Os defensivos químicos, quando mal aplicados, podem causar sérios danos ao meio ambiente e à saúde humana.
Para fomentar a discussão e a conscientização sobre a necessidade de cuidados e do uso racional de produtos fertilizantes, estabeleceu-se 11 de janeiro como o Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos. De acordo com Rafael Zarvos, fundador da Oceano Resíduos, os fertilizantes transformaram a maneira como o mundo produz alimentos, trazendo grandes benefícios para a segurança alimentar, mas também benefícios ambientais por meio de maiores safras e menos uso de terra. “Mas, pode haver uma desvantagem. Quando aplicamos fertilizantes em excesso - não importa se são naturais ou fertilizantes sintéticos - os nutrientes em excesso são lavados e poluem o ambiente natural”, alerta o especialista.
O nitrogênio e o fósforo são os dois principais fertilizantes que os agricultores adicionam aos seus campos. Artigo publicado na Revista Science mostrou que quase dois terços do nitrogênio que são usados em plantações se torna um poluente.
Os agricultores globalmente aplicam
cerca de 115 milhões de toneladas de nitrogênio todos os anos nas plantações.
Apenas cerca de 35% são usados, o que significa que 75 milhões de toneladas de
nitrogênio fluem para os rios, lagos e vão chegar aos oceanos. É bastante
preocupante que dois terços do nitrogênio aplicado na agricultura se torne um
poluente ambiental.
Outro nutriente muito utilizado nas
plantações por meio de fertilizantes é o fósforo. Globalmente, os agricultores
aplicam cerca de 25 milhões de toneladas por ano. Acontece que 14 milhões de
toneladas deixam de ser utilizadas pelas culturas e tornam-se poluentes. Isso
significa que mais da metade vai para o lixo.
Os fertilizantes podem aumentar o
rendimento das colheitas. Isso não só oferece benefícios econômicos para os
agricultores e segurança alimentar, mas também produz benefícios ambientais ao
reduzir a nossa demanda por novas terras agrícolas. Mas exige cuidado e atenção
no seu uso desenfreado. “O grande desafio está
em reduzir a poluição pelo uso de fertilizantes sem reduzirmos o rendimento das
safras e assim, garantirmos a alimentação mundial”, finaliza Zarvos.
Oceano Resíduos
Rafael Zarvos - empresário carioca e defensor do meio ambiente, fundou em
junho de 2019 a Oceano Gestão de Resíduos como uma forma de ajudar a população
no descarte de lixo poluente de maneira correta e contribuir com a diminuição
de agentes poluentes nos mares e rios. A empresa faz a gestão de resíduos e
coleta inteligente, responsável pela correta destinação do lixo produzido no
dia a dia. O foco é principalmente nos chamados micropoluentes, substâncias de
uso comum em nosso dia a dia que constituem uma ameaça emergente à qualidade de
águas, rios, lagos, reservatórios, mares e oceanos, uma vez que inexiste
tecnologia para remoção destas substâncias provenientes de esgotos sanitários e
hospitais, com coleta domiciliar e planos adequados para cada necessidade.
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