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sábado, 8 de janeiro de 2022

Cannabis medicinal pode reduzir em 86% as crises de epilepsia em crianças, aponta estudo

A ação acontece pelo potencial do canabidiol de reduzir o excesso de atividade neuronal e inflamação cerebral causada pelas convulsões

 

Estudo realizado por pesquisadores do departamento de ciências do cérebro do Imperial College London, e publicado na BMJ, uma das mais influentes e conceituadas publicações sobre medicina do mundo, revelou que a cannabis medicinal pode reduzir em até 86% a frequência de crises de epilepsia em crianças. 

Em linhas gerais, a substância exerce influência direta no sistema nervoso central, atuando como modulador da transmissão neurológica. Semelhante à uma substância produzida pelo próprio corpo humano, o canabidiol, conhecido popularmente como CBD, tem potencial de controlar as descargas de neurotransmissores nos neurônios pré-sinápticos e tem o pode ajudar a reduzir crises convulsivas tanto em quantidade quanto em intensidade. 

Além de auxiliar crianças, o tratamento com cannabis medicinal também pode ajudar adolescentes e adultos que apresentam quadros leves de epilepsia, ou até mesmo casos refratários e de difícil controle. “Existe uma parcela da população acometida por crises epilépticas que não responde aos tratamentos alopáticos convencionais. Esses pacientes podem, muitas vezes, encontrar na cannabis um alívio ou até mesmo o controle das crises”, afirma Fabrizio Postiglione, CEO e fundador da Remederi, farmacêutica brasileira que promove o acesso a serviços e educação sobre a substância. 

Outro ponto de destaque sobre o uso do canabidiol em relação aos tratamentos convencionais para epilepsia é que ele não sobrecarrega o fígado, não provoca irritabilidade e nem altera o humor do paciente, além de não apresentar outros efeitos colaterais indesejados, como a redução da capacidade de cognição do paciente, por exemplo. 

Geralmente, a cannabis é introduzida no tratamento do problema de forma adjunta com outros medicamentos anticonvulsivantes, porém, em alguns casos a substância pode vir a ser o único tratamento de uma pessoa epiléptica, dependendo da avaliação médica e do caso clínico. 

O potencial terapêutico da cannabis medicinal ainda é pouco conhecido pela sociedade e por grande parte da classe médica. O Conselho Federal de Medicina (CFM) já reconhece a prescrição de canabinoides para epilepsia infantil e em adolescentes, contudo, esse reconhecimento é considerado parcial. Posicionamento diferente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que permite a prescrição para diversas patologias por diferentes especialidades médicas, inclusive epilepsia de adultos e idosos. 

A ciência vem investigando e descrevendo a eficácia do CBD para o tratamento da doença há alguns anos e um dos marcos mais importantes para a história da substância aconteceu em 2018, com a aprovação do Epidiolex (um remédio à base de cannabis) pela FDA (agência americana equivalente à ANVISA). 

Esse medicamento possui diversos artigos sobre sua eficácia e segurança, sendo que alguns deles podem ser encontrados na página da associação americana de tratamento de epilepsia. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, hoje a epilepsia é considerada a doença neurológica crônica mais comum no mundo e afeta cerca de 50 milhões de pessoas.

 

Remederi

Instagram, Facebook, LinkedIn e YouTube; e no site.

 

Novo método detecta SARS-CoV-2 diretamente em cotonetes nasais


Sistema desenvolvido por pesquisadores brasileiros indica em menos de um minuto a presença do vírus em amostras de secreções nasofaríngeas coletadas por meio de swabs

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·       Pesquisadores da Universidade São Francisco (USF), em colaboração com colegas da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos, e da Universidade Presbiteriana Mackenzie, desenvolveram uma tecnologia que permite detectar em menos de um minuto o SARS-CoV-2 diretamente de swabs (cotonetes) nasais, empregados para coletar amostras de secreções nasofaríngeas para a realização de teste para diagnóstico de COVID-19.

O sistema, desenvolvido por meio de projeto apoiado pela FAPESP, foi descrito em um artigo publicado na revista Analytical Chemistry.

“O novo método permite a análise direta de swabs e a obtenção do resultado em 45 segundos. Dessa forma, possibilita a triagem rápida de pacientes com COVID-19”, diz  Andréia de Melo Porcari, professora da USF e uma das coordenadoras do projeto.

