CEO de transportadora de produtos perigosos ressalta os cuidados para o trajeto dessas mercadorias
Em todos os setores do mercado, há
diversos riscos que podem afetar os profissionais e o local de trabalho. Nas
atividades de logística, isso se torna ainda mais cauteloso quando é colocado
em pauta o carregamento de materiais que se enquadram nas classes de produtos
perigosos.
Quando ocorre um prejuízo financeiro,
por exemplo, as empresas conseguem planejar estratégias que possam se recuperar
com o tempo. Em contrapartida, quando o dano é causado por produtos químicos,
isso pode afetar em maior escala não só a vida humana, como a do meio ambiente
também.
Por ser responsável pelo transporte de
mais de 80% das cargas do país (exceto grãos e minérios), o modal rodoviário
também é o mais utilizado no deslocamento de produtos perigosos. São,
aproximadamente, 1,5 milhão de quilômetros de rodovias.
Tendo isso em vista, é natural que as
pessoas se perguntem como o combustível, um dos produtos mais perigosos
transportados, chega até os postos de gasolina para a sua distribuição –
afinal, com um grande risco de acidentes, a preocupação com a saúde e com o
bem-estar do motorista e do meio ambiente é prioridade.
Para isso, Antonio Lodi, CEO da
Transportadora Andrade, conta como é o percurso dessa mercadoria e os
principais cuidados. “Durante o carregamento, deve-se armazenar o combustível
em tanques devidamente homologados pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia (INMETRO), podendo ser de aço carbono ou de inox. Nos
postos, os tanques normalmente são de aço carbono, muitas vezes revestidos de
fibra de vidro para conter a corrosão. Pode-se utilizar tanques subterrâneos ou
aéreos e, em ambos os casos, deve-se aplicar inspeções periódicas para
certificar a condição de armazenagem”.
Além disso, ainda segundo o
empreendedor, o transporte deve respeitar as normas previstas pela Agência
Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e pela Agência Nacional do Petróleo
(ANP), bem como ser realizado por uma empresa devidamente legalizada para esse
serviço.
Com isso, a atenção se redobra também
para as equipes que conduzem esses produtos tóxicos e altamente inflamáveis. Na
Transportadora Andrade, a capacitação é primordial: “Todos os colaboradores
envolvidos nesse serviço precisam ter cursos específicos que habilitam a
condução das atividades e enfocam a segurança de cada um. Entre eles
encontram-se o NR 20, o NR 35 e o MOPP (Movimentação de Produtos Perigosos)”.
No setor de transporte de cargas, cada
processo, desde armazenagem até o percurso para a distribuição, é devidamente
analisado, preparado e capacitado para ser executado com qualidade. O assunto
produtos perigosos pode assustar, mas o cuidado e o profissionalismo devem ser
fatores essenciais para priorizar a segurança de todos os profissionais
envolvidos e do meio ambiente.
Antonio Lodi - CEO da Transportadora Andrade, empresa fundada em 1967, Antonio Augusto Andrade Lodi é graduado em Engenharia Mecatrônica pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais e pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Além disso, é coordenador da COMJOVEM Belo Horizonte.