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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Em homenagem ao dia da gentileza, o Movimento Ser gentil fomenta atitudes positivas na sociedade

A iniciativa @sergentilsempre conta com o apoio de empresas e grandes artistas brasileiros, como Toquinho, Bráulio Bessa e Angélica

 

Comemorado anualmente no dia 13 de novembro, o Dia Mundial da Gentileza surgiu oficialmente em 2000, com a intenção de inspirar pessoas a criar um mundo mais gentil. E neste ano, a data ganha um Movimento especial que honra as tradições, promovendo intervenções de empatia por todo Brasil. “Ser gentil é ser semente que faz o bem florescer”. O verso do poeta Bráulio Bessa traduz a essência do Movimento Ser gentil, que surge com a proposta de estimular as pessoas a incluírem as práticas empáticas em suas rotinas. O objetivo principal da iniciativa é propagar otimismo e boas ações coletivas, na internet, por meio do site Ser gentil e do Instagram @sergentilsempre, além da divulgação de peças gráficas para que a causa seja propagada. A ideia surgiu a partir da necessidade de estimular a gentileza e gerar esperança nesse contexto de pandemia, considerando que, para Glauber Gentil — idealizador do Movimento —, conhecer e respeitar as pessoas pode ser a chave para o sucesso e a tolerância. 

A iniciativa teve sua estreia marcada com um bate-papo entre a apresentadora Angélica, o cantor Toquinho e o poeta Bráulio Bessa, disponível no Youtube. Na conversa, Angélica entrevista os artistas que, juntos, fizeram o “manifesto do Ser gentil”, um poema cantado que expressa a importância do carinho para com o próximo e como colocá-lo em prática. Os versos, compostos exclusivamente para o Movimento, motivam a sociedade a dedicar um pouco de tempo para disseminar o bem, desde atitudes simples do cotidiano até práticas de doações por meio do site Eu Apoio e voluntariado. 

O site visa conectar quem deseja praticar a gentileza com mais frequência a instituições e projetos de diversas causas que precisam de ajuda. As atividades podem ser acompanhadas na plataforma https://sergentil.com.br/ e no perfil de Instagram @sergentilsempre. O Movimento já conta com o apoio de 30 empresas parceiras, como o Grupo Boticário, Grupo Bittencourt, Visagio, Imaginarium, Casa do Construtor, Grupo Sá Cavalcante, RecZero Malls & Retail, Praxis Business, Francap, GS&MD, Family Advisory, JCPM, BTR Varese, Associação Brasileira de Franchising, Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, Grupo MD, Lumo, Scaffold Education, PG Prime, Turn On The Light, Movimento Franchising Consciente, Movimento União Rio, GreenGo e Um Cartão.


Inversão de papéis: quando os pais viram os filhos

 O cenário é cíclico: em algum momento da vida, filhos passarão a cuidar dos pais 
Freepik

Especialista em gerontologia lista os sinais que mostram quando os idosos não podem mais continuar sozinhos


Com a idade avançada, é essencial que a família – ou quem for responsável – tenha um olhar mais atento aos idosos. A partir daí, levanta-se o questionamento: até quando eles podem viver sozinhos? Apesar da resposta dessa pergunta não ser exata, toda atenção é pouca, mesmo que a distância.

“É normal achar que está tudo certo porque o idoso está lúcido, toma os remédios diariamente e passa por consultas”, explica Marcella dos Santos, enfermeira chefe do Grupo DG Sênior, especializada em gerontologia. “A inaptidão física é mais simples de ser percebida e aceita do que a diminuição da cognição. Por isso, alguns sinais podem ajudar as famílias a ter esse acompanhamento”, ressalta.

Os pontos abaixo mostram a importância de buscar uma orientação médica a fim de obter um tratamento adequado:


1- Acidentes recentes: ao envelhecer, o risco de quedas aumenta e é crucial dar atenção a isso, mesmo que o idoso diga que não foi nada. “Eles costumam ter um preconceito com o uso de bengala, mas é um apoio necessário para evitar quedas”, explica Santos.


2- Dificuldade durante as atividades cotidianas: a especialista ressalta que se o idoso começa a agir de forma diferente do que antes era habitual, o alarme vermelho pode estar tocando. “Dificuldade no autocuidado, alimentação inadequada, isolamento e apatia, dificuldade com as finanças, são sinais que apontam algum problema”, alerta.


3- Objetos quebrados e coisas queimadas: sinais que indicam esquecimento e falta de atenção devem ser bem observados, como por exemplo, bocas do fogão escuras, fundos de panela queimados, itens quebrados e acúmulo de papéis. A especialista explica que as demências são doenças neurodegenerativas que geram uma decadência nas funções cognitivas, afetando o comportamento, personalidade e memória.


4- Ganho ou perda de peso: para manter o controle do peso do idoso, verifique os alimentos presentes na geladeira. Confira se não há nada vencido ou estragado, se os produtos são saudáveis para a alimentação ou se não há uma quantidade exacerbada de um determinado mantimento.


Usuários do happn montam o perfil do Crush perfeito

Por meio de uma enquete divertida no Instagram da plataforma, usuários e seguidores da marca puderam escolher características e atitudes que mais os atraem em outros perfis

 

Com óculos escuros ou segurando o pet, foto com os amigos ou com a família, criar um perfil atraente nos aplicativos de paquera é sempre um momento que exige concentração. Afinal, queremos que os outros usuários curtam nosso perfil e deem Crush com a gente, não é mesmo? Então, para ajudar quem quer criar uma conta interessante (ou dar uma atualizada em uma já existente), com mais chances de ganhar likes, o happn foi ouvir dos brasileiros, usuários e não usuários do app, como é o perfil que mais chama a atenção.

As melhores fotos: apesar de todo mundo achar os pets do Crush a coisa mais fofa, perfis que tenham fotos com gatinhos ou cachorros, por exemplo, não agradam 61% das pessoas. Já ter algumas fotos com óculos escuros não são um problema para 57% das pessoas, mas para 43% é melhor ter nenhuma foto com o acessório. 



