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sábado, 30 de julho de 2022

O amigo de todas as horas

 A convivência com cães traz conforto emocional e mais prática física à pessoas na terceira idade 


 

Os benefícios de ter um cachorro em casa são inúmeros: não à toa os cães levam a fama de serem melhores amigos do homem. Especialistas afirmam que a convivência com pessoas de idade avançada traz muitas vantagens, tanto nas emoções, nas condições físicas e na destreza mental.

 

Uma pesquisa da revista científica PLoS One atestou que pessoas na terceira idade, que possuem cachorros, têm menor chance de desenvolver problemas físicos e cognitivos em função das caminhadas e das brincadeiras exigidas pelos animais. Em pessoas na terceira idade, o exercício de baixo impacto costuma ser fundamental para a manutenção do corpo, uma vez que, nessa etapa da vida, os problemas físicos tendem a ser mais recorrentes. 

 

Além da movimentação física, ter um cão promove interação social, fator importante para a saúde das emoções e para o bom humor. Entre os pontos citados como melhoria na relação domiciliar com os cães estão a alegria, o prazer, a autoestima e a sensação de segurança e de ter uma companhia. “A sensação de sentir-se útil e necessário na vida de alguém, como no caso de cuidar de um animal de estimação, contribui para a longevidade e alegria da pessoa na terceira idade,” afirma Luísa Pires, especialista em comportamento de cachorros e fundadora do Aufabeto - Centro Educacional de Cães.

 

É comum que pessoas de mais idade apresentem alguma enfermidade mental. De acordo com profissionais, a interação com os animais oferece melhoria na memória do idoso, fazendo com que esse esteja mais presente, dispostos a interagir e, consequentemente, com nível de estresse mais baixo. Os cães são promotores de boas sensações devido à forma com a qual eles nos entretêm, com suas brincadeiras e carinho.

 

De acordo com Luísa Pires, quando uma pessoa idosa deseja ter um cachorro, é importante prestar atenção se o cão se adequa à realidade da casa. Assim, a especialista recomenda que o cão tenha mais de 2 anos, por conta da energia e nível de atividades, seja preferencialmente castrado, e apresente temperamento tranquilo. É importante que a família participe da adaptação do novo membro para que não despenda muito esforço do idoso. 

 

Sobre o Aufabeto

O Centro Educacional para Cães Aufabeto foi criado em 2010 pela empresária Luisa Pires, que já fazia atendimento comportamental de cães. Ela chegou a trabalhar com Raquel Hama, proprietária da Dog Resort — responsável por criar o sistema de daycare no Brasil —, e com o famoso Dr. Pet (Alexandre Rossi), além de ter feito treinamento, nos Estados Unidos, com Cesar Millan, conhecido internacionalmente como “encantador de cães”. O Aufabeto oferece DayCare, Hospedagem, Aufa Fitness - programa de treinamento e gasto intenso de energia - e aulas de natação para os cães. Além disso, tem ainda cursos e treinamentos para quem quiser empreender na área, com mentoria de Luisa Pires. 

 

Luisa Pires - Especialista em comportamento canino, proprietária do Centro educacional de cachorros Aubafeto.


Violência (oculta) contra a mulher

Nos últimos dias nos deparamos com notícias que mais parecem sair de um mundo distópico ficcional, mas infelizmente elas são reais. Segundo os dados do Fórum de Segurança Pública Brasileiro de 2021, apenas entre março de 2020, mês que marcou o início da pandemia de Covid-19 no Brasil, e dezembro de 2021, último mês com dados disponíveis, foram 2.451 feminicídios e 100.398 casos de estupro e estupro de vulnerável de vítimas do gênero feminino.

A Lei Maria da Penha prevê que a violência contra a mulher pode ser física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Casos como o do estupro durante cirurgia, feminicídio por ciúmes, agressão em local de trabalho e tantos outros que se tornaram frequentes nos noticiários são um alerta para a sociedade de que todas essas formas de violência não podem passar despercebidas, nem aceitas ou ocultadas.

Como médica, em pronto atendimentos, presenciava com alguma frequência esses acontecimentos que eram sempre denunciados, mas e os que não chegam ao conhecimento de alguém que possa fazer esse relato? E as mulheres que têm medo ou são chantageadas e, por algum tipo de relação de dependência, não têm como fazer a denúncia?

Também devemos ter consciência que o problema da violência vai além de fraturas, lesões, hematomas, cortes, sangramentos, feridas e cicatrizes visíveis. As marcas ‘invisíveis’ podem ser muito mais profundas e duradouras que as que conseguimos ver. Dados do Ministério da Saúde mostram as consequências de abusos físicos e psicológicos: mulheres vítimas de violência, seja física, sexual ou mental, têm um risco de mortalidade oito vezes maior que o da população feminina geral e 11 vezes mais risco de cometer suicídio.

Só teremos uma sociedade mais justa, segura e com maior empoderamento feminino quando as pessoas, todas elas, derem um basta nestas situações e delatarem todas as formas de violência.

