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quinta-feira, 13 de abril de 2023

Hospitais da Rede Ebserh atuam na assistência e desenvolvem pesquisas para combater a Doença de Chagas

Dia Mundial alusivo à doença, celebrado em 14 de abril, reforça a importância das ações de vigilância e do diagnóstico precoce

 

A Doença de Chagas (DC) ainda é uma importante causa de mortes no Brasil. Por ano, são registrados, em média, quatro mil óbitos no país. Estima-se que, no mundo, esse número chegue a 14 mil. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu o Dia Mundial da Doença de Chagas, celebrado na próxima sexta-feira (14), visando conscientizar a sociedade e alertar para a necessidade de aumentar as ações de vigilância e melhorar a detecção precoce e a atenção clínica. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua nesse contexto, com sua rede de hospitais universitários que são referência no diagnóstico, tratamento e pesquisas relacionadas à enfermidade.

 

Uma dessas unidades é o Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), do Complexo Hospitalar Universitário da UFPA, em Belém (PA), que dispõe de serviços de infectologia e cardiologia para o acompanhamento de pacientes nas fases aguda e crônica da doença. O tratamento é garantido pelo Serviço Único de Saúde (SUS), com uso do medicamento Benznidazol, que é distribuído pela Secretaria Municipal de Saúde. “A Doença de Chagas é negligenciada e possui arsenal terapêutico limitado para seu tratamento. Deve-se ressaltar que o disponível é eficaz no controle da doença e evita complicações futuras”, afirmou a infectologista e gerente de Atenção à Saúde do HU-JBB, Rita Medeiros.

 

Segundo a profissional, em 2006, o Brasil foi considerado livre da transmissão pelo trypanosoma cruzi principal espécie de vetor. Entretanto, outras espécies de barbeiros, que não têm hábitos antropofílicos (não dependem da presença humana para se estabelecer) e são infectados pelo germe, podem contaminar alimentos como o açaí e a cana de açúcar e, por meio da via oral, infectam humanos. “Essa forma de transmissão é majoritária no Norte do Brasil, especialmente no estado do Pará, e é a origem dos surtos de doença de chagas na região”, explicou a infectologista.


 

Transmissão e Sintomas


Causada pelo protozoário trypanosoma cruzi, a DC é transmitida por meio das fezes do seu hospedeiro, o barbeiro, quando elas entram no organismo humano. A infecção também pode ocorrer por transfusão de sangue contaminado e durante a gravidez, de mãe para filho. Soma-se a esse quadro, segundo Relatório Epidemiológico do Ministério da Saúde, a ocorrência de casos e surtos por transmissão oral pela ingestão de alimentos contaminados, como caldo de cana, açaí, bacaba e outros.

 

Segundo o cardiologista Rodrigo Cunha, do Hospital das Clínicas do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), em Uberaba (MG), que possui um serviço de atendimento especializado, sete em cada dez pessoas desconhecem sua condição devido à ausência de sintomas clínicos, que se distinguem conforme sua fase. Quando aguda, a doença pode provocar febre, dor de cabeça, fraqueza, inchaço e uma ferida no local da picada. Os órgãos mais afetados são gânglios, fígado e baço. Já na fase crônica, os pacientes podem ficar assintomáticos por um longo período ou, em outros casos, apresentar sérios comprometimentos, principalmente, no coração e no aparelho digestivo.

 

De acordo com o médico, na fase aguda e nas formas crônicas da DC, o diagnóstico etiológico poderá ser realizado pela detecção do parasita, por meio de métodos parasitológicos (diretos ou indiretos) e pela presença de anticorpos no soro, sendo que os mais utilizados são: a imunofluorescência indireta (IFI), hemaglutinação indireta (HAI) e enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). “Testes de maior complexidade, como o molecular, utilizando polymerase chain reaction (PCR), apesar de sua limitação pela ausência de protocolos padronizados, têm indicação quando os testes sorológicos apresentarem resultado indeterminado ou para o controle de cura, após o tratamento antiparasitário”, explica.


 

Tratamento


O tratamento deve ser indicado por um médico, após a confirmação da doença. O remédio, chamado Benznidazol, é fornecido gratuitamente pelo Ministério da Saúde (MS), mediante solicitação das Secretarias Estaduais de Saúde, e deve ser utilizado em pessoas que tenham a doença aguda, assim que ela for diagnosticada.

 

Para as pessoas na fase crônica, a indicação desse medicamento depende da forma clínica e deve ser avaliada caso a caso. Em casos de intolerância ou que não respondam ao tratamento com Benznidazol, o MS disponibiliza o Nifurtimox como alternativa, conforme indicações estabelecidas em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. “Independentemente da indicação do tratamento, as pessoas na forma cardíaca e/ou digestiva devem ser acompanhadas e receberem o tratamento adequado para as complicações existentes”, enfatiza Rodrigo.

