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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Guia do Folião - dicas para aproveitar o Carnaval de forma saudável



Dormir bem, fazer uma alimentação balanceada e se hidratar são cuidados fundamentais para aguentar todos os dias de folia


Em fevereiro, milhares de pessoas sairão às ruas para celebrar mais um Carnaval, festa popular brasileira conhecida internacionalmente. A programação vai dos blocos de rua aos desfiles de escola de samba, além de bailes em lugares fechados como clubes e casas noturnas.

Para cada evento, existem alguns cuidados específicos e também os que devem ser tomados em qualquer ocasião. É importante entender o limite do corpo de cada um, o que inclui preparo físico e noções de suscetibilidade do organismo.
Confira abaixo as orientações do diretor médico e cardiologista do Hospital Santa Paula, Dr. Otávio Gebara.

- Evite a ingestão de alimentos pesados, que dificultem a digestão. Dê preferência para as frutas e verduras;

- Hidrate-se de duas em duas horas: o recomendado é ingerir no mínimo dois litros de água por dia (exceto pacientes com restrições médicas);

- Beba moderadamente: o consumo excessivo de álcool ou a mistura de destilados com fermentados pode acabar com a festa e causar ressaca no dia seguinte. Em casos extremos, é possível desenvolver pancreatite em apenas um dia de muito excesso por causar um edema que impede a drenagem do pâncreas;

- Sempre tenha em mãos barrinhas de cereais para garantir a alimentação de duas em duas horas;

- Cuidado com o calor excessivo: em dias muito quentes a tendência é a pressão arterial cair, o que pode ocasionar enjoo, tontura e desmaios. Para evitar a queda de pressão é preciso manter o corpo hidratado, alimentar-se adequadamente, vestir roupas leves e evitar ambientes pouco ventilados;

- Beijo na boca: normalmente trocamos em torno de 250 bactérias e alguns vírus quando beijamos alguém. Portanto, é preciso ter cautela para prevenir doenças como a mononucleose, conhecida como "doença do beijo". Trata-se de uma doença viral com sintomas parecidos com os da gripe: febre alta, dor ao engolir, tosse, cansaço, falta de apetite, dor de cabeça, entre outros;

- Doenças sexualmente transmissíveis: todo ano o Ministério da Saúde faz uma campanha sobre a importância do uso da camisinha neste período. A camisinha é item fundamental do folião consciente.


Na avenida:

- Salto alto: ficar em pé por muitas horas sambando de salto alto pode ocasionar dor nas pernas e na planta dos pés, câimbras, inchaço nos pés, joanete, calos, problemas nas unhas, entre outros. Para evitar esses problemas, procure usar um salto com a base e o bico mais largo, assim os dedos não ficam apertados. Já para o dia seguinte, o médico aconselha ficar com as pernas esticadas;

- Algumas fantasias dificultam a ida ao banheiro. Como muitos foliões ficam horas preparados para entrar na avenida, a dica é ir ao banheiro antes de se vestir. Evite reter urina por longos períodos, porque, além do desconforto, favorecem as infecções urinárias e formações de cálculos;

- Durma bem: no dia seguinte procure dormir pelo menos oito horas para reequilibrar o organismo.


Nos blocos de rua:

- Proteja sua pele: o excesso de exposição ao sol é a principal causa do câncer de pele, o mais comum no país. Por este motivo, o protetor solar deve fazer parte da rotina do folião, retocando a cada duas horas, assim como o uso de chapéus e camisetas.

- Utilize calçados confortáveis: o ideal é usar tênis para proteger os pés e ter mais flexibilidade nos movimentos. Esse tipo de calçado amortece o impacto e é mais confortável, afinal, você ficará em pé a maior parte do tempo;

- Para evitar insolação, hidrate-se pelo menos de duas em duas horas, use filtro solar e prefira as roupas com tecidos leves (evite tecidos do tipo sintético) e use chapéus ou bonés para uma maior sensação de conforto;

- Álcool gel: como não é possível lavar as mãos em banheiros químicos, a chance de contaminação aumenta. Os contágios mais frequentes são de E.coli - que faz parte da flora natural do corpo, porém, quando há um desequilíbrio, causa náusea, vômito e diarréia; e o vírus VHA, da Hepatite A. Para se prevenir, tenha um álcool gel para higienização das mãos sempre que for ao banheiro.






Hospital Santa Paula
 Av. Santo Amaro, 2468 – Vila Olímpia - (11) 3040-8000
 www.santapaula.com.br




Folia de carnaval pede atenção com os olhos



·         Oftalmologista do H.Olhos elenca dicas para a prevenção de doenças oculares

·         Conjuntivites inflamatórias alérgicas e as infecciosas virais são frequentes no período


O carnaval está próximo e os blocos de rua já estão se concentrando nas principais cidades. Nessa época, muitas pessoas costumam aproveitar a diversão reunidas em grandes aglomerações, um ambiente propício para a propagação de doenças oculares, como as conjuntivites. Entre as formas mais recorrentes da doença, estão a alérgica e a viral.