Precisamos, como sociedade, ter posicionamento e voz e não aceitar qualquer tipo de violência. Também vale salientar que a mulheres violentadas repetidas vezes têm 7 vezes mais chances de morte, de violência sexual 5,7 vezes e a psicológica 5,4 vezes, daí a importância da denúncia, que pode ser anônima.

Se queremos um mundo melhor, precisamos começar a transformação em cada um de nós, pois o mundo não muda sozinho, muda quando somadas pequenas atitudes. Ela não é fácil e não é indolor, mas se queremos evoluir, ela é necessária. Precisamos ter a coragem de nos posicionar, de falar, de dizer não e de não aceitar o que é errado. Entre a escolha do que é fácil e o que é certo e justo, precisamos escolher o certo.

 

Ana Travassos - médica endocrinologista pediátrica e, como escritora de distopias, é conhecida por Anne C. Beker.

 

ANS determina atendimento ilimitado em quatro especialidades

Entenda os detalhes da decisão e saiba o que fazer caso o plano de saúde negue a cobertura nas áreas de Psicologia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Fisioterapia

 

A partir de 1º de agosto os usuários de planos de saúde devem ficar atentos a uma novidade: a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou o fim da limitação no número de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. 

A decisão beneficia a todos os usuários de planos de saúde que sejam portadores de doenças ou condições de saúde listadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Especialista em Direito Contratual e Defesa do Consumidor, Éros Belin de Moura Cordeiro ressalta que o consumidor deve denunciar à ANS caso o plano de saúde se negue a autorizar os atendimentos nessas quatro especialidades.

 

“Os planos poderão definir normas de como cada usuário terá de solicitar o atendimento, mas não poderão negá-lo. Caso a nova regra seja descumprida, é possível fazer uma reclamação diretamente à ANS ou recorrer à Justiça”, explica o professor de Direito Civil do UniCuritiba – instituição que faz parte da Ânima Educação, uma das maiores instituições de ensino superior do país.

 

No site www.ans.gov.br/canais-de-atendimento os consumidores encontram todos os canais de comunicação com a ANS. No Brasil, a Agência Nacional de Saúde Suplementar é quem regula o mercado de planos de saúde e tem um rol de procedimentos que devem ser atendidos, com base na catalogação de doenças definidas pela OMS.

 

De acordo com o mestre em Direito, há uma diferença entre a catalogação de doenças e os procedimentos para tratamento. “Existem diversos tratamentos possíveis para diferentes patologias e alguns deles envolvem essas quatro especialidades: fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional e fisioterapia”, explica.

 

A limitação no número de atendimentos autorizados pelos planos de saúde forçava os pacientes, muitas vezes, a pagar por sessões extras para finalizar o tratamento. “Agora o médico poderá prescrever quantas sessões forem necessárias para um tratamento eficaz”, destaca.


 

Outras decisões da ANS

 

Pós-doutora em Bioética e Direito, Fernanda Schaefer acredita ser fundamental entender os passos que levaram a ANS tomar esta decisão. A professora do UniCuritiba explica que, em 8 de junho deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu a taxatividade do rol da ANS, ou seja, não seriam as operadoras obrigadas a oferecer procedimentos não contemplados na lista.

 

A decisão, lembra a especialista em Direito Médico, foi considerada por muitos um retrocesso, mas não impede a judicialização de situações que não estejam previstas no rol. Os procedimentos garantidos por determinações judiciais devem continuar sendo oferecidos pelas operadoras.


 

Situações excepcionais

 

A professora do UniCuritiba explica, porém, que é possível a contratação de cobertura ampliada ou negociação de aditivo contratual para a cobertura de procedimento extra rol. “Não havendo substituto terapêutico, pode haver também a cobertura do tratamento indicado pelo médico ou odontólogo, mediante algumas regras e definições.”

 

Após a decisão do STJ, a ANS publicou a resolução 539, de 23 de junho, tornando obrigatória a cobertura de qualquer método ou técnica indicada pelo médico para o tratamento dos Transtornos do Espectro Autista e para os Transtornos Globais do Desenvolvimento, vedando limitações à quantidade de sessões.

 

“O ato, no entanto, pecou por ter esquecido de outros usuários que precisam de acompanhamento especializado contínuo, o que caracteriza uma clara afronta ao princípio bioético da Justiça. Para corrigir a situação, em 11 de julho a ANS publicou uma nova resolução, a 541, que aprovou o fim da limitação do número de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais”, informa Fernanda.


 

Reflexos da judicialização

 

Segundo a especialista, é preciso considerar o impacto de decisões judiciais no equilíbrio econômico-financeiro dos contratos. “Não estou afirmando que interesses financeiros devem prevalecer sobre o direito à saúde. Ao contrário. Estou alertando que não podemos desconsiderar os impactos da judicialização e os seus reflexos para o usuário.” 

Na avaliação de Fernanda Schaefer, é preciso que a ANS faça uma atualização contínua do rol, de forma transparente, sendo mais ágil no processo e assumindo um papel harmonizador do mercado, atuando com medidas preventivas e, desta forma, evitando a judicialização de muitos casos. “Na prática, as duas novas resoluções da ANS revelam uma disposição em deixar os trâmites mais céleres, tanto que mais de 70 novos procedimentos devem ser incorporados ao rol ainda esse ano”, finaliza.

