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terça-feira, 5 de novembro de 2024

10 medidas para criar uma cultura de segurança digital


No mundo conectado, a internet é uma ferramenta essencial para a comunicação, fonte inestimável de conhecimento e interação social. Ela aproxima as pessoas, gera uma série de oportunidades, mas também oferece riscos significativos, principalmente a usuários menos experientes, como crianças e adolescentes. 

De acordo com a pesquisa Tic Kids Online Brasil 2024, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), 93% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos usam a Internet no país. Embora a rede mundial de computadores seja um ótimo recurso para pesquisas escolares, jogos interativos e ajude na interação com amigos e familiares distantes, o acesso sem orientação pode trazer riscos como exposição à conteúdo violento, fake news, riscos on-line de vírus e ransomware, além de cyberbullying. 

Uma maneira de garantir a proteção desse público hiper conectado e prepará-lo para os desafios da rede mundial de computadores é promover uma cultura de segurança digital. Isso significa investir na formação dos pequenos para que eles se tornem cidadãos críticos, capazes de discernir sobre a veracidade das informações e os potenciais riscos associados ao compartilhamento de dados. 

Abaixo, listamos, 10 atitudes que estimulam o desenvolvimento da cultura de segurança digital:

 

  1. Investir na educação digital em escolas e instituições de ensino - realizar workshops e aulas frequentes sobre os conceitos básicos de segurança on-line, como senhas fortes, privacidade de dados e compartilhamento de informações são medidas fundamentais para promover a conscientização sobre os potenciais riscos da internet;
     
  2. Promover rodas de conversa em família – conversar com as crianças e adolescentes sobre os perigos da internet, incluindo cyberbullying, fraudes digitais e contato com estranhos ajuda a prepará-los para a navegação segura;
     
  3. Criação de senhas fortes – orientar sobre a criação de senhas fortes e exclusivas para diferentes contas, e a importância de não compartilhar as senhas com os amigos, é um princípio básico da educação digital;
     
  4. Utilizar ferramentas de cibersegurança – explicar sobre a necessidade do uso de antivírus, firewalls e controles parentais para a proteção dos dispositivos. Há soluções gratuitas no mercado que bloqueiam sites maliciosos, chamadas de spam e até golpes com deepfake;
     
  5. Estimular o espírito crítico do uso da internet – perguntas como: “isso faz sentido?', 'por quê', 'por que alguém faria isso?' 'isso está dentro da lei?', 'quem falou?', 'onde está escrito?', 'onde eu posso verificar isso?'" ajudam a promover a consciência on-line, além de combater a desinformação e os golpes digitais;
     
  6. Simular situações reais: criar situações de risco junto com as crianças, como o recebimento de mensagens estranhas ou interações com desconhecidos, promove o rápido aprendizado sobre como agir corretamente;
     
  7. Explicar sobre phishing: a arma preferida dos cibercriminosos consiste no lançamento de uma isca para roubar dados e informações dos cidadãos, seja via e-mail, em mensagem de texto por celular ou em páginas fakes de redes sociais e e-commerce. Por isso, a importância de ensinar os menores a não clicar em links suspeitos;
     
  8. Promover a Privacidade: instruir sobre a importância de configurações de privacidade em redes sociais e aplicativos, orientando sobre o que deve ou não ser compartilhado, é uma medida para reduzir a exposição ao risco;
     
  9. Estimular a conscientização pública sobre defesa digital – envolver as instituições do terceiro setor, imprensa e mídia em geral, governos e comunidade ajuda a criar a cultura responsável de consciência digital;
     
  10. Incentivar a formação de profissionais de cibersegurança dentro e fora das empresas – ensinar pessoas e empresas a responder aos riscos e crimes cibernéticos de forma rápida e preditiva reduz o sucesso das investidas criminosas.


A educação digital vai além do conhecimento técnico sobre o uso de dispositivos e ferramentas. Cidadãos bem-informados são menos propensos a cair em golpes e mais aptos a denunciar crimes cibernéticos, contribuindo para um ambiente digital mais seguro.

Na corrida contra o cibercrime, além de reforçar a segurança digital para não correr o risco de ser alvo de um ataque cibernético e ter as operações paralisadas, as empresas e a sociedade devem investir na educação digital para formar cidadãos conscientes e preparados para lidar com as armadilhas da internet.

 



Felippe Barros - Cyber Security Executive da Trend Micro Brasil, empresa líder mundial em soluções de cibersegurança.

 

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