A descrição do perfil: o que você escreve na descrição do perfil também é um fator que contribui para ganhar Crushes, afinal, é quando você pode vender melhor o seu peixe. Descrições que usam emojis juntamente com o texto atraem 56% dos brasileiros. 



O flerte: para 80% do público, o flerte começa de forma cautelosa, com um "e aí, beleza?". Mas, vamos combinar: tem um leque de maneiras mais criativas (e também respeitosas) de iniciar o approach com o/a Crush, não é? Que tal puxar papo comentando sobre uma foto específica ou algo na descrição do perfil que chamou a sua atenção? Isso mostra que você está atento aos detalhes. Além disso, trocar uma ideia com o/a pretendente por mensagem de voz é mais interessante para 75%, enquanto 25% prefere uma chamada de vídeo. 



O date: ficou a fim de conhecer o/a Crush? Rolou aquela conexão no papo e quer convidar ele/ela para um date presencial? Um encontro em um bar ou restaurante é preferido por 58% do público. Outros ambientes, como cinema ou parque, é o preferido por 42%.


O dilema da falsa consciência: Como as redes sociais contribuem para isso?

É fácil compreender o motivo pelo qual muitas pessoas estão comentando o documentário "O Dilema das redes" da Netflix, porque, de fato, é um impasse que ocorre nas redes sociais com fortes implicações no âmbito social e econômico. Todos reconhecem isso, já que a internet e seus desdobramento trouxeram muitos aspectos positivos, desde conexões entre pessoas afastadas, novas empresas e negócios, entretenimento, educação, fomento aos relacionamentos interpessoais, pesquisas coletivas, ações colaborativas em larga escala e até problemas de saúde sendo resolvidos em curto prazo. Os benefícios são inúmeros e esse lado da moeda é ótimo.

Mas, o que nem todos percebem são os efeitos colaterais nocivos e nada ingênuos desse suposto avanço tecnológico. Construímos incessantemente uma mentalidade que mostra a época em que vivemos. Como seremos retratados no futuro? Talvez como zumbis buscando aprovação constante, fingindo uma pose, uma vida, um corpo para uma foto a ser compartilhada, curtida e invejada? Estamos enfeitiçados, viciados e alienados.

Vivemos a suposição de avanço e liberdade enquanto somos manipulados psíquica e emocionalmente e, por isso, valem os questionamentos a seguir: realmente estamos livres quando formamos filas para comprar algum produto? Genuinamente somos autônomos para reproduzirmos pensamentos e comportamentos quando não fizemos uma profunda reflexão? De fato, temos conhecimento quando não abrimos um livro e lemos ou buscamos as fontes e as antíteses para formar nossa opinião?

A tecnologia sedutora e manipuladora descobriu o poder do inconsciente, bem que Freud nos avisou sobre isso há mais de 100 anos atrás. O inconsciente é uma parte da nossa mente que só dominamos, em certo grau, quando analisamos a motivação para determinados comportamentos. Podemos sim ter acesso ao inconsciente, mas isso exige trabalho, esforço, autoconhecimento e autorresponsabilidade. Assumir nossas falhas, mas também nossa essência, nosso propósito de vida e nosso desejo são tarefas de uma travessia do inconsciente. Ou cada um faz isso, ou isso é feito para cada um. A tecnologia tem assumido esse lugar, o lugar de desvendar - manipular - os desejos, as intenções, os gostos de forma altamente eficaz, pois, quando escolhemos uma viagem, um objeto, uma casa, um celular, realmente estamos escolhendo ou isso nos é "sugerido" o tempo todo ao dar um scroll na tela do smartphone ou computador?

Parece que não, parece que nossa "chupeta digital" dita inclusive o que perceber, como sentir, como reagir e até o que argumentar. E se você discordar daquilo que está escrito aqui, irá rapidamente encontrar centenas de comunidades que também vão criticar, e aí você se fecha outra vez em sua bolha onde será compreendido e apoiado, pois ninguém mais consegue suportar frustrações, solidão e pensamentos críticos.

Os personagens do documentário dizem que sabiam o que estavam fazendo, mas mesmo assim fizeram. Isso pode ser chamado de razão cínica, um conceito de Slavoj Zizek, filósofo esloveno, que mostra como a cultura vigente é pautada pelo cinismo: "Sabemos que está errado, mas mesmo assim fazemos". Temos alianças sociais que reproduzem isso. Quando alguém posta o famoso "#TBT" de um final de semana maravilhoso com fotos totalmente editadas e, talvez, instantes antes estava discutindo, ou triste, mas mesmo assim parou para tirar a foto, não é a reprodução de um cinismo? Por outro lado, mesmo imaginando que a felicidade daquela foto pode não ser real, não deixamos de sentir que deveríamos ter uma mesma vida.

Simulamos um mundo, uma realidade paralela, mas em nosso psiquismo não sentimos essa diferença. Então é por isso que jovens se matam por não serem aceitos ou por se sentirem impotentes. Por isso que passamos o jantar com nossos celulares enquanto outras pessoas preenchem o cenário da casa num vazio de sentimento. Por isso nos escondemos nos banheiros para ter mais tempo para ver um mundo correr virtualmente. Já somos zumbis virtuais em busca de um mundo utópico com a ilusão de que temos uma consciência ampliada. Nunca fomos tão cegos acreditando que percebemos uma realidade aumentada, assim como no conto de Herbert George Wells, escrito em 1899, "Em terra de cego" quem tem um olho é o estranho, o esquisito, o rechaçado. Resta saber quem de nós é cego e quem enxerga.

Se por um lado o documentário mostra que a guerra do "controle remoto" está ameaçando a democracia e desestabilizando o tecido social, por outro lado podemos combater esse "Frankenstein Digital" subvertendo a demanda e alterando o rumo.

Mudanças são possíveis e se analisarmos o inconsciente da rede que é formado por cada um de nós podemos acelerar o bem-estar coletivo. Se nos conectarmos com a parte boa da web - não a deep - para deixarmos de participar do "rebanho ego-gregário" podemos construir uma sociedade que encontre a cura para a covid-19 e para a dismorfia, a distorção e o vício de uma vida ilusória que nos é imposta. Nosso dilema não é usar ou não a tecnologia - não temos essa escolha - mas ao utilizar, que possamos nos questionar qual benefício verdadeiro estamos tendo quando doamos nossa vida e nosso tempo para ela.