 

UniCuritiba


Carne esponjosa em crianças: Hospital Paulista explica como um mecanismo de defesa natural pode se tornar um vilão do organismo

Roncos, cansaços constantes e dificuldades em respirar pelo nariz podem indicar sinais do problema

 

Respirar excessivamente pela boca, roncar e sensação contínua de cansaço. Esses sintomas podem indicar a existência da adenoide ou tonsila nasofaríngea problema popularmente conhecido como carne esponjosa, um tecido de defesa natural do organismo que, quando cresce de forma exagerada, compromete, significativamente, a qualidade de vida das crianças. 

Dr. Arnaldo Braga Tamiso, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, explica o que pode acontecer para que um mecanismo de defesa acabe trazendo danos à saúde.

“O crescimento da adenoide pode acontecer por diversas causas, entre elas as mais comuns são exposição precoce a vírus e bactérias, ocorrendo com mais frequência em crianças que entram muito cedo na escolinha, predisposição genética e fatores alérgicos.”

 

Sintomas 

Segundo o médico, a adenoide age de forma diferente em cada um dos públicos. 

“No público infantil, a carne esponjosa se situa atrás do nariz. Quando este crescimento é exagerado, ela pode preencher toda a nasofaringe, resultando em obstrução da passagem de ar e fazendo com que a criança respire pela boca. Roncos e voz anasalada também podem ocorrer”, alerta. 

O especialista explica que, quando o problema atinge tal ponto, é sinal de que a adenoide está atrapalhando mais do que ajudando. “Nestes casos, o indicado é prosseguir com tratamento, geralmente cirúrgico.” 

 

Tratamentos 

Considerado simples, o diagnóstico das adenoides é realizado por meio de um exame, a nasofibrolaringoscopia, utilizado para investigar problemas e doenças que acometem as vias aéreas superiores. “Ele permite analisar o nariz, a faringe e a laringe”, afirma Dr. Tamiso. 

 “O tratamento inclui cirurgia para diminuição das adenoides, nos casos de crianças, com adenoides hipertróficas”. 

Dr. Tamiso destaca que o procedimento é prático e não há motivos para pânico. “A cirurgia dura cerca de 30 minutos, é realizada por meio de vídeo e o paciente tem alta no mesmo dia”, finaliza. 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Vitiligo: entenda a doença que atinge mais de 1 milhão de brasileiros

 Especialista da Rede de Hospitais São Camilo de SP dá dicas sobre cuidados e formas para tratar a doença


O vitiligo é uma doença que tem como característica a perda da cor da pele. Considerada uma desordem de pigmentação, o corpo passa a apresentar manchas com acromias, que são popularmente conhecidas como áreas completamente brancas.

Conforme dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a doença atinge cerca de 1% a 2% da população mundial. Já no Brasil, estima-se que 0,5% dos brasileiros sofram com o quadro, totalizando mais de 1 milhão de pessoas.

“Não sabemos até hoje todos os fatores que estão envolvidos no surgimento do vitiligo. Até o momento, sabemos apenas que é uma doença autoimune, ou seja, em que os linfócitos, que são células de defesas do organismo, reagem contra outras células do nosso corpo. No caso do vitiligo, as células-alvo são os melanócitos, que produzem melanina e dão cor à nossa pele”, explica Dr. Bruno de Castro, dermatologista da Rede de Hospitais São Camilo de SP.

As áreas mais comuns em que o vitiligo aparece são ao redor dos olhos, do nariz e da boca. As regiões genitais e áreas de extremidades, como mãos e pés, também são frequentemente acometidas. Apesar disso, a doença não fica concentrada apenas nestes locais, podendo atingir qualquer parte do corpo.

As lesões não se manifestam desde o nascimento, ou seja, não se nasce com vitiligo. O comum é que as manchas passem a aparecer em outras fases da vida. “É muito raro vitiligo congênito. Existem fatores genéticos, então, quando há alguém na família com o quadro, há risco de o paciente desenvolver quando adulto, por exemplo”, afirma Dr. Bruno.



Diagnóstico 

Para o reconhecimento da doença, é necessária uma avaliação médica. “O diagnóstico é clínico. Isso significa que não é necessário nenhum exame para realizá-lo. O dermatologista analisa o paciente e, de acordo com as características, é possível identificar o vitiligo. Em alguns casos, se utiliza a lâmpada de Wood, com luz azul, que deixa as lesões mais evidentes e raramente é preciso biopsia”, ressalta o médico.

Por ser uma doença autoimune, o dermatologista destaca que outras doenças do grupo também podem estar associadas à saúde do paciente. Por isso, além do cuidado com o quadro, é necessário investigar enfermidades como hipotireoidismo, tireoidite de hashimoto, doenças da adrenal e diabetes mellitus tipo 1, entre outras.



Tratamento 

Para amenizar o vitiligo, é preciso tratamento. Mas a forma de cuidar do quadro vai depender do grau da doença.

