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terça-feira, 13 de abril de 2021

Blefaroespasmo causa descontrole no ato de piscar

Mulheres são mais afetadas que os homens e doença pode levar até 4 anos para ser diagnosticada


O blefaroespasmo é uma condição caracterizada pelo ato de piscar de forma descontrolada. Trata-se de uma distonia focal rara, com uma incidência entre 16 e 133 casos a cada 1 milhão de pessoas. O blefaroespasmo é tão incomum, que pesquisas norte-americanas mostram que os pacientes chegam a visitar quatro médicos antes de conseguir o diagnóstico final. 
 
Segundo a Dra.Tatiana Nahas, oftalmologista, especialista em cirurgia de pálpebras e Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o blefaroespasmo é caracterizado por contrações espasmódicas bilaterais dos músculos ao redor dos olhos, especificamente da musculatura que controla o movimento das pálpebras e dos cílios.


 
Sinais e sintomas


Entre os principais sintomas estão o aumento da frequência e da duração do ato de piscar. Além disso, pode haver dificuldade para manter os olhos abertos. A produção das lágrimas também é prejudicada.

"Com os danos no filme lacrimal, surgem os sintomas típicos do olho seco, como irritação, fotofobia (sensibilidade à luz) e sensação de corpo estranho”, comenta Dra. Tatiana.  
 
Um estudo mostrou que no início do quadro, mais da metade dos pacientes com blefaroespasmo apresenta queixas oftalmológicas de irritação ocular. Portanto, esse é um importante sinal de alerta.


 
Cegueira funcional


Com o aumento dos espasmos, é possível que a pessoa desenvolva a chamada cegueira funcional, já que não consegue mais manter os olhos abertos o suficiente para enxergar. Assim, a doença pode se tornar incapacitante.
 
“A contínua ação das forças oponentes dos músculos das pálpebras, que atuam na abertura e no fechamento dessas estruturas, alguns pacientes podem desenvolver ptose palpebral (queda da pálpebra), bem como ectrópio e entrópio, com reversão da borda das pálpebras e crescimento anormal dos cílios”, relata Dra. Tatiana.


 
Estresse pode ser gatilho


A origem do blefaroespasmo ainda é um mistério para a medicina. Entretanto, pesquisas apontam que a genética tem um papel importante no desenvolvimento da doença, já pode ser encontrada em vários membros de uma mesma família.
 
“Os eventos estressantes importantes, como mortes na família, divórcio, desemprego, problemas financeiros ou a própria pandemia que vivemos hoje, por exemplo, podem contribuir, ser uma espécie de gatilho para desenvolver o blefaroespasmo”, ressalta Dra. Tatiana.


  
Diagnóstico diferencial
 
O blefaroespasmo pode ser secundário, ou seja, ser uma comorbidade de outras condições oftalmológicas, como síndrome do olho seco, entrópio espástico, triquíase, blefarite, uveíte, catarata subcapsular, entre outras condições. Por isso, o ideal é procurar um especialista, ou seja, um oftalmologista especializado em doenças das pálpebras.


 
Tratamento com toxina botulínica
 
Um dos tratamentos mais usados para tratar o blefaroespasmo é a aplicação da toxina botulínica. “A substância é injetada nos músculos palpebrais para enfraquecê-los. Isso bloqueia os impulsos nervosos que causam a contração ininterrupta. Geralmente, é preciso repetir a aplicação a cada três ou quatro meses”, diz a Dra. Tatiana.
 
Infelizmente, há casos em que só procedimentos cirúrgicos podem resolver. Há várias opções cirúrgicas. “Uma delas é remover toda a musculatura da pálpebra superior e parte da pálpebra inferior. Essa técnica é chamada de miectonia limitada. Ela melhora os aspectos funcionais e os estéticos do paciente”, completa a médica.
 
“É importante ressaltar que embora raro, o blefaroespasmo representa um importante fator de risco para a cegueira funcional, afeta a qualidade de vida e a execução de atividades diárias, como sair de casa, cozinhar, ler, etc. Mas, o tratamento reverte essa condição. Quanto mais cedo for feito, melhor será o resultado”, conclui Dra. Tatiana.


Cirurgias eletivas x vacinação contra covid-19: especialista afirma que é preciso analisar casos separadamente

Associação Nacional dos Hospitais Privados aponta queda de mais de 32% em exames e consultas para esses procedimentos em 2020

 

Com a pandemia da Covid-19, o setor da saúde precisou focar a atenção em pacientes que contraíram a doença. Por isso, outros tratamentos acabaram ficando em “modo de espera”, entre eles as cirurgias eletivas, que são procedimentos marcados com data e hora para serem feitos. Por conta do contágio do coronavírus, muitas foram reagendadas. Após a elaboração das vacinas contra a doença, no entanto, muitas dessas cirurgias começaram novamente, mesmo em período de isolamento social e, então, surgiu a dúvida em pacientes e médicos: seria mais adequado aguardar a vacinação de todas as pessoas para depois reagendar e, efetivamente, realizar as cirurgias eletivas? 

