas é para automação de processos. Consiste em uma técnica para eliminar as tarefas repetitivas do dia a dia e reduzir as burocracias. No caso do mercado financeiro, a automação de processos é uma das aplicações mais comuns do Machine Learning, sendo utilizada para:

  • Ampliar o portfólio de serviços disponíveis
  • Melhorar a experiência do cliente
  • Otimizar os recursos direcionando-os para os locais corretos
  • Reduzir os custos

Outra aplicação é a negociação algorítmica, estratégia utilizada pelo setor financeiro para monitorar as movimentações do mercado em tempo real. Dessa forma, é possível tomar decisões de modo mais assertivo e inteligente. Nesse caso, os profissionais do mercado financeiro conseguem identificar padrões, fazer previsões de tendências de altas ou de baixas no mercado das ações e muito mais.

Outro uso do Machine Learning é para as pontuações de crédito, prática recorrente e consolidada no mercado financeiro. Basicamente, as pontuações de crédito dependem de uma série de questões que são analisadas, como o risco de descumprimento do contrato ou de inadimplência. Aqui, o Machine Learning analisa centenas de dados dos perfis dos clientes e faz previsões dos riscos que as instituições correm.

E, por fim, na segurança do sistema financeiro. Com o crescente número de transações financeiras e crimes cibernéticos, as instituições financeiras apostam no Machine Learning como uma estratégia de segurança para detectar fraudes, identificar riscos e isolar ameaças cibernéticas aos sistemas da instituição.

Como o mercado financeiro dispõe de um grande volume de dados, o Machine Learning tem potencial para aprimorar muitos aspectos do ecossistema financeiro. Com o número crescente de transações, usuários e integrações de terceiros, as ameaças à segurança do sistema financeiro também aumentam. Neste contexto, o Machine Learning deve ser usado pelas instituições financeiras também na estratégia de segurança, gerenciamento de risco e compliance. Isso porque os algoritmos de aprendizado de máquina são treinados para detectar fraudes.

E você, já pensou no uso dessa tecnologia em prol do seu negócio e dos seus clientes?

 

Flávio Gaspar - diretor de produtos da Topaz, empresa que lidera a área de Banking do Grupo Stefanini.


Exclusão financeira ainda é um grande desafio para quem deseja estudar

Boleto bancário desempenha papel significativo no acesso à educação para a população carente, afirma especialista


O boleto bancário é uma forma popular de pagamento no Brasil e oferece várias vantagens tanto para os consumidores quanto para as empresas. Esse formato é amplamente aceito no País, tanto em estabelecimentos físicos quanto em lojas on-line, de modo que essa modalidade se torna uma opção conveniente para os consumidores, que não precisam se preocupar com restrições geográficas ou limitações de aceitação.

De acordo com Reinaldo Boesso, especialista financeiro e CEO da TMB Educação, fintech especializada em crédito educacional, que tem a grande missão de democratizar o conhecimento para transformar a economia por meio da educação, o boleto pode desempenhar um papel significativo no acesso a cursos, principalmente para a população carente ou para aqueles que buscam formações que permitem a oportunidade de obter uma renda extra. “Trata-se de uma forma de pagamento amplamente aceita e acessível, porque não requer a divulgação de informações financeiras sensíveis, como números de cartão de crédito, colaborando para a redução do risco de fraude e roubo de identidade”, destaca.

Boesso ainda chama a atenção para outro fator: o boleto permite às pessoas que não possuem uma conta bancária a realizarem seus pagamentos. “Basta ter acesso a uma agência bancária, lotérica ou correspondente bancário para efetuar o pagamento”, aponta o especialista.

Em muitos casos, esta forma de pagamento não está associada a taxas extras, o que pode ser uma vantagem tanto para os consumidores quanto para as empresas, que não precisam arcar com as taxas de intermediação. “Além disso, as cobranças geralmente têm prazos de vencimento, permitindo aos consumidores uma maior flexibilidade. Isso é especialmente útil em situações em que é preciso esperar por uma confirmação de recebimento de renda, por exemplo”, destaca Boesso.