 


Prevenção


A melhor forma de prevenir é combatendo o inseto transmissor, já que não há vacina contra a Doença de Chagas. A sua incidência está diretamente relacionada às condições habitacionais e situação de vulnerabilidade, com acesso restrito a cuidados de saúde, água potável e saneamento. Assim, é importante adotar algumas medidas de protetivas, principalmente em ambientes rurais: cuidado com a conservação das casas, aplicação regular de inseticidas, utilização de telas de proteção em portas e janelas, além de medidas individuais, como o uso de repelente e roupas de mangas longas.


 

Hospitais da Rede Ebserh conduzem pesquisas sobre o tema


O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) possui um serviço especializado de diagnóstico e tratamento aos portadores da doença desde 1978, o Núcleo de Estudos da doença de Chagas (NEDOCH). Ele é composto pelo Laboratório de Chagas e o Ambulatório de atendimento ao chagásico, onde são assistidos mais de seis mil pacientes. No Laboratório de Chagas são desenvolvidas pesquisas na área com colaboradores de centros nacionais e internacionais. A instituição possui uma soroteca com mais de 36 mil soros armazenados em congeladores e câmera fria, muitos conservados há mais de 20 anos. Além disso, participa do Programa de Qualidade dos Bancos de Sangue em todo o Brasil, gratuito e coordenado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

 

Em Uberada (MG), no HC-UFTM, está em andamento um estudo clínico para avaliar a eficácia do uso de uma medicação, já disponível no mercado, para insuficiência cardíaca e disfunção ventricular causadas por Doença de Chagas. O objetivo é avaliar a eficácia da droga no controle especificamente dessa doença. Para isso, o Núcleo de Estudos Clínicos (NEC) do HC-UFTM está recrutando pacientes com os diagnósticos acima para participarem da pesquisa. Os interessados podem entrar em contato com o NEC por meio do telefone (34) 9 9691-9184.

 

Outras duas pesquisas, com resultados já divulgados, debruçaram-se na busca por novos conhecimentos sobre a doença. O primeiro estudo, publicado na Frontiers in Immunology, revista especializada em ciências da saúde e ciências biológicas, identificou relações entre parâmetros clínicos laboratoriais que possam elucidar novas perspectivas para o prognóstico e o diagnóstico da Doença de Chagas aguda. Diferentes critérios foram mensurados, incluindo hematológicos, bioquímicos (biomarcadores funcionais), inflamatórios (citocinas, infiltrado inflamatório e presença do parasito no tecido cardíaco). 

Em outra pesquisa, com participação do HC-UFTM, avaliou-se a resposta imune de pacientes com Doença de Chagas a um medicamento usado para a quimioterapia específica da doença. Publicado no periódico científico Infectionand Immunity, da American Society for Microbiology, o estudo aponta que a progressão para a forma cardíaca e o agravamento da Doença de Chagas, 48 meses após tratamento com o medicamento, está associada com uma maior produção de citocinas inflamatórias, linfócitos T helper 1 (Th1) e menor quantidade de linfócitos T reguladores direcionados aos antígenos do Trypanosoma cruzi, protozoário causador da doença.


 

No Dia da Voz, médico alerta para a disfonia e rouquidão


Desde 1999, em 16 abril é celebrado o Dia Mundial da Voz no Brasil, uma iniciativa de médicos, fonoaudiólogos e professores de canto que pertenciam à antiga Sociedade Brasileira de Laringologia e Voz (SBLV). A data visa conscientizar a população sobre a importância da voz e alertar sobre alguns sintomas que podem indicar doenças, como o câncer de laringe.  

Cerca de 8% da população têm alguma dificuldade vocal e, de acordo com o otorrinolaringologista Thiago Resende, do hospital Santa Casa de Mauá, os mais atingidos são os professores, atores, vendedores, operadores de telemarketing e cantores. “Entre os sintomas mais comuns dos problemas na voz estão a disfonia e a rouquidão. Enquanto um se caracteriza pela dificuldade da emissão da voz, o outro é uma condição disfônica”, explica o especialista. 

 A disfonia pode ser leve ou extrema, podendo causar a perda parcial ou total da voz. Além disso, pode ser funcional - sem alterações nas pregas vocais ocasionadas pelo mau uso da voz; orgânico - funcional não tratada, que pode estar acompanhada por lesões nas cordas vocais - e a orgânico-funcional, que são os casos anteriores não tratados e que já estão em estágios avançados e acompanhados de nódulos na região da garganta. 