Para o médico ortopedista especialista em quadril e membro da Sociedade Brasileira do Quadril, Edmar Simões da Silva Junior, que atua em Vitória (ES), cada circunstância deve ser observada separadamente na hora de tomar essa decisão tão importante. ‘‘Muitos quadros têm se agravado durante a pandemia, e merecem uma atenção especial’’, diz. ‘‘Por isso, é importante analisar cada caso individualmente, para que possamos analisar todos os riscos e benefícios envolvidos’’, completa o especialista. 

Mas, segundo o médico, é preferível, caso seja possível, aguardar uma estabilidade maior do sistema de saúde para retomar as cirurgias. ‘‘Acho necessário o retorno das cirurgias eletivas, mas é preciso conter o avanço da Covid-19. Só assim elas serão realizadas da maneira mais segura tanto para o paciente, quanto para os profissionais que irão atendê-lo neste processo’’, declara o ortopedista. 

De acordo com o Conselho Federal de Medicina, é preciso evitar a contaminação pela covid-19, mas também é necessário que os pacientes não pausem seus tratamentos por medo de ir ao hospital. "A Covid tem diferentes efeitos: tem o efeito dela em si e o efeito que ela gera naquelas condições que não estão sendo tratadas adequadamente pois os tratamentos estão sendo postergados", diz o CEO do Sabará Hospital Infantil de São Paulo, Ary Ribeiro.

 

Os números

Segundo a Associação Nacional dos Hospitais Privados, houve uma queda de 32% no agendamento e realização de exames e consultas para cirurgias eletivas no país em 2020. Nas últimas semanas, a média de mortes por covid-19 têm aumentado no Brasil. A vacinação também tem progredido no país, mas não na mesma velocidade de contágio da doença. De acordo com dados do Mapa da Vacinação Contra Covid-19 no Brasil, elaborado pelo Consórcio de veículos de imprensa, até o momento pouco mais de 9% da população brasileira já recebeu a primeira dose, enquanto desses, apenas 2,78% já estão imunizados com a segunda dose da vacina.


5 elementos naturais para se livrar das gripes

Sem analgésico, nem antitérmico e nem anti gripal. Saiba os poderes da natureza que ajudam na expectoração, aumentam a imunidade e ainda combatem as gripes e resfriados

 

Para o farmacêutico homeopata Jamar Tejada (Tejard), da capital paulista, algumas receitas naturais são tiro e queda contra os sintomas das gripes e resfriados. Seja para aliviar dores no corpo, febre, expectorar e acalmar a tosse e ainda garantir a imunidade nas alturas. Entenda!

"Existem formas naturais de limpar as passagens nasais com opções naturais, que tratam os sintomas através de plantas, extratos e chás que ajudam o corpo a combater os sintomas bem rápido", diz o especialista que explica uma a uma.


Para alívio das vias nasais e das dores de cabeça: Banho quente

O vapor umedece as passagens nasais deixando-as menos irritadas. "Usar sais de banho mentolados com algumas gotas de óleo de hortelã-pimenta pode ajudar ainda a aliviar a congestão e as dores de cabeça provenientes da gripe. Substitua o óleo pelo de eucalipto para aliviar a congestão nasal", fala.


Para desintoxicar: Óleo de coco

O óleo de coco possui propriedades antibacterianas e também contém ácido láurico, um agente antimicrobiano. "Faça bochecho com uma colher de sopa de óleo por pelo menos um minuto pela boca toda, dentes e gengiva, quanto mais tempo ficar, mais bactérias serão removidas", ensina Tejard.


Para umidificar o ar: Plantas naturais

O ar muito seco pode piorar os sintomas de gripes e resfriados e ainda aumentar a duração deles. Para fazer um umidificador caseiro há duas maneiras:

Ferver duas xícaras de água destilada em uma panela e colocar no ambiente ainda quente. Repetir a ação sempre que a água esfriar.

Ou usar a umidificação por plantas caseiras como aloe vera, palmeira de jardim e ficus e diversas outras espécies de philodendron e dracena que através das folhas, flores e caules que liberam vapor no ar. Se tiver o habito de usar umidificador elétrico regularmente não esqueca de limpa-lo sempre, já que mofo e bolor podem crescer facilmente em ambientes úmidos.


Para expectorar: Chás

Podem ser feitos com assa peixe, agrião, limão bravo, bálsamo de tolu, mastruço e jatobá. "Os liquidos quentes ajudam a soltar as secreções nos seios paranasais para que o muco flua mais livremente", explica Jamar.


Para o fim da tosse: Eucalipto e Abacaxi

O eucalipto tem propriedades antioxidantes que protegem o corpo contra os radicais livres e o ativo de cineol: um composto que funciona como um expectorante para combater infecções respiratórias e aliviar a tosse. As pomadas manipuladas com este óleo também podem ser aplicadas na área do nariz e peito para aliviar e congestão e soltar o catarro. Já as folhas frescas ou secas de eucalipto podem ser usadas no preparo de chás e gargarejo de água morna para aliviar uma dor de garganta. Faça um chá de eucalipto fervendo de 2 g a 4 g de folhas secas em uma xícara de água por cerca de 10 a 1 5 minutos. Beba o chá até três vezes ao dia. Já o abacaxi ajuda a acalmar a tosse e tem ação expectorante. Para isso, basta aquecer um copo de água, adicionar 3 colheres de sopa do suco de abacaxi e duas colheres de sopa de sobremesa de mel. Beber ainda quente, antes de dormir. "A fruta ainda ajuda a contribuir com efeito anti-inflamatório, principalmente quando se refere a problemas nasais", finaliza Jamar Tejada.