De acordo com os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 35 milhões de brasileiros não possuíam acesso a serviços financeiros essenciais como conta corrente, cartão de crédito, poupança e cheque especial. Quanto menor a renda, mais difícil conquistar essas facilidades. “As fintechs estão revolucionando esse cenário por meio da digitalização dos processos de solicitação. Essas inovações estão impulsionando a inclusão financeira, permitindo que uma parcela maior da população tenha acesso a serviços essenciais e oportunidades de crescimento econômico, porque facilita o acesso ao crédito”, aponta.

Ao contrário dos bancos tradicionais, que exigem uma série de documentos físicos e passam por longos processos de análise, as soluções apresentadas simplificam e agilizam a solicitação de crédito. Por meio de plataformas on-line e aplicativos móveis, os usuários podem enviar informações e documentos digitalizados, reduzindo a burocracia e acelerando o processo de aprovação.

Ao utilizar boletos bancários, os consumidores têm a vantagem de poder acompanhar e controlar seus gastos de forma mais precisa. O documento fornece informações detalhadas sobre a compra e o valor a ser pago, permitindo que os consumidores se organizem de maneira mais eficiente.

O documento geralmente é usado como uma opção de pagamento à vista, o que pode ser interessante para os consumidores que desejam evitar o endividamento por meio do uso de cartões de crédito ou empréstimos. “Ao escolher essa opção, não há o comprometimento do cartão de crédito. Isso é especialmente útil se o valor da compra for maior do que o limite atual disponível”, conclui Reinaldo. 



TMB - fintech que atua com inteligência de crédito e que tem como propósito resolver uma grande lacuna da sociedade.
https://www.tmbeducacao.com.br/
@tmbeducacao


Reinaldo Boesso - CEO da TMB Educação, uma fintech especializada em crédito educacional, que tem como grande missão democratizar o conhecimento para transformar a economia através da educação. É formado em Análise de Sistema e possui pós-graduação em gestão empresarial e gestão de projetos. Também é especialista financeiro liderando times de M&A em fundos de investimento.


Advogado explica como evitar conflitos em processos de inventário

Estabelecer um diálogo transparente e aberto é fundamental para evitar divergências

 

O processo de inventário, muitas vezes, pode se tornar uma frequente fonte de tensão e conflito entre os herdeiros. Além de desgastante emocionalmente, pode prolongar a sua resolução e não faltam exemplos famosos desse embate, sendo um dos mais emblemáticos o do apresentador de televisão Augusto Liberato, morto em novembro de 2019. A partilha ainda é alvo de disputa e muita polêmica.

Mas será que é possível evitar o problema? De acordo com Luiz Fernando Gevaerd, especialista na área de Direito da Família com mais de 40 anos de carreira,  mais de 10 mil casos atendidos e diretor do escritório Gevaerd Consultoria Jurídica, há formas de minimizar contestações se forem adotadas algumas estratégias. “É o tipo de processo que pede uma atenção especial para os envolvidos, porque serão diversas as situações delicadas a serem enfrentadas. Por essa razão, é fundamental encontrar soluções personalizadas para diminuir os conflitos, através de uma abordagem humanizada e pela busca de acordos justos entre as partes envolvidas”, destaca.

Estabelecer um diálogo transparente e aberto entre os herdeiros é essencial para evitar divergências. “É importante discutir questões relacionadas ao inventário e ouvir os pontos de cada um, buscando encontrar soluções consensuais”, aponta o especialista.

Um planejamento sucessório adequado também pode evitar problemas futuros, porque já estabelece claramente as regras de distribuição de bens evitando ambiguidades. “O advogado pode auxiliar os clientes na elaboração de um plano sucessório bem estruturado, que pontue claramente a forma como os bens serão distribuídos. Ao antecipar e abordar potenciais conflitos, como divisão, o advogado consegue   evitar disputas futuras”, explica.

Em casos de impasse, a mediação pode ser uma ferramenta eficaz para auxiliar as partes envolvidas a encontrar soluções pacíficas. “Um mediador imparcial e qualificado pode facilitar a comunicação e a negociação entre os herdeiros”, destaca Gevaerd.

Contar com a assessoria de um advogado especializado em Direito de Família é imprescindível para evitar desgastes ao longo do processo. “Um profissional experiente poderá  representar os interesses de cada herdeiro de forma imparcial, buscando uma solução justa e equilibrada porque  possui o conhecimento jurídico necessário para orientar os herdeiros sobre seus direitos e obrigações. Isso inclui esclarecer dúvidas, explicar as opções legais disponíveis e fornecer uma visão realista sobre as possíveis consequências de suas escolhas”, revela.