A disfonia e a rouquidão também podem ser causadas por infecções virais das vias aéreas superiores, problemas na laringe e o refluxo gastroesofágico. Entre as alterações estão o nódulo vocal, pólipos, cistos e Edema de Reinke. Embora os tumores ou câncer de garganta sejam causas menos comuns da disfonia, é importante investigar, principalmente quando há tabagismo e alcoolismo envolvidos. Os sintomas mais comuns são a falta de ar, dor e esforço para emissão da voz, dificuldade para mantê-la e até engasgos.  

O diagnóstico é feito por meio de exame clínico e outros específicos, como nasofibrolaringoscopia ou estroboscopia da laringe. Se os sintomas persistirem por mais de 15 dias é importante buscar ajuda médica e jamais se automedicar. “Os profissionais que trabalham com a voz devem buscar tratamentos preventivos a fim de evitar a disfonia, além de adotar algumas mudanças de hábitos”, orienta o médico Thiago Resende. 

Alguns cuidados podem ajudar a proteger a voz como: evitar pigarrear, gritar ou falar por muito tempo; beber bastante água em temperatura ambiente ao longo do dia; evitar o uso de pastilhas e sprays; não fumar; evitar bebidas alcoólicas, café, chocolate e derivados e fazer repouso vocal antes ou após o uso excessivo da voz.

 

Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/



Campanhas do Abril Verde combatem sedentarismo de boa parte dos brasileiros


 

O mês de abril vem se tornando uma referência nacional para o combate ao sedentarismo que toma conta do país. Atualmente há uma abundância de pesquisas locais e internacionais que colocam o Brasil num ranking indigesto: somos o país mais sedentário da América do Sul e um dos líderes no levantamento global. A constatação está no Status Global sobre Atividade Física 2022, um relatório publicado em outubro do ano passado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A pesquisa mostra que, dos 194 países analisados pelo órgão, menos da metade possui políticas públicas concretas para o combate ao sedentarismo. Dentre aqueles onde há algum tipo de política, menos de 40% apresentam efetividade nas ações de incentivo às atividades físicas. Ou seja, não apenas o Brasil, mas o mundo de modo geral está sedentário, e a OMS calcula, em forma de advertência, que até 2030 deverão ser 500 milhões de pessoas com a saúde afetada em decorrência do sedentarismo.

Se nada for feito para reverter o quadro, a previsão da Organização é de que os governos tenham de enfrentar custos de aproximadamente US$ 27 bilhões por ano com políticas de saúde decorrentes de uma massa de sedentários. “É um cenário caótico, e que revela a importância e até a urgência de ações como as do Abril Verde, que focam na tentativa de estimular as pessoas a praticarem atividades físicas regulares”, afirma Rodrigo Felipe, presidente do Grupo First, responsável pela You Saúde, operadora de planos de saúde.

“Hoje enfrentamos um paradoxo global. O sedentarismo também ocorre em função do consumo maior de telas, mas boa parte desse consumo aumentou porque o teletrabalho ganhou mais força nos últimos anos. Ou seja, as pessoas estão em casa por mais tempo, mas muitas em regime de trabalho. Não podemos combater esse tempo, porque ele nem sempre é ocioso. A luta talvez tenha de ser pelo equilíbrio”, analisa Rodrigo Felipe.

Por outro lado, ele aponta que também é preciso promover políticas públicas mais agressivas, visto que a realidade de quem trabalha em regime de home office não necessariamente é a predominante. Em março do ano passado, uma pesquisa do IBGE já mostrava que 47% da população brasileira é sedentária, e entre os jovens esse índice chega aos 84%.

“Essa margem não é de pessoas que já estão no mercado de trabalho. Uma fração desses números é composta por pessoas que estão em casa quando poderiam estar caminhando, numa academia ou fazendo algum outro tipo de atividade. O Abril Verde é a oportunidade de conversar com pessoas de diferentes realidades, e apresentar a necessidade de praticar atividades físicas a todas elas, com diferentes abordagens”, conclui o gestor da You Saúde.



Alerta global: Especialista em doenças infecciosas do CEUB explica o vírus H3N8, gripe aviária confirmada na China

 Criadores de aves ou pessoas que trabalham diretamente com aves devem ter mais atenção, recomenda

 

Com a confirmação da primeira morte por gripe aviária no mundo, surgem dúvidas na população sobre a doença e a forma de prevenção. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vítima foi uma mulher de 56 anos, de Guangdong, na China, no dia 16 de março. Especialista em doenças infecciosas e parasitárias e professor de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Lucas Edel explica os mitos e verdades sobre o vírus H3N8, responsável pela doença.