Coleta de moléculas biológicas

A tecnologia é derivada de um sistema de detecção e diagnóstico de câncer desenvolvido pela pesquisadora brasileira Lívia Eberlin na Universidade do Texas em Austin, baseado em espectrometria de massa – técnica que permite discriminar substâncias em amostras biológicas de acordo com a massa molecular.

Batizado de MasSpec Pen, o método utiliza um dispositivo feito de plástico, na forma de uma caneta e esterilizável, para coletar moléculas biológicas da superfície de uma amostra de tecido.

A “tinta” da caneta é composta por água, utilizada como solvente para extrair moléculas de uma superfície de amostra de tecido, que são transportadas para um espectrômetro de massa para serem analisadas. Com base em algoritmos de aprendizado de máquina e modelos estatísticos o sistema é capaz de indicar se a amostra de tecido analisada contém células cancerosas.

“Basta a caneta só tocar o tecido para a água contida na ponta do dispositivo extrair as moléculas para análise”, afirma Eberlin.

Resultados de estudos clínicos iniciais indicaram que o sistema foi capaz de distinguir vários tecidos cancerígenos, incluindo tecidos tumorais de tireoide, mama, pulmão e ovário, de seus equivalentes normais com uma precisão geral de 96,3%.

“A ideia é que o sistema ajude os patologistas e cirurgiões a identificar mais rapidamente tecidos cancerígenos e tomar decisões mais precisas de tratamento”, diz Eberlin.

Detecção do SARS-CoV-2

Com o surgimento da pandemia de COVID-19, os pesquisadores tiveram a ideia de adaptar a tecnologia para detectar o SARS-CoV-2 diretamente nos esfregaços nasofaríngeos coletados por meio de swabs. Para isso, foram necessárias adaptações no design e nos solventes da caneta.

Como o dispositivo só toca uma superfície pequena de uma amostra de  tecido e o material coletado por meio de swabs fica disperso, os pesquisadores decidiram inverter a caneta para que o cotonete nasal pudesse ser introduzido inteiramente em uma câmara – como o invólucro de uma caneta.

No interior da câmara, o swab entra em contato com uma pequena concentração de clorofórmio-metanol, usado como solvente para extrair as moléculas das secreções nasofaríngeas. As moléculas são sugadas por um orifício na câmara para um espectrômetro de massas para análise e identificação da presença de lipídeos que servem como marcadores para indicar se há ou não o vírus na amostra.

“Todo esse processo dura menos de um minuto, incluindo a análise. É um ciclo muito rápido, com etapas operacionais mínimas e sem a necessidade de uso de nenhum reagente especializado”, avalia Porcari.

Validação da tecnologia

Para validar o método, foram analisados inicialmente swabs nasofaríngeos de 244 pacientes atendidos no Hospital Bragantino e no Complexo Hospitalar Santa Casa Bragança Paulista, no interior paulista, no início da pandemia de COVID-19.

Com base nas análises, foi possível identificar os perfis lipídicos desses pacientes e gerar classificadores estatísticos para distinguir indivíduos sintomáticos positivos, sintomáticos negativos e assintomáticos negativos.

Os resultados do estudo indicaram que os perfis lipídicos detectados diretamente de esfregaços nasofaríngeos usando o novo método permitem a triagem rápida de pacientes com COVID-19.

“Esse novo método de análise de swabs pode ser adaptado para detecção de muitas outras infecções virais e bacterianas e para realização de exames como o papanicolau [para prevenção de câncer de colo de útero]”, afirma Eberlin.

Os pesquisadores pretendem realizar agora uma validação interlaboratorial em parceria com a Universidade Presbiteriana Mackenzie.

“A ideia é demonstrar com amostras independentes que esse novo método de análise é válido, independentemente dos laboratórios, equipamentos e dos analistas que realizam o teste”, explica Porcari

O artigo “Rapid screening of COVID-19 directly from clinical nasopharyngeal swabs using the MasSpec Pen” (DOI: 10.1021/acs.analchem.1c01937), de Kyana Y. Garza, Alex Ap. Rosini Silva, Jonas R. Rosa, Michael F. Keating, Sydney C. Povilaitis, Meredith Spradlin, Pedro H. Godoy Sanches, Alexandre Varão Moura, Junier Marrero Gutierrez, John Q. Lin, Jialing Zhang, Rachel J. DeHoog, Alena Bensussan, Sunil Badal, Danilo Cardoso de Oliveira, Pedro Henrique Dias Garcia, Lisamara Dias de Oliveira Negrini, Marcia Ap. Antonio, Thiago C. Canevari, Marcos N. Eberlin, Robert Tibshirani, Livia S. Eberlin e Andreia M. Porcari, pode ser lido na revista Analytical Chemistry em https://pubs.acs.org/doi/10.1021/acs.analchem.1c01937?ref=pdf&.

