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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Já ouviram falar em Síndrome Text Neck ?



Especialista revela qual a ligação entre dores cervicais e seu smartphone
 
Esse transtorno, também conhecido como “Síndrome cabeça de texto”, surgiu a partir de 2007, com a entrada dos smartphones e tablets no mercado, sendo também os notebooks colaboradores deste mau. Trata-se de dor na região cervical, podendo irradiar para ombros e todo o braço, mãos e cabeça. Todos esses sintomas, podem ser causados pelo uso excessivo e mal uso dos smartphones e demais equipamentos eletrônicos.

Os brasileiros - segundo as últimas pesquisas -, acessam as redes sociais em uma média de 3 horas e meia por dia, normalmente com a cabeça muito inclinada para frente, posição extremamente desfavorável para a saúde da nossa coluna cervical. Pois com a cabeça fletida para frente, a nossa cabeça pesa em torno de 4 e 6 kg, podendo chegar a pesar 27 kg, sustentados pela musculatura a volta do nosso pescoço. Tal posição, por longo tempo e ao longo dos dias, semanas e meses, pode causar a tal Síndrome Text Neck, com seus tão desagradáveis sintomas.

Segundo a fisioterapeuta Ana Gil, “clientes cada vez mais jovens procuram o consultório com o relado de dores na coluna e disfunções relacionados ao uso excessivo dos celulares. A orientação que costuma dar aos pacientes, é para que reduzam o tempo de utilização dos tablets e smartphones e quando forem utilizar, busquem apoiar os braços e deixem a cabeça o mais para frente possível”, diz a especialista.

A região mais flexível da coluna é a cervical que consiste de 7 vértebras, discos intervertebrais entre elas que são responsáveis por absorver o impacto, músculos e ligamentos que ajudam a manter a coluna no lugar. Ana ressalta, “é preciso estar de olho na postura ao utilizar esses equipamentos que cada vez fazem mais parte de nossas vidas. E principalmente, ficar de olho nas crianças, evitando problemas posturais futuros e mais graves”, finaliza ela.






Ana Gil - Colunista no jornal Folha do Rio de janeiro; Graduada em Fisioterapia (IBMR); Pós-graduada em Anatomia Humana e Biomecânica (UCB); Especialista em Reeducação Postural Global - RPG (Instituto Philipe Souchard); Mestre em Educação Física (EEFD/UFRJ); Autora do livro Core & Training: Pilates, Plataforma Vibratória e Treinamento Funcional (Editora Ícone); Proprietária do Espaço Ana Gil: clínica de fisioterapia, estética e Pilates na Barra da Tijuca; Docente de cursos de pós-graduação Lato sensu da UFRJ, UCB, UCP, UNIRN; Professora de cursos de capacitação e palestras de grandes eventos e instituições em todo o Brasil.
Fanpage e Instagran: /espacoanagil



Cirurgia inovadora pode reduzir em até 90% convulsões de pacientes com epilepsia



Instituto de Neurologia de Curitiba é pioneiro em Terapia VNS, que utiliza um pequeno gerador que envia impulsos elétricos ao nervo vago, no pescoço


A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de epilepsia, sendo 3 milhões somente no Brasil. A doença, que pode ocorrer devido a um distúrbio genético ou a uma lesão no cérebro adquirida por trauma ou derrame, tem como principal característica as convulsões e pode ser controlada em até 80% dos casos. 

Quando o tratamento com medicamentos não proporciona resultados satisfatórios, porém, os médicos podem considerar outros procedimentos como a Terapia VNS (Estimulação de Nervo Vago). 

Trata-se de uma cirurgia que pode reduzir em até 90% as crises convulsivas em pacientes com epilepsia, melhorando sua qualidade de vida. Um dos hospitais pioneiros na realização desta microcirurgia no Brasil é o INC (Instituto de Neurologia de Curitiba), centro hospitalar de referência especializado em alta complexidade e patologias.

De acordo com o Dr. Murilo Meneses, Chefe da Unidade de Cirurgia de Epilepsia do INC, a Terapia VNS é uma alternativa moderna e menos invasiva adotada para reduzir os sintomas da epilepsia. Embora pouco conhecido no país, o procedimento é muito adotado em países da Europa e Estados Unidos. 