Gevaerd enfatiza que a prevenção de conflitos é sempre o melhor caminho, mas caso ocorram, é importante buscar uma solução pacífica e amigável. “O respeito aos direitos e desejos do falecido, bem como a consideração pelos sentimentos e necessidades dos herdeiros, são fundamentais para evitar litígios prolongados e danosos.

A ocorrência de disputas em processos de inventário pode ser influenciada por uma variedade de fatores, incluindo a complexidade do patrimônio, o número de herdeiros envolvidos, a existência de divergências familiares e questões emocionais relacionadas à partilha dos bens. “Nessas situações, é comum que as partes busquem orientação legal e recorram ao sistema judicial para resolver suas divergências”, ressalta.

É importante destacar que a busca por uma solução judicial nem sempre significa que o processo resultará em um litígio prolongado. Muitas vezes, as partes envolvidas podem optar pela mediação ou por outros métodos alternativos de resolução de conflitos para alcançar um acordo, antes mesmo de chegar a um julgamento. Geveard reforça que cada caso de inventário é único, e pode variar significativamente em termos de complexidade e probabilidade de disputa judicial.   



Gevaerd Consultoria Jurídica
https://gevaerd.com.br/


Controle biológico: o futuro do agro no qual o Brasil sai à frente

O agronegócio brasileiro é um dos mais sustentáveis do mundo. Recentemente, uma pesquisa mundial realizada pela consultoria McKinsey com mais de 5.500 agricultores posicionou o nosso país em primeiro lugar no ranking da categoria. A pesquisa também mostra que mais de 20% dos agricultores globais estão adotando ou dispostos a adotar insumos biológicos em sua produção nos próximos anos. Desta forma, o Brasil segue na liderança do uso de biológicos nas lavouras, com um crescimento de 15% ao ano, contra 9% de aumento no mercado mundial.

Na prática, insetos, fungos, vírus e bactérias, podem ser grandes aliados do produtor rural ao serem manuseados com estudo, planejamento e tecnologia. Esses ativos agem com o objetivo de eliminar pragas e possui baixo risco de agressão à saúde humana e ao meio ambiente, permitindo assim, a manutenção do equilíbrio do ecossistema em que são inseridos e o manejo sustentável de pragas e doenças. 

Ao dispensar o uso de aditivos químicos empregamos uma estratégia inteligente ao monitoramento das pragas. A iniciativa é capaz de evitar a contaminação dos alimentos, reduzir o risco de poluição ambiental e manter a qualidade do solo.  No ano passado, devido ao COVID e cenário de preços em alta para os fertilizantes e defensivos, o número de aprovações de produtos de base biológica para o controle de pragas e de doenças na agricultura subiu representativamente. De acordo com dados da Anvisa, em 2022 foram finalizadas as análises de um total de 157 pedidos deste tipo, representando um aumento de 70% em relação às solicitações concluídas em 2021. 

O uso de insumos biológicos na produção é uma técnica secular, mas que vem ganhando cada vez mais força sendo impulsionado aos novos hábitos de consumo e a uma maior preocupação com a saúde e o meio ambiente. Outro ponto a ser observado é o perfil de alguns consumidores, que apresentam uma preferência por alimentos orgânicos. Os produtores que investem nessa modalidade além da possibilidade de melhores margens de lucros, devido ao maior valor agregado de seus produtos, também estão incentivando e adotando práticas ESG.  

Segundo informações divulgadas pelo relatório da Research and Markets, a expectativa é que o segmento movimente US$ 18,5 bilhões no mundo até 2026, o que também abre portas para as startups do agronegócio (agtechs) que atuam com base em recursos biológicos. No final das contas, é uma técnica na qual todos saem ganhando. O planeta pode respirar mais aliviado e nós iremos aumentar a qualidade da cadeia alimentar. 

 

Henrique Galvani - Formado em Ciências Contábeis pela Universidade Paulista, COO e sócio-fundador da Arara Seed, primeira plataforma de investimentos coletivos do setor do Agronegócio. Com uma atuação de 10 anos no segmento, o executivo tem passagens por empresas como Grupo BLB Brasil e BLB Ventures.