 

 

Elton Alisson

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/novo-metodo-detecta-sars-cov-2-diretamente-em-cotonetes-nasais/37663/


É possível engravidar com mioma no útero?


Alexandre Silva e Silva, especialista em ginecologia, comenta sobre fatos desconhecidos sobre os miomas

 

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, (Febrasgo), cerca de 80% das mulheres brasileiras em idade fértil apresentam miomas, mesmo que assintomáticos. Ainda hoje, não há uma causa bem estabelecida para a condição, porém, ela ocorre quando as células do tecido muscular que formam o útero se multiplicam de forma desordenada, levando ao aparecimento do tumor.

 

O que se sabe é que, apesar de serem assintomáticos em boa parte dos casos, os miomas podem levar a problemas como o aborto e a  infertilidade, pois, podem dificultar a implantação do embrião por gerarem alterações anatômicas no útero. Porém, de acordo com o médico especialista em ginecologia, Alexandre Silva e Silva, existem inúmeras outras características dos miomas que são pouco discutidas e, até mesmo, desconhecidas por parte da população.  “É importante ter informação sobre miomas, pois o diagnóstico precoce é a indicação para o tratamento precoce, o que torna as cirurgias mais simples de realizar e com melhores resultados'', pontua.

Apesar dos problemas causados pela condição, o médico explica que o diagnóstico de um mioma não é uma sentença, pois com tratamento adequado, a qualidade de vida da mulher e os sonhos da maternidade podem ser alcançados. “É possível sim engravidar tendo mioma no útero. O que acontece é  que alguns miomas podem causar o abaulamento da cavidade uterina, tornando-a irregular e algumas vezes não favorável ao desenvolvimento de uma gestação. Por este motivo, algumas pacientes precisam ser submetidas à cirurgia para que os miomas sejam retirados e essa cavidade uterina possa retornar a sua forma habitual e preservar sua principal função, que é gestar”, detalha.

Além disso, Alexandre Silva e Silva, afirma que os anticoncepcionais, passados por um médico especializado, não são a primeira opção de tratamento dos miomas. “É importante destacar que nem sempre o anticoncepcional representa sucesso quando a intenção é o desaparecimento dos tumores. O tratamento depende da idade e dos sintomas apresentados pela mulher, do tamanho e do número de nódulos, da sua localização e dos objetivos e desejos de cada mulher. O tratamento medicamentoso é um paliativo e não vai resolver o problema por completo”, declara.

 

 

Dr. Alexandre Silva e Silva - formado em 1995 na Faculdade de Ciências Médicas de Santos em medicina. Sua especialização é em Cirurgia Minimamente Invasiva e Cirurgia Robótica. Além disso, possui certificação em cirurgia robótica em 2007 no Hospital Metodista de Houston. Certificação em cirurgia robótica single site em 2016 em Atlanta. É mestre em ciências pela Universidade de São Paulo em 2019 e foi pioneiro em cirurgia minimamente invasiva a partir do ano de 1998, dando aulas de vídeo cirurgia desde então.  É referência em videolaparoscopia e cirurgia robótica.

 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Como a maioria das pessoas reage a um movimento de mudança?

Transformação de empresas é um fenômeno interpessoal, por isso deve-se em primeiro lugar reconhecer quem são as principais partes interessadas na transformação, estabelecer quais principais perspectivas de cada uma, garantir que a voz de cada parte é ouvida, e divulgar o processo de mudança de para obter consenso. 

Segundo Tessa Basford (McKinsey Quarterly), transformações têm a melhor chance de sucesso quando se concentram em quatro ações principais, para mudar a mentalidade e o comportamento das pessoas: criar modelos de comportamento em que as pessoas possam se espelhar, fomentar a compreensão e a convicção, reforçar a mudança por meio de mecanismos formais, desenvolver talentos e habilidades. 

Na prática percebemos que as pessoas mudarão de mentalidade se você criar modelos de comportamento em que elas possam se espelhar porque as pessoas, enxergando seus líderes e colegas se comportarem de maneira diferente poderão ter mais aceitação a mudarem também. As pessoas acabam imitando indivíduos e grupos que as cercam, consciente e inconscientemente. 

