Negócios se adaptam para sobreviver à pandemia e chamar a atenção de investidores
A pandemia da Covid-19 é uma catástrofe global não apenas
na saúde, mas também na economia. O impacto da necessidade do isolamento
social, do lockdown e de outras medidas restritivas atingiu brutalmente as
finanças das empresas ao redor do mundo, em todos os setores. Mas algumas
conseguiram adaptar seus negócios a tempo de impedir um dano financeiro maior e
conseguiram, mais do que sobreviver, atrair novos investimentos. É o caso da
Condofy, administradora de condomínios digital que, durante a pandemia, recebeu
um novo aporte de 100 mil dólares (quase R$ 600 mil, na cotação atual).
“Estávamos com o produto certo, no lugar e na hora certos”, resume Bruno
Cordeiro, CEO da empresa.
Mas a startup está longe de ter conseguido o investimento
por “sorte”. A visão progressista da Condofy, que oferece uma maneira mais
ágil, rápida e tecnológica de fazer um trabalho reconhecidamente burocrático
somada à experiência de seus fundadores e a capacidade de “pivotar” foram elementos-chave
para que a empresa crescesse neste momento. “Quando fundamos a Condofy, em
2018, sabíamos que essa transformação digital era uma questão de tempo. Acabou
sendo a pandemia que antecipou esse processo, mas nós, que trabalhamos há anos
com isso, sabíamos que aconteceria e queríamos estar na linha de frente dessa
mudança”, conta Cordeiro, que soma mais de 20 anos trabalhando na área de
tecnologia, 9 deles na Accenture, empresa de tecnologia que desenvolve projetos
de inteligência artificial, inovação, Data & Analytics, entre outros.
Para o founder, sua experiência na área de
tecnologia e a imagem que a empresa passa - de que está na direção certa e com
o produto certo -, foi o que atraiu a atenção dos investidores. “Nosso produto
resolve um problema que ninguém quer resolver, que é atualizar e otimizar a
gestão de condomínios, por meio da união de moradores, síndicos e
administradora”. Mesmo assim, a startup não deixou de inovar. Nesse momento em
que todos “voltaram para casa”, com o confinamento e as restrições sociais,
ficou evidente a falta de envolvimento entre os moradores e o condomínio.
Por isso, a empresa se reformulou no começo deste ano para
focar em uma nova meta: criar uma verdadeira comunidade entre vizinhos. “A
digitalização foi tão intensa por conta da pandemia que as pessoas estão até um
pouco saturadas. Por isso, percebemos que precisávamos nos humanizar e trazer
para os moradores essa sensação de pertencer a uma comunidade. A tecnologia
deve auxiliar e facilitar tarefas, mas o contato humano é insubstituível”,
analisa Cordeiro.
Para finalizar, o especialista dá algumas dicas para
atrair investidores: “É importante ter um produto atualizado, estar antenado e
se adaptar às mudanças o mais rápido possível. Construir uma operação saudável,
que mostra como a base da empresa é sólida, mas que ela possui a capacidade de
pivotar, são alguns dos pontos que podem mostrar aos investidores que a empresa
é uma boa opção para receber aportes”.
Bruno Cordeiro - Formado em Administração de Empresas e com MBA em Project
Management pela FGV, Bruno Cordeiro é founder e CEO da Condofy, plataforma
digital de gestão de condomínio criada após sua experiência como síndico do
prédio onde morava. O executivo conta com passagens por empresas multinacionais
de grande porte. Trabalha há mais de 20 anos no mercado de tecnologia em
projetos de Inteligência Artificial, design de processos de negócios e análise
avançada, entre outros. Bruno acredita na modernização da administração de
condomínios através de um serviço digital que pode gerar praticidade, economia
e sustentabilidade.
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