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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A oportunidade do erro



Humilhação talvez seja a palavra que melhor define a sensação que sentimos quando temos que - forçosamente - admitir que estamos errados. Estudiosos do assunto afirmam que isso acontece porque, naturalmente, enxergamos o erro como sinônimo de incompetência e acreditamos que pessoas bem sucedidas nunca erram. De onde vem essa crença? Em que momento de nossas vidas passamos a enxergar as coisas dessa forma? Se voltarmos no tempo e recuperarmos a maneira como as gerações anteriores eram ensinadas, vamos notar que a raiz desse pensamento pode ter brotado dentro das escolas.

 Professores costumavam - e alguns ainda insistem nisso - ensinar que existia apenas uma resposta certa para cada questão apresentada. Quem não conseguisse chegar ao resultado apontado pelo mestre, falhava - e ponto final. Aquele que respondesse da forma esperada, ganhava pontos e a admiração de todos.  

Tal constatação nos leva a refletir que, desde cedo, somos programados a não permitir que o erro aconteça, quando, na verdade, o correto seria sinalizar para crianças e jovens que todos têm a permissão de errar - não para transformar o erro em hábito, mas como parte de um processo natural de aprendizado que começa na escola e se estende para a vida. Entre os desafios diários que líderes enfrentam à frente de uma equipe, organização ou país talvez um dos mais difíceis seja aprender a lidar com os próprios erros. Quantos gênios e prêmios Nobel erraram antes de acertar? Precisamos aceitar, sem resistências, que cometer erros faz parte da natureza humana. Aprender a enxergá-los de maneira positiva é o primeiro passo para errar cada vez menos.

Vamos agora voltar nossa reflexão para o contexto escolar e as crianças. O processo de desenvolvimento infantil envolve aprender e isso só se concretiza quando a criança tem a oportunidade de experimentar e descobrir. O que pais e educadores precisam ter em mente é que, de início, é normal e até esperado que ela não acerte e não consiga ter êxito em suas tentativas. E a forma como as primeiras falhas são encaradas é que será determinante para o sucesso futuro. Tomemos como exemplo a matemática. A resistência em relação à disciplina vem da crença de que é difícil demais e não é qualquer um que consegue ser bem sucedido na resolução das questões e conceitos matemáticos. E como, culturalmente, temos o receio de errar, a reação natural é resistir ou fugir da matéria.

Não por acaso, o Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes mostrou que em 2016 o Brasil ocupava a 66ª colocação no ranking que avalia o desempenho dos jovens em matemática - a colocação mais baixa alcançada pelo país nas últimas cinco edições do programa. Mas, e se os alunos perderem o medo de errar? Podemos, com certeza, melhorar essa realidade. O PED Brasil, um programa desenvolvido na Universidade de Stanford em parceria com o Centro Lemann, propõe novas abordagens para o ensino da disciplina, mostrando o quão produtivo pode ser o aprendizado quando o erro é tratado em sala de aula como algo positivo. Sim, positivo! Afinal, é possível aprender muito mais com o erro do que com o acerto. Quando erramos, ficamos alerta, tentamos descobrir onde foi que erramos e o que é necessário para acertar na próxima vez. Portanto, fica aqui um convite para pais e educadores: vamos ajudar nossas crianças e jovens a enxergarem no erro uma oportunidade para fazer sempre mais e melhor?






Celso Hartmann - diretor-geral do Colégio Positivo.






Os fertilizantes colaboram com o ciclo do carbono na natureza, essencial à vida do ser humano



O carbono é fundamental para a vida do ser humano, das plantas e dos animais, tendo em vista que ele é a estrutura das moléculas orgânicas. Assim, ele é um componente essencial de nossos corpos, dos alimentos que ingerimos, das roupas que vestimos e também do combustível que utilizamos. Nos alimentos, este elemento encontra-se presente na forma de carboidrato em pães, massas, arroz, batata, frutas e vegetais.

Durante o seu ciclo na natureza, o carbono entra constantemente na atmosfera na forma de dióxido de carbono (CO2), metano e outros gases e, ao mesmo tempo, é retirado da atmosfera pelas plantas por meio da fotossíntese, processo no qual o CO2 é absorvido e incorporado à biomassa das plantas na forma de carboidratos durante o seu crescimento.

Átomos de carbono estão constantemente sendo trocados entre organismos vivos e mortos, atmosfera, oceanos, rochas e solo. Segundo a ONU, a faixa mais superficial do solo do nosso planeta armazena cerca de 2,2 trilhões de toneladas de carbono, três vezes mais do que o nível contido na atmosfera, sendo um importante reservatório de carbono. Esse estoque é realizado por meio da entrada de detritos de plantas e animais no sistema, os quais são decompostos por organismos do solo, os quais reciclam os nutrientes e os disponibilizam para as plantas do próximo ciclo.