Outra alternativa é fomentar a compreensão e a convicção – as pessoas entendem o que está sendo pedido a elas e entendem que isso faz sentido. As pessoas buscam congruência entre suas crenças e ações, acreditando no “porquê”.  Acreditar no “porquê” inspira as pessoas a apoiarem as mudanças. 

 Reforçar a mudança com mecanismos formais é outra técnica interessante, na medida em que as recompensas positivas e consequências negativas a atitudes contra a transformação moldam o comportamento das pessoas, embora muitas vezes as organizações reforcem as coisas erradas. 

Desenvolver talentos e habilidades é outra alternativa, na medida em que acreditamos que você pode ensinar novos truques a um cachorro velho! Nossos cérebros permanecem plásticos na idade adulta, e as pessoas abraçarão a mudança se acreditarem possuir as habilidades para sobreviverem à transformação. 

É recomendado também que os líderes desenvolvam um storytelling de transformação que ajude todas as partes interessadas a entenderem para onde a empresa está indo, por que está mudando e por que essa mudança é importante. Construir um ciclo de feedbacks para sentir como o storytelling está sendo recebido também é útil.

 


Estevão Rocha - professor de Turnaround na FIA Business School. Engenheiro naval (Poli/USP), extensão em economia (Harvard), finanças e marketing (FEA/USP), tecnologia (Singularty University), mestrando (University of Liverpool). Foi head global de M&A da Atento (NYSE), reestruturador de empresas pela KPMG e IVIX, diretor da G4S (LSE) e associado no private equity Artesia. Assessorou mais de uma centena de empresas.


Brasil deve levar dois anos ou mais para retomar economia aos níveis pré-pandêmicos. Alta nos preços impacta cesta básica.

Estudo da Kantar aponta que inflação é o principal impedimento para a volta do consumo na América Latina 

 

Argentina, Brasil, Colômbia e Peru, altamente impactados pela inflação e pelo desemprego, podem levar dois anos ou mais para retornar aos níveis econômicos de 2019. A constatação faz parte do estudo Consumer Insights, realizado pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria. 

A empresa separou outras nações do continente em dois grupos, de acordo com a expectativa de retomada econômica de cada uma delas. O Chile é o único país da América Latina que recuperou, em 2021, o PIB per capita nos níveis pré-pandêmicos. Já Equador, México e os países América Central, em que as economias são mais dolarizadas, demonstraram resultados de uma possível recuperação já em 2022. 

A inflação é o fator que mais pressiona a retomada do consumo de forma geral, uma vez que os preços no continente atingiram os níveis mais altos dos últimos cinco anos. Argentina, seguida por Brasil e México, são os países com os maiores aumentos na região. 

A alta nos preços impacta, principalmente, os itens da cesta básica. De acordo com a Kantar, a maior parte dos gastos das famílias latino-americanas é despendida com eles, comprometendo até 35% da renda das classes sociais mais baixas. Isso ocorre porque os alimentos são a prioridade e o setor apresentou inflação de 19% no último ano.

 Esse cenário se reflete em todos os países latinos. No entanto, apenas três deles não conseguiram manter o volume de consumo acima do que tinham antes da pandemia: Argentina, Brasil e Colômbia.


Kantar

www.kantar.com/brazil

 

Gestão data-driven

Sua estratégia de negócios agregando valor na coleta de dados


Quando você ouve a expressão “marketing moderno”, pensa em mídia digital, aplicativos inovadores e campanhas compartilhadas em múltiplos canais?

O marketing moderno omnichannel vai muito além, pois aproveita os recursos do negócio para fornecer a melhor experiência ao cliente, impulsionando o crescimento e a lucratividade.

Embora boa parte dos líderes não tenha clareza sobre o que isto significa, o marketing precisa se modernizar. Nesta jornada, evitar a adoção de iniciativas ao sabor dos modismos previne a frustração que advém de resultados não concretizados. Em uma transformação tangível, os colaboradores devem assumir uma nova mentalidade de gestão e decisão. As definições top down sobre “o que e como fazer” são pouco úteis, pois deixam de estimular a colaboração multifuncional. É necessário adotar uma abordagem de baixo para cima, baseada em dados, que desbloqueie o potencial da organização.