Empréstimo online: mitos e verdades que você deve saber sobre essa modalidade de crédito

Especialista tira principais dúvidas sobre o assunto, destacando que negativados têm acesso e que é possível se proteger de fraudes

 

O empréstimo pessoal é uma alternativa para muitas pessoas que precisam quitar dívidas, realizar sonhos, abrir o próprio negócio ou até mesmo resolver uma emergência na família. Contudo, esse assunto é rodeado de mitos, ainda mais quando falamos da modalidade de empréstimo online. Com o avanço da tecnologia, as instituições financeiras passaram a oferecer uma contratação de crédito mais simplificada e acessível, por meio dos seus aplicativos e sites. Se por um lado isso trouxe agilidade e facilidade, por outro pode causar insegurança no consumidor.

 

Apesar de muitos usuários já solicitarem empréstimos online sem medo, as dúvidas em torno desse tipo de serviço podem fazer quem precisa do crédito perder boas oportunidades. Para ajudar a desmistificar o assunto, Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal, elenca 6 mitos e verdades sobre a modalidade . Confira:

 

1. É possível se proteger de fraudes

Verdade. Para isso, devemos usar sites confiáveis na hora de simular o empréstimo e ficar atentos a alguns detalhes que podem ser sinal de falta de segurança em páginas na internet. Por exemplo, no início do endereço eletrônico, as letras utilizadas têm que ser "https" e não apenas "http" – a letra “s” indica justamente a presença de protocolos adicionais de segurança. Também é válido conferir se há o símbolo de um cadeado junto ao endereço. Se ele estiver fechado, o site é de confiança e tem seus dados criptografados.

 

2. Empréstimo pessoal depende de uma análise de crédito

Verdade. Normalmente, todas as operações financeiras passam por uma análise de crédito prévia. É comum, antes de liberar o empréstimo, que a instituição consulte os órgãos de proteção ao crédito para confirmar os dados referentes à pessoa interessada e, assim, ter mais segurança na hora de liberar os valores.

 

3. Negativados podem conseguir empréstimo online

Verdade. Alguns bancos e correspondentes bancários, como a Simplic, conseguem fazer uma análise mais apurada do histórico e da condição financeira de quem solicita o empréstimo. Não é porque a pessoa está negativada que ela não tem condições de arcar com uma parcela. Essa análise mais apurada torna o crédito mais acessível, inclusive para negativados. 

 

4. Tem que fazer um depósito adiantado antes de receber o empréstimo

Mito. As fintechs que prestam um serviço realmente seguro e confiável não utilizam esse recurso e não fazem esse tipo de solicitação ao cliente. Se a empresa está pressionando muito e exigindo rapidez no fechamento do contrato, pode inclusive ser um sinal de golpe. Contratos de empréstimos têm de ser analisados e decididos com calma. O cliente tem direito de receber o documento para avaliar as condições antes de tomar uma decisão e não precisa fazer nenhum depósito prévio para ter acesso ao crédito, caso decida contratá-lo.

 

5. Empréstimo online demora mais para ser aprovado

Mito. Como todo o procedimento é feito online, sem a necessidade de comparecer presencialmente a uma unidade de atendimento, é até mais comum que tudo ocorra mais rápido, desde o cadastro e a análise de crédito, até a aprovação e a liberação em conta do valor solicitado.

 

6. A taxa de juros do contrato aumenta ao longo dos meses

Mito. Assim como a parcela descontada todo mês é fixa, as taxas de juros do empréstimo também são. Os juros estão disponíveis na própria simulação e terão a mesma taxa aplicada no momento do fechamento do contrato e durante todo o prazo de pagamento. Desse modo, o cliente fica tranquilo, sabendo quanto vai pagar a cada mês.

 

Simplic


Por que adotar a gestão por objetivos e resultados na sua empresa?