Os fertilizantes têm um papel relevante a desempenhar nesse processo, uma vez que são responsáveis por oferecer às plantas os nutrientes necessários ao seu pleno desenvolvimento, privilegiando o crescimento vegetal, e, com isso, melhorando a ciclagem do carbono da matéria orgânica.

Esclarecer a população sobre os benefícios dos fertilizantes para a produção de alimentos de qualidade, em larga escala e, com isso, o barateamento da cesta básica, são os principais objetivos da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV), lançada no Brasil há cerca de um ano.

A NPV está diretamente ligada à melhoria da qualidade de vida, seguindo os mesmos preceitos de sua coirmã e inspiradora, a Nutrients For Life, que já colhe frutos nos Estados Unidos, onde surgiu, e em outros países como Canadá, México e Colômbia. O foco não é apenas mostrar o quanto os fertilizantes são essenciais para o desenvolvimento das plantas, mas também como eles proporcionam melhor qualidade nutricional aos alimentos.


Sustentabilidade agrícola
 
Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, engenheiro agrônomo e professor no Departamento de Ciências do Solo da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), explica que as variedades de plantas com características distintas conferem melhores condições para o enriquecimento do solo em carbono, pois oferecem substratos variados necessários para que os organismos do solo possam atuar no processo de decomposição da matéria orgânica e consequente liberação de nutrientes que podem ser absorvidos pelas plantas.

“O ideal é que as plantas com características distintas sejam aportadas ao solo continuamente para que essa quantidade de carbono fique acumulada. Isso irá proporcionar sustentabilidade ao sistema produtivo. Para isso, há técnicas importantes, como, por exemplo, a rotação de culturas e o plantio direto, que conservam e diminuem a exaustão do solo”.

O engenheiro agrônomo destaca, ainda, que é possível obter maior controle da erosão dos solos a partir desses processos de estocagem de carbono.

“Os materiais orgânicos podem ajudar na estruturação do solo e torná-lo menos suscetível ao processo erosivo. Aqueles depositados na superfície, como restos de plantas, ajudam a atenuar esse processo, pois absorvem a energia cinética das gotas de chuva, que, desta forma, não incidem diretamente no solo e sim no material orgânico depositado na superfície do solo. Esse material estocado na forma orgânica afeta positivamente as condições físicas, químicas e biológicas do solo, deixando-o favorável ao desenvolvimento das plantas”, finaliza.







Professor da FGV alerta: "algumas pessoas vão viver apenas no ambiente paralelo"



O coordenador do MBA em Marketing Digital da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Miceli, adverte que com a evolução da tecnologia surgirão pessoas que não serão apenas desempregadas, mas que não serão empregáveis, constituindo uma parcela improdutiva da sociedade. O especialista aponta que esse grupo poderá ser sustentado por um sistema de renda básica universal.

"Serão pessoas que não vão conseguir encontrar um espaço na sociedade que emerge. A tecnologia vai forçar o nascimento de novas profissões baseadas em novas habilidades, como análise de dados e programação", analisa André Miceli.

O especialista ressalta que os Millennials (geração nascida nos 90 ,também conhecidos como Geração Y) possuem uma relação diferente com o "ter", ao contrário da Geração X. Miceli explica que esse é o motivo da força e o surgimento de cada vez mais empresas de compartilhamento. "Segundo o escritor Yuval Noah Harari - autor do artigo "O Significado da Vida em um Mundo sem Trabalho" -, eles serão "inúteis", pois não produzem e não querem nada. Com isso, é muito provável que muitos deles vivam um ambiente paralelo. Eles vão jogar online e ficar nas redes sociais. Sempre imersos a uma realidade virtual", explica o professor da FGV.

André Miceli, no entanto, lembra que o comportamento online reproduz atitudes ancestrais. Para ele, a necessidade de pertencimento, julgamento e compartilhamento de cultura serão sempre replicados no meio online. "As redes sociais serão palco para que continuemos a manifestar aspectos culturais que fazem parte do nosso gene. Queremos pertencer a uma tribo, fazer parte de grupos. Isso nos torna mais fortes. Outro ponto é o julgamento. Julgávamos para conseguir sobreviver. Lembro que, no Brasil, os jovens passam diariamente, em média, 3 horas por dia navegando na internet e estatísticas revelam que, entre os brasileiros de 16 a 24 anos, este número, certamente, vai aumentar bastante", observa





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