Com base em pesquisas e evidências corporativas, destaco cinco características de empresas bem-sucedidas na gestão data-driven:

  1. Comprometimento
    Geram valor a partir dos dados, indo além da simples utilização.
  2. Mindset
    Incentivam a exploração de dados e a curiosidade dos colaboradores.
  3. Talento
    Geram expectativas a partir de inúmeras iniciativas relacionadas aos dados.
  4. Confiança
    Valorizam e estimulam vínculos de confiança em decisões de governança.
  5. Compartilhamento
    Promovem colaboração e estimulam a quebra de silos internos.

Como impulsionar sua organização para que se torne data-driven?

  1. Concentre-se em dados melhores, não em big data. Muitos gestores focam na variedade e no volume de dados. Porém, a coleta de dados divorciada da estratégia da empresa torna-se irrelevante.
  2. Defina com clareza o problema do seu negócio. Aprimore a coleta de dados a partir de uma visão clara do problema e da solução que oferece para a necessidade do cliente. Entenda como isso afeta sua estratégia geral.
  3. Colete dados significativos fazendo as perguntas certas desde o início. Complemente seus dados internos com dados externos para garantir que a análise inclua uma visão além dos limites de sua marca.
  4. Otimize e faça experimentos para melhorar o valor e os resultados para o cliente. Melhore o ROI para análises de marketing via aprendizado e experimentação constante.
  5. Conheça bem seus clientes. Os dados mais valiosos resultam da comparação entre os clientes que se interessaram e compraram com aqueles que não compraram. É frequente os gestores se concentrarem no ponto, e não no motivo, da perda. O que levou esses clientes a desistir?

Antes de investir em iniciativas data-driven, esteja pronto para responder às seguintes perguntas:

  • Quais dados fornecem mais informações para você?
  • Quais podem ser coletados de forma consistente?
  • Em quais dados podemos confiar?
  • Quais dados podem potencializar o lucro e p alcance da empresa?
  • Quais dados têm mais valor para seus clientes ou pessoas com as quais trabalha?

Por último, uma importante reflexão: você quer que sua empresa seja informada ou orientada por dados? São os dados quem irão tomar as decisões de negócios ou é você quem decide o que fazer com base nos dados?

A diferença pode ser sutil, porém as abordagens são significativamente diferentes, o que muda a relação da sua empresa com os dados.

Adotar uma abordagem baseada em dados, na qual eles direcionam tudo o que você faz, pode ser a mais objetiva, porém você pode perder contexto. Ao mesmo tempo, optar em ser informado via dados pode flexibilizar demais as decisões.

Portanto, uma decisão equilibrada entre os métodos “orientado” e “informado” por dados é o caminho ideal para sua empresa ganhar vantagem competitiva. Obviamente, a decisão sobre a escolha do método ideal depende das circunstâncias.

  

Andrea Rios - diretora da Orcas - Omnichannel Experience e professora convidada no MBA live da FGV.

Bancário: você não pode ser demitido na estabilidade pré-aposentadoria

Um dos maiores medos dos bancários que estão quase cumprindo os requisitos para chegar até a sonhada aposentadoria, é uma demissão sem justa causa.

As crises econômicas vivenciadas no país nos últimos anos, a modernização dos sistemas e a pandemia do Covid-19 contribuíram para o fechamento de diversas agências bancárias.

Apenas no último ano, entre o mês de setembro de 2020 e setembro de 2021, os grandes bancos do país desativaram quase 1,8 mil agências.

Por isso, nunca foi tão importante que os bancários saibam de todos os seus direitos, principalmente aqueles que estão bem perto de conseguir a aposentadoria e estão receosos com as demissões e fechamento de agências.

Lembrando que as garantias dos bancários não ficam restritas às legislações da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT, pois muitos direitos estão previstos nos acordos feitos nas Convenções Coletivas de Trabalho - CCT.

Ainda, saiba que além de saber sobre o seu direito, você deve saber como exercê-lo, afinal, é sempre bom lembrar da premissa de que o direito não socorre aos que dormem.

 

  1. O que é a estabilidade pré-aposentadoria? 

        A primeira coisa que você deve saber é que essa estabilidade é provisória, ou seja, ela tem um prazo definido para começar e para acabar.

        Essa estabilidade serve para garantir o direito daquele bancário que está na iminência de se aposentar, mas atenção, esse não é o único requisito.

        Só podem usufruir desse direito aqueles bancários que se enquadrem em alguma das seguintes situações:

     homens e mulheres com mais de 5 anos de vínculo ininterrupto com o mesmo banco;

     ​​homens com vínculo ininterrupto com o mesmo banco por no mínimo 28 anos;

     mulheres com vínculo ininterrupto com o mesmo banco por no mínimo 23 anos.