“Se for uma doença localizada, que é a maior parte dos casos, trata-se com cremes de corticoides e com imunomoduladores. Quando a doença é generalizada, pode-se fazer fototerapia, conhecida também como banho de luz. Se for uma doença que está evoluindo muito rápido, utiliza-se corticoides orais. Atualmente, existe um medicamento novo nos Estados Unidos. Esse creme reduz a inflamação e volta a pigmentar a pele”, reitera Dr. Bruno.

A recente aprovação do creme Opzelura (ruxolitinib) é a grande novidade no tratamento da doença. Liberado pela agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA), a sua utilização torna possível tratar o vitiligo em pacientes adultos e pediátricos de 12 anos ou mais.



Cuidados

Um dos cuidados necessários é o uso diário de protetor solar. Como nas lesões não há melanina, isso impacta em menos proteção contra radiação ultravioleta.

“Os pacientes com vitiligo devem evitar traumatizar a pele, porque existe o Fenômeno de Koebner, ou seja, quando você tem um traumatismo na pele pode surgir lesões de vitiligo no local. Imagine um paciente com o quadro, que tem em seu braço uma queimadura ou um corte, naquele local pode sim surgir uma lesão de vitiligo. Então o ideal é evitar traumatismo”, finaliza o profissional.


Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


Pré-Natal adequado pode garantir prevenção e combate a Hepatite B durante a gestação

Estudo da UNICEF aponta que 30% das mulheres não realizam acompanhamento regular; vacinação correta pode ajudar a prevenir casos da doença
 

As Hepatites A, B e C - tipos de infecções no fígado que são adquiridas por vírus - afetam 325 milhões de pessoas e causam 1,4 milhão de mortes por ano no mundo todo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Como forma de conscientizar a população sobre a condição, o dia 28 de julho foi instituído como o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. 

Essas doenças também acometem gestantes e podem trazer riscos. Segundo a Dra. Maria Isabel de Moraes Pinto, infectologista e especialista em vacinas do Salomão Zoppi, pertencente à Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, a gravidez é sempre um período peculiar na vida da mulher, em que ela está predisposta a algumas infecções que podem ser mais graves e que, consequentemente, causam acometimento do feto e do recém-nascido. Neste caso, a prevenção por meio das vacinas é fundamental. 

Imunizantes para as hepatites do tipo A e B já estão disponíveis e o recomendado é que a mulher já tenha se vacinado antes do início da gestação. Em relação à vacinação para o tipo B, caso o corpo da mulher não tenha respondido à imunização ou ela não tenha concluído as doses indicadas antes da gestação, é possível dar continuidade ao processo durante a gravidez, com o devido acompanhamento médico. Para a imunização dos bebês, a recomendação é aplicar a primeira dose nas 12 horas iniciais de vida. 

Dessa forma, a realização de um pré-natal adequado é essencial no combate a essa e outras doenças. Conforme estudo realizado em 2020 pela UNICEF, 30% das mulheres não realizam um acompanhamento regular no Brasil. A falta de informação e acompanhamento médico durante o período gestacional pode atrapalhar o processo. 

“Para aquela mulher portadora da hepatite B, que não tratou esse problema durante a gestação, é importante assegurar que esse bebê não se infecte. Para isso, além da administração da vacina nas primeiras horas, os filhos de mulheres expostas ao vírus também devem receber a administração concomitante, mas em outro grupo muscular, da imunoglobulina específica para a condição. Se essa imunoglobulina não estiver disponível no momento do parto, a administração pode ser feita em até 7 dias”, detalha Dra. Maria Isabel de Moraes Pinto. 

O diagnóstico da hepatite B se dá por meio de testes de sangue chamados HbsAg e Anti-HBc, e são exames obrigatórios no acompanhamento do pré-natal. Caso positivo, a paciente deve ser encaminhada a um especialista para início do tratamento, que varia de acordo com o grau de gravidade da patologia, e por isso a necessidade do acompanhamento médico em todas as etapas da gestação. 

Para as crianças não expostas ao vírus, é indicado realizar a imunização de rotina: na rede privada, ela é feita com uma dose ao nascer e outras duas doses aos 2 e 6 meses de idade. No SUS, são realizadas 4 doses, com o acréscimo de uma dose aos 4 meses de idade. Nos laboratórios da Dasa é possível encontrar as vacinas tanto nas unidades físicas como pelo atendimento domiciliar. 

A Dasa observou neste ano um aumento significativo na procura por vacinas, em relação ao ano passado. Utilizando a hepatite como exemplo, somente neste ano, 74% da procura de vacinação para hepatite A e B foi em pessoas abaixo de 2 anos, versus 64% em 2021. Os dados indicam um aumento na procura de vacinação infantil desde a metade de 2021, sendo essa idade, a responsável pela maior parte da vacinação contra hepatite A e B na Dasa. 

  

Salomão Zoppi Diagnósticos

 https://www.salomaozoppi.com.br/ 

 

Dasa

https://www.dasa.com.br


Doenças oculares de inverno

Oftalmologista esclarece as principais dúvidas e cuidados com os olhos


As doenças oculares geralmente aumentam durante o inverno por conta da baixa umidade e clima seco, por isso é muito importante saber identificar os sintomas, prevenir e cuidar corretamente.