O que é a gripe aviária e como ela é transmitida?
LE: A gripe aviária é uma doença causada por um vírus da influenza, especificamente do grupo A. A transmissão pode ocorrer por meio do contato direto com as secreções respiratórias de aves infectadas. Essas secreções podem contaminar ração, água, vestimentas, sendo veículos para transmitir o vírus a outros animais ou pessoas.


Qual é o vírus responsável pela gripe aviária e como ele age no organismo humano?
LE: O vírus responsável pela gripe aviária é o H3N8, que pertence ao grupo A da influenza. Esse vírus pode infectar animais e humanos. No organismo humano, ele pode causar sintomas inespecíficos de quadro respiratório, como febre acima de 38 graus, dor de garganta, tosse seca, secreção nasal e dor abdominal.


Quais são os riscos de seres humanos serem infectados pela gripe aviária?
LE: Existem dois subtipos do vírus da gripe aviária: de baixa e alta patogenicidade. Ainda não está muito claro sobre o risco de infecção em humanos, mas sabemos que há possibilidade, principalmente em locais onde não há vigilância e controle da doença. No Brasil, já existe um plano de contingência nas fronteiras (aéreas, marítimas e terrestres), e ainda há ações de vigilância dentro dos municípios nos territórios sendo conduzidas pelas secretarias estaduais de agricultura, orientadas pelo Ministério da Agricultura.


Como os surtos de gripe aviária são controlados e prevenidos em humanos?
LE: Na verdade, já existe um plano de contingência com estratégias para situações em que não há casos e também para possíveis registros de surtos de gripe aviária. Ações de vigilância ativa em aves, vacinação de aves, abate preventivo de aves infectadas e medidas de biossegurança nas granjas são algumas das medidas utilizadas para controlar e prevenir a doença em humanos.


Quais são os grupos de pessoas mais vulneráveis à gripe aviária?
LE: Ainda não sabemos com certeza, mas a Influenza de uma forma geral costuma se manifestar de forma mais grave em pessoas com algum tipo de imunossupressão. Idosos e crianças, que têm sistemas imunológicos em declínio e em formação, respectivamente, podem ser considerados grupos de maior risco.


Quais são as precauções que devemos tomar para evitar a infecção pela gripe aviária?
LE: No momento, não há recomendações diretas para a população, mas sim para criadores de ou pessoas que trabalham diretamente com aves. É importante seguir medidas de biossegurança, como lavar bem as mãos após o contato com aves, evitar o contato com aves doentes, utilizar equipamentos de proteção adequados e garantir a limpeza e desinfecção de ambientes e equipamentos relacionados à criação de aves.


Como a gripe aviária pode afetar a indústria avícola e a economia em geral?
LE: O impacto negativo da detecção de Influenza aviária é que pode gerar uma condição no mundo de falta de vigilância e controle dessa doença. Isso pode ter repercussões significativas na economia regional, nacional e internacional. Por exemplo, se for detectada influenza aviária em uma granja com duas mil ou cinco mil aves, todas as aves precisam ser abatidas, o que pode causar um peso econômico considerável. Além disso, a detecção de Influenza aviária no Brasil, sendo um dos principais exportadores de carne de aves do mundo, pode levar à suspensão das exportações dessa carne.


Hipertensão arterial é a principal causa do AVC

 

Abril tem campanha de combate à pressão alta; Rede Brasil AVC reforça conscientização


O próximo dia 26 de abril é marcado pelo Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, com cenário que traz alerta para a atenção à questão: segundo o Ministério da Saúde, o problema causa o óbito de cerca de 388 brasileiros por dia. Ainda de acordo com relatório divulgado pela Pasta no ano passado, o número de adultos com diagnóstico médico de hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil. Os índices saíram de 22,6% em 2006 a 26,3% em 2021. O relatório mostrou também um aumento na prevalência do indicador entre os homens, variando 5,9% para mais. A pessoa é considerada hipertensa quando sua pressão fica maior ou igual a 14 por 9. A pressão 12 por 8 é considerada como uma pressão saudável e que deve ser mantida. 

Tida como o principal fator de risco para o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e um dos principais fatores de risco para outras doenças cardiovasculares, como o infarto do coração, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), mais conhecida como “pressão alta”, quando não controlada leva a complicações graves que, na maioria das vezes, são o primeiro sintoma. A principal complicação é o AVC, uma das principais causas de morte no país e que, quando o paciente sobrevive, se não tratado rapidamente, as sequelas podem ser irreversíveis. 