 


Márcia Tolotti - psicóloga e psicanalista, consultora financeira e especialista em educação financeira a nível pessoal e corporativo. Já publicou sete livros sobre autoconhecimento e mercado financeiro, como ‘O Desafio da Independência - Financeira e Afetiva’, que já teve mais de 50 mil exemplares vendidos, e ‘As Armadilhas do Consumo’. https://marciatolotti.com.br/


A hora do perdão

 Perdoar não é esquecer, mas assumir que a vida deve seguir em frente apesar de aquilo ter ocorrido. Somente com a constante disposição de mudar de ideia e recomeçar é que podemos construir algo novo, diz a pensadora Hannah Arendt. Perdoar é um agir de novo e essa ação libera o ofensor - embora não o inocente - mas, principalmente, libera o ofendido, permitindo que ele re-nove sua trajetória e se permita projetar (lançar uma ideia para frente e caminhar em busca de sua realização) novamente. O perdão é a saída para que deixemos de lado a busca por vingança e que é exatamente o seu oposto. Se o perdão re-nova, a vingança re-ativa o passado, jogando-nos lá onde corremos o risco de permanecer em um loop infinito. A vingança é uma espécie de narcisismo às avessas, onde o fascínio dá lugar ao sofrimento, mas a prisão que impede que outros horizontes possam ser desvelados é a mesma. Vingar não supera o que passou, apenas coloca-nos de volta no lugar da ofensa, diante do ofensor, na ilusão de que a sua destruição - de preferência da pior maneira possível - implique também o desaparecimento do ocorrido. Mas o resultado serão duas histórias terríveis em vez de uma, irmãs siamesas inconsoláveis.

A punição é diferente da vingança e nunca pode ser executada pelo ofendido. A punição é como uma reforma da casa: não faz com que a casa volte a ser igual como antes, mas permite que possamos voltar a habitá-la. Só é possível punir o que se pode perdoar. Há consequências de ações que são imperdoáveis e, nesse caso, a punição é incapaz de re-ativar a vida, tornar a casa habitável, pois ela já foi tomada pelos fantasmas. Esses momentos nos quais nos deparamos com o mal radical - como descreve Kant - são o maior perigo da vida.

Normalmente o que nos permite perdoar é o respeito, que é a capacidade que desenvolvemos de olhar ao redor, olhar de novo. Como nunca somos iguais o tempo todo e cada dia colocamo-nos em contato com pessoas que alargam nossa visão de mundo, o tempo faz com que observemos os fatos do passado de maneira diferente e, em algum momento, o peso da ofensa diminui e o fardo pode ser levado no bolso sem maiores transtornos. É a hora de perdoar.

Isso nos leva a uma possibilidade pedagógica importante: a de nos educar para o Perdão. O caminho -  como é também o da Ação - é o relacionamento com os outros, o aprendizado com a pluralidade que nos cerca. Quanto mais nos isolamos, quanto mais vivemos em uma bolha, receosos e ressentidos, mantemos a imunidade baixa para as ofensas e tornamo-nos incapacitados para enfrentá-las, sofrendo e odiando em proporções catastróficas, para nós mesmos e para o mundo, que nunca poderá ser um lugar agradável para se viver. 

E chegamos onde estamos: sonhando com um outro lugar, sufocados com nosso presente, agarrados a uma nostalgia de um tempo que nunca ocorreu mas que é o único no qual acreditamos, com as costas curvadas pelo peso das histórias vividas e nunca deixadas pelo caminho, fazendo-nos sofrer e alimentando nosso desejo insano de vingança, como uma droga que ilude a mente e destrói o corpo, desfigurando a nossa humanidade.

 


Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo. 
danielmedeiros.articulista@gmail.com


O dilema da falsa consciência: Como as redes sociais contribuem para isso?

É fácil compreender o motivo pelo qual muitas pessoas estão comentando o documentário "O Dilema das redes" da Netflix, porque, de fato, é um impasse que ocorre nas redes sociais com fortes implicações no âmbito social e econômico. Todos reconhecem isso, já que a internet e seus desdobramento trouxeram muitos aspectos positivos, desde conexões entre pessoas afastadas, novas empresas e negócios, entretenimento, educação, fomento aos relacionamentos interpessoais, pesquisas coletivas, ações colaborativas em larga escala e até problemas de saúde sendo resolvidos em curto prazo. Os benefícios são inúmeros e esse lado da moeda é ótimo.

Mas, o que nem todos percebem são os efeitos colaterais nocivos e nada ingênuos desse suposto avanço tecnológico. Construímos incessantemente uma mentalidade que mostra a época em que vivemos. Como seremos retratados no futuro? Talvez como zumbis buscando aprovação constante, fingindo uma pose, uma vida, um corpo para uma foto a ser compartilhada, curtida e invejada? Estamos enfeitiçados, viciados e alienados.

Vivemos a suposição de avanço e liberdade enquanto somos manipulados psíquica e emocionalmente e, por isso, valem os questionamentos a seguir: realmente estamos livres quando formamos filas para comprar algum produto? Genuinamente somos autônomos para reproduzirmos pensamentos e comportamentos quando não fizemos uma profunda reflexão? De fato, temos conhecimento quando não abrimos um livro e lemos ou buscamos as fontes e as antíteses para formar nossa opinião?

A tecnologia sedutora e manipuladora descobriu o poder do inconsciente, bem que Freud nos avisou sobre isso há mais de 100 anos atrás. O inconsciente é uma parte da nossa mente que só dominamos, em certo grau, quando analisamos a motivação para determinados comportamentos. Podemos sim ter acesso ao inconsciente, mas isso exige trabalho, esforço, autoconhecimento e autorresponsabilidade. Assumir nossas falhas, mas também nossa essência, nosso propósito de vida e nosso desejo são tarefas de uma travessia do inconsciente. Ou cada um faz isso, ou isso é feito para cada um. A tecnologia tem assumido esse lugar, o lugar de desvendar - manipular - os desejos, as intenções, os gostos de forma altamente eficaz, pois, quando escolhemos uma viagem, um objeto, uma casa, um celular, realmente estamos escolhendo ou isso nos é "sugerido" o tempo todo ao dar um scroll na tela do smartphone ou computador?

