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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Testosterona continua sendo usada indiscriminadamente





Um alerta sobre a conscientização dos profissionais de saúde

Chama a atenção o alerta dado pelo FDA (Food and Drug Administration) sobre o uso abusivo da testosterona e, mais especificamente, como antídoto antienvelhecimento, área em que as evidências disponíveis não justificam a indicação. De acordo com os dados, o Profº. da Universidade de Boston, Thomas Perls, alerta para a influência do marketing da indústria, que acaba determinando as “diretrizes” para o uso desses medicamentos, aproveitando-se das lacunas deixadas pelas próprias sociedades de especialistas, que não alertam sobre os riscos.
Caso - Uma criança de dois anos é avaliada pelo pediatra por apresentar um quadro de virilização, com acne discreta, hipertrofia de clitóris e aumento de pilificação. A suspeita clínica foi de carcinoma adrenal. No entanto, os resultados dos exames estavam normais, à exceção da testosterona (354 mg/dL). O diagnóstico foi de contaminação exógena por pomada de testosterona. O pai, um rapaz de 34 anos, apresentou um quadro de fadiga, dores musculares, febre durante cinco dias, sugestivo de mononucleose, mas sem confirmação. Orientado para consultar um endocrinologista, realizou vários exames e recebeu a prescrição de pomada de testosterona, devido à limitação física para praticar esportes.
“Esse é apenas um caso com uma indicação controversa do uso da testosterona. No Brasil, conforme dados da IMS Health, no período de 2011 a 2014,
as prescrições de suplementos à base de testosterona e similares aumentaram de 1,85 milhões de unidades prescritas para 2.32 milhões, o que corresponde a um aumento de 28%.
Nos Estados Unidos, o FDA alerta: desde 2001 triplicaram as receitas de testosterona e similares: 1,7 milhão de pessoas têm usado suplementos hormonais. Entre os usuários, estão atletas de alta performance, frequentadores de academias, adolescentes e mulheres. As expectativas são grandes: aumento da massa muscular, melhora da libido, maior disposição, antienvelhecimento, prevenção de osteoporose, entre outros.
Entre os efeitos adversos do uso indiscriminado da testosterona é importante considerarmos a possibilidade de acidente vascular cerebral, tumor de próstata, ginecomastia, infarto e alterações hepáticas.
Proibir a publicidade de produtos “off label” não é o suficiente. É necessária a conscientização dos profissionais de saúde em relação às diretrizes que regem os tratamentos médicos, a necessidade de valorizar as evidências que comprovem os benefícios aos pacientes e os riscos legais de prescrições de medicamentos não licenciados para determinados usos.
A Sociedade Americana de Endocrinologia (The Endocrine Society) publicou um direcionamento clínico (J Clin Endocrinol Metab 95:2536, 2010) que orienta sobre o uso de testosterona nas síndromes de deficiência androgênica, única indicação reconhecida cientificamente. A principal recomendação é a importância do diagnóstico da deficiência, especialmente a presença de sinais e sintomas consistentes e compatíveis com concentrações diminuídas de testosterona. É sugerida uma simples dosagem de testosterona pela manhã, realizada por ensaio clínico adequado, como o teste diagnóstico inicial, que deverá ser repetido para confirmação.
Um dos principais pontos é a importância da avaliação de possíveis contraindicações, como risco de câncer de próstata (avaliar parentes de primeiro grau), apneia obstrutiva do sono e hematócrito elevado.
A única diretriz disponível na AMB, em relação ao uso da testosterona, foi realizada em julho de 2004 (Projeto Diretrizes, AMB, Martits AM, Costa EMF, 2004) com uma acreditação sobre Atualização em Hipogonadismo Masculino Tardio, de 2012 (RAMB vol 60, número 4 e 5) e, embora ainda bastante adequada, precisa ser revista face às utilizações e recomendações que ainda permanecem off label. Será que estas indicações podem ter uso terapêutico? Fica aqui um pedido para essa tarefa, que deverá envolver não só especialistas da Endocrinologia, mas também as sociedades de Geriatria, Urologia, Ginecologia e Medicina Estética, visto o uso frequente de testosterona em mulheres.