“A hipertensão arterial é responsável por 80% dos casos de AVC hemorrágico, por causar pequenas lesões nas artérias do cérebro que ficam frágeis e podem romper. Assim como o efeito da pressão alta por muitos anos pode causar também o AVC isquêmico, com oclusão de uma artéria cerebral devido ao estreitamento direto dos pequenos vasos cerebrais, ou predispor a aterosclerose, que é o depósito de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos ou até mesmo predispor à fibrilação atrial por seu efeito no coração, que é uma arritmia cardíaca, e por este batimento descompassado do coração se formam coágulos que viajam pela circulação indo até o cérebro, causando um AVC isquêmico”, fala a presidente da Rede Brasil AVC e da Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization), Sheila Cristina Ouriques Martins.

O AVC isquêmico ocorre quando falta sangue em alguma área do cérebro e corresponde entre 80% e 85% dos casos. Já o hemorrágico, acontece quando um vaso (uma artéria) rompe. 

 

Sinais da pressão alta 

Muitas pessoas com pressão arterial elevada não apresentam sintomas e, na maioria das vezes, o primeiro sinal é um AVC ou um infarto do coração. Alguns sintomas podem aparecer quando a pressão está bastante elevada, como dores de cabeça, tonturas, visão turva, palpitações cardíacas, náusea e vômito.

A especialista explica que valores acima de 14 por 9 são preocupantes, uma vez que, a longo prazo, podem levar a lesões, aumentando o risco de AVC e outras doenças. Nestes casos, é necessário tratamento contínuo com medicação anti-hipertensiva para manter a pressão controlada, prevenindo o AVC. “Já valores acima de 18 por 11 requerem controle imediato”, alerta a médica. 

A presidente da Rede Brasil AVC lembra que o problema é herdado dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, como os hábitos de vida da pessoa. “Fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, consumo elevado de sal e sedentarismo estão entre os principais fatores. Além disso, a incidência da pressão alta é maior na raça negra, em diabéticos e aumenta com a idade”, fala. 

Pessoas acima de 20 anos de idade devem medir a pressão ao menos uma vez por ano e, se houver casos de pessoas com pressão alta na família, deve-se medir, no mínimo, duas vezes por ano.

Sheila salienta a importância do reforço ao combate da hipertensão arterial, por parte das equipes de saúde. “É preciso que os profissionais das unidades de saúde – que são a porta de entrada do SUS – orientem os pacientes sobre o problema, seu caráter silencioso e incentivem as modificações no estilo de vida. O AVC pode ser evitado em até 90% dos casos, quando os fatores de risco, como a hipertensão, são controlados”, conclui. 

A Organização Mundial de Saúde preconiza a reestruturação do Cuidado Cardiovascular nas Unidades Básicas de Saúde, com a medida da pressão arterial de todas as pessoas acima de 18 anos que visitem a unidade, para que a hipertensão arterial seja detectada e tratada precocemente, reduzindo o risco de AVC. “Este é um grande projeto chamado “Iniciativa HEARTS” que estamos em implementação no Brasil”, conclui Sheila.


Rede Brasil AVC
http://www.redebrasilavc.org.br/


World Stroke Organization (Organização Mundial do AVC)
https://www.world-stroke.org/

Obstrução da via lacrimal: saiba quando identificar e tratar o problema

O canal lacrimal faz parte de uma delicada e complexa estrutura que compõe o olho humano. Atuando como uma espécie de duto, esse sistema liga a superfície ocular com o nariz, realizando a drenagem da maior parte do líquido lacrimal dos olhos para a área interna nasal. No entanto, o canal pode ter sua passagem obstruída, causando alguns desconfortos. 

Segundo Cícero Narciso, médico oftalmologista do Núcleo de Oftalmologia, essa situação é mais recorrente entre recém-nascidos e crianças de até 3 anos, podendo acarretar também pessoas adultas, especialmente na casa dos 50 anos. 

“Não existe uma concordância sobre as causas da obstrução, pois ela pode acontecer de forma adquirida, em pessoas adultas, ou congênitas, pré-nascimento”, complementa o médico. 

Dentre os sintomas da obstrução, o médico elenca os principais e mais observados nesses casos. “Você pode começar tendo um lacrimejamento excessivo, ou epífora como é classificado na medicina ocular. Em seguida, o quadro pode evoluir para uma secreção, “olho húmido”, visão borrada ou turva, irritação ocular, olhos grudados ao acordar, infecções regulares do saco lacrimal e até desenvolver um pequeno relevo perto do nariz”, discorre.

O tratamento para a causa, ocorre conforme o quadro de cada paciente. Cícero aponta que em recém-nascidos com obstrução congênita, por exemplo, o problema tende a se resolver de forma espontânea ou com massagem, no caso de crianças com até 1 ano de idade, para maiores é indicado a sondagem cirúrgica do canal lacrimal.