Jamar Tejada - Farmacêutico graduado pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do Brasil, RS (ULBRA), Pós-Graduação em Gestão em Comunicação Estratégica Organizacional e Relações Públicas pela USP (Universidade de São Paulo), Pós-Graduação em Medicina Esportiva pela (FAPES), Pós-Graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM, Pós-Graduação em Formação para Dirigentes Industriais com Ênfase em Qualidade Total - Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-(UFRGS) e Pós-Graduação em Ciências Homeopáticas pelas Faculdades Associadas de Ciências da Saúde. Proprietário e Farmacêutico Responsável da ANJO DA GUARDA Farmácia de manipulação e homeopatia desde agosto 2008. http://www.tejardiando.com.br


Doenças Cardiovasculares - O que você precisa saber

 

As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de mortes no mundo. A hipertensão foi a enfermidade que mais matou no mundo em 2019, sendo a causa da morte de cerca de 10,8 milhões de pessoas

Conhecida popularmente por “problemas cardíacos” ou “doenças do coração”, a doença cardíaca é um termo abrangente no que se diz respeito a diversos problemas clínicos crônicos e agudos que atingem um ou mais componentes do coração. O coração é o órgão mais importante do corpo humano, porque, além de ser o responsável por bombear sangue continuamente, ele também é um órgão endócrino, que produz dois hormônios: o peptídeo natriurético atrial (ANP) e o peptídeo natriurético do tipo B (ou peptídeo natriurético cerebral – BNP), que coordenam a função cardíaca com as artérias e os rins.

As doenças cardiovasculares figuram entre as principais causas de mortes no mundo, de acordo com o relatório anual GBD (Global Burden of Desease – em português, Carga de Doenças Global), divulgado pela revista científica The Lancet. A hipertensão foi a enfermidade que mais matou no mundo em 2019, sendo a causa da morte de cerca de 10,8 milhões  de pessoas. No Brasil não é diferente, duas doenças do coração predominam o ranking de mortes no país, são elas: a doença isquêmica do coração (também chamada de doença arterial coronariana), com uma taxa de mortalidade de 80.02 para cada 100 mil habitantes, seguida por mortes por doenças cerebrovasculares, com taxa de 56.58.

Além de ser causada por um fator crônico, as doenças cardíacas também podem ser geradas em sua maioria das vezes pelo consumo demasiado de álcool, cigarro, alimentos com excesso de sódio em sua composição, sedentarismo e sobrepeso.

De acordo com o doutor, Irapuan Penteado Magalhães, médico cardiologista do Hospital IGESP, algumas doenças, como hipertensão, não têm cura, mas possuem tratamento e podem ser controladas de diversas formas. “Em um panorama geral, uma alimentação saudável em conjunto com a prática constante de exercícios físicos são grandes aliados no combate a doenças cardiovasculares. Porém, a qualquer indicação de sintoma é fundamental a busca por um médico cardiologista. O profissional saberá qual o tratamento específico deve ser implementado”, afirma o médico.


Procedimentos não invasivos tratam doenças crônicas e favorecem melhor gestão de leitos hospitalares

 Técnicas e protocolos eliminam necessidade de internação e oferecem recuperação mais rápida e segura. Indicação depende da avaliação dos especialistas

 

A qualificação de equipes médicas para a realização de procedimentos minimamente invasivos e guiados por imagens demonstra uma tendência da medicina moderna. Alternativas com menores riscos e breve recuperação favorecem a maior disponibilidade de leitos e, consequentemente, o acesso para aqueles que mais precisam. Com a pandemia de COVID-19, essa necessidade se acentuou e cada vez mais, médicos e pacientes tem encontrado nesses procedimentos o equilíbrio entre tratar uma condição que não pode esperar e otimizar a gestão de leitos hospitalares.

A depender da doença, condição de saúde e tratamento necessário, é possível optar por procedimentos pouco invasivos que, na maioria das vezes, não requerem anestesia, cortes ou ambiente cirúrgico. Nesses casos, o paciente é submetido ao procedimento e no mesmo dia vai para casa, sem a necessidade de internação. "Para aqueles que não têm essa opção, é muito importante checar se o serviço de saúde conta com fluxos separados. Nesses casos, os pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19, ao chegar no hospital, são separados dos demais e encaminhados para uma ala onde os equipamentos, profissionais e infraestrutura são exclusivos, diminuindo as chances de transmissão do vírus para os demais", diz Dr. Fernando Ganem, diretor de governança clínica do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Um exemplo de procedimento minimamente invasivo é a radioterapia funcional, também conhecida como radiocirurgia funcional. Essa modalidade de tratamento pode ser indicada para pacientes que convivem com doenças neurológicas, como a epilepsia, neuralgia trigeminal, distonia, desordens do comportamento, de humor e pacientes que convivem com a dor crônica. "Os tratamentos padrões dessas doenças continuam os mesmos. No entanto, por conta da condição de saúde, muitos pacientes não têm boa resposta aos tratamentos, sofrendo com impactos na saúde e qualidade de vida. Muitos sequer são elegíveis e acabam ficando sem saída. Para essas pessoas, a radioterapia funcional se tornou uma opção segura e eficiente", conta Dr. Samir Hanna, radio-oncologista do Hospital Sírio-Libanês.

