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No mês de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher, e não apenas nesse mês, mas em todos os outros, devemos enxergar a importância da participação das mulheres na sociedade em todos os seus aspectos, inclusive no ramo empresarial.
Nós mostramos nossa força e garra nas mais diversas
áreas e adversidades, mas infelizmente ainda existe muita subestimação em
relação a nós, ainda mais quando o ponto também é a nossa maturidade.
No entanto, nadando na maré contraria ao
preconceito, o cenário mostra que estamos, todos os dias, tomando o próprio
rumo de nossas carreiras e investindo no mundo do empreendedorismo,
principalmente, as mulheres com mais de 50 anos, que assim como eu, estão à
frente de suas empresas. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE, cerca de 9,3 milhões de
mulheres estão à frente de negócio no Brasil e segundo dados da pesquisa do
Global Entrepreneurship Monitor realizada no Brasil pelo Sebrae, em 2017 o
número de empreendedores entre 45 e 54 anos eram de 10,3 milhões e entre 55 e
64 anos eram de 6,1 milhões.
O empreendedorismo feminino 50+ vem se destacando
por conta de diversos fatores como: realizar o objetivo de ser sua própria
chefe; ter mais flexibilidade no trabalho; mudar de carreira e arriscar em uma
nova jornada; seguir um sonho antigo ou por ter sido demitida em algum momento
da vida e viu no empreendedorismo a oportunidade de fazer sua própria renda, e
com a crise econômica, as mulheres vem buscando cada vez mais uma oportunidade
de abrir o seu próprio negócio.
É fato, infelizmente, mas conforme a idade avança,
a dificuldade de se arrumar um emprego formal aumenta e a oportunidade de conquistar
cargos de liderança diminui. É o chamado ageísmo que significa, aversão,
visão negativa e preconceito direcionado às pessoas mais velhas acreditando que
apenas os mais jovens são capacitados. Por conta disso, pessoas maduras
têm enxergado o empreendedorismo como uma grande oportunidade de negócio para
se manterem ativos e em cargos de liderança
Para as mulheres, empreender têm sido uma forma de
libertação, mas com a pandemia, as responsabilidades do negócio e de casa se
tornaram tarefas desafiadoras. Infelizmente, grande parcela das tarefas de casa
ainda recai sobre a mulher, por isso, o empreendimento vem se tornando um
desafio dobrado.
Entretanto, apesar disso, empreender depois dos 50
tem suas grandes vantagens:
- Experiência: uma pessoa madura já
vivenciou diversas situações em sua vida, seja pessoal ou profissional,
dessa forma, todo seu conhecimento adquirido ao longo da vida é posto em
prática em seu negócio, o que ajuda a lidar da melhor forma em
determinadas situações.
- Tomada
de riscos:
geralmente, pessoas maduras já possuem uma família com condições mais
estruturadas, com filhos empregados e com uma situação financeira estável.
Dessa forma, a tomada de riscos é maior, visto que a preocupação com a
segurança financeira tende a ser menor.
- Respeito: é perceptível que pessoas
mais velhas tendem a ser mais respeitadas e ouvidas em assuntos de
negócios, o que é um ponto positivo na hora de negociar.
- Vontade
de aprender:
principalmente quando se é a primeira experiência em abrir seu próprio
negócio, as pessoas maduras estão mais abertas a aprender, principalmente,
com uso das tecnologias.
O mundo dos negócios tem oportunidade para todos,
sem distinção de idades.
Dora Ramos - consultora
contábil com mais de 30 anos de experiência. Empreendedora desde os 21 anos, é
CEO da Fharos Contabilidade e Gestão Empresarial.
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