Você ainda não sabe, mas a sua empresa precisa de uma gestão por OKRs - Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves). E você pode não saber, mas pode estar usando OKRs só no nome. Essa ferramenta traz ótimos resultados, como maior clareza de direção, melhor priorização e possibilita que os times fiquem engajados. Isso gera benefícios para a empresa como um todo, afetando os colaboradores. Para provar sua eficácia, reuni aqui os 5 maiores problemas que os OKRs conseguem resolver, se bem implementados:


  1. Falta de alinhamento

Comunicação é sempre um grande desafio da liderança, que se torna ainda mais complexo à medida que aumenta a quantidade de colaboradores e a estrutura de times. Uma ideia que antes poderia ser compartilhada facilmente pelos corredores, agora se perde como um telefone sem fio ao descer do CEO para o estagiário ou ao sair de uma área e ir para a outra. Fica mais difícil garantir que todos estão remando para o mesmo lado. Neste sentido, os OKRs deixam clara a direção do negócio, afinal, têm como premissa medir de maneira objetiva se atingimos os resultados e se o processo está sendo bem feito ajuda que todos priorizem os esforços.


  1. Falta de foco

Uma coisa é estar alinhados nas prioridades, outra coisa totalmente diferente é estabelecer poucas prioridades. Ganhar alinhamento ajuda o foco, mas não é suficiente, precisamos também saber trabalhar no que é mais importante para gerar mais impacto mais rápido.


  1. Desengajamento das pessoas

O processo bottom up convida as pessoas a contribuírem para a forma com que os resultados serão alcançados. Isso, somado ao restante, faz com que a clareza do propósito da organização ajude no mesmo processo com os times e com os indivíduos, aproximando o esforço diário deles da estratégia da organização. Tal atitude aumenta o engajamento das pessoas e faz com que trabalhem melhor.


  1. Falta de responsabilidade

Além de aumentar o engajamento, este processo bottom up é capaz de fortalecer o senso de responsabilidade das pessoas sobre os resultados almejados, porque elas participaram do processo de construção e debateram sobre os diversos caminhos, tendo a oportunidade de expressarem suas respectivas opiniões.


  1. Acomodação

Os resultados almejados devem ser ambiciosos e, junto com os demais itens, deve existir um acompanhamento frequente, o que ocorre na gestão por OKR, para evitar que as pessoas fiquem acomodadas, dentro de sua zona de conforto. Garantindo isso, é possível que cada colaborador aproveite melhor o seu potencial e passe a desenvolvê-lo a todo instante.

Assim, com esses problemas resolvidos, conseguimos alcançar melhores resultados, pois ao estabelecer prioridades, vamos colocar mais esforços em coisas que são mais importantes. Isso acontece porque não estamos dividindo nossa atenção com temas menos prioritários. Mire as estrelas e acerte a lua! Com as metas ambiciosas, vamos nos exigir a pensar fora da caixa, o que facilitará alcançar resultados diferentes.

Esse cenário também possibilita mais entrosamento entre as áreas, já que os OKRs não se limitam à hierarquia. Visto que há muitos temas dentro de uma organização, facilita bastante que pessoas de diferentes times se aproximem para trabalharem juntos em prol da resolução de um problema. Afinal, todos devem estar empenhados em fazer essa engrenagem, que é a empresa, girar no sentido correto.

 

Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas.
http://www.gestaopragmatica.com.br/


Inverno com chuva requer atenção nas estradas


Professor do UniCuritiba diz que monitoramento em trechos de rodovias com risco de deslizamento é essencial para evitar tragédias

 

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê um início de inverno nublado no Sul do país, com acumulados de chuva de até 60mm no Paraná e em Santa Catarina entre os dias 20 e 28 de junho. A situação preocupa quem mora perto de encostas ou precisa encarar as estradas.

Na BR-376, a Polícia Rodoviária Federal e as equipes técnicas da concessionária Arteris Litoral Sul monitoram trechos críticos como a encosta no km 699, em Guaratuba, onde um deslizamento matou duas pessoas em novembro do ano passado.

Geólogo com mestrado em Engenharia, Abdel Hach diz que o monitoramento é essencial onde há risco iminente de deslizamento. “Em áreas de risco geológico, como a BR-376, o mais adequado é justamente o que a Arteris e a PRF estão fazendo: fechar preventivamente a serra sempre que houver risco de danos irreversíveis como a morte de pessoas.”

De acordo com o membro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), a falta de uma ação concreta para recuperar a estabilidade da encosta no km 699 e aliviar a tensão causada pelo acúmulo de água pode causar graves problemas a cada temporal.