“Já no caso de adultos,  o tratamento depende da localização e/ou causa da obstrução da via lacrimal, podendo serem realizadas soluções como punctoplastia, Dacriocistorinostomia ou Conjuntivo-dacriocistorinostomia”, conclui. 

  

Núcleo de Oftalmologia

 

45% da população mundial sofre com doenças bucais preveníveis

Dados são de relatório da Organização Mundial da Saúde; especialista reforça cuidados essenciais para manter a saúde bucal em dia, o ano inteiro

 

Os cuidados com a saúde bucal, muitas vezes deixados em segundo plano, são fundamentais para a saúde integral, e podem prevenir o surgimento de doenças periodontais. Cerca de 45% da população mundial (algo em torno de 3,5 bilhões de pessoas em todo o mundo) é afetada pelas doenças bucais não transmissíveis, em todas as etapas da vida. Os dados são do Relatório Global de Saúde Bucal da Organização Mundial da Saúde (GOHSR)[1], publicado no final de 2022 e que fornece uma ampla visão sobre o cenário de desafios e oportunidades de progresso da cobertura universal de acesso à saúde bucal.

 O que muitas pessoas não sabem – e que o relatório reforça – é que ao negligenciar a saúde bucal, elas favorecem o desenvolvimento de doenças que poderiam ser facilmente evitadas e, com isso, tratadas precocemente, culminando em uma resposta mais eficiente e econômica. A odontologista Paola Ferreira Chaccur, coordenadora clínica da Prime Clinic – rede de clínicas de odontologia especializada, parte da Care Plus, que desde 2016 pertence ao grupo britânico Bupa –, explica que a visita regular ao consultório odontológico é uma das principais medidas para garantir um sorriso saudável. “Quando o paciente realiza o check-up regularmente, normalmente não há nenhuma queixa e o foco da consulta se torna apenas o acompanhamento e a profilaxia (limpeza)”.

 Além do acompanhamento regular, a coordenadora clínica da Prime Clinic aponta, ainda, para cuidados simples, como a escovação adequada, com uso do fio dental, três vezes ao dia. De acordo com a Dra. Paola, a má escovação leva ao acúmulo de placa na região. “Esse acúmulo leva o paciente a apresentar dificuldades para passar o fio dental entre os dentes, favorecendo o sangramento gengival, dor ou sensibilidade ao ingerir alimentos gelados, quentes ou doces”. De acordo com o relatório global da OMS, as doenças bucais mais comuns são as doenças periodontais, as cáries e o câncer bucal.

 A própria OMS reforça que a saúde bucal é integrada à saúde global e contribui para que as pessoas convivam socialmente e alcancem seus potenciais sociais e laborais. “A saúde bucal engloba dimensões psicossociais, como a autoconfiança, o bem-estar e a habilidade de socializar e trabalhar sem qualquer tipo de dor, desconforto e, inclusive, vergonha devido à perda de dentes ou problemas bucais similares e que abalam a autoestima e qualidade de vida”, defende Paola Chaccur.

 

Prime Clinic

Proibição da prescrição de anabolizantes

 

Nesta terça-feira (11), foi publicado no Diário Oficial da União, uma decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM), de 30 de março, que proíbe a prescrição de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes (EAA), para pessoas que buscam melhora de desempenho atlético e físico, profissionais ou amadores. 

Nos últimos anos, vem ocorrendo um aumento do uso de hormônios anabolizantes para fins estéticos, tanto para homens como para mulheres. Isso trouxe preocupação a Sociedades Médicas e ao CFM com relação à segurança deste uso.  

De acordo com Francisco Tostes (@doutortostes), médico atuante em endocrinologia e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), os hormônios podem ser utilizados por via injetável (intramuscular), transdérmica (gel/creme aplicado na pele), por via oral ou através de pellets/implantes que são aplicados sob a pele e liberam o hormônio ao longo de 6 meses a 1 ano.  

Os hormônios esteróides (derivados da testosterona) são indicados para casos de deficiência hormonal ou outras condições consumptivas em que o efeito anabolizante é necessário, como em caquexia em pacientes oncológicos, por exemplo.  

Segundo Thomáz Baêsso, médico cirurgião atuante em nutrologia do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), com atuação em emagrecimento, hipertrofia e saúde sexual, estas substâncias são muito úteis na prática clínica para algumas doenças e condições clínicas, como em indivíduos sarcopênicos com baixa massa magra, pois esse hormônio diminui a chance do paciente ter fraturas ósseas e outras doenças relacionadas à deficiências hormonais de testosterona.   