A primeira, por sua vez, não é contagiosa, e está associada ao uso frequente e excessivo de maquiagem no período, tal como a purpurina, além da exposição à fuligem proveniente do papel que compõe as serpentinas e confetes. O tipo viral, por outro lado, é altamente transmissível pelo contato da mão contaminada com os olhos, rosto a rosto com o indivíduo infectado e objetos pessoais e superfícies que contenham o vírus e são tocados pelas mãos.

“As multidões, comuns no Carnaval, sejam em blocos de rua, praias e outros ambientes aquáticos, facilitam que a doença se espalhe devido à aglomeração. Portanto, é possível que nas próximas semanas seja notável o aumento dos casos de conjuntivite”, alerta o Dr. Pedro Antonio Nogueira Filho, especialista em córnea e doenças oculares externas e chefe do pronto-socorro do H.Olhos.

O médico pontua algumas dicas para a prevenção das infecções:
  • Lavar as mãos com frequência com água corrente e sabão e/ou higienizar com álcool gel. O uso de banheiros químicos é comum no carnaval e o local nem sempre contém elementos adequados para a higiene, podendo ser uma via de contaminação;
     
  • Evitar coçar os olhos, mesmo que as mãos estejam limpas;
     
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como óculos escuros, lentes de contato e maquiagens;
     
  • Utilizar maquiagens compradas em locais que fornecem garantia do produto, tal como uma nota fiscal
     
  • Remover os cosméticos com sabão específico para a face e região dos olhos ou mesmo neutro;
     
  • Não é recomendado o uso de maquiagens em crianças menores de 7 anos e, mesmo após a essa idade, devem ser utilizadas com moderação, indicadas para a faixa etária e de preferência após consulta e orientações de um médico pediatra, dermatologista ou oftalmologista;
     
  • Nunca colocar as lentes de contato depois de se maquiar, sempre antes. Essa é uma maneira de evitar que, ao ajustá-las nos olhos, algum fragmento de maquiagem fique na interface entre a lente de contato e a superfície ocular, podendo gerar lesões e muito desconforto.
“Em caso de qualquer anormalidade, não deixar a animação do momento comprometer a saúde. É importante não ignorar o problema e procurar um oftalmologista”, ressalta o especialista.


Sobre a conjuntivite

A conjuntivite, em suas formas alérgica e viral, é caracterizada pela inflamação da conjuntiva, membrana que reveste a parte externa branca do globo ocular e a porção interna das pálpebras. Entre os principais sintomas estão coceira, sensibilidade à luz, sensação de corpo estranho e/ou areia nos olhos, inchaço das pálpebras, lacrimejamento e olhos vermelhos.




Misturar energético com álcool é um perigo para o coração



Estudo mostra que o consumo dessa bebida causa diversos efeitos colaterais prejudiciais à saúde


Um hábito comum, principalmente no carnaval, é tomar bebida alcoólica misturada com energético. Uma grande quantidade de cafeína e açúcar presentes nos energéticos pode levar a sérios problemas ao organismo como insônia, aceleração ou irregularidade dos batimentos cardíacos, irritabilidade e agitação, e quando é misturado ao álcool potencializa o risco de arritmia, pois as duas substâncias influenciam na irritação do músculo do coração, o miocárdio.

Segundo uma pesquisa feita no Canadá,  publicada no periódico científico Canadian Medical Association Journal Open, mais da metade de consumidores de energéticos entre 12 e 24 anos sentiram efeitos negativos em sua saúde após o consumo, entre os problemas mais citados foram: aumento da velocidade do batimento cardíaco, dificuldade para dormir, dores de cabeça e até incidência de convulsões.

De acordo com o cirurgião cardíaco de São Paulo, Marcelo Sobral, um dos maiores riscos dessa mistura é mascarar os sintomas. “Um dos maiores problemas está no excesso das doses, principalmente em quem tem sensibilidade à cafeína ou algum problema cardiovascular. É preciso ficar atento aos sinais como palidez, aceleração do coração e o aumento da pressão arterial e procurar um médico quando esses problemas surgirem”, explica o especialista.

No coração, a cafeína mexe com o sistema nervoso simpático e faz com que ele libere hormônios estimulantes como adrenalina e noradrenalina, gerando aumento da frequência cardíaca e o estreitamento dos vasos sanguíneos, fazendo a pressão aumentar, o que pode causar infarto ou até derrame.

É preciso ficar atento aos sinais e evitar os excessos. “Os adultos com problemas cardíacos devem evitar o consumo das bebidas energéticas, já as pessoas saudáveis precisam ficar atentos a quantidade ingerida, por causa da sobrecarga cardíaca que o energético juntamente com o álcool provoca”, alerta Marcelo Sobral.




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