No INC, a técnica é utilizada com frequência. Consiste no implante de um eletrodo no nervo vago esquerdo que é conectado a um gerador que fica no tórax. O gerador, ou marca-passo, é regulado para enviar estímulos através do nervo vago até o cérebro, o que faz inibir as crises convulsivas. Como esse nervo fica no pescoço, não é necessária intervenção intracraniana, o que chama mais atenção dos pacientes.

“Cerca de 20 a 30% dos pacientes submetidos a medicamentos, mesmo a altas doses, persistem com as crises de convulsão. Nestes casos, fazemos uma investigação detalhada para observar a origem ou o foco epileptogênico. Algumas patologias como os tumores, esclerose mesial temporal, podem ter um tratamento específico com uma micro-secção neurocirúrgica. A estimulação do nervo vago é uma opção moderna e bem menos invasiva pois é uma cirurgia extra-craniana”, explica o Dr. Murilo Meneses.

Para que possa ser realizada, a Terapia VNS precisa contar com uma equipe qualificada com neurocirurgião, neurologistas especializados, epileptologista, neurofisiologista, neuropsicólogo, psiquiatra, entre outros profissionais como especialistas em neuroimagem. “A neuroestimulação cerebral tem sido utilizada no mundo inteiro inclusive para outras doenças como Parkinson e doenças psiquiátricas”, finaliza o especialista.





 Dr. Murilo Meneses - Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Paraná, mestrado e doutorado em Anatomia pela Université de Picardie, França, e pós-doutorado pela Mayo Clinic Fondation, EUA. Tem formação em Neurocirurgia e diploma pela Sociedade Francesa de Neurocirurgia, com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal do Paraná e Neurocirurgião do Instituto de Neurologia de Curitiba, sendo Coordenador das Unidades de Neurocirurgia Funcional e Endovascular.


Hospital INC




Mitos e verdades: como o cálcio e o magnésio agem sobre os alimentos e a importância de ambos para uma mesa saudável



Desmistificar a  visão distorcida de algumas pessoas  acerca dos
fertilizantes é a principal missão da Nutrientes para a Vida – NPV. A iniciativa, coirmã da americana Nutrients For Life, almeja esclarecer e informar a sociedade sobre os benefícios dos fertilizantes na produção dos alimentos, bem como sobre sua utilização adequada.

A NPV atua somente com informações embasadas cientificamente, de modo a explicar claramente o papel essencial dos diversos tipos de fertilizantes na segurança alimentar e nutricional, além de seu efeito multiplicador na produtividade das culturas.

Sob essa ótica, há de se destacar e esclarecer a importância do cálcio (Ca) e do magnésio (Mg) – elementos essenciais para a qualidade dos alimentos que chegam à nossa mesa. O professor Dr. Eduardo Fávero Caires, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, ressalta que  o Ca desempenha papel fundamental para o funcionamento do organismo humano, uma vez que é o mineral responsável pela construção e manutenção dos ossos. Segundo ele, cerca de 99% do cálcio presente no corpo humano está armazenado nos ossos e nos dentes, e a osteoporose é a principal consequência da perda desse nutriente dos ossos.

Já o magnésio, além de melhorar a absorção da vitamina D, auxilia na regulação do Ca no organismo e sua devida fixação nos ossos. Também é indispensável ao bom funcionamento dos nervos e dos músculos, desempenhando papel relevante na contração e relaxamento muscular. Aliás, a falta de Mg pode gerar fraqueza aguda, cãibras, dores e espasmos musculares.

Para saber mais sobre esses nutrientes, confira a seguir a entrevista com o professor Dr. Eduardo Fávero Caires.
 

Qual a importância do cálcio no desenvolvimento dos produtos agrícolas?

É um nutriente de grande importância para a produção e a qualidade dos produtos agrícolas. O cálcio é integrante da parede celular e atua na elongação celular, na maturação dos frutos, na germinação das sementes e na ativação enzimática. Em condições de deficiência, compromete o crescimento do sistema radicular das plantas e gera podridões de frutos em culturas que apresentam alta exigência do nutriente, como é o caso do tomate, da maçã e do amendoim. As podridões inviabilizam totalmente a comercialização desses produtos.