"A técnica consiste em entregar uma alta dose de radiação em determinado local no cérebro, responsável pela condição de saúde. Para isso, o paciente é submetido a um procedimento em ambulatório, onde não há cortes e picadas, mas sim o uso de imagem para determinar o local exato que deve receber a dose", conta Dr. Gustavo Nader, radioterapeuta do Hospital Sírio-Libanês. Até pouco tempo, o tratamento era realizado exclusivamente em um equipamento específico que demandava o uso de um suporte parafusado na cabeça do paciente. Uma parceria ente o Hospital Sírio-Libanês e a Universidade do Alabama proporcionou a capacitação do time de radioterapia e neurologia, tornando o hospital um dos três centros no país que eliminou a necessidade desse suporte e otimizou o uso do acelerador linear, um equipamento mais acessível e versátil. Segundo os especialistas, estudos indicam que a técnica tem uma taxa de sucesso entre 60 e 70% no controle da dor trigeminal, uma das piores dores que o indivíduo pode sentir.


Tratamento de tumores renais

O tratamento padrão de tumores renais envolve cirurgia e, dependendo do caso, demais intervenções e tratamentos, como a quimioterapia. No entanto, um estudo conduzido pelo Dr. Marcos Menezes, radiologista intervencionista do Hospital Sírio-Libanês, indica que procedimentos minimamente invasivos, como a crioblação e ablação por radiofrequência, têm os mesmos resultados de uma cirurgia tradicional.

Desenvolvido em parceria com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o estudo avaliou 85 pacientes entre 2008 e 2016, que tinham determinadas características, entre elas, tumores menores do que quatro centímetros. Além do menor risco e impacto na qualidade de vida do paciente, os procedimentos têm menos chances de complicações e melhor tempo de recuperação. "O estudo indica que a parcela de pacientes com tumores renais inferiores a 4 centímetros, que têm somente um dos dois órgãos, rins com funcionalidade comprometida ou que apresentam doenças genéticas também podem ter indicação para o procedimento", explica o Dr. Marcos Menezes, radiologista intervencionista do Hospital Sírio-Libanês. "São justamente esses pacientes, cuja saúde é fragilizada, que devem redobrar os cuidados contra a COVID-19, mas não podem esperar para tratar o câncer."

 



Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês

 www.hsl.org.br


Conheça cinco mitos e verdades sobre as verrugas

Especialista esclarece dúvidas sobre essas lesões, tão incômodas na pele


É provável que todas as pessoas conheçam alguém que já teve que realizar tratamento contra as verrugas, lesões benignas na pele, causadas pela contaminação do papiloma vírus humano (HPV). A infecção resulta no crescimento anormal da camada mais superficial e final da pele (a epiderme).(1)

Apesar de bastante comuns, as dúvidas sobre as verrugas ainda são muitas. Por isso, o Dr. Antonio Gomes Neto, médico dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), vai esclarecer cinco mitos e verdades sobre essas lesões.

 

Verrugas só aparecem em adultos


Mentira. Estima-se que as verrugas atinjam, principalmente, crianças e adolescentes. Em média, 33% das pessoas desta faixa etária terão o problema. Já na fase adulta, 5% serão infectados. (2)


 

O vírus HPV, causador das verrugas, só é transmitido sexualmente


Mentira. O papiloma vírus humano é mais conhecido por ser uma doença sexualmente transmissível, entretanto, ele também pode ser transmitido de mãe para feto, através da saliva, de autoinfecção ou por meio de objetos contaminados. É, por esse motivo, que muitas crianças também apresentam as lesões na pele causadas pelo HPV.


 

As verrugas não são perigosas


Verdade. A principal dúvida em relação às verrugas é se elas são perigosas. Apesar de estarem relacionadas ao vírus HPV, na maioria dos casos, não há grandes riscos para a saúde, com exceção das lesões na região genital, que estão relacionadas ao câncer de colo do útero e do pênis. Nestes casos, orienta-se a procura imediata do médico para início do tratamento adequado.


 

Existe apenas um tipo de verruga


Mentira. Existem diversos tipos de verrugas e, normalmente, a aparência da lesão muda de acordo com a parte do corpo. As cinco principais variáveis de verrugas são:

 

●       Vulgares: é o tipo mais comum. As lesões são irregulares, endurecidas e ásperas e podem ser isoladas ou agrupadas. Costumam se desenvolver em áreas com mais atrito como cotovelos, joelhos, mãos e ao redor das unhas (periungueais).

 

●       Planas: têm a aparência e pequenas pápulas (bolinhas) e apresentam cor amareladas ou acastanhadas, normalmente, formadas por várias verrugas de até 5 milímetros, além de ter superfície plana e lisa. Aparecem mais comumente no rosto e dorso das mãos de adolescentes.