“Há necessidade de um trabalho sério de contenção, talude e drenagem para evitar novos movimentos gravitacionais de massa. Quando a ação humana modifica características geotécnicas e geológicas de um local, sempre haverá necessidade de intervenção técnica para recuperar a estabilidade do terreno”, explica o professor dos cursos de Arquitetura, Urbanismo e Engenharia do UniCuritiba – instituição que integra a Ânima Educação, o maior ecossistema de ensino superior privado do país.

Além das obras de engenharia necessárias para a segurança nas estradas e do monitoramento preventivo, outras medidas são essenciais para evitar acidentes de trânsito em condições climáticas desfavoráveis.


Dicas para evitar acidentes em dias de chuva

1.      Antes de pegar a estrada, confira a previsão do tempo, as condições de tráfego e eventuais interdições, bloqueios e quedas de barreira. A Arteris Litoral Sul mantém informações atualizadas nas redes sociais da concessionária.


2.      Se possível, evite viajar sob chuva intensa. Os temporais prejudicam a visibilidade e aumentam o risco de aquaplanagem, quedas de árvores, deslizamentos e enchentes.


3.      Durante um temporal, reduza a velocidade, mantenha distância do veículo à frente e, se for necessário parar, procure um local seguro. Evite ficar parado no acostamento ou às margens da pista.


4.      Acenda os faróis para aumentar seu campo de visão na estrada e para que seu veículo se torne visível para os demais motoristas.


5.      Mantenha o veículo em perfeitas condições de tráfego e com as manutenções e revisões em dia.


6.      Confira o estado de conservação dos pneus. Pneus desgastados favorecem a aquaplanagem.


7.      Se passar por um trecho alagado da pista e perder o controle do veículo, não pise no freio de forma brusca. Tente reassumir o controle da direção girando o volante lentamente para a direita e a esquerda. Jamais acelere.


8.       Evite distrações e nunca utilize o celular enquanto dirige. Mantenha as duas mãos no volante para ter o controle necessário da direção.


9.       Jamais dirija com sono ou após a ingestão de bebida alcóolica.


10.   Em dias de chuva, prefira viajar durante o dia.


UniCuritiba


"As escolas têm papel crucial na prevenção ao tráfico de drogas", afirma jurista do CEUB


O Dia Internacional sobre o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas chama atenção para ações de combate ao tráfico de drogas próximo a escolas



O tráfico de entorpecentes realizado próximo a escolas basta para a incidência do aumento de pena previsto na Lei Antidrogas. Em alusão ao Dia Internacional sobre o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, celebrado em 26 de junho, Antônio Suxberger, especialista em política criminal a e professor de Direito do Centro Universitário de Brasília (CEUB), destaca medidas para combater o tráfico de drogas próximo a escolas e reitera o envolvimento da comunidade escolar e dos grupos de jovens, adolescentes e crianças em ações preventivas

Em 2019, o Senado aprovou o Projeto de Lei 1823/07, que prevê o aumento de 1/3 ao dobro da pena quando o crime envolver ou visar atingir criança ou adolescente ou, ainda, for praticado nas dependências ou imediações de estabelecimento de ensino. A proposição estende o mesmo aumento de pena para o caso de o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação. No Distrito Federal, o número de ocorrências de tráfico de drogas nas proximidades das escolas é alto.

De acordo com levantamento do Departamento de Inteligência da Polícia Civil do DF, Taguatinga registrou a maior porcentagem de ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas (48% do total) entre janeiro de 2022 e abril de 2023. Sobre esse alto índice de ocorrências de tráfico de drogas em Taguatinga, o professor Antônio Suxberger avalia que "o crescimento desordenado da cidade e a falta de ações comunitárias na ocupação dos espaços públicos" explicam essa realidade preocupante.

O especialista em política criminal explica que a escolha dos locais de atuação pelos traficantes é influenciada pela grande circulação de pessoas e pela presença de públicos suscetíveis a abordagens de convencimento, como crianças e adolescentes em espaços de lazer coletivo, shows e festas fechadas. Ele destaca a importância de "otimizar o uso dos espaços escolares para atividades que envolvam jovens. É preciso maximizar as possibilidades de interação da vizinhança e conscientizar os alunos e a comunidade sobre a importância de preservar esses espaços".