Dra. Ângela Maria Spinola e Castro - endocrinologista e membro da diretoria da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo -
Twitter: @SBEMSP - Facebook: Sbem-São-Paulo -
http://sbemsp.org.br
 

Especialista ensina 7 passos para evitar o refluxo




 

Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva alerta a população sobre a doença gastroesofágica
Caracterizado pelo retorno de líquidos gástricos, bebidas e comidas do estômago para o esôfago, o refluxo gastroesofágico causa sensações como estômago cheio, náusea, queimação e dor torácica. A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) chama a atenção para maneiras de melhorar a alimentação e escapar do refluxo.
Segundo o endoscopista membro da SOBED, Gustavo Andrade de Paulo, no momento da alimentação, a comida passa da boca para o estômago através do esôfago. Entre eles, existe uma espécie de “válvula” que os separa, evitando que o alimento volte para o esôfago. “Quando o esfíncter esofágico não fecha corretamente, o problema acontece, podendo levar alimentos e líquidos e sucos gástricos a voltarem para o esôfago, gerando o refluxo”.
Pessoas de todas as idades podem ter refluxo. Por meio do exame de endoscopia, é possível detectar a esofagite, consequência do refluxo. Fazer uma pHmetria e esofagomanometria, pode ser necessário em apresentações atípicas da doença.
Comum nos casos de refluxo, o alerta fica por conta do risco da automedicação. “O uso de remédios por conta própria, como os antiácidos, não garante a eficiência, além de acarretar em outros efeitos colaterais ao paciente. Portanto, é aconselhável o acompanhamento de um médico”, completa o especialista. 
Confira abaixo sete maneiras para evitar do refluxo, segundo o endoscopista da SOBED:
1     - Procure comer mais vezes ao dia – O ideal é se alimentar de quatro a cinco vezes por dia, a cada três horas e em pequenas porções. Comer demais pode piorar o refluxo. 
2     - Não durma após as refeições – É comum o refluxo em pessoas que costumam dormir logo após almoço ou jantar.  O fato ocorre devido à ausência de gravidade, que facilita o encaminhamento do conteúdo gástrico para o esôfago quando a pessoa está deitada. 
3     - Diminua a quantidade de café, chocolate e cigarro – As substâncias presentes no cigarro e em bebidas como o café, relaxam o esfíncter esofágico inferior, possibilitando a volta dos alimentos. 
4     - Evite bebidas gasosas – Os gases ficam concentrados no tubo digestivo, ocasionando a distensão do estômago, o que facilita o refluxo. Portanto, refrigerantes e águas com gás devem ser evitados. 
5     - Evite alguns condimentos – Temperos como a pimenta, podem aumentar a secreção de ácido pelo estômago, aumentando a chance de refluxo. Para a substituição, podem ser utilizadas ervas aromáticas.  
6     - Reduza a quantidade de frituras – Alguns alimentos contêm um alto teor de gordura, o que sobrecarrega o estômago e também relaxa o esfíncter, podendo resultar no caminho contrário do alimento. 
7         - Fuja das roupas apertadas – Peças justas na região do abdômen, como calças ou cintas e cincos, aumentam a pressão nesta região do corpo, facilitando o refluxo do ácido para o esôfago. 