 

●       Plantares: aparecem na planta dos pés e costumam ser confundidas com calos. O peso do corpo faz com que elas cresçam para dentro, causando dor ao caminhar. As verrugas plantares apresentam um anel periférico com pontos escuros no centro da lesão e, por essa aparência, são popularmente chamadas de “olho-de-peixe”.

 

●       Filiformes: caracteriza-se por uma projeção mais fina e alongadas. São mais comuns no rosto, pescoço, lábios e pálpebras. A incidência é maior em pessoas mais velhas.

 

●       Anogenitais: São lesões úmidas e vegetantes, em grupo ou isoladas, com aspecto de couve-flor. Costumam acometer regiões mais sensíveis como a mucosa genital feminina e masculina, a uretra, a vacina, o colo do útero, a região perianal ou a mucosa oral. Estão relacionadas com infecções genitais e há uma conexão com alguns subtipos de HPV de alto risco, aumentando as chances de câncer genital, como o do colo do útero.

 


O tratamento é simples

Verdade. Na maioria dos casos, o tratamento para extração das lesões é simples e pode ser realizada pelo próprio paciente, em casa. O diagnóstico é clínico e o médico pode indicar a utilização de medicamentos tópicos, que, em geral, contêm ácidos salicílico e lático em sua composição. Nos casos mais graves, pode ser necessária a remoção cirúrgica das lesões. Sempre consulte um dermatologista para mais informações

 



TheraSkin

http://theraskin.com.br/

 

 

Referências:

1 - Verrugas Sociedade Brasileira de Dermatologia https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/verrugas/20/

2- Warts: Overview. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK279586/


Confira cinco dicas para se tornar um influenciador real

 Especialista dá orientações valiosas para que novas pessoas ingressem no universo do marketing de influência


Influenciar pessoas, principalmente de forma positiva, não é uma tarefa fácil e, na internet, poucos têm conseguido cumprir satisfatoriamente essa missão. O marketing de influência é um fenômeno que está em alta e se tornou uma estratégia potente não apenas para grandes marcas ou agentes selecionados como muitas pessoas pensam. Uma pesquisa de 2020, realizada pelo Instituto Kantar IBOPE MEDIA, Impulsionando a reputação da marca em um mundo super segmentado, diz que 93% dos entrevistados confiam em amigos e familiares para obter informações sobre as marcas, seus produtos ou serviços. Consumidores reais são “influenciadores” reais e possuem uma rede de contatos muito próxima, com a qual se comunicam de maneira sincera e autêntica.

Pensando nisso, Joel Amorim, diretor da The Insiders, empresa de mídia digital que conecta marcas com ‘influenciadores reais’, listou cinco dicas para quem tem interesse em se tornar um canal de divulgação confiável e promissor das empresas. A empresa trabalha hoje com uma base de mais de 3 milhões de consumidores reais e tem em seu portfólio mais de 400 campanhas realizadas. Veja abaixo:

 

1- Seja honesto: o marketing de influência real só pode funcionar se for sincero. Você pode expressar sua opinião sobre o produto de forma totalmente livre, seja ela positiva ou negativa, mas é importante ser sempre construtivo.

2- Seja transparente: ao ser aberto e transparente, mostrando a todos quem você é e o que realmente pensa, pode conquistar confiança e se tornar uma referência para aqueles ao seu redor. 

3- Seja engajado: você se tornará os olhos e ouvidos de uma marca. Isso significa que você será observado e muitas vezes questionado. Procure responder ao público sempre que possível, crie enquetes e mantenha sempre seus seguidores próximos. Isso te torna uma fonte confiável. 

4 - Seja criativo e original: é esperado que o conteúdo que você gera seja 100% original, com a sua identidade. Além de crime, plagiar textos, fotos, vídeos ou qualquer outro conteúdo não é bem visto pelos consumidores. Se o conteúdo não pertencer a você, forneça o crédito apropriado. 

5- Seja legal e educado: você tem total liberdade para expressar suas opiniões, mas mesmo assim, não esqueça que sua opinião é visível para todos. Em outras palavras, seja sempre educado e evite comentários depreciativos e inadequados, pois comentários desta natureza podem gerar má impressão sobre você diante do público e de outras empresas.

 


The Insiders

 

Mulheres empreendedoras 50+


Freepik

No mês de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher, e não apenas nesse mês, mas em todos os outros, devemos enxergar a importância da participação das mulheres na sociedade em todos os seus aspectos, inclusive no ramo empresarial.

Nós mostramos nossa força e garra nas mais diversas áreas e adversidades, mas infelizmente ainda existe muita subestimação em relação a nós, ainda mais quando o ponto também é a nossa maturidade.

No entanto, nadando na maré contraria ao preconceito, o cenário mostra que estamos, todos os dias, tomando o próprio rumo de nossas carreiras e investindo no mundo do empreendedorismo, principalmente, as mulheres com mais de 50 anos, que assim como eu, estão à frente de suas empresas. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE, cerca de 9,3 milhões de mulheres estão à frente de negócio no Brasil e segundo dados da pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor realizada no Brasil pelo Sebrae, em 2017 o número de empreendedores entre 45 e 54 anos eram de 10,3 milhões e entre 55 e 64 anos eram de 6,1 milhões.