Os riscos decorrentes da atuação dos criminosos são diversos para o público que frequenta essas escolas, incluindo a disseminação indesejada de drogas e a ocorrência de práticas violentas. "Esses comportamentos são frequentemente motivados por disputas territoriais ou dívidas relacionadas às drogas", aumentando os riscos para a comunidade que circunda os espaços escolares, como pais, vizinhos e profissionais da educação.

Diante desse cenário, o docente do CEUB indica às escolas adotar uma série de medidas para evitar esse tipo de ocorrência em suas proximidades. Projetos, programas e planos que envolvam a comunidade escolar e local, mobilizando crianças e jovens no combate às drogas, são algumas das possíveis soluções. "A promoção de atividades esportivas e culturais tem se mostrado uma abordagem bem-sucedida para afastar o interesse e a possibilidade de inserção de drogas entre esses grupos vulneráveis", frisa.

Embora as forças de segurança pública desempenhem um papel fundamental, o professor enfatiza que a prevenção do tráfico de drogas não pode depender exclusivamente delas. Para além do policiamento ostensivo e investigações direcionadas às redes de difusão de drogas, o jurista considera essencial envolver a comunidade escolar e os grupos de jovens, adolescentes e crianças em ações preventivas. "O engajamento da comunidade e a participação ativa nos espaços públicos destinados a crianças e adolescentes é a melhor medida de prevenção no enfrentamento do tráfico de drogas e da criminalidade violenta que afetam esses grupos", arremata o professor.


Internet e inteligência artificial já modificam a dinâmica em sala de aula

Professor de Brasília cria jogo RPG para avaliar os alunos


A tradicional prova de múltipla escolha para avaliar os conteúdos aprendidos em sala de aula pode ter seus dias contados? Em Brasília, um professor do Ensino Fundamental inovou e criou, com auxílio de inteligência artificial, uma ferramenta digital para avaliar, em sala de aula, os alunos do 9º ano em disciplinas diversas como matemática, ciências, geografia e interioridade.

No jogo denominado "Em busca da nota sagrada", desenvolvido numa plataforma digital de formulários, os alunos têm que realizar missões e cumprir desafios - como tirar fotos, produzir vídeos ou ainda resolver problemas matemáticos e relacionados aos conteúdos aprendidos em sala de aula.

O professor projeta na tela as "missões" e os alunos, divididos em grupos aleatórios, assumem personagens medievais para cumprir os desafios em formato de RPG (na sigla em inglês role-playing game).

Tudo isso para vencer o “chefão” ou big boss. Quem acerta as questões, vai desbloqueando habilidades e vencendo o vilão. Quem não acerta as perguntas relacionadas às disciplinas, perde a batalha. Vence quem atingir “a nota perfeita”, ou seja, se classifica com a nota máxima, acertando todas as questões.

O professor responsável é Adrian Tobio, do Colégio Marista de Brasília - unidade Asa Sul. Ele explica que contou com auxílio de Inteligência Artificial para criar o jogo e é uma forma diferente e dinâmica de avaliar os alunos na atualidade; uma forma de diversificar as avaliações individuais. "No contexto atual, é importante manter a motivação dos alunos e a gamificação é uma forma de avaliar conteúdos complexos de forma leve e divertida”, explica Tobio, que contou com o apoio dos professores de todas as disciplinas envolvidas na elaboração dos desafios.

O engajamento dos alunos, segundo o professor, foi positivo. “Até os alunos que normalmente são mais tímidos em sala de aula ficaram muito animados e participaram de forma muito ativa. Meu próximo passo agora é fazer um formulário digital para que cada aluno preencha e me forneça feedback sobre a ferramenta, o que achou da experiência”, completa o professor do Colégio Marista de Brasília. 

 



Crescimento econômico está relacionado à qualidade da educação, mostra estudo

Educadora Stella Azulay afirma que a educação parental é o melhor caminho para alcançar melhores resultados e preparar crianças e jovens para o futuro


O crescimento econômico dos países está relacionado à qualidade da educação e não à quantidade de anos de escolaridade, aponta estudo da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EESP - FGV). O levantamento mostra que potencializar as habilidades dos estudantes tem maior impacto sobre o crescimento econômico do que apenas garantir o acesso à educação, sem trabalhar essas habilidades. De acordo com a pesquisa, o desenvolvimento das habilidades aliado ao acesso à educação pode elevar o  PIB (Produto Interno Bruto) em até 28% nos países de renda média-baixa. 