Parece que não, parece que nossa "chupeta digital" dita inclusive o que perceber, como sentir, como reagir e até o que argumentar. E se você discordar daquilo que está escrito aqui, irá rapidamente encontrar centenas de comunidades que também vão criticar, e aí você se fecha outra vez em sua bolha onde será compreendido e apoiado, pois ninguém mais consegue suportar frustrações, solidão e pensamentos críticos.

Os personagens do documentário dizem que sabiam o que estavam fazendo, mas mesmo assim fizeram. Isso pode ser chamado de razão cínica, um conceito de Slavoj Zizek, filósofo esloveno, que mostra como a cultura vigente é pautada pelo cinismo: "Sabemos que está errado, mas mesmo assim fazemos". Temos alianças sociais que reproduzem isso. Quando alguém posta o famoso "#TBT" de um final de semana maravilhoso com fotos totalmente editadas e, talvez, instantes antes estava discutindo, ou triste, mas mesmo assim parou para tirar a foto, não é a reprodução de um cinismo? Por outro lado, mesmo imaginando que a felicidade daquela foto pode não ser real, não deixamos de sentir que deveríamos ter uma mesma vida.

Simulamos um mundo, uma realidade paralela, mas em nosso psiquismo não sentimos essa diferença. Então é por isso que jovens se matam por não serem aceitos ou por se sentirem impotentes. Por isso que passamos o jantar com nossos celulares enquanto outras pessoas preenchem o cenário da casa num vazio de sentimento. Por isso nos escondemos nos banheiros para ter mais tempo para ver um mundo correr virtualmente. Já somos zumbis virtuais em busca de um mundo utópico com a ilusão de que temos uma consciência ampliada. Nunca fomos tão cegos acreditando que percebemos uma realidade aumentada, assim como no conto de Herbert George Wells, escrito em 1899, "Em terra de cego" quem tem um olho é o estranho, o esquisito, o rechaçado. Resta saber quem de nós é cego e quem enxerga.

Se por um lado o documentário mostra que a guerra do "controle remoto" está ameaçando a democracia e desestabilizando o tecido social, por outro lado podemos combater esse "Frankenstein Digital" subvertendo a demanda e alterando o rumo.

Mudanças são possíveis e se analisarmos o inconsciente da rede que é formado por cada um de nós podemos acelerar o bem-estar coletivo. Se nos conectarmos com a parte boa da web - não a deep - para deixarmos de participar do "rebanho ego-gregário" podemos construir uma sociedade que encontre a cura para a covid-19 e para a dismorfia, a distorção e o vício de uma vida ilusória que nos é imposta. Nosso dilema não é usar ou não a tecnologia - não temos essa escolha - mas ao utilizar, que possamos nos questionar qual benefício verdadeiro estamos tendo quando doamos nossa vida e nosso tempo para ela.

 


Márcia Tolotti - psicóloga e psicanalista, consultora financeira e especialista em educação financeira a nível pessoal e corporativo. Já publicou sete livros sobre autoconhecimento e mercado financeiro, como ‘O Desafio da Independência - Financeira e Afetiva’, que já teve mais de 50 mil exemplares vendidos, e ‘As Armadilhas do Consumo’. https://marciatolotti.com.br/


Cuidado vigilante - Intervenção psicossocial com famílias em situação de maus-tratos e violência sexual

Números alarmantes acompanham o noticiário de vítimas de abuso infantil e ainda há que se considerar o alto índice de subnotificação. Neste livro, a psicóloga Marlene Magnabosco Marra apresenta uma proposta de enfrentamento do problema com base em conceitos internacionais para prevenir as ocorrências e reverter o quadro.


Estatísticas de 2018 dão conta de que, a cada hora, cerca de três crianças ou adolescentes são abusados sexualmente no Brasil; os maus-tratos notificados, por sua vez, ultrapassaram 85 mil casos em 2017. Diante desses números, há ainda que se considerar que, quando uma criança ou um adolescente é vítima de abuso, os reflexos vêm nas diversas formas de desajustes na família, interferindo no desenvolvimento e nas relações. A indignação provocada faz pensar: de que maneira agir para identificar os possíveis casos e se antecipar a eles?

Depois de se dedicar à pesquisa do tema, lidando com famílias em situação de vulnerabilidade há três décadas, a psicóloga Marlene Magnabosco Marra adaptou uma metodologia internacional às características brasileiras para definir um protocolo de enfrentamento aos profissionais que atuam na área. O resultado está no livro Cuidado vigilante – Intervenção psicossocial com famílias em situação de maus-tratos e violência sexual (Editora Ágora, R$ 39,90, 120p.).

A base do trabalho é o cuidado vigilante (CV), abordagem criada pelo psicólogo Haim Omer e adotada com sucesso em vários países. Além do CV, a autora recorre a pressupostos teóricos e metodológicos como resistência não violenta, pensamento sistêmico e construcionismo social. Para facilitar a aplicação do protocolo, utiliza técnicas do psicodrama, por exemplo o duplo, e o recurso do ego auxiliar. O resultado prático das intervenções pode ser acompanhado em relatos no livro, subsídio fundamental para profissionais e estudantes das áreas de assistência social, saúde, educação e psicologia, assim como para equipes de Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), programas de prefeituras e escolas, entre outras.

No processo de redobrar a atenção ao menor sinal e de aprimorar os tratamentos, Marlene Marra destaca a importância da convivência, da valorização do diálogo e de cuidados ao promover a verbalização do sofrimento como procedimentos eficazes. “Não adianta tratar a criança, se a família não for tratada. Para tanto, toda a rede de especialistas precisa combinar técnicas em benefício da recuperação da criança e da família”, afirma a autora.