        Precisa estar no mesmo banco, viu? Claro que nos casos de sucessão empresarial o direito continua valendo, como por exemplo no caso da compra do HSBC pelo Bradesco.

Ainda, cada requisitos garante um período de estabilidade, assim, o bancário depois de verificar qual é a sua situação, deve ficar atento ao prazo do seu período de estabilidade:

     no caso de 5 anos ininterruptos: estabilidade pelo prazo de 12 meses imediatamente anteriores à complementação do tempo para aposentadoria pelo INSS;

     no caso do homem com 28 anos ininterruptos: estabilidade pelo prazo de 24 meses imediatamente anteriores à complementação do tempo para aposentadoria pelo INSS;

     no caso da mulher com 23 anos ininterruptos: estabilidade pelo prazo de 24 meses imediatamente anteriores à complementação do tempo para aposentadoria pelo INSS.

        Assim, a estabilidade pré-aposentadoria vale para aqueles que ainda precisam de 12 ou 24 meses, a depender do caso, para cumprir os requisitos necessários. Dessa forma, durante esse período que resta para adquirir o direito de se aposentar, o bancário não pode ser demitido.


  1. Como exercer esse direito?       

A CCT, além de colocar os requisitos, exigiu que o bancário formalize o pedido de uma maneira específica: é indispensável que o trabalhador bancário preencha uma comunicação escrita solicitando o uso da sua estabilidade pré-aposentadoria.

Esse documento deverá ser feito em duas vias: uma para o RH do banco e outra para o bancário (essa via deve estar carimbada com o recibo e datada).

Esse documento é essencial, sem ele não há a garantia do direito.

        Ainda, ao entregar a comunicação, o trabalhador deverá anexar todos os documentos que comprovem os requisitos exigidos:

     CNIS;

     CTPS;

     Extratos previdenciários com todos os vínculos trabalhistas;

     Contratos de trabalho;

     Quaisquer outros documentos que comprovem o vínculo pelo período necessário.

       

        Outro ponto importante que o bancário deve se atentar é na data de início da estabilidade: ela passa a valer a partir do momento em que o trabalhador entregar a documentação (daí a importância do recibo assinado e datado).

        Deste modo, se o comunicado for feito faltando 3 meses para o preenchimento dos requisitos de aposentadoria, não terá estabilidade pelos próximos 12 ou 24 meses e sim pelos 3 meses restantes.

 

  1. Vale só para a aposentadoria integral?       

        A estabilidade pré-aposentadoria vale tanto para o bancário que deseja se aposentar de forma proporcional, como integral.

        A aposentadoria proporcional é uma opção que permite ao trabalhador se aposentar mais cedo, mas recebendo um salário final menor do que o que receberia se optasse pela aposentadoria integral.

 

  1. Demissão por justa causa 

        Caso o bancário seja demitido por justa causa, esse benefício não é estendido, assim, não se fala mais em estabilidade.

        Contudo, se a demissão ocorrer sem justa causa, o bancário poderá acionar a justiça do trabalho, pois a demissão foi ilícita. Nesse processo judicial, o bancário poderá requerer a reintegração ao trabalho e solicitar a devida indenização por dano material e moral (se tiver).

 

  1. Já tenho direito de me aposentar, mas quero continuar trabalhando, como fica a estabilidade?       

        Se o bancário já preencheu os requisitos necessários para o pedido de aposentadoria, o direito de pré-estabilidade não existe mais, uma vez que o objetivo já foi cumprido: o segurado permaneceu empregado até cumprir os requisitos para pedir a aposentadoria.

 

  1. Não deixe de buscar seus direitos 

        A categoria dos bancários é, infelizmente, uma das que mais sofre com o desrespeito às normas trabalhistas e previdenciárias, seja com uma doença ocupacional comprovada e o não pagamento do auxílio-acidente ou na demissão ilegal no período de estabilidade.

        Se você está passando por alguma situação de desrespeito aos seus direitos, não fique receoso, peça apoio do seu sindicato e, se precisar, acione o judiciário.

        Sempre é bom lembrar que em 2021 o STF votou pela justiça dos trabalhadores e decidiu que se você não tiver condições financeiras de pagar todo o custo do processo e tenha o direito à justiça gratuita concedido, poderá discutir a sua relação trabalhista no judiciário sem ter medo de ser condenado ao pagamento de honorários periciais e advocatícios no caso perca de perder a ação.