Guilherme Renke (@endocrinorenke), sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), endocrinologista e médico do esporte, mestre em cardiologia, em entrevista ao portal EU Atleta, completa ao apontar que as substâncias seguem liberadas, dentro de condições respaldadas por sintomas e exames laboratoriais, em casos de: 

·       Mulheres com transtorno sexual hipoativo (que gera queda de libido), incluindo as que estão na menopausa e não conseguiram resolver o problema com outros tipos de reposição hormonal;

·       Homens com hipogonadismo, condição em que a redução dos níveis de testosterona é acompanhada de sintomas que vão de alterações de humor a aumento da circunferência abdominal, passando também pela perda de libido;

·       Pessoas de qualquer idade com osteoporose grave;

·       Pessoas de qualquer idade com sarcopenia grave.

 

Guilherme lista os riscos do uso indiscriminado, que passam por alterações físicas e de saúde: 

·       Aumento da pressão arterial, levando a um estado de hipertensão;

·       Formação de placas (ateromas) nas artérias;

·       Aumento do colesterol;

·       Maior risco cardíaco, em consequência das situações acima. Especialmente de desenvolvimento de doença arterial coronariana;

·       Risco de falência renal em consequência do aumento da pressão arterial e da retenção de sódio;

·       Sobrecarga no fígado, causando hepatite medicamentosa, especialmente nos casos de anabolizantes orais, que são metabolizados pelo fígado;

·       Alteração de comportamento, com possibilidade de a pessoa ficar mais agressiva e agitada;

·       Risco de infertilidade;

·       Possibilidade de aumento da queda de cabelo e da calvície;

·       Acne;

·       Voz grossa;

·       Em caso de atletas profissionais, doping.

 

 



FONTES:

Francisco Tostes (@doutortostes) - médico atuante em endocrinologia e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais).

O médico endocrinologista e sócio do Instituto Nutrindo Ideais, maior clínica multidisciplinar do Brasil, Dr. Francisco Tostes (@doutortostes) é graduado há mais de 14 anos em medicina pela Faculdade Souza Marques e tem como foco de atuação a melhora na qualidade de vida de seus pacientes, seja através da prevenção ou empregando o que há de melhor no tratamento de doenças e outros problemas.

Thomáz Baêsso - médico cirurgião atuante em nutrologia do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), com atuação em emagrecimento, hipertrofia e saúde sexual. CRM: 235249.

Guilherme Renke (@endocrinorenke) - sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), endocrinologista e médico do esporte, mestre em cardiologia. Sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais, médico formado pela Universidade Estácio de Sá, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Médico do Esporte com Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Pós Graduado em Cardiologia pelo Instituto Nacional de Cardiologia do Rio de Janeiro, Mestre em Cardiologia (INC). Também possui aprimoramento em Endocrinologia pela Harvard Medical School, Post Graduate Course Obesity Medicine (Boston, EUA) e pelo American Board of Obesity Medicine (EUA). Dr. Renke também é pesquisador aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ (Inovações no esporte 2012).




REFERÊNCIAS:

Achilli C, Pundir J, Ramanathan P, Sabatini L, Hamoda H, Panay N. Efficacy and safety of transdermal testosterone in postmenopausal women with hypoactive sexual desire disorder: a systematic review and meta-analysis. Fertil Steril. 2017 Feb;107(2):475-482.e15. doi: 10.1016/j.fertnstert.2016.10.028. Epub 2016 Dec 1. PMID: 27916205.

Ring J, Heinelt M, Sharma S, Letourneau S, Jeschke MG. Oxandrolone in the Treatment of Burn Injuries: A Systematic Review and Meta-analysis. J Burn Care Res. 2020 Jan 30;41(1):190-199. doi: 10.1093/jbcr/irz155. PMID: 31504621.

Shalender Bhasin, Juan P Brito, Glenn R Cunningham, Frances J Hayes, Howard N Hodis, Alvin M Matsumoto, Peter J Snyder, Ronald S Swerdloff, Frederick C Wu, Maria A Yialamas, Testosterone Therapy in Men With Hypogonadism: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline, The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, Volume 103, Issue 5, May 2018, Pages 1715–1744, https://doi.org/10.1210/jc.2018-00229


Diagnóstico precoce evita cegueira

Campanha Abril Marrom traz alerta para preservar a saúde ocular da população.

 

A visão é uma importante questão de saúde pública. Responde por 85% de nossa integração com o meio ambiente e por isso é um sentido essencial para nossa autonomia, desenvolvimento cognitivo e produtividade.  Ainda assim, a estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que 95 milhões de pessoas no mundo são cegas ou deficientes visuais. 

De acordo com o oftalmologista, Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier de Campinas a estimativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) do qual o especialista faz parte, é de que o Brasil tem 1,5 milhão de cegos e deficientes visuais graves. Para alertar a população sobre os riscos das doenças oculares, todo ano a comunidade oftalmológica se organiza em torno da campanha “Abril Marrom”, levando informações à população para  preservar a saúde dos olhos.