Nesse contexto, Marlene Marra propõe ações que envolvam os agentes para reverter os impactos desses abusos, como rodas de conversas, workshops e outras abordagens de aproximação. Se, de início, as famílias chegam ressabiadas e temerosas, aos poucos o entendimento se instala e o medo dá lugar ao diálogo e à ressignificação de histórias. Utilizando os conceitos aprendidos durante os atendimentos, pais, filhos, avós e apoiadores constroem uma nova relação, baseada no cuidado, na presença e na esperança.


A autora

Marlene Magnabosco Marra é psicóloga. Doutora em Psicologia. Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília (UnB), com doutorado‑sanduiche na Universidade de Tel Aviv (Israel), é professora e pesquisadora associada plena da UnB. Psicoterapeuta de casal e família pela Associação Brasileira de Terapia Familiar (Abratef), é psicodramatista, professora e supervisora pela Federação Brasileira de Psicodrama (Febrap). Coeditora da Revista Brasileira de Psicodrama, é autora de Conversas criativas e abuso sexual (Ágora, 2016) e coautora de 11 livros, publicados pela mesma editora.


Cuidado vigilante – Intervenção psicossocial com famílias em situação de maus-tratos e violência sexual

Autora: Marlene Magnabosco Marra

Editora: Editora Ágora

Preço: R$ 39,90 (E-book R$ 25,10)

Páginas: 120 (14 x 21 cm)

ISBN: 978-85-7183-275-6

Atendimento ao consumidor: (11) 3865-9890

Site: www.editoraagora.com.br


Descoberta precoce do câncer de próstata pode evitar tratamento agressivo

Novembro azul chama a atenção para a saúde do homem 
Crédito: Pixabay


Novembro Azul ressalta importância dos cuidados com saúde dos homens


Mais de 65.800 casos e 15.500 mortes de brasileiros por câncer de próstata. Essa é a previsão que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) faz para 2020. Números que chamam ainda mais atenção quando se sabe que a maioria das mortes de homens poderia ser evitada com os exames para detecção da doença. Por isso, a campanha Novembro Azul foi criada para lembrar os homens da importância do exame anual.

“Existem muitos tumores de próstata que não são tão agressivos e quando detectados precocemente podem ser acompanhados no que chamamos de vigilância ativa. Em muitos casos o tumor não chega a se desenvolver e se isso acontecer, a gente pode optar em realizar a cirurgia”, explica o urologista do Hospital Marcelino Champagnat, Anibal Branco. 

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens façam o exame preventivo a partir dos 50 anos e homens da raça negra ou que tenham histórico familiar com parentesco em primeiro grau, devem começar os cuidados aos 45 anos.

Ubiraci Rodrigues, 56 anos, descobriu o câncer há cinco anos nos exames de rotina que faz religiosamente. Como de costume, fez o PSA (Prostate-Specific Antigens), ecografia da região e o exame do toque retal. Nos dois primeiros não foi constatada nenhuma alteração, mas, durante o toque, o médico descobriu um pequeno tumor. “É uma descoberta muito complexa. A impressão que tive quando veio o diagnóstico do câncer foi de morte iminente”, conta. 

Mas, como foi diagnosticado precocemente e o tumor não é do tipo mais agressivo, Ubiraci não precisou de cirurgia ou nenhum outro tratamento invasivo. Ele faz o acompanhamento semestral com o urologista para monitorar se teve alguma alteração. “Vivo há cinco anos com o tumor, só acompanhando. O médico me fala que provavelmente não vai ser o câncer de próstata que vai me matar, já que está estável por todo este tempo”, ressalta o paciente. 


Sintomas

O câncer de próstata não apresenta nenhum sintoma nas fases iniciais e esse é o grande risco que os homens que não realizam os exames anualmente com o urologista correm. Normalmente quando aparece algum sintoma, já aconteceu a metástase para o osso e a partir desse momento não tem mais cura.

“Quando a doença é descoberta em um estágio mais avançado, o tratamento acaba sendo muito mais agressivo, comprometendo a produção de testosterona e elevando os riscos de doenças cardíacas, impotência sexual e distúrbios cognitivos”, diz o urologista.

 



Hospital Marcelino Champagnat

 

Novembro Azul: Campanha de Cuidado com o Diabetes

Conheça os riscos da Diabetes Gestacional para a mãe e bebê


Imagem do google
A diabetes gestacional ocorre quando há aumento do nível de açúcar no sangue da gestante. Esse distúrbio é uma consequência das alterações hormonais da gravidez. Para permitir o desenvolvimento do bebê, a placenta produz hormônios que podem interferir na ação da insulina.

Quando não acompanhada corretamente, a diabetes gestacional pode trazer consequências para a mãe e para o bebê. “Ela pode causar peso excessivo para o bebê que, tende a ficar mais frágil após o nascimento e a ter crises de hipoglicemia devido à alta produção de insulina”, comenta Dr. Domingos Mantelli.

O distúrbio pode ainda ocasionar problemas respiratórios no bebê. Para a mãe, há mais riscos de parto prematuro, rompimento antecipado da bolsa, pré-eclâmpsia, morte súbita e maior possibilidade de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

Além de parto prematuro, o bebê também corre o risco de nascer muito grande (o que é chamado de macrossomia fetal e pode causar hipoglicemia após o nascimento). “Já a mãe, caso a doença não seja monitorada, pode desenvolver hipertensão e eclampsia, assim como diabetes depois da gravidez,” acrescenta o obstetra

Na maioria das vezes, a diabetes gestacional é diagnosticada por volta da 24ª semana de gestação. Mas há casos registrados no final da gravidez, sendo estes um pouco mais preocupantes. “Geralmente as chances de complicações são maiores conforme a gravidez avança”, comenta o obstetra.

Segundo a Dra. Erica Mantelli, o diagnóstico de diabetes gestacional é confirmado após a realização de dois exames de sangue. Um nos primeiros meses de gestação e outro entre a 24ª e 28ª semana de gestação. Mesmo quando o exame inicial dá negativo, o seguinte deve ser bem mais detalhado. A gestante deve ter o sangue colhido em jejum e após, tomar um líquido doce. 