E o papel do magnésio?

O Mg é de grande importância para o processo fotossintético das plantas. Ele participa da molécula de clorofila e está envolvido em reações de transferência de energia e na regeneração da ribulose difosfato – enzima responsável pela fixação de CO2 durante a fotossíntese. A deficiência de magnésio ocasiona clorose (amarelecimento) entre as nervuras das folhas mais velhas e compromete o processo fotossintético, a síntese de proteínas e a produtividade das culturas.


Como a fertilização com cálcio e magnésio pode contribuir para o enriquecimento das plantações de forma sustentável?

Ambos os nutrientes são componentes de corretivos de acidez do solo e de alguns fertilizantes. A principal forma de fornecer cálcio e magnésio ao solo é por meio da aplicação de calcário, utilizado para corrigir os problemas gerados pela acidez do solo. Os corretivos da acidez do solo mais utilizados na agricultura são as rochas calcárias moídas, constituídas por misturas de minerais, como a calcita e a dolomita, que contêm, em suas composições, carbonatos de cálcio (CaCO3) e/ou de magnésio (MgCO3).
 

Qual é a relação direta dos fertilizantes com esses elementos?

O cálcio e o magnésio também podem ser fornecidos por meio da utilização de alguns fertilizantes que contêm esses nutrientes em sua composição. É o caso do superfosfato simples e do gesso para o fornecimento de cálcio; e do sulfato de magnésio, do sulfato duplo de potássio e magnésio e do termofosfato magnesiano para o fornecimento de Mg. Também podem estar presentes em algumas formulações NPK, que, aliás, são fontes de macro e micronutrientes.


Como o solo recebe esses macronutrientes e quais os riscos de contaminação?

A principal forma de  suprir o solo com cálcio e magnésio é por meio da calagem. Os solos brasileiros são, em sua maioria, naturalmente ácidos.

Os solos ácidos limitam a produtividade das culturas, principalmente devido à deficiência desses nutrientes e à toxidez causada por alumínio (Al) e manganês (Mn). Ao se fazer a calagem para a correção da acidez do solo aporta-se ao solo consideráveis quantidades de cálcio e magnésio, que são dependentes do tipo de calcário utilizado. Dessa forma, o fornecimento desses elementos normalmente supre a demanda  necessária às culturas e não gera nenhum risco de contaminação ambiental. 


Em que casos a fertilização deve reforçar esses macronutrientes e em que casos eles devem ser evitados?

Em algumas culturas que apresentam maior exigência em cálcio, como tomate, maçã e amendoim, a fertilização deve ser reforçada. Isso pode ser feito por meio de aplicações do nutriente no solo e via foliar. Cálcio e magnésio não geram problemas de toxicidade às plantas. Porém, o magnésio em níveis excessivos pode prejudicar a absorção de cálcio pelas plantas. O manejo desses nutrientes deve ser feito de modo a garantir teores adequados e equilibrados no solo. Como regra geral, para que não ocorram desordens nutricionais mais graves, o teor de magnésio nunca deve ultrapassar o teor de cálcio no solo. 


Gostaria de acrescentar algo?

Gostaria de salientar que os dois nutrientes são de extrema importância para a agricultura. Com as atuais previsões de mudanças climáticas e aquecimento global, a importância do cálcio tem sido ainda mais destacada. Isso porque, em muitas áreas agrícolas, os seus níveis são baixos nas camadas mais profundas do solo, servindo de entrave ao aprofundamento do sistema radicular das plantas. Para mitigar os efeitos de estresses causados por períodos de seca, é fundamental que a planta apresente um sistema radicular vigoroso em maior profundidade. Porém, para que isso ocorra, o solo precisa apresentar níveis adequados de cálcio em camadas mais profundas. O cálcio tem função preponderante na proteção do carbono e na mitigação de estresses causados por períodos de seca. Para  obter altos níveis de produção sem depender das condições de clima, é fundamental adotar práticas de manejo que aumentem o teor do nutriente em maiores profundidades no perfil do solo.




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