 

O Dr. Marcelo Brito, médico oftalmologista, aponta as principais doenças dos olhos que ocorrem na estação e os principais cuidados. Confira:


 

RESSECAMENTO


O ar externo frio e o ar interno aquecido geralmente têm menos umidade do que outros ambientes. No inverno, você pode sentir a pele seca, lábios rachados e olhos secos devido a essa baixa umidade. Os ventos frios do inverno também podem secar os olhos.

 

Para minimizar o ressecamento durante o inverno, mantenha-se hidratado e aumente a ingestão de ômega-3. Você também pode usar um umidificador em sua casa para melhorar a qualidade do ar interno.


 

LACRIMEJAMENTO


Enquanto algumas pessoas sentem falta de lágrimas no inverno, outras têm o problema oposto. O excesso de lágrimas e olhos lacrimejantes pode ocorrer devido ao ar frio, ventos cortantes ou alergias sazonais. Preste atenção quando seus olhos lacrimejarem para determinar a causa.

 

Se seus olhos começarem a lacrimejar quando você sair ou quando o vento soprar em sua direção, use óculos de sol ou de proteção. Se houver lacrimejamento excessivo dentro de casa, isso pode representar alergia, e pode ser necessário um medicamento para alergia e colírios apropriados para reduzir o efeito das alergias sazonais. Se você não conseguir determinar a causa de seus olhos lacrimejantes, especialmente se alterar sua visão, consulte um oftalmologista.


 

SENSIBILIDADE À LUZ


Os céus de inverno podem parecer escuros e sombrios, mas o gelo cria muitas superfícies reflexivas que podem aumentar drasticamente a quantidade de luz. Se você tem olhos sensíveis, pode sentir ainda mais necessidade de piscar, desconforto e outros sintomas na luz brilhante do inverno.

 

Alguns indivíduos desenvolvem uma nova sensibilidade à luz durante o inverno devido a uma condição conhecida como “cegueira da neve”. Sempre proteja seus olhos ao sair ao ar livre por longos períodos de tempo, inclusive ao caminhar ou realizar outras atividades rotineiras.


 

VERMELHIDÃO


As condições severas do inverno podem causar vermelhidão, sensibilidade e inflamação na área dos olhos. Pode haver inchaço das pálpebras. Você também pode notar espasmos nas pálpebras ou tiques involuntários se seus olhos ficarem particularmente irritados.

 

Essa vermelhidão pode resultar de olho seco, alergias sazonais ou cegueira da neve. Para reduzir o desconforto dos olhos inflamados, aplique uma compressa fria como um pano úmido e tome um analgésico de venda livre. Se os sintomas persistirem, consulte um oftalmologista para determinar a causa da irritação.


 

QUEIMADURA


Quando você imagina uma queimadura solar, provavelmente imagina vermelhidão e bolhas na pele, mas longos períodos de exposição à luz também podem danificar seus olhos. As queimaduras de sol e a cegueira da neve (ceratite por luz) geralmente ocorrem simultaneamente. Se você notar um aumento na sua sensibilidade à luz, seus olhos podem ter sofrido danos UV, especialmente se você também sentir coceira ou dor.

 

Você é mais vulnerável a danos UV ao participar de atividades ao ar livre em altitudes elevadas. Se você sentir os sintomas de queimaduras solares nos olhos, consulte seu oftalmologista. O tratamento pode diminuir o desconforto agudo e diminuir o risco de complicações a longo prazo, incluindo perda de visão e degeneração macular.


 

MUDANÇAS DE VISÃO


Embora muitos problemas de saúde ocular no inverno resultam do aumento da luz ou da diminuição da umidade, você também pode experimentar condições oculares causadas pela temperatura fria. Temperaturas extremamente baixas fazem com que os vasos sanguíneos dentro e ao redor dos olhos se contraiam, e essa constrição pode causar alterações imediatas na visão, como embasamento e visão dupla. Essas mudanças são mais prováveis de ocorrer quando você fica ao ar livre por longos períodos de tempo em temperaturas bem abaixo de zero.

 

Se você notar alterações na visão enquanto estiver no frio, vá para uma área quente o mais rápido possível. Se sua visão normal não retornar após 30 minutos ou mais, procure atendimento médico.

 

Se você tiver algum dos problemas sazonais listados acima, consulte um oftalmologista. Enquanto alguns problemas de saúde ocular desaparecem à medida que as temperaturas aumentam, outros podem se tornar mais desconfortáveis e potencialmente perigosos sem atenção médica.

 

“Especialistas dizem que aproximadamente 80% de todo o aprendizado vem das vias visuais. No entanto, uma em cada quatro crianças com erro refrativo corrigível não o corrigiu adequadamente”, alerta o Dr. Marcelo Brito.

 

Por isso, é recomendado que as crianças façam seu primeiro exame oftalmológico aos 6 meses de idade. Outro exame deve ser feito aos três anos e novamente antes do início da primeira série. Se uma criança não estiver em risco, ela pode continuar tendo seus olhos examinados todos os anos até os 18 anos.