“O teste é repetido após 60 e 120 minutos. O nível de glicose não deve ultrapassar os 180 mg/dl. Duas horas depois a mãe passa por um novo exame que deve chegar ao máximo a 155 mg/dl,” acrescenta a ginecologista 

Os sintomas de diabetes gestacional são raros, mas podem surgir: sede em excesso, aumento da micção, aumento da fome e visão turva. Esses são os sinais de alerta, mas como eles nem sempre aparecem, reforça-se a importância da realização de exames periódicos durante a gestação.

A prevenção é sempre o melhor caminho. Não apenas para evitar a diabetes gestacional, mas também outras complicações que podem ocorrer durante a gestação. Domingos Mantelli alerta que uma das formas mais eficientes de se prevenir a doença é iniciar o pré-natal assim que a gravidez for confirmada. Dessa forma, o médico pode dar um acompanhamento mais adequado à paciente.

O tratamento pode ser feito de duas maneiras: muitas vezes, adotar uma alimentação equilibrada é o suficiente para manter os níveis de açúcar no sangue normais. Se não adiantar, o obstetra pode fazer o controle também com medicamentos específicos

 

 


Dr. Domingos Mantelli - ginecologista e obstetra - CRM-SP 107.997 | RQE 36618 - autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e residência médica na área de Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição. Dr. Domingos Mantelli tem pós-graduação em Ultrassonografia Ginecológica e Obstétrica, e em Medicina Legal e Perícias Médicas.

 

Dra. Erica Mantelli - ginecologista, obstetra e especialista em saúde sexual - CRM-SP 124.315 | RQE 36685 - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Pós-graduada em disciplinas como Medicina Legal e Perícias Médicas pela Universidade de São Paulo (USP), e Sexologia/Sexualidade Humana. É formada também em Programação Neolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute).


Dia Mundial do Diabetes: como criar hábitos saudáveis e prevenir doença


Especialista em bem-estar do Freeletics destaca importância de alimentação saudável e prática de exercícios físicos

 


No dia 14 de novembro é celebrada a campanha do Dia Mundial do Diabetes, criada em 1991 pela International Diabetes Foundation (IDF), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), dedicada à conscientização e prevenção da doença. O diabetes é uma patologia metabólica crônica que, segundo dados da OMS, atinge 16 milhões de brasileiros - e metade dessas pessoas desconhece o diagnóstico. A taxa de incidência aumentou 61,8% mundialmente nos últimos dez anos, e o número crescente de casos da doença está diretamente relacionado à má alimentação, sedentarismo e ganho de peso.

O diabetes ocorre quando o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente ou quando o organismo não pode mais usar a insulina de forma eficaz. A insulina é usada pelo corpo para estimular as células a absorver a glicose advinda dos carboidratos digestíveis para a corrente sanguínea. Dessa forma, o diabetes pode ser classificado em mellitus tipo 1 e mellitus tipo 2. O tipo 1 é aquele em que o corpo apresenta, desde o início, deficiência na produção de insulina pelo pâncreas, sendo geralmente diagnosticado na infância ou adolescência. No tipo 2, o corpo não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz - e pode ser evitado, pois é resultado do excesso de peso, má alimentação e sedentarismo.

Liora Bels, especialista em bem-estar do Freeletics, aplicativo líder em exercícios físicos e estilo de vida com uso de inteligência artificial, explica que o diagnóstico mais frequente é o do diabetes tipo 2, tornando essa uma das doenças mais disseminadas pelo mundo. “E a situação está piorando. Com o nosso estilo de vida cada vez mais sedentário, a incidência do diabetes tipo 2 está aumentando. Muitas pessoas subestimam o quanto o diabetes pode prejudicar a saúde geral, e nem sabem que pode levar à cegueira, infartos, insuficiência renal, danos aos nervos, depressão e até amputações”, alerta. 



Como prevenir?

Para a especialista, embora os fatores genéticos possam afetar a probabilidade de uma pessoa ter diabetes, a maioria dos pacientes desenvolve a doença como resultado de suas escolhas de estilo de vida. “Estudos mostram que o diabetes tipo 2 pode ser evitado por meio da alteração desses padrões de estilo de vida. A alteração mais eficaz é a adoção de uma dieta saudável e equilibrada, que inclua muitos vegetais, frutas, carboidratos de digestão lenta, proteínas magras e gorduras saudáveis”, explica. “Tudo isso, acompanhado por um aumento na atividade física, pode reduzir significativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2”, destaca Liora. 

Uma alimentação saudável é, portanto, o caminho mais eficaz para evitar o diagnóstico da doença. “Não é surpresa que o diabetes seja relativamente raro nos países do leste asiático, onde as dietas são baseadas em vegetais, peixes e grãos, fontes de nutrientes e gorduras saudáveis. Todos nós podemos seguir o exemplo deles e evitar açúcares processados e ingredientes artificiais, reduzindo os níveis de glicose a uma quantidade que a produção de insulina do corpo possa suportar”, completa a especialista. 

Liora alerta: consumir alimentos não processados mantém os níveis de açúcar no sangue estáveis; e alimentos processados causam picos de glicose que podem, ao longo do tempo, causar graves efeitos. “Evitar as gorduras saturadas em chocolates, bolos e alimentos processados em favor das gorduras insaturadas mais saudáveis, encontradas em peixes, nozes e óleos saudáveis, é um passo simples, mas eficaz, para alterar a dieta”, explica.

Para quem já tem uma alimentação saudável e quer reduzir o risco de desenvolver diabetes, a especialista recomenda o consumo de refeições pequenas e frequentes ao longo do dia, evitando níveis erráticos de glicose no sangue e fornecendo um suprimento regular de energia. “Combinar uma dieta saudável e equilibrada com exercícios regulares pode fazer toda a diferença para as chances de desenvolver diabetes. Estudos mostram que se exercitar apenas uma vez por semana durante 60 minutos pode reduzir o risco de diabetes em 40%”, destaca. Além disso, para quem deseja criar hábitos duradouros e atingir objetivos de saúde a longo prazo, o aplicativo Freeletics oferece o recurso Coach da Mente, que ajuda as pessoas a criarem uma mentalidade equilibrada, voltada para objetivos, com sessões projetadas de treino em áudio. Com duração de 5 a 20 minutos, o coach ensina a estabelecer rotinas, lidar com contratempos, gerenciar o estresse e melhorar o foco, a recuperação e o sono. 