Saiba quando desconfiar que seu filho está com anemia




Desânimo, pouco interesse por brincadeiras que exigem esforço físico e sono fora de hora podem ser alguns sinais da doença
Quem tem criança em casa sabe que nem sempre é fácil cuidar da alimentação dos pequenos. É preciso ter jogo de cintura para inserir no cardápio deles alimentos saudáveis e que ajudam a prevenir doenças geradas por deficiências nutricionais, como a anemia. Segundo a hematologista do Alta Excelência Diagnóstica, Dra. Regina Biasoli, a maior causa de anemia nas crianças é a má alimentação, que por vezes não fornece à medula óssea substratos, como o ferro e ácido fólico, para a formação de células do sangue.
Segundo a especialista, as dietas restritivas sem acompanhamento médico estão entre as maiores causadoras de anemia em crianças. “É importante que os pais introduzam desde cedo alimentos pertencentes aos diferentes grupos alimentares às crianças. Isso porque não é só a carência de ferro que pode levar a um quadro anêmico. O ácido fólico e a vitamina B12 também são fundamentais para prevenir a doença”.
Os pais devem começar a desconfiar quando a criança apresenta certo desânimo, com pouco interesse pelas brincadeiras que exigem muito esforço físico e pelos estudos. “Muitas crianças também ficam sonolentas e com a pele mais esbranquiçada”, afirma Dra. Regina.
Ela lembra que não é só a má alimentação que pode causar a anemia. Há alguns casos onde a má absorção intestinal dos nutrientes dos alimentos também leva a este quadro, mas é mais raro. O diagnóstico costuma ser feito através de um hemograma, onde o médico irá avaliar a quantidade de hemoglobina do paciente. Em alguns casos, quando este exame não aponta nenhuma alteração, mas o quadro persiste, pode ser solicitado outro teste para avaliar a vitamina B12.
“Durante a primeira infância, não é necessário fazer exames de rotina para monitorar a anemia. O exame clínico feito pelo pediatra e a observação dos pais são os melhores parâmetros para desconfiar da doença. Quando há suspeita, aí sim um médico deve ser procurado”, salienta a médica.
Dependendo do quadro, o tratamento pode incluir a reposição de nutrientes através de medicamentos. A mudança alimentar também é fundamental, e evita a piora da doença. “Para prevenir e reverter a anemia, as crianças devem consumir alimentos ricos em ferro, como as carnes, verduras escuras, grãos integrais ou enriquecidos e legumes”.


Dengue: riscos e cuidados durante a gravidez




Especialista do Lavoisier Medicina Diagnóstica alerta gestantes para os cuidados necessários em caso de confirmação da doença
Se a gravidez por si só já traz inúmeras dúvidas e preocupações à futura mamãe, imagina quando ela é diagnosticada com dengue. Em meio ao surto da doença em todo o país, cresceram também os casos de gestantes infectadas pelo aedes aegypti. Segundo o Dr. Jurandir Passos, especialista em ginecologia, obstetrícia e medicina fetal que integra o corpo clínico do Lavoisier Medicina Diagnóstica, as grávidas precisam redobrar os cuidados quando diagnosticadas com dengue.
“A imunidade da gestante é naturalmente mais baixa, já que seu sistema imunológico sofre diversas modificações ao longo dos nove meses, e isso pode favorecer o desenvolvimento de complicações”, afirma o especialista. Além disso, o diagnóstico pode ser retardado, já que em alguns casos é confundido com sintomas típicos da gestação, como perda sanguínea vaginal, que pode ser um sinal de evolução da dengue para o quadro hemorrágico.
Nos casos em que a dengue evolui para a forma hemorrágica, o número de plaquetas da gestante diminui, e os riscos de hemorragia aumentam. Esse quadro estimula deslocamentos placentários e hemorragias, que se não controlados podem levar à interrupção da gravidez. “No entanto, vale ressaltar que a evolução da doença acontece da mesma forma de uma pessoa não grávida, podendo ou não evoluir para o quadro hemorrágico”, destaca o médico.
O início e o fim da gestação são os períodos que merecem maior atenção quando há confirmação da doença. Isso por que, nos primeiros três meses os riscos de aborto são maiores do que quando comparado a gestantes não infectadas. Já no final da gravidez, a evolução para a forma hemorrágica é mais comum, além de haver riscos de parto prematuro.
Tratamento
Segundo o Dr. Jurandir, o tratamento é sintomático, ou seja, algumas medicações podem ser administradas para aliviar os incômodos, mas elas devem ser indicadas pelo médico para evitar complicações. Além disso, a hidratação é fundamental, bem como o repouso. Os sintomas podem continuar por até dez dias, mas a recuperação total leva entre duas e quatro semanas.
“É importante lembrar que mesmo após a total recuperação, a prevenção contra a doença deve se manter nos meses seguintes da gestação. Isso porque, embora a gestante tenha ficado imune ao tipo de dengue que a pegou, ainda há outros três que podem infectá-la”, alerta o especialista.
Para se prevenir, a grávida pode usar repelentes naturais, como a citronela, e os industrializados. A preferência é pelos produtos à base de dietiltoluamida (DEET), com concentração entre 10% e 50%. Eles são considerados seguros, e aliados à eliminação dos focos dos mosquitos, podem diminuir a exposição e riscos de infecção da doença.