        Por isso, procure se informar sobre seus direitos e caso eles sejam desrespeitados, acione o judiciário.



Priscila Arraes Reino, advogada especialista em direito previdenciário e direito trabalhista, palestrante e sócia do escritório Arraes e Centeno.

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Cobreq alerta sobre os cuidados da utilização correta dos tambores de freio

A TMD Friction do Brasil é líder global em tecnologia de materiais de fricção, faz uma alerta sobre a utilização de maneira equivocada, por parte de alguns caminhoneiros, dos tambores de freio.

 

“A má utilização pode trincar a peça e despedaçá-la em rodovias, transformando os cacos de ferro fundido em um objeto letal, por ser altamente cortante e normalmente ao se desprenderem de um veículo de carga em movimento, atingem o alvo em grande velocidade. Sem o tambor, tanto o implemento como o caminhão perdem totalmente a capacidade da frenagem da roda afetada, comprometendo a capacidade total de frenagem do veículo, uma vez que, ao contrário dos automóveis, os caminhões utilizam na grande maioria à tambor, deixando os freios à disco para alguns modelos de menor porte ou opcional em alguns modelos pesado/extra pesado, como cavalos mecânicos que posteriormente serão acoplados à implementos (carretas) com freios à tambores”, alerta Everton Rogenski, consultor da Cobreq.  

 

O tambor normalmente sofre desgaste durante o uso dos freios e reduz a espessura da peça até ela entrar em colapso e se estilhaçar. “Para estender a vida do material feito de ferro fundido, uma parte dos caminhoneiros acaba levando o tambor ao uso extremo, ou seja, ultrapassando o diâmetro máximo recomendado pelos fabricantes. Mas o que ocorre na verdade é a redução da ‘parede’ e consequentemente da resistência mecânica”, reforça Rogenski.

 

Outra prática comum é a substituição de um componente original, conhecido como roletes, por outros com a maiores diâmetros, estes são responsáveis por empurrar as lonas contra a superfície interna do tambor.

 

Estas ações aparentemente prolongam a vida útil dos tambores, porém existe uma perda de eficiência de frenagem, uma vez que paredes de tambores finas, tendem a deformar-se com maior facilidade, quando submetidas a altas temperatura, fato comum durante a utilização dos freios em veículos de carga.

 

Veja outras dicas do especialista da Cobreq para os freios de veículos de cargas:


- Não é recomendado instalar lonas ou sapatas novas em tambores irregulares. A retífica só é permitida se ela estiver dentro do limite indicado no próprio item.

 

- Não esqueça de fazer a inspeção das catracas, sejam elas manuais ou automáticas, este item garante a distribuição de frenagem entre as rodas.

 

- Quando parar o veículo, após uma situação de emergência, onde os freios atingiram altas temperatura, recomenda-se aguardar alguns minutos para redução da temperatura antes de acionar o freio estacionário, lembrando que é importante permanecer junto ao veículo para evitar a movimentação involuntária do mesmo. Pois ao esfriar, o tambor se contrai e, ao encontrar a resistência oferecida pelo conjunto, pode sofrer alterações de geometria ou até mesmo rachar. Também jamais faça o resfriamento forçado.

 

- Não lave as rodas com jato de água enquanto o tambor estiver superaquecido. O choque térmico provocado pela diferença de temperatura dos elementos pode causar o aparecimento de fissuras e trincas.


- Vale lembrar que frear bem não é arrastar as rodas ou pisar com força no pedal. Antes de tudo deve-se evitar que as rodas arrastem nas freadas mais fortes. Para evitar o arraste de rodas, procure rodar com o limite certo de carga.

 

 


Cobreq

www.cobreq.com.br

 

 

TMD Friction

 www.tmdfriction.com 

 

11.01 -- Dia do Controle da Poluição por agrotóxicos: alerta para uso indiscriminado de substâncias como agroquímicos continua sendo fundamental

 Os defensivos químicos, quando mal aplicados, podem causar sérios danos ao meio ambiente e à saúde humana. 


Para fomentar a discussão e a conscientização sobre a necessidade de cuidados e do uso racional de produtos fertilizantes, estabeleceu-se 11 de janeiro como o Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos. De acordo com Rafael Zarvos, fundador da Oceano Resíduos, os fertilizantes transformaram a maneira como o mundo produz alimentos, trazendo grandes benefícios para a segurança alimentar, mas também benefícios ambientais por meio de maiores safras e menos uso de terra. “Mas, pode haver uma desvantagem. Quando aplicamos fertilizantes em excesso - não importa se são naturais ou fertilizantes sintéticos - os nutrientes em excesso são lavados e poluem o ambiente natural”, alerta o especialista.