 

Crianças com fatores de risco para problemas de visão podem precisar de seu primeiro exame oftalmológico antes dos 6 meses de idade e podem precisar de exames oftalmológicos com mais frequência ao longo da infância.

 

“Para manter uma vida inteira de visão saudável, adultos de 18 a 60 anos devem fazer um exame oftalmológico abrangente pelo menos uma vez a cada dois anos. Adultos mais velhos (com 65 anos ou mais) devem fazer exames oftalmológicos anuais. Adultos "em risco" devem fazer um exame pelo menos uma vez por ano, ou conforme recomendado pelo seu médico”, complementa.

 

Para finalizar, o oftalmologista ensina como limpar os olhos corretamente:

- Mergulhe uma flanela limpa ou algodão em água morna e coloque-a na pálpebra fechada por 5 a 10 minutos.


- Massageie suavemente as pálpebras por cerca de 30 segundos.


- Limpe as pálpebras com algodão ou cotonete. Pode ajudar a usar uma pequena quantidade de xampu de bebê na água. Limpe suavemente ao longo da borda de suas pálpebras para remover quaisquer crostas.


 

Fonte:

Marcelo Brito - Médico Oftalmologista - CRM: 18871/RQE:415

Instagram: @dr.marcelobrito


Acabe com a dor de estômago, antes que ela acabe com você. Como a Reflexologia pode ajudar?

Acabe com a dor de estômago, antes que ela acabe com você. Como a Reflexologia pode ajudar?

 

O que provoca a dor de estômago segundo a medicina são fatores como, bactérias e o irritação da mucosa gástrica. 

Porém há um fator emocional que contribui muito para isso. Porém como podemos ter certeza de que o problema é de origem emocional? A partir do momento em que a dor vai e vem sem causa aparente ou quando ficamos nervosos ela piora. Mas qual é a causa emocional disso? 

A causa emocional disso não se dá apenas por bactérias ou por uma deficiência da nossa mucosa gástrica. Isso acontece devido a uma deficiência no sistema imunológico provocada por uma reação a um estímulo específico, principalmente quando nós queremos dar uma resposta a um desaforo ou desrespeito e não damos, aí acabamos sendo obrigados a aceitar tudo aquilo que está sendo imposto sem que possamos expor as nossas opiniões, em outras palavras quando engolimos sapos. 

Essa atitude de engolir sapos metaforicamente falando, se dá devido ao processo de que nós não aceitamos aquilo e nos obrigam a aceitar ou seja, jogam na nossa boca e nos obrigam a engolir aquilo que desce de uma maneira muito rude e agressiva. Essa agressividade faz com que esse “sapo” machuque o nosso estômago levando assim ao aumento das bactérias que provocam e pequenas lesões causadoras das dores de estômago. Se esse problema não for corrigido e for acrescido de outros eventos repetitivos, esse problema estômago vai piorar e poderá chegar uma úlcera que já é um caso grave de problema estomacal. 

O que você pode fazer para impedir e reparar esse processo de engolir sapo? Comumente para o tratamento são usados antiácidos que irão diminuir a função do ácido no estômago, porém os ácidos são muito importantes e necessários para a nossa digestão, principalmente das proteínas. Logo, uma vez que esses ácidos aumentam ou diminuem a sua quantidade normal, vão produzir dores e mal estares no estômago. 

É por isso que os antiácidos dão um certo alívio imediato. Porém o problema continua pois é só um paliativo. Uma maneira eficaz de lidar com esse problema é Reflexologia Emocional método IOR, pois essa ferramenta trabalha esta questão emocional e ajuda a não engolir mais sapos. 

A Reflexologia Emocional método IOR, compreende o estudo dos eventos recentes e como as atitudes que tomamos refletem sentimentos e traumas que tivemos no passado. Por isso a mera lembrança daquele evento já produz hoje as reações que muitas vezes acabamos nos arrependendo. 

Essas reações ou atitudes geradas por emoções causarão diversos distúrbios segundo o órgão definido pela emoção. No caso do estômago a atitude é “engolir sapo” Porque, quando a pessoa tem que ser confrontada com uma imposição ou ordem que não concorda acaba engolindo suas emoções, a raiva, as vezes humilhação e desrespeito. Trazendo assim consequências, aqui no caso, causando problemas como dores e mal estares estomacais. 

Mas como parar de engolir sapos? Uma maneira muito usada para evitar esta atitude é jogar o sapo de volta para a pessoa. Porém se usarmos uma metáfora para entender esse processo podemos dizer que essa não é a melhorar maneira de agir. Por exemplo: eu pego um sapo descontaminado e esterilizado e jogo na sua boca, se você devolver esse sapo de volta na minha boca ele não vai vir mais estilizado e descontaminado, ele já virá com suas bactérias da sua boca e ao chegar na minha boca e eu devolver para você ele vai mais contaminado com as bactérias da minha e quanto mais vai mais vem mais contaminado, até que chega um ponto que o prejuízo vai ser muito grande. Em outras palavras agora quando eu agrido você de certa maneira e você não aceita isso, sua atitude é de responder a mim a maneira como eu disse só que usando palavras mais agressivas, isso como uma defesa e eu ao receber essas palavras vou ser mais agressivo em relação às minhas defesas e com isso agressão, agressão, agressão, chegará uma hora que uma das pessoas dirá “me desculpe não era isso que eu queria dizer”, porém aí já é tarde demais. Essa atitude de jogar o sapo para fora e devolver para a pessoa não se provou nada eficaz. 