O aplicativo também disponibiliza o Coach de Nutrição, programa personalizado de alimentação com base no conceito de “comer limpo”. Os usuários informam se desejam emagrecer, ganhar massa muscular ou viver de forma saudável. Com quase 400 opções de receitas, o app também atende a usuários vegetarianos, veganos ou piscitarianos. “O aplicativo se concentra na alimentação saudável e na eliminação dos alimentos processados e refinados da dieta. Mas o aplicativo é mais do que apenas um meio de prevenir o diabetes. Seguir uma dieta saudável melhora o desempenho de treino, as habilidades cognitivas e o bem-estar geral”, finaliza Liora.

 

 



Freeletics

www.freeletics.com


Novembro Azul e o desafio de encorajar os homens a terem cuidados reais com a própria saúde

Mais de 201 mil homens podem ter câncer em 2020

O mês de novembro já começou. Isso significa que o IBCC Oncologia dedica atenção extra à saúde dos homens. O movimento Novembro Azul, criado em 2003 na Austrália, alerta a sociedade e, em especial os homens, quanto aos cuidados relacionados à saúde masculina. E o que se percebe é que a saúde masculina está em crise. Globalmente, os homens morrem em média 6 anos mais cedo do que as mulheres. Medidas simples, como manter hábitos alimentares saudáveis, não fumar e praticar exercícios físicos podem ajudar a evitar ou retardar problemas de saúde, como por exemplo o câncer.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1/3 das mortes por câncer se devem aos 5 principais riscos comportamentais e dietéticos: alto índice de massa corporal, baixo consumo de frutas e vegetais, falta de atividade física, uso de tabaco e uso de álcool.

Os 5 tipos de câncer que mais acometem o sexo masculino são os classificação abaixo:

1º Pele não-melanoma com 83.770 casos

2º Próstata com 65.840 incidências

3º Cólon com 20.520 ocorrências

4º Pulmão com 17.760 episódios

5º Estômago com 13.360 registros

Com isso, ao todo, 201.250 homens podem ter uma dessas espécies de câncer neste ano, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Juntos esses cânceres ocasionaram mais de 52 mil mortes em 2018 e destes 15.576 foram por câncer de próstata. Dados mostram que tanto no Brasil como em todo o mundo, o câncer de próstata é o segundo que mais acomete os homens, perdendo apenas para o câncer de pele (não-melanoma). Mundialmente foram registrados mais de 1,28 milhão de casos da doença, em 2018, enquanto no Brasil, temos 68.000 casos novos por ano de homens com essa neoplasia.

No entanto, o câncer de próstata pode ser curável se diagnosticado em fase inicial, de acordo com o médico urologista e especialista em cirurgia de próstata, do IBCC Oncologia, Dr. Alvaro Bosco. "Por isso, homens acima de 50 anos ou a partir de 45, se houver fatores de riscos, como histórico da doença em parente de primeiro grau, ou homens afrodescendentes, devem fazer acompanhamento, segundo indica a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)", observa o urologista.

Vale observar que o câncer de próstata, pode aparecer com tumores indolentes e pouco agressivos, e assim muitas vezes silencioso e quando apresenta sintoma pode já estar em fase avançada. Por essa razão, o rastreamento do câncer de próstata permite o diagnóstico de tumores mais precoces e a cura por meio de tratamento específico chega a 90%. Entretanto, se a descoberta acontecer em estágio avançado do cancro as possibilidades de recuperação diminuem e pode haver a necessidade de terapêuticas adicionais.

"Hoje somos capazes de fazer diagnósticos mais precisos por meio de biópsia com fusão de imagem com a ressonância magnética multiparamétrica de próstata - exame de crescente relevância na prática urológica pelos avanços tecnológicos de equipamentos e pela introdução de sequências funcionais que possibilitam maior exatidão na detecção e caracterização de tumores prostáticos", diz. Quanto aos tratamentos, Dr. Alvaro destaca que podem ser realizados de modo convencional ou minimamente invasivos por laparoscopia ou robótica. "Acredito que a chave para sucesso no tratamento do câncer passa por uma detecção precoce, uma seleção adequada do melhor tratamento para cada caso (de forma individualizada) e seguimento de perto para aqueles que possuem um tumor de baixo potencial de agressividade", acrescenta. "Em ocorrências de tumores neoplásicos avançados, ou metastáticos, existe uma gama de fármaco cada vez maior, inclusive com terapias medicamentosas para pacientes com cânceres que apresentam mutações genéticas", destaca.


Vigilância ativa para quem já foi diagnosticado

A vigilância ativa é o termo que utilizamos para o seguimento que é realizado em pacientes que já possuem o câncer de próstata, mas que é muito pouco agressivo. Estes pacientes, podem ser seguidos mais de perto, com avaliações a cada 3 meses com PSA, toque retal além de novas biópsias e ressonância magnética para determinarmos se o tumor não muda de característica. "O acompanhamento de tumores indolentes, que têm pouca possibilidade de progressão devem ser realizados para minimizar possíveis sequelas que os tratamentos mais invasivos podem gerar. É muito importante esta informação, pois o que se questiona hoje é se não fazemos diagnósticos demais ("over diagnosis") e tratamentos demais ("over treatment"), causando mais sequelas do que benefícios", conclui o dr Álvaro.


PANDEMIA E ISOLAMENTO SOCIAL: FALTA DE HÁBITOS SAÚDAVEIS E DE ADESÃO AO TRATAMENTO DO DIABETES TIPO 2 PODEM AGRAVAR A DOENÇA

20 milhões de brasileiros deverão ser impactados silenciosamente por essa doença crônica e progressiva até 2045

 

Já se sabe que pessoas com diabetes estão no grupo de risco para desenvolverem o quadro grave da Covid-19. Porém, não é só esse risco que preocupa especialistas. Médicos, instituições e a Organização Mundial da Saúde, apontam a preocupação com o controle de doenças crônicas e progressivas, enquanto o mundo ainda enfrenta a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

O receio é que, após a pandemia, seja detectado um aumento de casos graves do diabetes tipo 2 e outras complicações associadas à doença, provocados pelo estresse, dieta pobre em nutrientes e a falta de atividade física. Com a aproximação do Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, é importante reforçar sobre o cuidado e conscientização sobre a doença.

