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sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

11.01 -- Dia do Controle da Poluição por agrotóxicos: alerta para uso indiscriminado de substâncias como agroquímicos continua sendo fundamental

 Os defensivos químicos, quando mal aplicados, podem causar sérios danos ao meio ambiente e à saúde humana. 


Para fomentar a discussão e a conscientização sobre a necessidade de cuidados e do uso racional de produtos fertilizantes, estabeleceu-se 11 de janeiro como o Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos. De acordo com Rafael Zarvos, fundador da Oceano Resíduos, os fertilizantes transformaram a maneira como o mundo produz alimentos, trazendo grandes benefícios para a segurança alimentar, mas também benefícios ambientais por meio de maiores safras e menos uso de terra. “Mas, pode haver uma desvantagem. Quando aplicamos fertilizantes em excesso - não importa se são naturais ou fertilizantes sintéticos - os nutrientes em excesso são lavados e poluem o ambiente natural”, alerta o especialista.

O nitrogênio e o fósforo são os dois principais fertilizantes que os agricultores adicionam aos seus campos. Artigo publicado na Revista Science mostrou que quase dois terços do nitrogênio que são usados em plantações se torna um poluente. 

Os agricultores globalmente aplicam cerca de 115 milhões de toneladas de nitrogênio todos os anos nas plantações. Apenas cerca de 35% são usados, o que significa que 75 milhões de toneladas de nitrogênio fluem para os rios, lagos e vão chegar aos oceanos. É bastante preocupante que dois terços do nitrogênio aplicado na agricultura se torne um poluente ambiental. 

Outro nutriente muito utilizado nas plantações por meio de fertilizantes é o fósforo. Globalmente, os agricultores aplicam cerca de 25 milhões de toneladas por ano. Acontece que 14 milhões de toneladas deixam de ser utilizadas pelas culturas e tornam-se poluentes. Isso significa que mais da metade vai para o lixo. 

Os fertilizantes podem aumentar o rendimento das colheitas. Isso não só oferece benefícios econômicos para os agricultores e segurança alimentar, mas também produz benefícios ambientais ao reduzir a nossa demanda por novas terras agrícolas. Mas exige cuidado e atenção no seu uso desenfreado. “O grande desafio está em reduzir a poluição pelo uso de fertilizantes sem reduzirmos o rendimento das safras e assim, garantirmos a alimentação mundial”, finaliza Zarvos.

 


Oceano Resíduos

 

Rafael Zarvos - empresário carioca e defensor do meio ambiente, fundou em junho de 2019 a Oceano Gestão de Resíduos como uma forma de ajudar a população no descarte de lixo poluente de maneira correta e contribuir com a diminuição de agentes poluentes nos mares e rios. A empresa faz a gestão de resíduos e coleta inteligente, responsável pela correta destinação do lixo produzido no dia a dia. O foco é principalmente nos chamados micropoluentes, substâncias de uso comum em nosso dia a dia que constituem uma ameaça emergente à qualidade de águas, rios, lagos, reservatórios, mares e oceanos, uma vez que inexiste tecnologia para remoção destas substâncias provenientes de esgotos sanitários e hospitais, com coleta domiciliar e planos adequados para cada necessidade.


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