Por outro lado, se você engolir o sapo terá os mesmos problemas mencionados acima como problemas estomacais. 

Então qual deve ser o procedimento correto em relação aos sapos? A resposta como tudo na vida, tudo é simples ou muito simples. Basta você se comportar como se estivesse num jantar muito e muito eletrizado ou sofisticado e de repente ao servir mexilhões, você prova, ele não está cozido adequadamente e transforma-se numa grande borracha na tua boca sendo impossível de engolir. O que você faz? Com muita educação e discrição se retira da mesa e vai até um lugar isolado e cospe fora. Ou permanece no local e com muita discrição você usa um guardanapo cospe o sapo no guardanapo e continua num local onde você está. Como esta ilustração pode ser aplicada na prática. quando você passar por esta situação você sem engolir e nem devolver o sapo (desaforo) pra pessoa.

 

Você deve agir das 2 maneiras: 

- Primeira, você permanece no local, cospe o sapo fora com discrição dizendo “eu não vou me afetar por isso eu não vou ficar doente por causa disso e isso não vai me fazer mal porque eu não vou ligar para isso que está sendo dito”. 

- Segunda, você não conseguindo se controlar, se retira do local e repete as mesmas palavras em relação ao que foi dito e a maneira que foi dito “eu não vou me afetar por isso eu não vou ficar doente por causa disso e isso não vai me fazer mal porque eu não vou ligar para isso que está sendo dito”.

Assim eliminando a causa do problema de estômago a dor por si só tende a diminuir e até desaparecer porque uma vez que o corpo deixa de receber os estímulos que estavam causando o problema, ele mesmo se corrige através da sua auto manutenção. 

Se você tem esse problema faça este teste e veja como que é simples, quando cuidamos corretamente das nossas emoções. Com isso melhoramos muito a nossa a nossa saúde física. 

 

Osni Lourenço - reflexoterapeuta há 30 anos, cientista em reflexologia e fundador do IOR Instituto Osni Lourenço de Reflexologia e Pesquisa


Predominante no público masculino, câncer de cabeça e pescoço tem boas chances de cura, quando descoberto precocemente

Tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição ao sol e práticas sexuais desprotegidas estão entre os fatores de risco à doença, alerta especialista do Hospital Paulista 

 

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que em 2022 surjam 36.620 novos casos de câncer de cabeça e pescoço. O nome, ao contrário do que algumas pessoas imaginam, não se refere à existência de tumores no cérebro, mas aos que se manifestam na região acima das clavículas, dentre eles boca, faringe, laringe, fossas nasais, seios paranasais, glândulas salivares e tireoide. 

A campanha nacional Julho Verde foi criada com o objetivo de conscientizar os brasileiros sobre a importância do tratamento e do diagnóstico precoce da doença, que tem como principais fatores de risco hábitos como tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição ao sol sem uso de protetor solar e prática sexual desprotegida, por conta de infecções pelo vírus HPV.

Conforme Dr. Mituro Hattori Junior, cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Paulista, a iniciativa é importante para estimular o autocuidado na prevenção, diminuindo o diagnóstico tardio da doença.

“Como todo tipo de câncer, quanto mais cedo for diagnosticado, menores serão as sequelas do tratamento e maiores as chances de cura. Campanhas de divulgação, como o Julho Verde, são essenciais pois alertam as pessoas a não postergarem a ida ao médico, principalmente os homens, que estão entre os mais atingidos em razão de certos hábitos de vida.”

Levantamento feito pelo Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP) indica que os tumores malignos de cabeça e pescoço correspondem a 6% de todos os tipos de câncer. Entre os brasileiros, os cânceres de boca, laringe e tireoide estão entre os tumores mais comuns.

 

Sintomas e diagnóstico

O diagnóstico precoce dos cânceres de cabeça e pescoço é especialmente importante, já que os sintomas costumam variar muito, desde o aspecto até a localização do tumor. No entanto, Dr.  Mituro destaca que sinais de percepção de nódulo no pescoço, lesões que não cicatrizam na boca, diminuição do olfato e sangramento intermitente prolongado podem servir de alerta. 

“A maioria dos sintomas envolve uma percepção prolongada. Uma ferida que não sara. Um sangramento prolongado. Por isso, é muito importante não minimizar e subestimar a ocorrência dessas desordens, recorrendo ao auxílio médico especializado o quanto antes. Outros sintomas presentes são a disfagia – dificuldade para comer – e a rouquidão”, reitera.


Tratamento

De acordo com o médico, uma equipe multidisciplinar é responsável por definir qual a melhor forma de combate à doença, já que tumores malignos podem ser tratados por diferentes modalidades de tratamento oncológico, dentre elas cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. 

“O tratamento pode ser realizado de forma isolada ou combinada, desde a retirada total do tumor por cirurgia, associado ou não à radioterapia e quimioterapia. A identificação precoce possibilita, na maioria das vezes, a retirada total do tumor, dependendo da localização, e uma maior eficácia local da radioterapia ou quimioterapia. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura.”