Segundo o Atlas de 2019 da International Diabetes Federation, o Brasil tem 16.8 milhões de pessoas com diabetes, ocupando 5º lugar no ranking mundial. A estimativa para 2045 é de 20 milhões. O Brasil ainda é o 6º país com maior número de pessoas não diagnosticadas, com 7.7 milhões, além dos possíveis 40 milhões de brasileiros com pré-diabetes. Nessa condição, a pessoa já apresenta alterações no nível de glicose e cerca de 30% de chance de apresentar complicações características do diabetes. Esse cenário aumentou a preocupação de endocrinologistas neste momento de pandemia, como destaca a especialista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dra. Tarissa Beatriz Petry.

"Muitos casos podem ter se agravado durante o isolamento social. É importante salientar que estamos falando de uma doença silenciosa, podendo levar anos para manifestar sintomas, e as pessoas não devem negligenciar sua saúde. Além do uso correto das medicações já prescritas, o retorno ao médico é fundamental para ajustes necessários, a fim de manter a doença sob controle". A endocrinologista ainda aponta que é importante lembrar que os hormônios do estresse são contrarreguladores no equilíbrio da glicemia, ou seja, tem ação contraria à insulina, favorecendo o aumento da glicose no sangue.

Nos últimos anos, novos medicamentos surgiram e ampliaram as opções para o tratamento desta enfermidade. Entre os fármacos que podem ajudar no tratamento estão os análogos do hormônio GLP-1 e os inibidores da SGLT-2. Uma nova geração de insulinas também tem melhorado a posologia para os pacientes. Porém, mesmo com essas novas associações de medicações a adesão não é fácil. A maioria tem dificuldades em tomar medicações corretamente e manter o estilo de vida saudável.

Em 2019, a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel), feita pelo Ministério da Saúde, já mostrava que 44,8% da população geral relatou um nível insuficiente de atividade física, menos de 75 a 150 minutos por semana, e apenas 34,3% descreveu consumo regular de frutas e verduras, "podemos ter esse ano uma piora ainda maior desses hábitos, por conta do período de isolamento e todo estresse causado pelo atual momento. As pessoas devem manter ou retomar urgentemente a atividade física, ter uma alimentação saudável e ficar de olho nas taxas de glicemia. Qualquer alteração, deve-se procurar atendimento médico", explica Dra. Tarissa.

O controle da doença sempre foi um problema enfrentado pelas pessoas com diabetes, que pode ter sido agravado com a chegada da pandemia. O Coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o cirurgião Dr. Ricardo Cohen, aponta um estudo brasileiro que mostrou que cerca de 70% dos pacientes com o tipo 2 da doença, não apresentam controle glicêmico adequado. "Vivemos há anos uma epidemia global do diabetes, uma doença crônica e progressiva. Os pacientes que não têm controle com medicamentos, a melhor opção é a cirurgia metabólica. Com a pandemia, podemos ter um aumento de pessoas que necessitem do tratamento cirúrgico", diz.


Benefícios da cirurgia metabólica

A cirurgia metabólica é definida como qualquer intervenção sobre o tubo digestivo, que tem como finalidade o controle do diabetes tipo 2. Os resultados podem ser detectados já a curto prazo. Estudos indicam que 90% dos pacientes que são submetidos ao procedimento cirúrgico não precisam mais utilizar a insulina para manter o tratamento da doença, e muitos não necessitam mais de medicamentos via oral, além de obterem redução do peso, controle do colesterol, pressão arterial e redução de complicações renais.

Uma pesquisa inédita do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, publicado na Jama Surgery em junho deste ano, apontou que a cirurgia metabólica é o tratamento mais eficaz para impedir a progressão da doença renal crônica precoce em pacientes com diabetes tipo 2. O estudo detectou a remissão da albuminúria (perda da proteína albumina na urina e importante indicador de insuficiência renal), em 54,6% dos pacientes após tratamento clínico e 82% após a cirurgia metabólica por bypass gástrico em Y de Roux.

"A remissão de mais de 80% da albuminúria e das lesões renais, com o tratamento cirúrgico significa evitar a progressão da doença e, consequentemente, reduz a necessidade de fazer diálise e transplante de rins. Além de diminuir fatores de risco que podem levar a infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC)", avalia o cirurgião.

Em outubro, um estudo sueco publicado no New England Journal of Medicine, que comparou pacientes submetidos a cirurgias bariátricas e metabólicas versus os tratados clinicamente, após 24 anos de acompanhamento, comprovou que os submetidos à cirurgia têm 30% menor risco de morte cardiovascular, quando comparados aos que receberam apenas medicamentos. Os tratados cirurgicamente ainda tiveram 13% menos risco de morte por câncer, e ainda ganharam mais de três anos de sobrevida.

"O levantamento ainda apontou que quanto mais cedo o paciente é submetido a cirurgia, maiores são os benefícios em relação as possíveis complicações do diabetes tipo 2 e sobrevida. O procedimento cirúrgico deve ser considerado cada vez mais cedo como tratamento, assim como o medicamentoso. Isso pode salvar vidas", esclarece Dr. Ricardo Cohen, que também fez parte do artigo. "Retardar as cirurgias metabólicas coloca pacientes em risco de complicações graves e mortalidade", complementa.

Por conta disso, a necessidade de ampliar o acesso à cirurgia metabólica, é ainda maior, principalmente em casos mais graves, tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto com as operadoras de saúde. O procedimento já é regulamento pelo Conselho Federal de Medicina desde 2017, e está em aberto uma consulta pública da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para integrar o rol de procedimentos pagos pelos operadores de planos de saúde, que pode ser acessada pelo site https://www.vidanovametabolica.org.br/. Após entrar na página, basta clicar em "Quero Participar" e depois em "Participar da Consulta Pública".

 


Hospital Alemão Oswaldo Cruz

https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/


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