A pesquisa utiliza dados do Banco Mundial para mostrar que o PIB per capita brasileiro poderia ser 66% maior se o país oferecesse educação e saúde de qualidade para toda sua população. Outro levantamento, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), afirma que o crescimento econômico sustentável acima de 2% ao ano no Brasil somente pode ser alcançado com um salto de produtividade, o que depende da qualidade da educação. 

A pesquisa da FGV constata que o aumento da qualidade do ensino básico está associado a ganhos expressivos na geração de empregos, que o capital humano é fator extremamente relevante para explicar as diferenças de crescimento econômico entre países e que a escolaridade está associada com a produtividade, o que explica boa parte da diferença da renda dos trabalhadores. 

Segundo o IBGE, mais da metade dos brasileiros com 25 anos ou mais não possui ensino médio completo, 13 milhões de jovens não estudam nem trabalham e cerca de 20% deles abandonaram a educação básica. O PISA mostra que 68% dos jovens brasileiros de 15 anos não possuem nível básico de matemática, 55% não possuem nível básico de ciências e 50% não possuem nível básico de leitura. Ainda de acordo com o PISA, 34% dos adolescentes repetiram de ano pelo menos uma vez no Brasil.  

O ministro da Educação, Camilo Santana, aponta que o custo com um estudante repetente pode ser quatro vezes maior do que o valor investido em um estudante na idade adequada de aprendizado. Vários estudos mostram que uma educação de qualidade desde a infância estimula as habilidades socioemocionais e ajuda a reduzir crimes violentos, prisões e desemprego. 

 

Educação parental  

Os melhores resultados na educação estão relacionados à metodologia de ensino e também à participação efetiva dos pais no processo de aprendizagem das crianças e adolescentes. A educação parental é o melhor caminho para alcançar esses resultados, afirma a escritora, educadora parental, fundadora e diretora da Juntos Educação Parental, Stella Azulay. De acordo com ela, a educação parental empodera os pais para que tenham mais tranquilidade na hora de tomar decisões, fazer escolhas e criar vínculos com os filhos.  

Stella explica que a educação parental é baseada em três grandes pilares: investir em conhecimento para fortalecer o maior patrimônio das famílias, que são os filhos; desenvolver a função educadora dos pais, as education skills, habilidades educadoras, que representam o pico do desenvolvimento humano; e tratar preventivamente as feridas abertas da sociedade construindo um mundo melhor com pessoas melhores, que são construídas dentro de casa. 

 

Dicas 

Segundo Stella, a principal dica para desenvolver a educação parental é que os pais não tenham vergonha de buscar ajuda e conhecimento. “Ninguém é perfeito. Quando os pais querem ser perfeitos, os filhos também querem e isso não existe, então colocam um peso muito grande sobre eles. Mas buscar conhecimento e evoluir na parentalidade é muito importante”, alega. Ela acrescenta que conhecimento é bem-estar, tranquilidade e saúde emocional.  

A educadora parental diz que a família precisa entender sua realidade, definir e entender  as regras da sua casa para que sejam coerentes. “É preciso estabelecer regras prioritárias, como quando é possível ceder, abrir exceção. Toda essa organização mental e prática traz paz e harmonia em casa. Todo mundo sonha com um lar tranquilo e acolhedor, mas isso exige esforço. Não tem mágica”, diz.  

Esforço e lifelong learning, a educação como um processo contínuo, constante aprendizado, resultam em uma casa mais harmoniosa, família mas saudável e feliz. “Filho cada um é de um jeito, muda de fase, dá susto. Os pais vão descobrindo junto com eles, conforme vão crescendo. Conhecimento é o que transforma a família para isso, para preparar o filho para o século 21, que demanda tanto deles”, explica Stella.  

A Juntos atua em parcerias com empresas para desenvolver projetos de educação parental, como benefício para os colaboradores, e vai desenvolver a parceria com as escolas a partir deste ano, comenta a educadora. Ela explica que essas parcerias impactam positivamente a comunidade escolar, melhorando a relação família escola, fazendo com que os alunos cheguem mais preparados emocionalmente e tranquilos para as aulas e convívio social, trazendo bem-estar para todos.

 

Juntos Educação Parental

 

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