O empreendedorismo feminino 50+ vem se destacando por conta de diversos fatores como: realizar o objetivo de ser sua própria chefe; ter mais flexibilidade no trabalho; mudar de carreira e arriscar em uma nova jornada; seguir um sonho antigo ou por ter sido demitida em algum momento da vida e viu no empreendedorismo a oportunidade de fazer sua própria renda, e com a crise econômica, as mulheres vem buscando cada vez mais uma oportunidade de abrir o seu próprio negócio.

É fato, infelizmente, mas conforme a idade avança, a dificuldade de se arrumar um emprego formal aumenta e a oportunidade de conquistar cargos de liderança diminui. É o chamado ageísmo que significa, aversão, visão negativa e preconceito direcionado às pessoas mais velhas acreditando que apenas os mais jovens são capacitados.  Por conta disso, pessoas maduras têm enxergado o empreendedorismo como uma grande oportunidade de negócio para se manterem ativos e em cargos de liderança

Para as mulheres, empreender têm sido uma forma de libertação, mas com a pandemia, as responsabilidades do negócio e de casa se tornaram tarefas desafiadoras. Infelizmente, grande parcela das tarefas de casa ainda recai sobre a mulher, por isso, o empreendimento vem se tornando um desafio dobrado.

Entretanto, apesar disso, empreender depois dos 50 tem suas grandes vantagens:

  • Experiência: uma pessoa madura já vivenciou diversas situações em sua vida, seja pessoal ou profissional, dessa forma, todo seu conhecimento adquirido ao longo da vida é posto em prática em seu negócio, o que ajuda a lidar da melhor forma em determinadas situações.
  • Tomada de riscos: geralmente, pessoas maduras já possuem uma família com condições mais estruturadas, com filhos empregados e com uma situação financeira estável. Dessa forma, a tomada de riscos é maior, visto que a preocupação com a segurança financeira tende a ser menor.
  • Respeito: é perceptível que pessoas mais velhas tendem a ser mais respeitadas e ouvidas em assuntos de negócios, o que é um ponto positivo na hora de negociar.
  • Vontade de aprender: principalmente quando se é a primeira experiência em abrir seu próprio negócio, as pessoas maduras estão mais abertas a aprender, principalmente, com uso das tecnologias.

O mundo dos negócios tem oportunidade para todos, sem distinção de idades.

 


Dora Ramos - consultora contábil com mais de 30 anos de experiência. Empreendedora desde os 21 anos, é CEO da Fharos Contabilidade e Gestão Empresarial.


É possível atrair investimentos em plena pandemia?

 

Negócios se adaptam para sobreviver à pandemia e chamar a atenção de investidores

 

A pandemia da Covid-19 é uma catástrofe global não apenas na saúde, mas também na economia. O impacto da necessidade do isolamento social, do lockdown e de outras medidas restritivas atingiu brutalmente as finanças das empresas ao redor do mundo, em todos os setores. Mas algumas conseguiram adaptar seus negócios a tempo de impedir um dano financeiro maior e conseguiram, mais do que sobreviver, atrair novos investimentos. É o caso da Condofy, administradora de condomínios digital que, durante a pandemia, recebeu um novo aporte de 100 mil dólares (quase R$ 600 mil, na cotação atual). “Estávamos com o produto certo, no lugar e na hora certos”, resume Bruno Cordeiro, CEO da empresa.

Mas a startup está longe de ter conseguido o investimento por “sorte”. A visão progressista da Condofy, que oferece uma maneira mais ágil, rápida e tecnológica de fazer um trabalho reconhecidamente burocrático somada à experiência de seus fundadores e a capacidade de “pivotar” foram elementos-chave para que a empresa crescesse neste momento. “Quando fundamos a Condofy, em 2018, sabíamos que essa transformação digital era uma questão de tempo. Acabou sendo a pandemia que antecipou esse processo, mas nós, que trabalhamos há anos com isso, sabíamos que aconteceria e queríamos estar na linha de frente dessa mudança”, conta Cordeiro, que soma mais de 20 anos trabalhando na área de tecnologia, 9 deles na Accenture, empresa de tecnologia que desenvolve projetos de inteligência artificial, inovação, Data & Analytics, entre outros. 

Para o founder, sua experiência na área de tecnologia e a imagem que a empresa passa - de que está na direção certa e com o produto certo -, foi o que atraiu a atenção dos investidores. “Nosso produto resolve um problema que ninguém quer resolver, que é atualizar e otimizar a gestão de condomínios, por meio da união de moradores, síndicos e administradora”. Mesmo assim, a startup não deixou de inovar. Nesse momento em que todos “voltaram para casa”, com o confinamento e as restrições sociais, ficou evidente a falta de envolvimento entre os moradores e o condomínio. 

Por isso, a empresa se reformulou no começo deste ano para focar em uma nova meta: criar uma verdadeira comunidade entre vizinhos. “A digitalização foi tão intensa por conta da pandemia que as pessoas estão até um pouco saturadas. Por isso, percebemos que precisávamos nos humanizar e trazer para os moradores essa sensação de pertencer a uma comunidade. A tecnologia deve auxiliar e facilitar tarefas, mas o contato humano é insubstituível”, analisa Cordeiro. 