 

O oftalmologista afirma que a boa notícia é que 75% da cegueira já instalada é tratável. “Este é o caso da catarata, maior causa de perda da visão no mundo” saliente. A doença geralmente resulta do envelhecimento combinado com stress oxidativo que tornam opaca a lente interna de nosso olho, o cristalino. Mas estes não são os únicos fatores de risco. Outros elencados por Queiroz Neto são:

·         Diabetes que dobra a chance de contrair catarata por favorecer a aglomeração de proteínas do cristalino.


·         Hábito de expor os olhos ao sol sem lentes que filtrem a radiação ultravioleta que aumenta em 60% a chance de desenvolver catarata.


·         Stress pelo aumento da produção de radicais livres.


·         Doenças autoimunes por serem tratadas com corticoides que criam depósitos na lente do olho.

·         Excesso de sal que dificulta a pressão osmótica entre as células do cristalino.


·         Fumar – pelo aumento do stress oxidativo.

 

O diagnóstico é feito durante um exame de rotina e o tratamento é sempre cirúrgico. O oftalmologista explica que o procedimento substitui o cristalino opaco pelo implante de uma lente intraocular flexível que restaura por completo a visão, eliminando inclusive a presbiopia ou vista cansada que dificulta a leitura após os quarenta anos e os vícios de refração – miopia, hipermetropia e astigmatismo.


 

O risco do glaucoma


Queiroz Neto ressalta que outra enfermidade perigosa é o glaucoma. Ocorre quando há  dificuldade de escoamento do humor aquoso, líquido que preenche o globo ocular. Isso leva ao aumento da pressão intraocular que comprime o nervo óptico e causa a morte de suas células, levando à perda permanente do campo visual. Por isso, quem tem glaucoma enxerga como se estivesse olhando o mundo através de um olho mágico. O problema, alerta, é que não existe tratamento que recupere as células do nervo óptico e mais da metade dos portadores só descobrem a doença em estágio avançado. Quem tem casos na família, é afrodescendente ou descendente de asiáticos deve passar por exames anuais a partir dos quarenta anos porque o glaucoma se concentra nestes grupos, pontua.

O oftalmo afirma que outros fatores de risco do glaucoma são hipotensão arterial que leva à perda mais rápida das fibras do nervo óptico, miopia, tabagismo, apneia do sono, café e diabetes. Para interromper a perda da visão são indicados colírios que mantém a pressão intraocular em nível normal, entre 10 e 21 mmHg e devem ser ser usados continuamente.


 

Retinopatia diabética e degeneração macular


O oftalmologista ressalta que após 10 anos do diagnóstico do diabetes pode surgir retinopatia diabética que acomete 4 milhões de brasileiros. A doença provoca alterações nos vasos sanguíneos da retina que se tornam tortuosos. Se não for tratada com injeções de antiangiogênicos que são aplicadas diretamente no olho, pode culminar em atrofia do nervo óptico e cegueira irreversível. Importante ressaltar, comenta, que nas fases inicias não apresenta nenhum tipo de sintoma

Queiroz Neto explica que conforme envelhecemos a retina pode receber menos oxigênio e, para compensar essa deficiência, os vasos sanguíneos começam se reproduzir descontroladamente. É a degeneração macular relacionada à idade que geralmente surge a partir dos 50 anos. É mais comum entre fumantes, pessoas de pele e olhos claros, quem tem casos na família, obesos ou já sofreu algum acidente nos olhos. Os primeiros sinais são manchas escuras que sinalizam emergência médica.


 

Cuidados na infância


Engana-se quem pensa que nos primeiros anos de vida uma criança não precisa de cuidados com os olhos se já passou pele teste do olhinho na maternidade. Queiroz Neto afirma que os olhos se desenvolvem até a idade de 8 anos e nos primeiros anos de vida a criança pode desenvolver estrabismo e ambliopia que devem receber pronto atendimento. Isso porque, o estrabismo atrapalha a visão e a cirurgia só tem efeito na acuidade visual se for realizada na infância. Já a ambliopia é a anulação do olho de menor visão pelo cérebro. Caso não receba tratamento com a oclusão do olho de melhor visão para estimular o outro, leva à cegueira do olho mais fraco. Queiroz Neto finaliza lembrando aos pais que atualmente as salas de aula são menores e por isso a professora pode não perceber que uma criança é míope. Hoje há vários tratamentos para miopia que interrompem a evolução do grau. Cuidar da visão das crianças é essencial para que se tornem adultos plenos, conclui.


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