Lavoisier - www.lavoisier.com.br

Sintomas não-motores da doença de Parkinson





Apesar de menos conhecidos, a doença de Parkinson também apresenta inúmeros sintomas não-motores
Quando se fala em doença de Parkinson, a maioria das pessoas pensa nas dificuldades de movimento que os pacientes enfrentam. No entanto, não são apenas estímulos motores que a doença afeta. Os portadores de Parkinson também desenvolvem inúmeros distúrbios que não estão associados ao movimento. “Os sintomas não motores que ocorrem na doença de Parkinson, normalmente, são: depressão, distúrbios do sono, constipação intestinal, alucinações e alteração do olfato entre outros” explica a neurologista Dra. Roberta Saba.
Saiba mais sobre os principais distúrbios não-motores da doença de Parkinson:
Distúrbios gastrointestinais: Também conhecido como constipação intestinal, é quando o intestino tem dificuldades para a evacuação. Medicamentos para tratar a doença de Parkinson podem prejudicar o bom funcionamento do intestino.
Distúrbios urogenitais: O distúrbio urogenital mais comum entre os portadores da doença de Parkinson é a incontinência urinária, que é a perda involuntária da urina pela uretra. Este distúrbio pode atrapalhar a rotina do paciente.
Distúrbios do sono: Normalmente, pacientes com doença de Parkinson têm dificuldades de iniciar o sono e mantê-lo ao longo da noite, além de presença de movimentações bruscas durante os sonhos, dores nas pernas e alucinações.  Noites de sono ruins causam cansaço durante o dia e prejudicam a memória.
Distúrbios respiratórios: Costumam aparecer em fases mais avançadas da doença, com queixas de incômodo para respirar (dispneia). São frequentes infecções respiratórias geradas pela falta de coordenação com a deglutição e respiração durante as refeições. Esses distúrbios também podem afetar a fala, por isso muitos pacientes realizam fonoterapia.
Distúrbios da deglutição: O termo médico utilizado para os distúrbios da deglutição é disfagia. Uma das causas para esse tipo de distúrbio é a salivação excessiva. A dificuldade de engolir alimentos pode gerar prejuízos à nutrição e à vida social do paciente, que passa a não querer mais realizar refeições em público.
Distúrbios da regulação da temperatura: Os pacientes com doença de Parkinson apresentam sensações de calor e frio diferentes, além de queda da temperatura corporal e sudorese excessiva. Esse distúrbio pode ser decorrente do tratamento medicamentoso para a doença.                                             
Distúrbios cardiovasculares: Alguns portadores de doença de Parkinson apresentam quadros de hipotensão (pressão baixa) ao ficarem de pé. A queda de pressão gera tonturas, fraqueza e mal-estar, podendo ocasionar tombos e tropeços.
Distúrbios da perda de olfato: O termo médico para esse sintoma é anosmia. A doença de Parkinson pode levar à degeneração das células sensoriais olfativas. 

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