Para finalizar, o especialista dá algumas dicas para atrair investidores: “É importante ter um produto atualizado, estar antenado e se adaptar às mudanças o mais rápido possível. Construir uma operação saudável, que mostra como a base da empresa é sólida, mas que ela possui a capacidade de pivotar, são alguns dos pontos que podem mostrar aos investidores que a empresa é uma boa opção para receber aportes”. 

 



Bruno Cordeiro - Formado em Administração de Empresas e com MBA em Project Management pela FGV, Bruno Cordeiro é founder e CEO da Condofy, plataforma digital de gestão de condomínio criada após sua experiência como síndico do prédio onde morava. O executivo conta com passagens por empresas multinacionais de grande porte. Trabalha há mais de 20 anos no mercado de tecnologia em projetos de Inteligência Artificial, design de processos de negócios e análise avançada, entre outros. Bruno acredita na modernização da administração de condomínios através de um serviço digital que pode gerar praticidade, economia e sustentabilidade.

 

Ensino remoto não é homeschooling

Já faz um ano que a maior parte das crianças e jovens brasileiros precisou alterar completamente sua rotina de estudo para o ensino remoto. Depois de tanto tempo e de tantas experiências, há quem acredite que o país está preparado para encarar uma proposta que vem ganhando força junto a alguns setores da sociedade, o homeschooling. Nos últimos dias, um projeto que estava parado na Câmara dos Deputados desde dezembro de 2019 voltou a avançar na casa. Embora a vivência do ensino remoto seja uma realidade, é preciso cuidado para não confundi-la com a vivência real do homeschooling, modelo de ensino que ainda não é legalizado no Brasil e nem se assemelha ao que está sendo adotado devido à pandemia de Covid-19.

Ao longo do ano letivo de 2020, os estudantes brasileiros precisaram se manter longe das salas de aula como medida de redução da contaminação pelo novo coronavírus. No ensino remoto, as crianças recebem orientações, direcionamentos e atividades por meio de uma instituição de ensino. As realidades são muito diversas e, enquanto há estudantes que conseguiram acompanhar de forma satisfatória os conteúdos propostos, outros sequer têm a estrutura básica necessária para assistir às aulas ou realizar as atividades. Dificuldades no acesso à internet, falta de um ambiente adequado para fazer as tarefas e avaliações, acesso restrito até mesmo a uma alimentação saudável e de qualidade são, infelizmente, questões cotidianas para muitos jovens em todas as regiões do país.

A escola precisou se esforçar para manter essas crianças matriculadas e frequentando as aulas, ainda que on-line. Isso foi possível ora por meio de aulas síncronas, ora com vídeos - e com muito trabalho extra de professores e equipes pedagógicas que, muitas vezes, foram até a casa de muitos de seus alunos para entregar materiais, solucionar dúvidas, prestar apoio pedagógico e emocional. Mas a realidade do Brasil apresenta dificuldades nessa condução. Nosso país é continental e a pobreza tem se aprofundado durante a pandemia. Um enorme número de famílias depende de ajuda governamental para situações básicas de subsistência. Por mais que a escola trabalhe para minimizar os danos, muitas crianças foram prejudicadas por não terem condições mínimas de aprendizagem.

Mesmo sem formação adequada, tecnologias ou metodologias, as escolas tiveram que se reinventar e têm cumprido seu papel da melhor forma possível nesse novo contexto. No entanto, não se pode assegurar que o modelo atual funcione para todos e que garanta aprendizagem. E, se o modelo não é o ideal, também está longe de ser um simulacro do que seria o homeschooling

Essa modalidade de ensino se dá quando a família opta por fazer os estudos dos filhos inteiramente em casa. Para isso pode-se ou não contratar um professor particular, mas uma característica é certa: no homeschooling, não há, em nenhum nível, contato ou orientação de uma instituição de ensino. A realidade imposta pela pandemia de Covid-19 é muito diferente da que nossos estudantes conheciam até 2020, mas não serve como parâmetro para que seja comparada com o exercício do ensino pelos próprios pais ou por professores desvinculados de unidades de ensino tradicionais.

É justo reconhecer que, ao longo do último ano, o papel dos pais, responsáveis e familiares no processo de ensino e aprendizagem foi ampliado pelas circunstâncias. Principalmente no caso das crianças mais novas, esses familiares precisaram atuar como mediadoras dos conteúdos. A maior parte deles, entretanto, não foi preparada para desempenhar essa função. Além disso, todo o conteúdo vem sendo preparado e organizado de forma didática pelas escolas. 

Debater a possibilidade da adoção do homeschooling é uma prerrogativa das instâncias legislativas brasileiras, mas não se pode tomar como base argumentativa para isso uma experiência de ensino remoto que vem sendo improvisada para reduzir prejuízos, às custas de muito esforço por parte das equipes escolares. Os seres humanos são seres sociais e precisam da interação para que as competências socioemocionais se consolidem. Para além dos conteúdos e do conhecimento acadêmico, espera-se que a escola seja um espaço de convívio, inclusão social e respeito à diversidade.



