Novembro azul chama a atenção para a saúde do homem Crédito: Pixabay |
Novembro Azul
ressalta importância dos cuidados com saúde dos homens
Mais de 65.800 casos e 15.500 mortes de brasileiros por câncer de próstata. Essa é a previsão que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) faz para 2020. Números que chamam ainda mais atenção quando se sabe que a maioria das mortes de homens poderia ser evitada com os exames para detecção da doença. Por isso, a campanha Novembro Azul foi criada para lembrar os homens da importância do exame anual.
“Existem muitos tumores de próstata que não são tão
agressivos e quando detectados precocemente podem ser acompanhados no que
chamamos de vigilância ativa. Em muitos casos o tumor não chega a se
desenvolver e se isso acontecer, a gente pode optar em realizar a cirurgia”,
explica o urologista do Hospital Marcelino Champagnat, Anibal Branco.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que
homens façam o exame preventivo a partir dos 50 anos e homens da raça negra ou
que tenham histórico familiar com parentesco em primeiro grau, devem começar os
cuidados aos 45 anos.
Ubiraci Rodrigues, 56 anos, descobriu o câncer há
cinco anos nos exames de rotina que faz religiosamente. Como de costume, fez o
PSA (Prostate-Specific Antigens), ecografia da região e o exame do toque retal.
Nos dois primeiros não foi constatada nenhuma alteração, mas, durante o toque,
o médico descobriu um pequeno tumor. “É uma descoberta muito complexa. A
impressão que tive quando veio o diagnóstico do câncer foi de morte iminente”,
conta.
Mas, como foi diagnosticado precocemente e o tumor
não é do tipo mais agressivo, Ubiraci não precisou de cirurgia ou nenhum outro
tratamento invasivo. Ele faz o acompanhamento semestral com o urologista para
monitorar se teve alguma alteração. “Vivo há cinco anos com o tumor, só
acompanhando. O médico me fala que provavelmente não vai ser o câncer de
próstata que vai me matar, já que está estável por todo este tempo”, ressalta o
paciente.
Sintomas
O câncer de próstata não apresenta nenhum sintoma
nas fases iniciais e esse é o grande risco que os homens que não realizam os
exames anualmente com o urologista correm. Normalmente quando aparece algum
sintoma, já aconteceu a metástase para o osso e a partir desse momento não tem
mais cura.
“Quando a doença é descoberta em um estágio mais
avançado, o tratamento acaba sendo muito mais agressivo, comprometendo a
produção de testosterona e elevando os riscos de doenças cardíacas, impotência
sexual e distúrbios cognitivos”, diz o urologista.
Hospital Marcelino Champagnat
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