O nitrogênio e o fósforo são os dois principais fertilizantes que os agricultores adicionam aos seus campos. Artigo publicado na Revista Science mostrou que quase dois terços do nitrogênio que são usados em plantações se torna um poluente. 

Os agricultores globalmente aplicam cerca de 115 milhões de toneladas de nitrogênio todos os anos nas plantações. Apenas cerca de 35% são usados, o que significa que 75 milhões de toneladas de nitrogênio fluem para os rios, lagos e vão chegar aos oceanos. É bastante preocupante que dois terços do nitrogênio aplicado na agricultura se torne um poluente ambiental. 

Outro nutriente muito utilizado nas plantações por meio de fertilizantes é o fósforo. Globalmente, os agricultores aplicam cerca de 25 milhões de toneladas por ano. Acontece que 14 milhões de toneladas deixam de ser utilizadas pelas culturas e tornam-se poluentes. Isso significa que mais da metade vai para o lixo. 

Os fertilizantes podem aumentar o rendimento das colheitas. Isso não só oferece benefícios econômicos para os agricultores e segurança alimentar, mas também produz benefícios ambientais ao reduzir a nossa demanda por novas terras agrícolas. Mas exige cuidado e atenção no seu uso desenfreado. “O grande desafio está em reduzir a poluição pelo uso de fertilizantes sem reduzirmos o rendimento das safras e assim, garantirmos a alimentação mundial”, finaliza Zarvos.

 


Oceano Resíduos

 

Rafael Zarvos - empresário carioca e defensor do meio ambiente, fundou em junho de 2019 a Oceano Gestão de Resíduos como uma forma de ajudar a população no descarte de lixo poluente de maneira correta e contribuir com a diminuição de agentes poluentes nos mares e rios. A empresa faz a gestão de resíduos e coleta inteligente, responsável pela correta destinação do lixo produzido no dia a dia. O foco é principalmente nos chamados micropoluentes, substâncias de uso comum em nosso dia a dia que constituem uma ameaça emergente à qualidade de águas, rios, lagos, reservatórios, mares e oceanos, uma vez que inexiste tecnologia para remoção destas substâncias provenientes de esgotos sanitários e hospitais, com coleta domiciliar e planos adequados para cada necessidade.


Planos de Saúde não podem se recusar a fazer teste de covid

A explosão do número de casos da Covid-19 motivada pelo avanço da nova variante, a Omicron, tem acarretado em um aumento na procura por testes para diagnosticar a doença. Diante dessa nova expansão, os planos de saúde também têm registrado crescimento pela procura por essas testagens, porem exigem do segurado prescrição medica para a realização do teste. 

A advogada especializada em Direito da Saúde, Dra. Tatiana Viola de Queiroz, destaca que os planos de saúde têm a obrigação de garantir a realização dos testes dos seus pacientes quando procuram prontos-socorros ou hospitais credenciados. Além disso, os usuários da assistência médica podem exigir, inclusive, o reembolso desse custo, caso tenha feito de forma particular. 

A especialista alerta, ainda, que os pacientes devem acionar a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Procon e até a polícia em casos mais graves. 

“Infelizmente a premissa dos planos de saúde é economizar, não prestar atendimento. Um verdadeiro absurdo, por isso as pessoas precisam conhecer seus direitos”, enfatiza a advogada.  

Desde o primeiro dia deste ano até a última quarta-feira (05-01), a quantidade de casos registrou uma alta de 773%. Pulou de 3.159 para 27.578, de acordo com o Consórcio de Imprensa composto pelos principais veículos de comunicação do país. Essa escalada após as festas de fim de ano levou muitas pessoas procurarem assistência médica para fazer o teste.

 


Dra. Tatiana Viola de Queiroz - Sócia-fundadora do Viola & Queiroz Advogados Associados, tem mais de 20 anos de experiência como advogada. É Pós-Graduada e especialista em Direito Médico e da Saúde, em Direito do Consumidor, no Transtorno do Espectro Autista, em Direito Bancário e em Direito Empresarial. É membro efetivo da Comissão de Direito à Saúde da OAB/SP. Atuou por oito anos como advogada da PROTESTE, maior associação de defesa do consumidor da América Latina.


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