Dr. Mituro chama a atenção à prevenção primária, que pode ser feita reduzindo os fatores de risco, como tabagismo e alcoolismo, para os tumores de boca e faringe, laringe e esôfago. E o uso de bloqueador solar e a redução da exposição ao UV para diminuir a incidência dos tumores da pele.

“A prevenção secundária também é extremamente importante e pode ser realizada indo ao médico regularmente ou procurando assistência em caso de algum sintoma persistente. Estas ações visam diagnosticar os tumores malignos em fases iniciais”, finaliza o especialista.

 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


É possível evitar o Alzheimer com leitura? Neurologista desvenda mitos e verdades sobre a doença

Segundo a OMS, cerca de 50 milhões de pessoas no mundo contam com algum tipo de demência, sendo o mal de Alzheimer a mais comum

 

Considerado o órgão mais poderoso do corpo humano, o cérebro é capaz de comandar reações, movimentos e sensações. No entanto, alguns hábitos do dia a dia podem impactar sua funcionalidade, ocasionando inúmeras doenças que causam, entre outras coisas, o esquecimento.   

O neurologista Maurício Lobato, que atua no AME Itu, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, desvenda os principais mitos e verdades sobre o Alzheimer, doença neurodegenerativa e progressiva, que afeta, majoritariamente, pessoas acima de 60 anos. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo contam com algum tipo de demência, sendo o mal de Alzheimer, como é chamado, a mais comum. 

Ainda sem cura descoberta, a doença impacta na memória, linguagem e percepção do mundo, provocando alterações no comportamento, personalidade e humor das pessoas. 

Confira abaixo algumas das principais questões sobre o assunto:

 

É possível evitar Alzheimer com leitura?

Verdade. O hábito regular da leitura pode ser considerado um fator de proteção contra o desenvolvimento de doenças da memória, como o Alzheimer, assim como pessoas com mais anos de estudo e uma escolaridade mais elevada possuem menor chance de desenvolver a doença. 

“Além da leitura, é recomendável que as pessoas incorporem à sua rotina outros hábitos neuroprotetores para a memória e demais funções cognitivas, como a prática regular de atividades físicas e o consumo de alimentação adequada à prevenção de doenças”, reitera o especialista.

 

Esquecer as coisas indica Alzheimer?

Mito. O sintoma de esquecimento é normal e cotidiano para a maioria das pessoas. O problema ocorre quando este esquecimento se torna disfuncional, atrapalhando as atividades da vida diária e levando a interferências no trabalho e nas relações interpessoais. 

Quando isso acontece, é essencial procurar um médico neurologista, que realizará uma avaliação diagnóstica, onde o risco de diversas doenças será avaliado, inclusive o de Alzheimer.

 

Jovens também podem ter Alzheimer?

Mito. É muito raro que pessoas jovens desenvolvam o mal de Alzheimer, já que o mais habitual é que pessoas mais velhas – geralmente após os 60 anos – apresentem os sintomas da doença. 

Conforme o especialista, estima-se que cerca de 10% da população idosa apresente sintomas da doença. “O percentual aumenta progressivamente em faixas etárias mais elevadas.”

 

Portadores do mal de Alzheimer esquecem tudo sobre sua vida antes da doença? 

Mito. No Alzheimer, o esquecimento geralmente é relacionado a fatos recentes e cotidianos, preservando memórias do passado distante, bem como eventos da infância e juventude. No entanto, à medida em que a doença progride, pode haver também esquecimentos para fatos do dia a dia. 

“É importante destacar que, durante a doença, pode ocorrer o comprometimento de outras funções cognitivas, atenção e linguagem, assim como eventuais alterações de ordem comportamental e de humor”, alerta.

 

Cuidadores e familiares também precisam de auxílio para conviver com a doença?

Verdade. A doença de Alzheimer é complexa e envolve outros aspectos da vida do paciente, além dos clínicos. 

“Trata-se de uma doença que também impacta a vida de todos ao redor, desde familiares e cuidadores, até os amigos mais conhecidos ou os de âmbito socioeconômico. O Alzheimer interfere na saúde física e mental e nos relacionamentos interpessoais. Até mesmo questões jurídicas podem ocorrer.”

 

Corpo e mente em equilíbrio 

Dr. Lobato alerta para a importância dos cuidados com a saúde da mente e do corpo, mantendo hábitos fundamentais para a prevenção de doenças da memória, como o mal de Alzheimer. 

Conforme o médico, é importante compensar doenças crônicas, dentre elas o diabetes, pressão alta e colesterol elevado, bem como combater a obesidade, sedentarismo e hábitos tóxicos ao cérebro, como consumo de álcool e tabagismo. 

“Preservar o estímulo intelectual e o bem-estar psíquico, além de manter boa qualidade do sono, também são medidas valiosas e que podem auxiliar seu cérebro, preservando funções cognitivas como a memória. Juntos, estes hábitos garantem maior qualidade de vida na idade mais avançada”, finaliza o especialista. 

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”


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