Pedro Lino - supervisor pedagógico da área pública do Sistema de Ensino Aprende Brasil.


Pediatra dá dicas para volta às aulas com segurança

 É necessário que a família se prepare para o retorno das aulas presenciais nas redes pública e privada


Desde o final de janeiro uma briga entre as esferas políticas e jurídicas tem causado grande confusão, ora liberando o retorno das aulas nas redes pública e privada do estado de São Paulo, ora proibindo a reabertura. Agora escola é serviço essencial.

Dr. Paulo Telles, pediatra da SBP, destaca a importância de levar em consideração estudos e pesquisas sobre o efeito nocivo da falta das aulas presenciais nas crianças de todo o país. "Infelizmente, o assunto passou da esfera técnica de educação e saúde para a esfera política e jurídica", destaca.

O pediatra lembra que, novamente, o Brasil vai amargar no ranking do país com mais tempo de escolas fechadas e que o investimento na primeira infância não é a prioridade de algumas esferas da sociedade. Dr. Paulo Telles ressalta o respeito e a admiração à grande maioria dos professores que, durante a pandemia, trabalharam muito e desejam o retorno às escolas com segurança. "Vejo o governo de SP e seu secretário de educação, Rossieli, lutando pelas crianças, tentando melhorar a situação e se baseando sempre em ciência para ajustar seus protocolos, mas não podemos deixar que problemas de governos anteriores, que talvez nunca tenham priorizado os professores e a educação, sigam atrapalhando a volta às aulas em um momento tão delicado", critica Dr. Paulo.

Estudos comprovam que o isolamento social, falta de escola aumentou entre as crianças depressão, ansiedade, obesidade, auto flagelação, violência doméstica, acidentes domésticos, gravidez na adolescência, taxa de suicídio, taxa de evasão escolar, e sem dúvidas perdas no desenvolvimento infantil que jamais serão revertidas.

O risco de contaminação existe e não deve ser ignorado, em especial aos que dependem do transporte público, mas não é uma exclusividade dos professores. "Todos os que saem de casa desde o início da pandemia correm esse risco: médicos, enfermeiros, auxiliares, motoristas, cobradores, policiais, bombeiros, caixas de supermercado, comerciantes, farmacêuticos, enfim, todos os que lutam para sobreviver e manter seus empregos e a sociedade em movimento se expõem de alguma forma."

Dr. Paulo lembra que, desde setembro, cerca de 1,7 mil escolas do estado abriram sem que houvesse algum caso de transmissão nesses ambientes.

"O caminho é este: deixar escolas abertas e fechar, se preciso, os demais serviços. Com protocolos, a taxa de transmissão nas escolas é baixa. Vale lembrar que ao investir na educação estamos investindo no futuro do país, e estamos precisando muito disso, quem sabe assim mudamos nosso rumo como nação", diz Dr. Paulo, que indignado pergunta o que justifica manter escolas fechadas e outros inúmeros estabelecimentos abertos.


Dicas para um retorno seguro

Dr. Paulo Telles também deixa algumas dicas importantes para pais, professores e cuidadores sobre o retorno à vida escolar:

- Distanciamento físico - distanciamento de 1,5m entre as pessoas, com exceção das crianças da educação infantil.

- Higienização de ambiente e mãos: antes de cada turno, as salas devem ser bem limpas e, os banheiros, a cada 3h, além de na abertura e fechamento unidade.

- Lavar as mãos com água e sabão ou higienizar com álcool em gel 70% ao entrar e sair da escola, ao mudar-se espaço e antes das refeições.

- Incentivar a lavagem de mãos/ higienização com álcool em gel após tossir, espirrar, usar o banheiro, tocar em dinheiro, manusear alimentos, manusear lixo ou objetos de trabalho compartilhados, tocar em superfícies de uso comum, e antes e após a colocação da máscara.

- Barreiras: uso de máscaras para menores de 2 anos: não recomendadas. De 2 a 5 anos: incentivar o uso com supervisão constante e se a criança bem adaptada. 6 a 10 anos: incentivar o uso. Maiores de 10 anos e adultos: obrigatório!

- Bolhas: são os grupos de alunos, professores e funcionários que estarão em contato direto no mesmo ambiente, sempre e somente, entre si. Não permitir que pais ou familiares entrem na escola.

- Ventilação: manter salas, bibliotecas e demais espaços sempre abertos e bem ventilados.

- Monitoramento e identificação dos suspeitos. Orientar muito bem sobre sintomas suspeitos, quando afastar e investigar.

- Treinamento de toda equipe e funcionários da escola.

 



Dr. Paulo Nardy Telles - CRM 109556 @paulotelles - • Formado pela Faculdade de medicina do ABC • Residência médica em pediatra e neonatologia pela Faculdade de medicina da USP • Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP • Título de Especialista em Pediatria pela SBP • Título de Especialista em Neonatologia pela SBP • Atuou como Pediatra e Neonatologista no hospital israelita Albert Einstein 2008-2012 • 18 anos atuando em sua clínica particular de pediatria, puericultura.


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